quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O preço da salvação e o favor de Deus


2Rs 5.5,6 
O Rei da Síria respondeu: “Vá. Eu lhe darei uma carta que você entregará ao rei de Israel”. Então Naamã partiu, levando consigo trezentos e cinqüenta quilos de prata, setenta e dois quilos de ouro e dez mudas de roupas finas. 6- A carta que levou ao rei de Israel dizia: “Junto com esta carta estou te enviando meu oficial Naamã, para que o cures da lepra”.

Naamã gozava de muitas vantagens: chefe do exército do rei da Síria, um grande homem diante do seu senhor, homem de muito respeito, um herói (porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios), homem valoroso, porém leproso (2Rs 5.1).

A lepra, quase como AIDS hoje, foi uma das doenças mais temidas da época. O fato de Naamã ainda se manter em seu posto, ou ele fora acometido de uma forma suave da doença ou ainda estava no estágio inicial desta grave enfermidade. Em qualquer caso, sua vida poderia ter sido tragicamente abreviada.

Uma menina israelita tinha sido levada cativa para a Síria e passou a servir à mulher de Naamã. Ela estava muito consciente da presença salvífica de Deus com o seu povo, por meio do profeta Eliseu e, de modo altruísta, compartilhou esse conhecimento com seus captores sírios. Em sua humilde posição, encontrou a oportunidade ideal para dizer o que o Todo Poderoso pode fazer. Ironicamente, a única esperança de este general ser curado veio dos israelitas (2Rs 5.3,4).

O orgulho de Naamã quase o impediu de receber a cura que Deus tinha para sua vida (2Rs 5.11-13). Ele esperava que fosse curado pela técnica mágica do profeta; pensava que, para um grande homem como ele, forçosamente haveria especial atenção e uma cura espetacular.

Freqüentemente nos preocupamos com a nossa posição e condição social, esperando receber algum tipo de reconhecimento pelo que fazemos; mas esta atitude não se enquadra nos ensinamentos bíblicos. A Bíblia diz “humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo, vos exalte (1Pe 5.6).

Eliseu recusou a recompensa de Naamã (2Rs 5.16) para mostrar que o favor de Deus não pode ser comprado. Jesus pagou um alto preço para resgatar-nos, porque nós mesmos não tínhamos condições de pagá-lo (Sl 49.6-8). Deus derramou Sua bondade sobre nós – e esta atitude recebe também o nome de graça. Ela representa o favor voluntário e amoroso de Deus concedido aos salvos (Ef 2.8,9).

Naamã buscou a cura do corpo e a recebeu juntamente com a cura da alma. 

Somos muito tolos ao tentar ajustar Deus aos nossos padrões – querer que Seus planos e propósitos sejam adequados aos nossos. Ao contrário, nós é que devemos nos ajustar aos planos dEle (Is 55.8,9), pois Ele conhece o futuro, e Seus planos para nós são bons e cheios de esperança (Jr 29.11).