Mt 17.1-8
Seis dias depois, Jesus
tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou, em particular, a
um alto monte. 2- Ali Ele foi transfigurado diante deles. Sua face brilhou como
o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz. 3- Naquele mesmo momento
apareceram diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus. 4- Então Pedro
disse a Jesus: “Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas:
uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”. 5- Enquanto ele ainda estava
falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: “Este
é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!” 6- Ouvindo isso, os discípulos
prostraram-se com o rosto em terra e ficaram aterrorizados. 7- Mas Jesus se
aproximou, tocou neles e disse: “Levantem-se! Não tenham medo!” 8- E erguendo
eles os olhos, não viram mais ninguém a não ser Jesus.
A transfiguração foi: 1) uma
revelação da glória do Filho de Deus, glória agora ocultada, mas por revelar-se
plenamente quando Ele voltar, 2) uma confirmação do ensino difícil dado aos
discípulos em Cesaréia de Filipe (ver Mt 16.13-20) e 3) uma experiência
benéfica para os discípulos, que se sentiam desanimados depois de terem sido
relembrados, não muito antes, do sofrimento e da morte iminente de Jesus (ver
Mt 16.21). Na sua transfiguração, Jesus foi transformado na presença de três de
seus discípulos: Pedro, Tiago e João, os quais viram Jesus no seu estado
glorificado (ver Mt 17.1-3).
Pedro talvez tenha desejado
levantar novas tendas de encontro (v. 4), nas quais Deus pudesse comunicar-se
de novo com seu povo (ver Ex 29.42). Ou talvez tenha pensado nas cabanas usadas
na Festa das Cabanas (ver Lv 23.42). Seja como for, parecia muito desejoso de
ver naquele instante o cumprimento da glória prometida, antes dos sofrimentos
que Jesus declarara necessário. Mas, esta não era uma ocasião para agir,
tratava-se de um momento de louvor e adoração.
“Este é o meu Filho amado em quem
me agrado” (v. 5). Essas foram as mesmas palavras que saíram do céu quando
Jesus foi batizado (ver Mt 3.17). A transfiguração revelou a divina natureza de
Cristo. A voz de Deus exaltou a Jesus acima de Moisés e de Elias, pois Ele foi
apresentado como o tão esperado Messias, com plena autoridade divina. Moisés
representava a lei; Elias, os profetas. A aparição deles no monte foi para
demonstrar que Jesus é o cumprimento da lei do Antigo Testamento e das
promessas que foram feitas por Deus por intermédio dos profetas (ver Mt 5.17).
Jesus Cristo é muito mais do que
um grande líder, um bom exemplo, uma boa influência ou um grande profeta. De
forma clara, Deus identificou Jesus como seu Filho, assim Pedro e os demais
deveriam ouvi-lo sempre, e não colocar em prática as idéias e os desejos
próprios. Quando alguém compreende esta profunda verdade, a única resposta
adequada é a adoração.