“... porque isto é ainda muito melhor”.
Todo ser humano, tanto crente quanto incrédulo, está sujeito à morte. A única maneira de se escapar da morte em todos os seus aspectos é através de Jesus Cristo, que “aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção” (2Tm 1.10). Ele, mediante a Sua morte, reconciliou-nos com Deus, e, assim, desfez a separação e alienação espirituais resultantes do pecado "E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação" (2Co 5.18). Pela Sua ressurreição Ele venceu e aboliu o poder de Satanás, do pecado e da morte física: “Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus” (Rm 6.10).
Embora o servo do Senhor tenha a certeza da vida ressurreta, não deixará de experimentar a morte física. Ele, porém, encara a morte de modo diferente do incrédulo, ou seja, a morte não lhe é o fim da vida, mas um novo começo. Neste caso, ela não é um terror "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo" (1Co 15.55-57), mas um meio de transição para uma vida mais plena. Para ele, morrer, é ser liberto das aflições deste mundo “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2Co 4.17) e do corpo terreno, para ser revestido da vida e glória celestiais "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito" (2Co 5.1-5).
Paulo se refere à morte como sono (ver 1Co 15.6,18, 20), o que dá a entender que morrer é descansar do labor e das lutas terrenas "E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam" (Ap 14.13). A bíblia refere-se à morte do servo de Deus em termos consoladores. Por exemplo, ela afirma que a morte do santo “Preciosa é à vista do Senhor” (Sl 116.15). É a entrada na paz "Perece o justo, e não há quem considere isso em seu coração, e os homens compassivos são retirados, sem que alguém considere que o justo é levado antes do mal. Ele entrará em paz; descansarão nas suas camas os que houverem andado na sua retidão" (Is 57.1,2) e na glória "Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória" (Sl 73.24); é ser levado pelos anjos “para o seio de Abraão” (Lc 16.22); é ir ao “Paraíso” (Lc 23.43); é ir à casa de nosso Pai, onde há “muitas moradas” (Jo 14.2); é uma partida bem-aventurada para estar “com Cristo” (Fp 1.23); é ir “habitar com o Senhor” (2Co 5.8); é um dormir em Cristo (1Co 15.18); “é ganho... ainda muito melhor” (Fp 1.21,23), é a ocasião de receber a “coroa da justiça” (ver 2Tm 4.8).
O Senhor vela cuidadosamente pela vida dos que são dEle. Ele controla as circunstâncias da morte dos seus (ver Rm 8.28,35-39). No momento de sua morte, Ele está ali com eles. A morte dos justos é de grande valor para Deus. É a ocasião em que são libertados de todo o mal, e levados vitoriosamente desta vida ao céu, para contemplarem Jesus face a face. O verdadeiro servo de Deus, vivendo no centro da vontade de Deus, não precisa ter medo da morte. Ele sabe que Deus tem um propósito para o seu viver, e que a morte, quando ela vier, é simplesmente o fim da sua missão terrestre e o início de uma vida mais gloriosa com Cristo.
Paulo ressalta que os cristãos já não são cidadãos deste mundo: tornaram-se estranhos e peregrinos na terra. No que diz respeito ao nosso comportamento, valores e orientação na vida, o céu é agora a nossa cidade. Nascemos de novo "Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus" (Jo 3.3); nossos nomes estão registrados nos livros do céu "E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajude essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida" (Fp 4.3); nossa vida está orientada por padrões celestiais, e nossos direitos e herança estão reservados no céu. É para o céu que nossas orações sobem "Ouve, pois, as súplicas do teu servo, e do teu povo de Israel, que fizerem neste lugar; e ouve tu do lugar da tua habitação, desde os céus; ouve, pois, e perdoa" (2Cr 6.21); e para onde nossa esperança está voltada. Muitos dos nossos amigos e familiares já estão lá, e nós também estaremos ali dentro em breve. Jesus também está ali, preparando-nos um lugar. Ele prometeu voltar e nos levar para junto dEle "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também" (Jo 14.2,3).
Em homenagem ao meu pai Felisberto M. Oliveira, 99 anos, que por várias décadas permaneceu firme, servindo ao Senhor. Foi recolhido em 01.07.2011, para estar com Ele, para sempre.
A todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos..., consolemo-nos com a Palavra de Deus porque fiel é o que prometeu. Estejamos também preparados!!!
"Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" (Sl 116.15).
A todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos..., consolemo-nos com a Palavra de Deus porque fiel é o que prometeu. Estejamos também preparados!!!
"Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" (Sl 116.15).