Dn 12.3
Os sábios, pois,
resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a
justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente.
Daniel era ainda muito jovem
quando foi levado como cativo, na primeira leva de exilados de Judá (606 a.C).
Era de família culta, da classe alta de Jerusalém, porquanto Nabucodonosor não
escolheria jovens estrangeiros de classe inferior para sua corte real (Dn 1.3,4).
Este jovem aprendeu o máximo possível
sobre a nova cultura, de modo que podia fazer seu trabalho com qualidade
superior. Enquanto aprendia, no entanto, mantinha constante submissão a Deus e
recebia dEle habilidade e sabedoria (Dn 1.17b).
O profeta Jeremias havia escrito
que Deus não permitiria o retorno dos cativos por um período de 70 anos (Jr
25.11). Ciente desta profecia, Daniel
percebeu que o período estava prestes a cumprir-se (Dn 9.2,3).
Um plano diabólico – O Diabo
estava vendo que Daniel seria o homem que intercederia junto a Deus, com oração
e jejum, para que os cativos de Israel retornassem à sua terra. No intuito de
matá-lo, ele (o Diabo) agiu através da ira do rei Nabucodonosor (Dn 2.12,13).
A revelação do sonho esquecido -
O rei teve uma série de sonhos que o deixou grandemente perturbado. Decidiu
então submeter a um teste, os sábios de Babilônia; se pudessem contar-lhe o
sonho saberia que eles lhe dariam a interpretação correta. Se não conseguissem,
o rei destruiria a todos eles (Dn 2.5).
O pedido do rei era humanamente
impossível. Mas Daniel podia declarar o que o rei sonhara e ainda revelar a sua
interpretação, pois Deus operava através dele. Daniel salvou não somente a sua
própria vida, mas também a de todos os demais sábios da Babilônia após o Senhor
revelar-lhe o sonho e a sua interpretação (Dn 2.16-18).
Daniel se distinguiu em sabedoria
naquela terra famosa por seus sábios e, finalmente, tornou-se o principal dos
três oficiais mais importantes do então império Medo-Persa (Dn 5.29). Sua posição
privilegiada enfureceu outros administradores, que tramaram sua morte
convencendo o rei Dario, a expedir um decreto real dizendo que, durante trinta
dias, qualquer pessoa que fizesse uma petição a qualquer deus ou homem que não
fosse o rei seria lançada em uma cova de leões (Dn 6.6-9).
O decreto do rei não intimidou
Daniel, nem fê-lo mudar seus hábitos de oração. Embora soubesse do perigo, suas
janelas permaneciam abertas em direção a Jerusalém, onde antes existira o
templo (2Cr 6.21). Não permitiu que nada o impedisse de fazer suas orações e
dar graças diante de Deus (Dn 6.10; Fp 4.6). Por isso foi condenado a morrer em
uma cova de leões famintos. Mas Deus tem meios imagináveis de livrar o seu povo
e certamente livrou Daniel, fechando a boca dos leões (Dn 6.22).
Se, fazendo a vontade de Deus somos combatidos com oposições, precisamos ser
como Daniel e continuar a fazer com ousadia o que Deus nos instruiu a fazer,
confiando que Ele nos protegerá (ver Rm 8.33; Gl 5.23).
Embora Daniel fosse cativo em uma
terra estranha, sua devoção a Deus foi um testemunho para governantes
poderosos; Nabucodonosor convenceu-se de que o Deus de Israel era real em
virtude da fidelidade de Daniel. Dario também adquiriu certeza do poder de Deus
porque Daniel foi fiel e Deus o resgatou (Dn 2.47; 6.25-27).
Muitas pessoas tentam ser
estrelas no mundo de entretenimento, apenas para encontrar um estrelato
temporário. Daniel demonstrou sua sabedoria não somente pela sua maneira de
viver, mas também pela influência da sua vida e testemunho.
A Bíblia nos diz como podemos
refulgir sendo sábios e levando muitos à justiça de Deus (Dn 12.3). Se
partilharmos o conhecimento de nosso Senhor com outros, podemos ser estrelas
verdadeiras – radiantemente belas aos olhos de Deus.