quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A morte não é o fim


Jó 19.25-27
Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará sobre a terra. 26- E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. 27- Eu o verei com os meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o coração!

Muitas pessoas temem a morte porque não podem controlá-la ou compreendê-la. Para aqueles que crêem em Cristo, a morte é apenas uma passagem para a vida eterna com Deus (ver 2Co 5.8). Como crentes, podemos estar certos de que Deus não nos esquecerá quando morrermos, mas nos trará de volta à vida para que vivamos com Ele para sempre (ver 1Ts 4.14-17).

Todos nós enfrentamos limitações. Alguns podem ter deficiências físicas, mentais ou emocionais. Alguns podem ser cegos, mas podem ver um novo modo de viver. Alguns podem ser surdos, mas podem ouvir as Boas Novas de Deus. Alguns podem ser paralíticos, mas podem andar no amor de Deus. Além disso, todos têm o consolo de que tais deficiências são apenas temporárias. A Bíblia não revela tudo o que nosso corpo ressuscitado poderá fazer, mas sabemos que será perfeito, sem quaisquer fraquezas ou enfermidades. “... ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso” (Fp 3.21b). O Espírito Santo dentro de nós é nossa garantia de que Deus nos dará um corpo eterno na ressurreição (ver 2Co 5.5). Os cristãos que estiverem vivos naquele dia não terão de morrer, mas serão imediatamente transformados. Um som de trombeta introduzirá o novo céu e a nova terra (ver 1Co 15.50-53).

Paulo explicou como será o nosso corpo ressuscitado (ver 1Co 15.35-43). Comparou a ressurreição ao crescimento de uma semente em um jardim.  As sementes lançadas no solo não crescem a menos que “morram” primeiro. A planta que cresce parece diferente da semente, porque Deus lhe dá um novo “corpo”. Existem diferentes tipos de corpos – de pessoas, animais, peixes, pássaros. Até os anjos no céu tem corpos diferentes em beleza e glória.

Jó em sua declaração (Jó 19.25-27) tem a absoluta certeza de que a morte não é o fim da existência, e que um dia comparecerá na presença do seu Redentor e o verá com os próprios olhos. Em 1Jo 3.2 João escreveu: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é”.

A fidelidade a Deus tem uma rica recompensa, não necessariamente nesta vida, mas certamente na que está por vir.

Texto em memória do meu irmão Manoel Mendes Neto, que partiu desta vida em 11/09/2017 para uma vida melhor, deixando muita saudade!


abonbiblia@hotmail.com

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Nunca vimos nada igual


Mc 2.1-12
Poucos dias depois, tendo Jesus entrado novamente em Cafarnaum, o povo ouviu falar que ele estava em casa. 2- Então muita gente se reuniu ali, de forma que não havia lugar nem junto à porta. 3- Vieram alguns homens, trazendo-lhe um paralítico, carregado por quatro deles. 4- Não podendo levá-lo até Jesus, por causa da multidão, removeram parte da cobertura do lugar onde Jesus estava e, pela abertura do teto, baixaram a maca em que estava deitado o paralítico. 5- Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os seus pecados estão perdoados”. 6- Estavam sentados ali alguns mestres da lei, raciocinando em seu íntimo: 7- “Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?” 8- Jesus percebeu logo em seu espírito que era isso que eles estavam pensando e lhes disse: “Por que vocês estão remoendo essas coisas em seu coração? 9- Que é mais fácil dizer ao paralítico: Os seus pecados estão perdoados, ou: Levante-se, pegue a sua maca e ande? 10- Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados” – disse ao paralítico – 11- “eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa”. 12- Ele se levantou, pegou a sua maca e saiu à vista de todos, que, atônito, glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos nada igual!”

Naquela época, as casas eram feitas de pedra. Tinham telhados planos, feitos de barro misturado com palha. Escadas externas davam acesso ao telhado. Aqueles amigos devem ter carregado o paralítico pela escada externa até o telhado; então, removeram a mistura de barro e palha o suficiente para descer o amigo até a presença de Jesus.

V. 5- “Vendo a fé que eles tinham” – Jesus reconheceu que a ação ousada do paralítico e dos seus amigos servia de comprovação da fé que tinham e atendeu à necessidade mais profunda do homem: o perdão. Ele não podia andar, mas a primeira preocupação de Jesus foi com o estado espiritual daquele paralítico que não o conhecia como Salvador e Senhor.

V. 6- Os “mestres da lei” – Também chamados “escribas”, eram estudiosos judeus da época, profissionais do desenvolvimento, ensino e aplicação da Lei. Esses líderes religiosos passavam muitas horas definindo e discutindo a enorme relação de tradições religiosas que haviam acumulado por mais de quatrocentos anos, desde o retorno dos judeus do exílio babilônico. Estavam tão preocupados com estas tradições humanas, que freqüentemente perdiam de vista as Escrituras (ver Mt 15.2).

V. 7- “... Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?” – Quando Jesus disse ao paralítico que seus pecados estavam perdoados, os líderes judeus acusaram-no de blasfemar. Eles perceberam que Jesus estava reivindicando ser Deus, o que não entenderam é que Ele é realmente Deus.

V. 9- “Que é mais fácil dizer...” – Para Jesus, era infinitamente mais fácil curar ao doente, pois para pagar a dívida do nosso pecado, Ele ofereceu a sua vida, “Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45). O que Jesus queria ressaltar era, decerto, que nem perdoar pecados, nem curar era mais fácil. As duas coisas são igualmente impossíveis aos homens, mas possíveis a Deus.

V. 10- “Filho do homem” – Esta expressão enfatiza que Jesus, ao encarnar, tornou-se humano, “... que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6, 7). Como Filho de Deus, Jesus tem autoridade para perdoar pecados. Como homem, Ele se identifica com nossas mais profundas necessidades e sofrimentos e pode nos ajudar a vencer o pecado.

V. 11- “... Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa” – O milagre de Jesus demonstrou a veracidade de suas palavras.

V. 12- “Ele se levantou, pegou a sua maca e saiu à vista de todos, que, atônitos, glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos nada igual!”

Os milagres não são apenas acontecimentos sobrenaturais, são demonstrações do poder de Deus. Quase todos os milagres de Jesus renovam a criação decaída; Ele restaurou visão, fez coxo andar e até restituiu a vida a mortos.

Creia em Cristo não porque Ele é sobrenatural, mas porque é o Deus que continua a sua criação, mesmo naqueles que são pobres, fracos, paralíticos, órfãos, cegos, surdos, ou que tenham alguma necessidade urgente de restauração.