sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ele me vê.

Sl 113.5-9

 Quem é como o Senhor, nosso Deus, que habita nas alturas; que se curva para ver o que está nos céus e na terra; que do pó levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado, para o fazer assentar com os príncipes do seu povo; que faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos? Louvai ao Senhor”!

O olhar de Deus refere-se ao Seu amor solícito e Seu cuidado providente em nossa vida.
Embora os Seus olhos estejam sobre todas as pessoas (“da sua morada contempla todos os moradores da terra” Sl 33.14), eles repousam de modo especial sobre os que o temem: “Os olhos do Senhor estão sobre os justos...” (Sl 34.15). A misericórdia e o amor de Deus são a base de todas as suas obras a nosso favor e a origem de todas as nossas ações de graças.

Deus viu Agar, fugindo de sua senhora e do problema que Sarai havia arrumado quando deu Agar a Abrão. “E o Anjo do Senhor a achou junto a uma fonte de água no deserto (...) e disse-lhe: Torna-te para tua senhora e humilha-te debaixo de suas mãos” (Gn 16.7,9).
Fugir dos problemas raramente trará solução. O certo é enfrentá-los, aceitar a promessa de Deus quanto ao seu auxílio, corrigir nossas atitudes e agir de forma correta. Nenhum problema é tão complicado para Deus se você está disposto a permitir que Ele o ajude. Deus se revela como aquele que nos conhece e deseja ser conhecido de nós.
O nome “Ismael” significa “Deus ouve”: “... chamarás o seu nome Ismael, porquanto o Senhor ouviu a tua aflição” (Gn 16.11), e significa que Deus viu o modo injusto de Abrão e Sarai tratarem Agar. Agar chamou o Senhor de “Deus da vista” ou “tu és o Deus que me vê” (v.13).

Viu Moisés quando tentava escapar do castigo de Faraó por ter matado o egípcio (Ex 2.15) e em Midiã no meio de uma sarça Deus o comissionou para uma importante tarefa: tirar o seu povo do Egito: “... eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem” (Ex 3.4,9,10).
Assim como Deus estava atento ao sofrimento do seu povo no Egito, Ele também conhece as aflições de todos os outros seus servos. Ele ouve o clamor dos aflitos e dos oprimidos. Em tais ocasiões, os santos precisam clamar a Deus para que Ele intervenha com misericórdia em seu favor. Quer nossa opressão provenha das circunstâncias, das pessoas, de Satanás, do pecado ou do mundo – o consolo, graça, e ajuda de Deus são plenamente suficientes para satisfazer todas as nossas necessidades: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas” (Rm 8.32).

O último versículo do Sl 113, faz referência ao cântico de Ana em 1Sm 2.8: “Levanta o pobre do pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes ...”.

Certamente Deus viu a aflição de Ana lutando com seu senso de autoestima por ser incapaz de ter filhos. A esterilidade de Ana é atribuída diretamente à ação divina. Deus não lhe permitira ter filhos, a fim de prepará-la para o nascimento de Samuel, maior juiz de Israel. Da mesma maneira, Deus pode, às vezes, permitir que tenhamos decepções ou então conduzir-nos a situações em que nos sentimos inaptos ou inferiores, para que assim Ele possa continuar a realizar a sua vontade em nossa vida.

Zaqueu era repelido pela sociedade por ser um publicano (cobrador de impostos), mas Jesus o viu na figueira brava, lhe amou e lhe ofereceu a salvação (Lc 19.5).

Natanael deixou o preconceito ("Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?") e se tornou seguidor de Cristo quando Jesus o viu estando ele debaixo da figueira (ver Jo 1.46,48).

Jesus não apenas quem você é, mas, quem você se tornará. Quando Jesus viu Simão lhe deu um novo nome: Cefas, em aramaico ou Pedro, em grego, que significa pedra. Ao dar um novo nome a Simão, Jesus apontou para uma mudança no caráter do discípulo (ver Jo 1.42).

Podemos ser confortados sabendo que Jesus também enfrentou uma grande variedade de tentações ao longo de sua vida como um ser humano, porém sem pecado. Ele entende a nossa fragilidade humana e pode se compadecer de nós. A oração é o meio pelo qual nos aproximamos de Deus. Aproxime-se  pois do Senhor com reverência, porque Ele é o seu Rei, e também com confiança, porque Ele é seu amigo e Conselheiro (Ver Hb 4.15,16).