Jo 17.4
Eu Te glorifiquei na terra,
completando a obra que me deste a fazer.
A crucificação era uma forma romana de
execução, utilizada como um exemplo para o povo, a fim de que não se insurgisse
contra Roma. Os soldados romanos levaram Jesus ao Pretório e ali escarneceram
dEle, vestindo-O com um manto escarlate e pondo em Sua cabeça uma coroa de
espinhos.
Como advertência ao povo,
freqüentemente eram colocados na cruz dizeres que informavam o crime do
condenado. Como Jesus era inocente, a única acusação foi a de ser “Rei dos
judeus” (ver Mc 15.26). O título estava escrito em três idiomas: hebraico,
latim e grego, a fim de que fosse entendido pelos judeus nativos, pelas forças
de ocupação romanas e pelos estrangeiros e judeus que visitavam a cidade.
Esse título foi colocado sobre a cruz
por ironia. Um rei despido, quase nu, executado publicamente, tinha obviamente
perdido o Seu reino para sempre. Mas Jesus, que transtorna a sabedoria do mundo
(ver Is 44.25), ao morrer, tomava posse do Seu reino.
Até aquele momento, as pessoas
ofereciam por seus pecados, sacrifícios de animais. A cada manhã e a cada
anoitecer, um cordeiro era sacrificado no Templo pelos pecados do povo (ver Ex
29.38-42). O Cordeiro de Deus (Jo 1.29) morreu para ser o supremo sacrifício
oferecido pelos pecados da humanidade (ver Ap 5.6-14).
Sua morte e ressurreição destituíram o
poder de Satanás com um golpe mortal, e estabeleceriam a eterna autoridade de
Jesus sobre a terra. Não estava tudo perdido. Jesus morreu como um vencedor que
completara o que viera fazer.
A palavra “consumado” (Jo 19.30)
significa “completamente acabado”, nossa dívida foi paga. Ele veio para
consumar a obra de Deus, a salvação (ver Jo 17.4), a fim de pagar o preço,
cumprir a pena total por nossos pecados.
“E, desde a hora sexta, houve trevas sobre
toda a terra, até à hora nona” (Mt 27.45). A natureza estava testemunhando a
gravidade da morte de Jesus. A escuridão cobriu toda a terra por cerca de três
horas em pleno dia. Toda a natureza parecia lamentar a trágica morte do Filho
de Deus!
Nós tivemos uma participação
importante no drama daquela tarde, porque nossos pecados também estavam
representados naquela cruz. Jesus sofreu por nós, suportando os nossos pecados,
para que nos tornássemos aceitáveis a Deus. Este foi o maior ato de genuíno
amor da História! O que podemos dizer diante de tanto amor?