segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Pela fé


Fp 4.4 
“Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!”

A Bíblia nos fala de dois tipos de alegria: a que vem de conhecer e confiar em Deus e a que vem como resultado de circunstâncias agradáveis (ver Sl 4.7). A primeira será constante se confiarmos em Deus; a segunda é circunstancial, portanto imprevisível. O profeta Habacuque declara que, mesmo que Deus enviasse sofrimentos e perdas, ainda se regozijaria no seu Deus Salvador – uma das afirmações de fé mais marcantes de toda a Bíblia (cf. Hc 3.17,18).

A fé em Jesus Cristo é a única condição prévia que Deus requer do homem para a salvação. Ela não é somente uma confissão a respeito de Cristo, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a Cristo como Senhor e Salvador (Jo 12.26). Tendo em vista a revelação da parte de Deus a respeito de como (e quando) Ele está operando, seu povo deve esperar com paciência e viver pela fé – confiando no seu Deus soberano (cf. Hc 2.4), a despeito de todas as circunstâncias.

Numa ocasião passada, Pedro rebelara-se contra a idéia de que Cristo sofreria, quando Jesus preparava os discípulos para os sofrimentos e para a morte que lhe aguardavam (ver Mt 16.21-23). Mais tarde Pedro declarou: “Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria” (1Pe 4.13).

Quando o apóstolo Paulo diz: “cumpro o resto das aflições de Cristo” (ver Cl 1.24), ele não quer dizer que o sofrimento de Cristo tenha sido insuficiente para salvá-lo, nem que haja uma parcela predeterminada de sofrimento que deve ser paga por todos os crentes. Paulo poderia estar dizendo que o sofrimento é inevitável ao levar as Boas Novas de Cristo ao mundo perdido, mas que esse sofrimento pode ser suportado alegremente, porque Ele transforma vidas e leva as pessoas ao Reino de Deus (ver 1Pe 4.12-19).

“Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se” (Fp 4.4). Parece estranho que um homem encarcerado pudesse estar pedindo a uma igreja que se regozijasse. Mas Paulo nos ensina uma importante lição: nossa atitude interior não precisa refletir nossas circunstâncias exteriores. Ele estava cheio de alegria por saber que, a despeito daquilo que lhe viesse acontecer, Jesus Cristo estava ao seu lado.

É fácil nos sentirmos desencorajados perante circunstâncias desagradáveis ou tratarmos com excessiva seriedade os assuntos de menor importância. Se você não tem se sentido muito alegre ultimamente, é possível que não esteja contemplando a vida sob a perspectiva correta.