Mt 10.38
“E quem não toma a sua cruz e
não segue após mim não é digno de mim”.
Muitos judeus consideravam as boas
novas de Jesus Cristo uma tolice, porque pensavam que o Messias seria um rei
conquistador acompanhado por sinais e milagres (ver Jo 7.31). Jesus não restaurou
o trono de Davi como esperavam (At 1.6). Além disso, foi executado como um
amaldiçoado (Gl 3.13). Como poderia ser o Salvador?
Os gregos também consideravam as boas
novas uma tolice: não criam na ressurreição, não viam em Jesus as poderosas
características de seus deuses mitológicos (ver 1Co 1.22) e pensavam que
nenhuma pessoa respeitável seria crucificada. Para eles, a morte era a derrota,
não a vitória.
O evangelho de Jesus Cristo ainda
parece tolice para muitos. Nossa sociedade venera o poder, a influência e a
riqueza. Jesus veio ao mundo como um servo humilde e pobre (Is 53.3). Ele
oferece Seu Reino àqueles que têm fé, e não aos que fazem todos os tipos de
boas ações para tentar alcançar a salvação. Isso pode parecer tolice para o
mundo, mas o Cristo crucificado é o poder que salva e a sabedoria que
transforma a aparente estultícia no mais elevado discernimento (1Co 1.24).
O mundo está cheio de seduções.
Diariamente somos abertamente confrontados por meio de sutis pressões culturais
e propagandas. A única maneira de escapar dessas influências destrutivas é
pedindo que Deus nos ajude a crucificar nosso interesse por elas, como disse
Paulo: “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso
Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu
para o mundo” (Gl 6.14).
A vida cristã exige que desistamos de
qualquer coisa que coloque em risco o nosso relacionamento com Deus, e
concentremo-nos em Jesus, alvo e objetivo da nossa fé. Ele é tanto o ponto de
partida quanto a meta da corrida (ver Hb 12.2).
Cristo nos chama para uma missão maior
do que simplesmente desfrutar de conforto e tranqüilidade nesta vida.
Carregar a cruz diz respeito ao
esforço heróico necessário para seguir a Jesus em todos os momentos, fazendo a
vontade dEle, em meio às dificuldades do presente e quando o futuro parecer
pouco promissor.
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