Mt 12.18-21
“Eis o meu servo, a
quem escolhi, o meu amado, em quem tenho prazer. Porei sobre ele o meu
Espírito, e ele anunciará justiça às nações. 19-Não discutirá nem gritará;
ninguém ouvirá sua voz nas ruas. 20-Não quebrará o caniço rachado, não apagará
o pavio fumegante, até que leve à vitória a justiça. 21-Em seu nome as nações
porão sua esperança”.
Essa passagem provém do primeiro
dos quatro “cânticos do servo”, de Isaías (42.1-4), citado parcialmente aqui nos
quais o servo é o Messias. Os outros três estão em: 49.1-6; 50.4-9; e 52.13-53.12.
A nação devia ser um reino de sacerdotes (Ex 19.6), mas o Messias seria o sumo
sacerdote que faria expiação pelos pecados do mundo (Is 53.4-12). Na
terminologia da realeza do antigo Oriente Médio, “servo” significava algo como
“emissário plenipotenciário” ou “embaixador de confiança”.
Os judeus estavam bem
familiarizados com as profecias do Antigo Testamento a respeito das bênçãos que
o Messias traria à sua nação (Is 9.6,7; Am 9.11; Mq 5.2). Alguns esperavam um
Salvador que os libertasse do domínio romano; outros esperavam que Ele os
livrasse das enfermidades e dos sofrimentos físicos (Jo 12.13,18).
A profecia de Isaías citada por
Jesus mostrava que o Messias realmente era Rei, mas explicava de que tipo – um soberano
tranqüilo e gentil, que traria justiça a todas as nações. Porém, muitos judeus
olharam com indiferença para as profecias que falavam de um Rei, Servo do
Senhor, que sofreria, seria rejeitado e morto (Is 52.13-53.12).
Os líderes religiosos esperavam
um reino terreno e temporal (que se estabeleceria mediante uma rebelião militar
liderada pelo Messias), e não viam a importância espiritual do Reino
apresentado por Cristo. Mas enquanto Jesus curava as enfermidades do povo,
estabelecia um Reino espiritual e livrava as pessoas do jugo do pecado.
Jesus oferece mais do que
mudanças políticas ou cura para as enfermidades, porque estas representam apenas
mudanças temporárias; Ele oferece um novo coração para a eternidade (Jo 3.16).
Podemos nos sentir esperançosos e
animados porque existe compaixão para aqueles que se arrependem. Não importa
quão desanimadora seja a nossa situação ou cruel seja o mundo, devemos
continuar a ser o povo fiel de Deus que aguarda a sua volta.