segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Deus criador


Gn 1.1 No princípio Deus criou os céus e a terra.

A simples afirmação de que Deus criou os céus e a terra é um dos conceitos mais desafiadores que confrontam a mente moderna. A Bíblia não discute o tema da evolução. Pelo contrário, seu parecer afirma que Deus criou o mundo. A verdade desse versículo magnífico foi afirmada com júbilo por poetas (Sl 102.25) e profetas (Is 40.21).

No AT hebraico, o verbo traduzido por “criar” só é usado no tocante à atividade divina, nunca à humana. A Bíblia não apenas nos diz que o mundo foi feito por Deus, mas também, nos mostra quem Ele é. Revela-nos a personalidade de Deus, o seu caráter e o seu plano para a criação. Como Criador, Ele é distinto da criação. Ele é eterno e está no controle do mundo. Além disso, a Bíblia também revela o desejo mais profundo de Deus que é relacionar-se com as pessoas que Ele criou.

Como exatamente Deus criou a terra? Este continua sendo um tema de grandes debates. Quase todas as antigas religiões têm sua própria história para explicar a criação do universo. E quase todo cientista possui uma opinião sobre a origem do universo. Mas apenas a Bíblia mostra um único Deus supremo criando a terra por seu grande amor e dando às pessoas um lugar especial nela.

Os céus e a terra estão aqui. Nós estamos aqui. Deus criou tudo que vemos e experimentamos. O livro de Gênesis se inicia assim: “No princípio Deus criou os céus e a terra”. Aqui começamos a mais excitante e completa jornada imaginável.

Deus tinha razões específicas para criar o mundo: criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder (Sl 19.1). Quando olhamos para sua imensa e maravilhosa criação – desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza – ficamos tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.

Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a humanidade fossem cumpridos.

A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “...com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).

Deus é amor, e o amor é melhor expressado em direção a algo ou alguém – assim, Deus criou o mundo e as pessoas como uma expressão do seu amor.


sábado, 3 de janeiro de 2015

Ele nunca te deixará só


1Rs 19.9b-10 
E a palavra do Senhor veio a ele: “O que você está fazendo aqui, Elias?” 10 Ele respondeu: “Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, o Deus dos Exércitos. Os israelitas rejeitaram a tua aliança, quebraram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Sou o único que sobrou, e agora também estão procurando matar-me”.

Elias foi um grande profeta reformista que desafiou o Reino do norte, Israel, a arrepender-se. Ele causou a morte dos profetas de Baal, e por isso era uma pedra de tropeço para Jezabel, esposa de Acabe, rei de Israel.

Esses falsos profetas eram um obstáculo para a divulgação da Palavra de Deus ao povo. O trabalho deles era divinizar o rei e a rainha e ajudar a perpetuar seu reino. Para tanto, entregavam mensagens que contradiziam as palavras dos mensageiros do Senhor.

Jezabel estava enfurecida pela morte de seus profetas. Os que lhe apoiavam foram eliminados e seu orgulho e autoridade estavam arruinados. Pelo fato de não poder controlar as ações de Elias que entregava apenas mensagens verdadeiras, Jezabel jurou matá-lo (1Rs 19.2).

Tomado de cansaço, desânimo e tristeza, Elias orou pedindo a Deus que Ele o dispensasse do pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial (v. 4). Tinha chegado a uma conclusão errada de que ele era o único que batalhava pela verdade e justiça de Deus (cf v. 10, 14; 18.22).

Mas, embora estivesse só em seu confronto com Acabe e Jezabel, ele não era o único em Israel que cria no Senhor. Deus o informou que outros sete mil ainda se mantinham fiéis a Ele (1Rs 19.18).

Elias era um herói da fé, mas também era um “vaso de barro” (2Co 4.7; Tg 5.17). Experimentou as profundezas da fadiga e do desânimo logo após suas grandes vitórias espirituais (1Rs 19.3ss).

Quando nos sentirmos fatigados após uma grande experiência espiritual, lembremo-nos de que o propósito de Deus para a nossa vida ainda não está terminado (v. 15,16). Ele sempre tem mais recursos e pessoas do que sabemos.

Nunca estamos tão sós quanto podemos pensar ou nos sentir. Deus está conosco e certamente nos dará a capacitação e proverá o necessário para que possamos completar a tarefa.