sábado, 13 de fevereiro de 2016

O Deus do impossível


Jr 32.17 
“Ah! Soberano Senhor, tu fizeste os céus e a terra pelo teu grande poder e por teu braço estendido. Nada é difícil demais para ti”.

“Existe alguma coisa impossível para o Senhor?” (Gn 18.14) – Sara foi a esposa de Abraão. Eles foram impossibilitados de ter filhos durante muitos anos de seu casamento. Após receber repetidas promessas, a visita de dois anjos e a manifestação do próprio Deus, Sara, já ultrapassada em muito, a idade de ter filhos, finalmente exultou de surpresa e alegria com o nascimento de Isaque. Quem poderia acreditar que Abraão teria um filho aos cem anos de idade? Mas fazer o impossível é uma atividade diária para Deus (ver Gn 15.14; 17.17,19; 21.1-3).

Deus havia prometido tirar o seu povo do Egito (Gn 15.16; 46.3,4) – Durante muito tempo, as pessoas esperaram o cumprimento desta promessa, mas Deus resgatou quando chegou a hora certa. Moisés, a fim de escapar do castigo por ter matado um egípcio, fugiu para Midiã. Somente muitos anos após este incidente, ele ficou pronto para servir a Deus e libertar Israel das garras de Faraó. Não foi fácil para Moisés acreditar que ele e seu povo escapariam do Egito, mas confiou em Deus (ver Ex 3.1-4.20).

Ana tinha bons motivos para se sentir desencorajada e amargurada - Ela não podia gerar filhos; compartilhava seu marido com uma mulher que a ridicularizava; e até o sumo sacerdote confundiu seus motivos. Mas ao invés de retaliar ou perder as esperanças, Ana orou. Ela levou seu problema honestamente diante de Deus (ver 1Sm 1.1-19).

Davi fora ungido rei, particularmente por Samuel (1Sm 16.13) – Saul era legalmente o monarca, mas Deus preparava o filho de Jessé para assumir responsabilidades futuras. Só muito mais tarde Davi foi apresentado publicamente como rei de Israel. Não foi fácil para Davi acreditar que se tornaria rei, mesmo após ser ungido. Mas ele confiou em Deus (ver 2Sm 2.4; 5.3-12).

Jeremias recebeu ordens do Senhor para comprar um campo em Anatote, sua cidade natal, local já controlado pelas forças da Babilônia. Não foi fácil para Jeremias comprar publicamente uma terra já tomada pelo inimigo (certamente um mau investimento), porém ele orou a Deus e confiou em suas promessas (ver Jr 32.1-12, 15-17).

Maria era jovem, pobre e mulher, todas as características que fariam com que ela parecesse inapta, aos olhos das pessoas da época, para executar qualquer tarefa importante para Deus. Mas Ele a escolheu para uma das mais importantes missões, que exigia uma obediência jamais solicitada. Maria se sujeitou graciosamente, mesmo sob circunstâncias humanamente impossíveis. Ela seria a mãe do Messias, o Salvador prometido por Deus (ver Lc 1.26-35,38).

Também não é fácil para nós crermos que Deus pode cumprir suas promessas aparentemente “impossíveis”, mas devemos confiar nEle. Deus, que operou na vida de heróis bíblicos, também operará em nossa vida, se o permitirmos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Pela fé


Fp 4.4 
“Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!”

A Bíblia nos fala de dois tipos de alegria: a que vem de conhecer e confiar em Deus e a que vem como resultado de circunstâncias agradáveis (ver Sl 4.7). A primeira será constante se confiarmos em Deus; a segunda é circunstancial, portanto imprevisível. O profeta Habacuque declara que, mesmo que Deus enviasse sofrimentos e perdas, ainda se regozijaria no seu Deus Salvador – uma das afirmações de fé mais marcantes de toda a Bíblia (cf. Hc 3.17,18).

A fé em Jesus Cristo é a única condição prévia que Deus requer do homem para a salvação. Ela não é somente uma confissão a respeito de Cristo, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a Cristo como Senhor e Salvador (Jo 12.26). Tendo em vista a revelação da parte de Deus a respeito de como (e quando) Ele está operando, seu povo deve esperar com paciência e viver pela fé – confiando no seu Deus soberano (cf. Hc 2.4), a despeito de todas as circunstâncias.

Numa ocasião passada, Pedro rebelara-se contra a idéia de que Cristo sofreria, quando Jesus preparava os discípulos para os sofrimentos e para a morte que lhe aguardavam (ver Mt 16.21-23). Mais tarde Pedro declarou: “Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria” (1Pe 4.13).

Quando o apóstolo Paulo diz: “cumpro o resto das aflições de Cristo” (ver Cl 1.24), ele não quer dizer que o sofrimento de Cristo tenha sido insuficiente para salvá-lo, nem que haja uma parcela predeterminada de sofrimento que deve ser paga por todos os crentes. Paulo poderia estar dizendo que o sofrimento é inevitável ao levar as Boas Novas de Cristo ao mundo perdido, mas que esse sofrimento pode ser suportado alegremente, porque Ele transforma vidas e leva as pessoas ao Reino de Deus (ver 1Pe 4.12-19).

“Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se” (Fp 4.4). Parece estranho que um homem encarcerado pudesse estar pedindo a uma igreja que se regozijasse. Mas Paulo nos ensina uma importante lição: nossa atitude interior não precisa refletir nossas circunstâncias exteriores. Ele estava cheio de alegria por saber que, a despeito daquilo que lhe viesse acontecer, Jesus Cristo estava ao seu lado.

É fácil nos sentirmos desencorajados perante circunstâncias desagradáveis ou tratarmos com excessiva seriedade os assuntos de menor importância. Se você não tem se sentido muito alegre ultimamente, é possível que não esteja contemplando a vida sob a perspectiva correta.