2Co 3.18
Mas todos nós, com cara
descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor.
Quando Moisés desceu do monte
Sinai com os Dez Mandamentos, o seu rosto resplandecia em conseqüência da
comunhão com Deus. Ele teve de colocar um véu sobre seu rosto para que as
pessoas não se apavorassem devido ao brilho de sua face. Isso ilustra o
encobrimento da mente das pessoas por causa de seu orgulho, dureza de coração e
recusa de se arrepender (Ex 34.29-35).
O apóstolo Paulo compara as
experiências de Moisés, que mediou a antiga aliança do Sinai, e a dele mesmo,
como ministro da nova aliança. O ponto de comparação é a glória desvanecente
que brilhava no rosto de Moisés e a “glória cada vez maior” refletida no rosto
dos que ministram a nova aliança (2Co 3.7-18).
Esse contraste no tocante à
glória serve para ressaltar o caráter temporário e insatisfatório da antiga
aliança e o caráter permanente e eficaz da nova. No devido tempo, ela foi
substituída pelo brilho permanente e muito mais glorioso da nova aliança,
também chamada de novo testamento. É novo e melhor porque nos permite ir
diretamente a Deus, por meio de Cristo (Hb 7.19).
Podemos refletir e compartilhar a
glória de Deus quando nosso caráter assemelha-se ao dEle. Paulo diz em Ef 4.24
que “o novo homem é criado para ser semelhante a Deus em justiça e em
santidade”. Trata-se de novo modo de viver, do qual a pessoa não apenas “se
reveste” por posição na conversão, mas também é conclamada a “se revestir” na
prática como cristão (Cl 3.10).
Estamos nos tornando reflexos de
Deus. À medida que o nosso conhecimento se aprofunda, somos transformados
moralmente pelo Espírito Santo (Gl 4.19). Quando, porém, Cristo voltar, nós O
contemplaremos face a face, e a nossa transformação será completa (1Co 13.12;
1Jo 3.2).
Na antiga aliança, o véu não permitiu que as pessoas
enxergassem as referências a Cristo contidas nas Escrituras (Ex 34.33). Quando
alguém se converte a Cristo, o véu é retirado (2Co 3.16), dando vida e
tornando-a eternamente livre da escravidão. Tal pessoa pode então ser como um
espelho, refletindo a glória de Deus.