Sl 119.89 “Para sempre, ó
Senhor, a tua palavra permanece no céu”.
O tema do Salmo 119 é a
profundidade e sabedoria da Palavra de Deus. Segundo a narrativa da criação, as
coisas vieram a existir à medida que Deus falava a sua palavra (ver Gn 1.3,4,
6, 7,9). Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do Senhor foram feitos
os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca. Porque falou, e
tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.6,9); e pelo escritor aos
Hebreus: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram
criados” (Hb 11.3).
A ordem segura dos céus e da
terra declara a verdade reanimadora de que a Palavra de Deus, mediante a qual
Ele sustenta e governa todas as coisas é duradoura e fidedigna. E essa é a
verdade maior que confirma a confiança de justo na fidedignidade das leis e promessas
de Deus (ver Sl 119.89,90, 91).
Aquele cuja soberania tem
deixado em segurança o mundo também tem dado ao seu povo diretrizes estáveis e
fidedignas. Suas leis nos advertem, dão sabedoria, renovam a nossa força,
trazem alegria ao nosso entendimento e garantem nossa recompensa (ver Sl
19.11).
A Bíblia não é uma coleção de
histórias, fábulas, mitos ou idéias meramente humanas a respeito de Deus. Paulo
afirma a total participação de Deus nos livros das Escrituras, participação tão
poderosa e difusa, que o que foi escrito é a Palavra de Deus (ver 2Tm 3.16).
Pedro também atesta a divina origem e autoridade das profecias das Escrituras
(ver 2Pe 1.20,21).
Os escritores do Antigo
Testamento estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram
é a Palavra de Deus, conforme Dt 18.18: ‘Eis que lhes suscitarei um profeta do
meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele
lhes falará tudo o que eu ordenar’. Embora tivessem usado suas próprias mentes,
talentos, linguagem e estilo, eles escreveram o que Deus queria que
escrevessem.
Toda glória e realizações
humanas, tais como a cultura, a ciência, a filosofia estão em constante
mudança. As posses, as realizações, as pessoas – no final desvanecerá e
desaparecerá (ver Tg 4.13-17).
As Sagradas Escrituras são o
testemunho infalível e verdadeiro de Deus, na sua atividade salvífica a favor
da humanidade, em Cristo Jesus. Por isso, elas são incomparáveis, eternamente
completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou
declaração de instituições religiosas iguala-se à autoridade das Escrituras.
Somos mortais, mas a Palavra
de Deus é eterna e infalível. A opinião pública pode variar, e não é confiável,
mas a lei de Deus é fundamentada com firmeza no seu caráter moral imutável: “os
céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mc 13.31).
Em um mundo instável, Cristo é
a nossa única segurança. Se confiarmos nEle, estaremos absolutamente seguros. A
verdade de suas palavras nunca mudará nem será revogada.
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