segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Tua palavra




Sl 119.89 “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu”.

O tema do Salmo 119 é a profundidade e sabedoria da Palavra de Deus. Segundo a narrativa da criação, as coisas vieram a existir à medida que Deus falava a sua palavra (ver Gn 1.3,4, 6, 7,9). Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.6,9); e pelo escritor aos Hebreus: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados” (Hb 11.3).

A ordem segura dos céus e da terra declara a verdade reanimadora de que a Palavra de Deus, mediante a qual Ele sustenta e governa todas as coisas é duradoura e fidedigna. E essa é a verdade maior que confirma a confiança de justo na fidedignidade das leis e promessas de Deus (ver Sl 119.89,90, 91).

Aquele cuja soberania tem deixado em segurança o mundo também tem dado ao seu povo diretrizes estáveis e fidedignas. Suas leis nos advertem, dão sabedoria, renovam a nossa força, trazem alegria ao nosso entendimento e garantem nossa recompensa (ver Sl 19.11).

A Bíblia não é uma coleção de histórias, fábulas, mitos ou idéias meramente humanas a respeito de Deus. Paulo afirma a total participação de Deus nos livros das Escrituras, participação tão poderosa e difusa, que o que foi escrito é a Palavra de Deus (ver 2Tm 3.16). Pedro também atesta a divina origem e autoridade das profecias das Escrituras (ver 2Pe 1.20,21).

Os escritores do Antigo Testamento estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de Deus, conforme Dt 18.18: ‘Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu ordenar’. Embora tivessem usado suas próprias mentes, talentos, linguagem e estilo, eles escreveram o que Deus queria que escrevessem.

Toda glória e realizações humanas, tais como a cultura, a ciência, a filosofia estão em constante mudança. As posses, as realizações, as pessoas – no final desvanecerá e desaparecerá (ver Tg 4.13-17).

As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de Deus, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em Cristo Jesus. Por isso, elas são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou declaração de instituições religiosas iguala-se à autoridade das Escrituras.

Somos mortais, mas a Palavra de Deus é eterna e infalível. A opinião pública pode variar, e não é confiável, mas a lei de Deus é fundamentada com firmeza no seu caráter moral imutável: “os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mc 13.31).

Em um mundo instável, Cristo é a nossa única segurança. Se confiarmos nEle, estaremos absolutamente seguros. A verdade de suas palavras nunca mudará nem será revogada.