sábado, 22 de fevereiro de 2014

Está consumado


Jo 19.28-30
Mais tarde, sabendo então que tudo estava concluído, para que a Escritura se cumprisse, Jesus disse: “Tenho sede”. 29 Estava ali uma vasilha cheia de vinagre. Então embeberam uma esponja nela, colocaram a esponja na ponta de um caniço de hissopo e a ergueram até os lábios de Jesus. 30 Tendo-o provado, Jesus disse: “Está consumado!” Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito.

Tenho sede – A primeira bebida que lhe ofereceram tinha mirra, como entorpecente (Mc 15.23). Era costume judaico, amenizar, através de entorpecentes, os sofrimentos do crucificado; aquela bebida, Jesus recusou.

O vinagre que fora dado a Jesus (v.29) era um vinho amargo e barato que os soldados romanos bebiam enquanto esperavam pela morte daqueles que eram crucificados. Ao tomar vinagre, Jesus cumpriu a profecia do Salmo 69.21: “na minha sede me deram a beber vinagre”.

Até aquele momento, a expiação dos pecados era feita por meio de um sistema sacrificial complicado. O pecado separa as pessoas de Deus (Is 59.2); somente pelo sacrifício de um animal, um substituto do pecador, este poderia ser perdoado e ser considerado limpo diante de Deus.

Mas as pessoas pecavam continuamente; assim os sacrifícios eram exigidos frequentemente. No entanto, Jesus se tornou o supremo e derradeiro sacrifício pelo pecado. Por meio de sua morte, o complexo sistema sacrificial teve fim, porque Jesus levou todos os pecados sobre Si. A partir de então, todas as pessoas podem aproximar-se livremente de Deus por intermédio de Cristo (Hb 9.1-14; 10.19-22).

Jesus veio para consumar a obra de Deus, a salvação (Jo 4.34; 17.4), a fim de pagar o preço, cumprir a pena total por nossos pecados. A palavra “consumado” significa “completamente acabado”. Este foi o grande brado de triunfo (Mc 15.37). A dívida do pecado humano foi paga, e o plano da salvação cumprido.

O fato de Jesus ter se assentado "à destra da Majestade, nas alturas" (Hb 1.3), significa que o trabalho da redenção da humanidade estava consumado de modo único e perfeito, eternamente. Jesus entregou voluntariamente a Sua vida à morte (Jo 10.18). Não como mártir, mas como sacrifício de infinito valor (Is 53.10). Como um vencedor que completara o que viera fazer.

Aquele que sofreu a sede na cruz ofereceu Sua vida para saciar a sede espiritual do mundo (Jo 7.37-39). O que podemos dizer diante de tanto amor? Como responderemos a Ele?