sábado, 15 de abril de 2017

A Páscoa e Jesus Cristo


Hb 10.1 
Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a ele se chegam.


Para os cristãos, a Páscoa contém rico simbolismo profético a falar de Jesus Cristo. O Novo Testamento ensina explicitamente que as festas judaicas “são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17; Hb 10.1), i.e., a redenção pelo sangue de Jesus Cristo. Note os seguintes itens em Êxodo 12, que nos fazem lembrar do nosso Salvador e do seu propósito para conosco.

(1)- O âmago do evento da Páscoa era a graça salvadora de Deus. Deus tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2.8-10; Tt 3.4,5).

(2)- O propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar da morte o filho primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue de Cristo na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de Deus contra o pecado (Ex 12.13,23,27; Hb 9.22).

(3)- O cordeiro pascoal era um “sacrifício” (Ex 12.27) a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à morte do crente (ver Rm 3.25). Paulo expressamente chama Cristo nosso Cordeiro da Páscoa, que foi sacrificado por nós (1Co 5.7).

(4)- O cordeiro macho separado para morte tinha de ser “sem mácula” (Ex 12.5); esse fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito Filho de Deus (Jo 8.46; Hb 4.15).

(5)- Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1Co 10.16,17; 11.24-26). Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz. Realizamos em continuação a Ceia do Senhor como um memorial, “em memória” dEle (1Co 11.24).

(6)- A aspersão do sangue nas vergas das portas era efetuada com fé obediente (Ex 12.28; Hb 11.28); essa obediência pela fé resultou, então, em redenção mediante o sangue (Ex 12.7,13). A salvação mediante o sangue de Cristo se obtém somente através da “obediência da fé” (Rm 1.5; 16.26).

(7)- O cordeiro da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos (Ex 12.8). Uma vez que na Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção (ver Ex 13.7; Mt 16.6; Mc 8.15), esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito, i.e., o mundo e o pecado (ver Ex 12.15).

Semelhantemente, o povo redimido por Deus é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a Deus.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

O fundamento da verdade


Mt 7.24-29 
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. 25- E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. 26- E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. 27- E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda. 28- E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, 29- porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas.

Por que as pessoas construiriam uma casa sem um alicerce?
É importante ouvir o que a Palavra de Deus diz, mas é muito mais importante obedecê-la e fazer o que ela diz (ver Ap 1.3). “Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era” (Tg 1.23,24).

Perceba que o problema estrutural da casa na areia não era na Palavra que ouviu, na oportunidade que recebeu ou mesmo nas adversidades que enfrentou. A casa na rocha esteve diante das mesmas situações. Aparentemente as casas eram iguais – receberam as mesmas bênçãos, enfrentaram as mesmas adversidades. Ao fazer a aplicação da parábola, Jesus acrescenta ainda mais uma semelhança: elas ouviram a mesma palavra – o mesmo Evangelho (vv. 24,26). O que determinou a permanência de uma e a ruína de outra? A prática. O fator determinante de sua queda foi não colocar em prática as coisas que ouvia.

Portanto, a nossa atitude será determinante quanto à permanência no caminho como discípulos de Jesus. A prática do que ouvimos faz toda a diferença. Assim é a obediência a Deus; é como construir uma casa sobre um alicerce forte e sólido, que resiste firmemente às tempestades.

Nas ocasiões em que a vida está tranqüila, pode parecer que as bases não são importantes, mas quando as crises chegam, os alicerces são testados. Mas, se seguirmos a verdade de Deus, Ele nunca nos abandonará.

Certifique-se de que sua vida esteja fundamentada sobre um sólido conhecimento e confiança em Jesus Cristo, que é a própria Verdade.