terça-feira, 17 de outubro de 2017

O nome nos céus


Lc 10.17-24
E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. 18- E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. 19- Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum. 20- Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus. 21- Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no Espírito Santo e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve. 22- Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 23- E, voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem aventurados os olhos que vêem o que vós vedes, 24- pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.

Os discípulos tiveram resultados tremendos ao ministrarem em nome de Jesus e com a autoridade dEle. Estavam eufóricos pelas vitórias que haviam testemunhado, e Jesus compartilhava o entusiasmo deles. O Mestre os ajudou a entenderem corretamente a prioridade, porém lembrou-os da vitória mais importante que haviam alcançado: o nome deles estava registrado no livro da vida (Lc 10.17-20).

A salvação está registrada no céu – Paulo ressalta que os cristãos já não são cidadãos deste mundo: tornaram-se estranhos e peregrinos na terra. No que diz respeito ao nosso comportamento, valores e orientação na vida, o céu é agora a nossa cidade (Fp 3.20). Nascemos de novo (Jo 3.3); nossos nomes estão registrados nos livros do céu (Fp 4.3); nossa vida está orientada por padrões celestiais, e nossos direitos e herança estão reservados no céu. É para o céu que nossas orações sobem (2Cr 6.21) e para onde nossa esperança está voltada. Muitos dos nossos amigos e familiares já estão lá, e nós também estaremos ali dentro em breve. Jesus também está ali, preparando-nos um lugar. Ele prometeu voltar e nos levar para junto dEle (Jo 14.2, 3).

Muitas recompensas da vida parecem ser direcionadas aos inteligentes, aos ricos, aos poderosos, mas o Reino de Deus está disponível a todos, independentemente de posições e habilidades. Jesus não se opõe à busca da erudição, opõe-se ao orgulho espiritual (Pv 3.5-7). Ele advertiu os seus discípulos a não fazerem do poder sobre demônios, ou do sucesso no ministério, uma fonte fundamental da sua alegria, mas “alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus”. E em particular disse-lhes: “...muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram” (Lc 10.20, 24).

Una-se a Jesus, agradecido a Deus por todos nós termos um acesso igual a Ele (Ef 2.18; 3.12)! Mas lembre-se: com o privilégio vem a responsabilidade!

Quando vimos as maravilhas de Deus em ação em nós e através de nós, não devemos perder de vista a maior maravilha de todas: nossa cidadania celestial.

sábado, 7 de outubro de 2017

Ele te ouvirá


Pv 15.29
Longe está o Senhor dos ímpios, mas escutará a oração dos justos.

A oração é um dos privilégios significativos associados à nossa nova vida em Cristo. Outrora, somente o sumo sacerdote podia entrar na presença de Deus, no Lugar Santíssimo, uma vez por ano, para fazer expiação pelos pecados da nação. Esta prática antecipava o sacrifício perfeito de Cristo. “E eis que o véu do templo se rasgou...” (Mt 27.51). A cortina que separava o Lugar Santo do Santíssimo rasgou-se em duas partes no momento da morte de Cristo, simbolizando que a barreira que havia entre Deus e a humanidade fora removida. Agora podemos chegar com confiança ao trono da graça, sabendo que nossas orações e petições são bem acolhidas e ouvidas por nosso Pai celestial (ver Hb 10.19,20).

O apóstolo Tiago menciona os problemas mais comuns em nossas orações: não pedir, pedir as coisas erradas ou pedir por motivos errados: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites” (Tg 4.3). Podemos ser libertos dos nossos desejos egocêntricos, humilhando-nos diante de Deus, percebendo que tudo o que realmente precisamos é de sua aprovação (ver 1Jo 5.14).

Jesus orou no jardim do Getsêmani, visando não os seus interesses, mas os de Deus: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39). Aqui, o que deixou Jesus horrorizado não era a morte em si, mas o modo da sua morte. Ele não morreu de modo tão sereno quanto muitos mártires, justamente por não ser um mero mártir: era o Cordeiro de Deus que carregava sobre si a punição dos pecados de toda a humanidade: “Eli, Eli, lemá sabactâni”, isto é, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Seu brado em aramaico (Mt 27.46) testemunha que Ele experimentou a separação de Deus Pai, ao tornar-se substituto do pecador.

Podemos orar pedindo qualquer coisa, com o entendimento de que as respostas de Deus são provenientes da perspectiva do próprio Deus. Nem sempre elas estarão de acordo com as nossas expectativas, pois somente Ele conhece toda a história: “Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei” (Jr 29.11,12).

O apóstolo João declara que uma vida de oração está vinculada à nossa dedicação a Deus, e que obedecer aos seus mandamentos, amá-lo e agradar-lhe são condições indispensáveis para recebermos aquilo que pedimos em oração: “e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3.22).

Suas orações se tornarão poderosas quando você permitir que Deus mude seus desejos para que correspondam perfeitamente à vontade dEle para a sua vida.