terça-feira, 9 de setembro de 2014

Uma estrela verdadeira


Dn 12.3 
Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente.

Daniel era ainda muito jovem quando foi levado como cativo, na primeira leva de exilados de Judá (606 a.C). Era de família culta, da classe alta de Jerusalém, porquanto Nabucodonosor não escolheria jovens estrangeiros de classe inferior para sua corte real (Dn 1.3,4).

Este jovem aprendeu o máximo possível sobre a nova cultura, de modo que podia fazer seu trabalho com qualidade superior. Enquanto aprendia, no entanto, mantinha constante submissão a Deus e recebia dEle habilidade e sabedoria (Dn 1.17b).

O profeta Jeremias havia escrito que Deus não permitiria o retorno dos cativos por um período de 70 anos (Jr 25.11).  Ciente desta profecia, Daniel percebeu que o período estava prestes a cumprir-se (Dn 9.2,3).

Um plano diabólico – O Diabo estava vendo que Daniel seria o homem que intercederia junto a Deus, com oração e jejum, para que os cativos de Israel retornassem à sua terra. No intuito de matá-lo, ele (o Diabo) agiu através da ira do rei Nabucodonosor (Dn 2.12,13).

A revelação do sonho esquecido - O rei teve uma série de sonhos que o deixou grandemente perturbado. Decidiu então submeter a um teste, os sábios de Babilônia; se pudessem contar-lhe o sonho saberia que eles lhe dariam a interpretação correta. Se não conseguissem, o rei destruiria a todos eles (Dn 2.5).

O pedido do rei era humanamente impossível. Mas Daniel podia declarar o que o rei sonhara e ainda revelar a sua interpretação, pois Deus operava através dele. Daniel salvou não somente a sua própria vida, mas também a de todos os demais sábios da Babilônia após o Senhor revelar-lhe o sonho e a sua interpretação (Dn 2.16-18).

Daniel se distinguiu em sabedoria naquela terra famosa por seus sábios e, finalmente, tornou-se o principal dos três oficiais mais importantes do então império Medo-Persa (Dn 5.29). Sua posição privilegiada enfureceu outros administradores, que tramaram sua morte convencendo o rei Dario, a expedir um decreto real dizendo que, durante trinta dias, qualquer pessoa que fizesse uma petição a qualquer deus ou homem que não fosse o rei seria lançada em uma cova de leões (Dn 6.6-9).

O decreto do rei não intimidou Daniel, nem fê-lo mudar seus hábitos de oração. Embora soubesse do perigo, suas janelas permaneciam abertas em direção a Jerusalém, onde antes existira o templo (2Cr 6.21). Não permitiu que nada o impedisse de fazer suas orações e dar graças diante de Deus (Dn 6.10; Fp 4.6). Por isso foi condenado a morrer em uma cova de leões famintos. Mas Deus tem meios imagináveis de livrar o seu povo e certamente livrou Daniel, fechando a boca dos leões (Dn 6.22).

Se, fazendo a vontade de Deus  somos combatidos com oposições, precisamos ser como Daniel e continuar a fazer com ousadia o que Deus nos instruiu a fazer, confiando que Ele nos protegerá (ver Rm 8.33; Gl 5.23).

Embora Daniel fosse cativo em uma terra estranha, sua devoção a Deus foi um testemunho para governantes poderosos; Nabucodonosor convenceu-se de que o Deus de Israel era real em virtude da fidelidade de Daniel. Dario também adquiriu certeza do poder de Deus porque Daniel foi fiel e Deus o resgatou (Dn 2.47; 6.25-27).

Muitas pessoas tentam ser estrelas no mundo de entretenimento, apenas para encontrar um estrelato temporário. Daniel demonstrou sua sabedoria não somente pela sua maneira de viver, mas também pela influência da sua vida e testemunho.

A Bíblia nos diz como podemos refulgir sendo sábios e levando muitos à justiça de Deus (Dn 12.3). Se partilharmos o conhecimento de nosso Senhor com outros, podemos ser estrelas verdadeiras – radiantemente belas aos olhos de Deus.