Fp 4.4
“Alegrem-se sempre no
Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!”
A Bíblia nos fala de dois tipos
de alegria: a que vem de conhecer e confiar em Deus e a que vem como resultado
de circunstâncias agradáveis (ver Sl 4.7). A primeira será constante se
confiarmos em Deus; a segunda é circunstancial, portanto imprevisível. O
profeta Habacuque declara que, mesmo que Deus enviasse sofrimentos e perdas,
ainda se regozijaria no seu Deus Salvador – uma das afirmações de fé mais
marcantes de toda a Bíblia (cf. Hc 3.17,18).
A fé em Jesus Cristo é a única
condição prévia que Deus requer do homem para a salvação. Ela não é somente uma
confissão a respeito de Cristo, mas também uma ação dinâmica, que brota do
coração do crente que quer seguir a Cristo como Senhor e Salvador (Jo 12.26). Tendo
em vista a revelação da parte de Deus a respeito de como (e quando) Ele está
operando, seu povo deve esperar com paciência e viver pela fé – confiando no
seu Deus soberano (cf. Hc 2.4), a despeito de todas as circunstâncias.
Numa ocasião passada, Pedro
rebelara-se contra a idéia de que Cristo sofreria, quando Jesus preparava os
discípulos para os sofrimentos e para a morte que lhe aguardavam (ver Mt 16.21-23).
Mais tarde Pedro declarou: “Mas alegrem-se à medida que participam dos
sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês
exultem com grande alegria” (1Pe 4.13).
Quando o apóstolo Paulo diz: “cumpro
o resto das aflições de Cristo” (ver Cl 1.24), ele não quer dizer que o
sofrimento de Cristo tenha sido insuficiente para salvá-lo, nem que haja uma
parcela predeterminada de sofrimento que deve ser paga por todos os crentes.
Paulo poderia estar dizendo que o sofrimento é inevitável ao levar as Boas
Novas de Cristo ao mundo perdido, mas que esse sofrimento pode ser suportado
alegremente, porque Ele transforma vidas e leva as pessoas ao Reino de Deus
(ver 1Pe 4.12-19).
“Alegrem-se sempre no Senhor.
Novamente direi: alegrem-se” (Fp 4.4). Parece estranho que um homem encarcerado
pudesse estar pedindo a uma igreja que se regozijasse. Mas Paulo nos ensina uma
importante lição: nossa atitude interior não precisa refletir nossas circunstâncias
exteriores. Ele estava cheio de alegria por saber que, a despeito daquilo que
lhe viesse acontecer, Jesus Cristo estava ao seu lado.
É fácil nos sentirmos
desencorajados perante circunstâncias desagradáveis ou tratarmos com excessiva
seriedade os assuntos de menor importância. Se você não tem se sentido muito
alegre ultimamente, é possível que não esteja contemplando a vida sob a
perspectiva correta.
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