Jo 19.28-30
Mais tarde, sabendo então que
tudo estava concluído, para que a Escritura se cumprisse, Jesus disse: “Tenho
sede”. 29 Estava ali uma vasilha cheia de vinagre. Então embeberam uma esponja
nela, colocaram a esponja na ponta de um caniço de hissopo e a ergueram até os
lábios de Jesus. 30 Tendo-o provado, Jesus disse: “Está consumado!” Com isso,
curvou a cabeça e entregou o espírito.
Tenho sede – A primeira bebida
que lhe ofereceram tinha mirra, como entorpecente (Mc 15.23). Era costume
judaico, amenizar, através de entorpecentes, os sofrimentos do crucificado;
aquela bebida, Jesus recusou.
O vinagre que fora dado a Jesus
(v.29) era um vinho amargo e barato que os soldados romanos bebiam enquanto
esperavam pela morte daqueles que eram crucificados. Ao tomar vinagre, Jesus
cumpriu a profecia do Salmo 69.21: “na minha sede me deram a beber vinagre”.
Até aquele momento, a expiação
dos pecados era feita por meio de um sistema sacrificial complicado. O pecado
separa as pessoas de Deus (Is 59.2); somente pelo sacrifício de um animal, um
substituto do pecador, este poderia ser perdoado e ser considerado limpo diante
de Deus.
Mas as pessoas pecavam
continuamente; assim os sacrifícios eram exigidos frequentemente. No entanto,
Jesus se tornou o supremo e derradeiro sacrifício pelo pecado. Por meio de sua
morte, o complexo sistema sacrificial teve fim, porque Jesus levou todos os
pecados sobre Si. A partir de então, todas as pessoas podem aproximar-se
livremente de Deus por intermédio de Cristo (Hb 9.1-14; 10.19-22).
Jesus veio para consumar a obra
de Deus, a salvação (Jo 4.34; 17.4), a fim de pagar o preço, cumprir a pena
total por nossos pecados. A palavra “consumado” significa “completamente
acabado”. Este foi o grande brado de triunfo (Mc 15.37). A dívida do pecado
humano foi paga, e o plano da salvação cumprido.
O fato de Jesus ter se assentado "à destra da Majestade, nas alturas" (Hb 1.3), significa que o trabalho da redenção da humanidade estava consumado de modo único e perfeito, eternamente. Jesus entregou voluntariamente a
Sua vida à morte (Jo 10.18). Não como mártir, mas como sacrifício de infinito
valor (Is 53.10). Como um vencedor que completara o que viera fazer.
Aquele que sofreu a sede na cruz
ofereceu Sua vida para saciar a sede espiritual do mundo (Jo 7.37-39). O que
podemos dizer diante de tanto amor? Como responderemos a Ele?