sábado, 30 de julho de 2011

Amor inalterável.

Rm 8.35
“Quem nos separará do amor de Cristo”?

A morte de Jesus por nós é a prova de seu invencível amor. Somente em Cristo Jesus é que o amor de Deus foi manifestado e somente nEle o desfrutamos. À medida que permanecemos em Cristo Jesus como “nosso Senhor”, podemos ter a certeza de que nunca seremos separados do amor de Deus. “Quem nos separará do amor de Cristo” (Rm 8.35)? O apóstolo Paulo não se referia ao amor do crente por Cristo, mas sim, do amor de Cristo por nós, conforme fica claro no versículo 39, que diz: “o amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. Portanto, não há obstáculo para o amor de Cristo por nós, nem “a tribulação, ou a angústia ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada”. O texto dá a ideia de que a vitória espiritual pode ser conseguida em meio às dificuldades enfrentadas.

Aflições e calamidades não significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar. O apóstolo Paulo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do Seu Pai celeste. Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais do amor e consolo de Deus “que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus. Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também a nossa consolação sobeja por meio de Cristo” (2Co 1.4-5).

Aqueles que se dedicam a Cristo como Senhor, e que um dia entrarão no reino do céu, hão de sofrer “muitas tribulações” ao longo do seu caminho “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2Tm 3.12). O triunfo glorioso está no fato de que somos vitoriosos por aquele que nos amou. “Somos mais do que vencedores” porque todas as dificuldades que enfrentamos no dia-a-dia não surgem por acaso, mas por causa do amor de Cristo. Esse amor divino dentro de nós habilita-nos a ser vencedores e a confiar plenamente no Seu amor. A base da confiança do crente está no fato de que o amor de Cristo não sofre detrimento por nada.

Enfrentamos um poderoso exército cujo objetivo é derrotar a Igreja de Cristo. São poderes das trevas que incitam os ímpios, se opõem à vontade de Deus e constantemente atacam os crentes (ver Ef 6.12). Quando cremos em Cristo, estes seres se tornam nossos inimigos e tentam tudo o que for possível para nos afastar do Senhor e levar-nos de volta ao pecado. Ao enfrentar a batalha contra Satanás não devemos temê-la ou tentar fugir dela, mas servir lealmente a Cristo que é o único que poderá nos trazer a vitória.

Tendo ressuscitado dos mortos, Cristo agora é a Cabeça, o Líder da Igreja, a Suprema autoridade sobre o mundo (ver Ef 1.20-22). Ele é o Messias, consagrado por Deus, tão esperado por Israel para consertar seu mundo perturbado. Como cristãos, podemos confiar que Deus venceu a batalha final e tem o controle de tudo. Não precisamos temer nenhum ditador ou nação, nem mesmo a morte ou o próprio Satanás. O contrato foi assinado e selado, estamos apenas esperando um pouco pela entrega “Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará” (Hb 10.37).

Paulo diz que nada pode nos separar de Deus e de seu amor. Nada pode separar-nos da presença de Deus. Ele nos falou da grandeza de seu amor, para que nos sintamos totalmente seguros. Não teremos qualquer temor se crermos nessa garantia tão maravilhosa: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (ver Rm 8.37-39).

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O que é a nossa vida?




Sl 90.12
Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio”.

A brevidade da vida é um tema repetido ao longo dos livros de Salmos, Provérbios e Eclesiastes.
Como a sombra? Como a lançadeira do tecelão? Como mensageiros apressados? Como um palmo na sua extensão? Como a neblina que se desvanece?
Davi contrasta a natureza eterna de Deus com a vida efêmera de seu povo: “Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não há outra esperança” (1Cr 29.15). Nada pode ser duradouro a menos que esteja arraigado no caráter invariável de Deus. Se nossas ações mais impressionantes se tornam pó diante de Deus, onde devemos colocar nossa confiança? Somente podemos encontrar algo permanente em uma relação com Deus. Seu amor nunca se acaba, e nada pode afastá-lO de nossa vida.

É irônico observar que as pessoas passam tanto tempo tentando sobreviver na terra, sem pensar sobre onde passarão a eternidade. Davi percebeu que acumular riquezas e realizar grandes obras não faria diferença alguma na eternidade. Então ele diz: “Na verdade, todo homem anda como uma sombra; na verdade, em vão se inquietam; amontoam riquezas e não sabem quem as levará. Agora, pois, Senhor, que espero eu? A minha esperança está em ti” (Sl 39. 5,6). Davi ora para que o Senhor lhe ajude a perceber quão curta é a duração da sua vida aqui: “Faze-me conhecer, Senhor, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil” (Sl 39.4).

Deus reservou a cada um de nós um tempo muito breve aqui na terra, como um período probatório para averiguar nossa fidelidade a Ele, em meio a uma geração perversa que se opõe a Deus e à sua Palavra. Nossos dias neste mundo, que na maioria das pessoas não chegam a mais de setenta ou oitenta anos, são poucos em relação à eternidade. Devemos orar por uma sábia compreensão da brevidade da nossa vida, para termos diante de Deus um coração sábio no emprego de cada dia que Ele nos concede. Considerando que esta vida é uma preparação para a outra, devemos entender o que Deus deseja realizar para si mesmo, para nossa família e para o próximo, através do nosso serviço fiel. Quando terminar aqui o nosso tempo, e chegarmos ao céu, será avaliado como foi (ou deixou de ser) a nossa dedicação a Deus.

 Com isto em vista, devemos orar como fez também Moisés, pedindo um coração sábio e um santo temor de Deus, e o seu favor em nossa vida e em nosso trabalho para Ele: “Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que te é devido? Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio. Volta-te para nós, Senhor; até quando? E aplaca-te para com os teus servos. Sacia-nos de madrugada com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias. Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal. Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória, sobre seus filhos. E seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos” (ver Sl 90. 11-17).

Uma vida sem Deus pode produzir amargura, solidão e desespero na velhice. Uma vida centrada em Deus pode ser mais interessante e mais tolerável, mesmo quando estivermos diante da incapacidade, da enfermidade ou em desvantagem. O sábio Salomão deixou no livro de Eclesiastes, um lembrete ao jovem: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento” (Ec 12.1). Ser jovem é excitante. Mas o vigor da juventude pode vir a ser um obstáculo para a pessoa ter intimidade com Deus se ela entregar-se a prazeres passageiros e não atentar para os valores eternos. Coloque o seu vigor à disposição de Deus enquanto você ainda o possui. Não o desperdice em atividades sem sentido, que tornam seus hábitos ruins e sua vida insensível à voz de Deus. A vida é curta, a despeito de quantos anos vivamos. Não se engane pensando que você ainda tem muito tempo para viver para Cristo, para desfrutar de seus entes queridos, ou para fazer o que sabe que deve fazer. Viva para Deus hoje! Então, não importa quando a sua vida termine, você terá cumprido o plano de Deus para você.


E-mail: abonbiblia@hotmail.com


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Que pensais vós do Cristo?


Mc 12.35-37
“E, falando Jesus, dizia, ensinando no templo: Como dizem os escribas que o Cristo é Filho de Davi? O próprio Davi disse pelo Espírito Santo: O Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Pois, se Davi mesmo lhe chama Senhor, como é logo seu filho? E a grande multidão o ouvia de boa vontade”.


Os fariseus imaginavam que o Messias seria um descendente de Davi e, portanto, somente um mero governante humano. O que eles não entendiam é que se tratava do próprio Deus encarnado. Jesus citou o texto do Salmo 110.1 para mostrar que o Messias seria maior do que Davi. Ele seria o próprio Deus em forma humana. João mostrou Jesus como um ser humano e, ao mesmo tempo, divino: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).  Jesus não é apenas igual a Deus “que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” (Fp 2.6), Ele é Deus ”E quem me vê a mim vê aquele que me enviou” (Jo 12.45); como a imagem visível do Deus invisível, Ele é a representação exata de Deus “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa...” (Hb 1.3). Ele não só reflete a imagem de Deus, mas revela Deus a nós “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, este O fez conhecer” (Jo 1.18); como supremo sobre toda a criação, Ele tem toda a prioridade e autoridade “... o primogênito de toda a criação” (Cl 1.15b). Ele veio do céu, não do pó da terra “O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu” (1Co 15.47), e Ele é o Senhor de todos “Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam” (Rm 10.12). Ele é completamente santo “o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” (1Pe 2.22) e tem autoridade para julgar o mundo “no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo,...” (Rm 2.16).  Cristo, portanto, é supremo sobre toda a criação, inclusive sobre o mundo espiritual: “acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Ef 1.21).


Um dos ensinos fundamentais do NT é que Jesus Cristo (o Messias) é o cumprimento do AT: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir” (Mt 5.17). O livro de Hebreus mostra que Cristo é o herdeiro de tudo o que Deus falou através dos profetas: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hb 1.1,2). Após a sua gloriosa ressurreição, Ele demonstrou aos seus seguidores, que Deus predissera, há muito tempo, tudo quanto lhE havia sucedido: “E Ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na Sua glória? E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras. E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos. Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse e, ao terceiro dia, ressuscitasse dos mortos” (Lc 24.25-27, 44-46).


Apesar de Jesus ter assumido uma completa humanidade, vivendo como homem, nunca deixou de ser o Deus eterno que sempre existiu, o Criador e Sustentador de todas as coisas e a Fonte da vida eterna. Esta é a realidade a respeito de Jesus e o fundamento de toda a verdade. Se não acreditamos nisto, não teremos fé suficiente para confiar a Jesus o nosso destino eterno. Esta é a razão pela qual João escreveu seu Evangelho: desenvolver a fé e a confiança em Jesus Cristo; desta forma podemos crer que Ele verdadeiramente é o Filho de Deus: “Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creais que Jesus é o Cristo, O Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.30,31).


Todo aquele que aceitou Jesus Cristo como Senhor de sua vida renasceu espiritualmente, recebendo uma nova vida de Deus: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). Por meio da fé em Cristo, este novo nascimento ocorre de dentro para fora; nossas atitudes, nossos desejos e motivos são reformulados, mudados. Ao sermos gerados por nossos pais biológicos, tornamo-nos fisicamente vivos e membros de uma família terrena; ao sermos gerados por Deus, tornamo-nos espiritualmente vivos e membros da família celestial: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no Seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo 1.12,13). Este novo nascimento está disponível a todo aquele que crê em Cristo. Você já pediu a Ele para fazer de você uma nova pessoa? Faça-o, agora mesmo e receba Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

A ti, ó Deus.

Sl 65.1a:
“A ti, ó Deus, espera o louvor em Sião...”.

Este Salmo, juntamente com os de Nº 8, 19, 33 e 104, está classificado na categoria de “cânticos da criação”. São salmos que ressaltam o interesse e o cuidado de Deus em tudo o que Ele criou e que mantém “sustentando todas as coisas, pela palavra do seu poder” (Hb 1.3).

Deus criou os céus e terra como manifestação da sua glória, majestade e poder, para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza rendem louvores a Deus que os criou (ver Sl 148.1-10); quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos: “Esse povo que formei para mim, para que me desse louvor” (Is 43.21);

Louvar a Deus é essencial à adoração cristã. O louvor era um elemento-chave na adoração de Israel a Deus: “Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios, com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome” (Sl 100.4), bem como na adoração cristã primitiva: “... Louvai ao Senhor, todos os gentios, e celebrai-O todos os povos” (Rm 15.11).

Tanto na adoração coletiva como noutros casos, uma maneira de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. E quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai” (Cl 3.16,17).

Nos cânticos, relembramos que Deus nos criou e redimiu, e O reconhecemos como nosso Deus e Senhor.  O cântico de louvor pode ser com o espírito (em línguas), ou com a mente (idiomas humanos conhecidos): “... cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1Co 14.15b); com instrumentos musicais: “Louvai-O com o som de trombeta; louvai-O com o saltério e a harpa. Louvai-O com o adufe e a flauta; louvai-O com instrumento de cordas e com flautas. Louvai-O com címbalos sonoros; louvai-O com címbalos altissonantes” (Sl 150.3-5); falando ao próximo das maravilhas de Deus: “Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todos os moradores da terra. Cantai ao Senhor, bendizei o Seu nome; anunciai a Sua salvação de dia em dia. Anunciai entre as nações a Sua glória; entre todos os povos, as Suas maravilhas. Porque grande é o Senhor e digno de louvor, mais tremendo do que todos os deuses” (Sl 96.1-4); manifestando a sua luz: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16); produzindo frutos: “Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (Jo 15.8).

A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome: “Louvai-O pelos seus atos poderosos; louvai-O conforme a excelência da Sua grandeza” (Sl 150.2); deste modo, louvamos a Deus pela Sua misericórdia, graça e amor imutáveis: “Louvai ao Senhor, todas as nações; louvai-O todos os povos. Porque a Sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor é para sempre. Louvai ao Senhor” (Sl 117).

Também devemos louvar a Deus por todos os Seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades: “Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã, louvarei com alegria a tua misericórdia, porquanto tu foste o meu alto refúgio e proteção no dia da minha angústia” (Sl 59.16).

Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome: “Bendito seja o Senhor, que de dia em dia nos cumula de benefícios; o Deus que é a nossa salvação” (Sl 68.19).

E-mail: abonbiblia@hotmail.com

domingo, 10 de julho de 2011

Habitar com o Senhor.

Fp 1.23c:
“... porque isto é ainda muito melhor”.

Todo ser humano, tanto crente quanto incrédulo, está sujeito à morte. A única maneira de se  escapar da morte em todos os seus aspectos é através de Jesus Cristo, que “aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção” (2Tm 1.10). Ele, mediante a Sua morte, reconciliou-nos com Deus, e, assim, desfez a separação e alienação espirituais resultantes do pecado "E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação"  (2Co 5.18). Pela Sua ressurreição Ele venceu e aboliu o poder de Satanás, do pecado e da morte física: “Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus” (Rm 6.10).

Embora o servo do Senhor tenha a certeza da vida ressurreta, não deixará de experimentar a morte física. Ele, porém, encara a morte de modo diferente do incrédulo, ou seja, a morte não lhe é o fim da vida, mas um novo começo. Neste caso, ela não é um terror "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo"  (1Co 15.55-57), mas um meio de transição para uma vida mais plena. Para ele, morrer, é ser liberto das aflições deste mundo “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2Co 4.17) e do corpo terreno, para ser revestido da vida e glória celestiais "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados, não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito"  (2Co 5.1-5).

Paulo se refere à morte como sono (ver 1Co 15.6,18, 20), o que dá a entender que morrer é descansar do labor e das lutas terrenas "E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam"  (Ap 14.13). A bíblia refere-se à morte do servo de Deus em termos consoladores. Por exemplo, ela afirma que a morte do santo “Preciosa é à vista do Senhor” (Sl 116.15). É a entrada na paz "Perece o justo, e não há quem considere isso em seu coração, e os homens compassivos são retirados, sem que alguém considere que o justo é levado antes do mal. Ele entrará em paz; descansarão nas suas camas os que houverem andado na sua retidão" (Is 57.1,2) e na glória "Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória" (Sl 73.24); é ser levado pelos anjos “para o seio de Abraão” (Lc 16.22); é ir ao “Paraíso” (Lc 23.43); é ir à casa de nosso Pai, onde há “muitas moradas” (Jo 14.2); é uma partida bem-aventurada para estar “com Cristo” (Fp 1.23); é ir “habitar com o Senhor” (2Co 5.8); é um dormir em Cristo (1Co 15.18); “é ganho... ainda muito melhor” (Fp 1.21,23), é a ocasião de receber a “coroa da justiça” (ver 2Tm 4.8).

O Senhor vela cuidadosamente pela vida dos que são dEle. Ele controla as circunstâncias da morte dos seus (ver Rm 8.28,35-39). No momento de sua morte, Ele está ali com eles. A morte dos justos é de grande valor para Deus. É a ocasião em que são libertados de todo o mal, e levados vitoriosamente desta vida ao céu, para contemplarem Jesus face a face. O verdadeiro servo de Deus, vivendo no centro da vontade de Deus, não precisa ter medo da morte. Ele sabe que Deus tem um propósito para o seu viver, e que a morte, quando ela vier, é simplesmente o fim da sua missão terrestre e o início de uma vida mais gloriosa com Cristo.

Paulo ressalta que os cristãos já não são cidadãos deste mundo: tornaram-se estranhos e peregrinos na terra. No que diz respeito ao nosso comportamento, valores e orientação na vida, o céu é agora a nossa cidade. Nascemos de novo "Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus" (Jo 3.3); nossos nomes estão registrados nos livros do céu "E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajude essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida" (Fp 4.3); nossa vida está orientada por padrões celestiais, e nossos direitos e herança estão reservados no céu. É para o céu que nossas orações sobem "Ouve, pois, as súplicas do teu servo, e do teu povo de Israel, que fizerem neste lugar; e ouve tu do lugar da tua habitação, desde os céus; ouve, pois, e perdoa" (2Cr 6.21); e para onde nossa esperança está voltada. Muitos dos nossos amigos e familiares já estão lá, e nós também estaremos ali dentro em breve. Jesus também está ali, preparando-nos um lugar. Ele prometeu voltar e nos levar para junto dEle "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também" (Jo 14.2,3).

Em homenagem ao meu pai Felisberto M. Oliveira, 99 anos, que por várias décadas permaneceu firme, servindo ao Senhor. Foi recolhido em 01.07.2011, para estar com Ele, para sempre.
A todos os filhos, genros, noras, netos e bisnetos..., consolemo-nos com a Palavra de Deus porque fiel é o que prometeu. Estejamos também preparados!!!
"Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" (Sl 116.15).



sexta-feira, 8 de julho de 2011

Porque te abates?

 
Fp 4.6:
“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças”.

Por causa dos efeitos maléficos da preocupação, Jesus recomendou não ficarmos ansiosos por causa das necessidades que Deus promete prover. A preocupação pode prejudicar nossa saúde, reduzir nossa produtividade, afetar negativamente o modo como tratamos os outros e ainda diminuir nossa confiança em Deus. Ela nos imobiliza, mas o interesse nos leva à ação: “A solicitude no coração do homem o abate, mas uma boa palavra o alegra” (Pv 12.25).

Não é errado o cristão tomar providências para suprir suas futuras necessidades materiais: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel” (1Tm 5.8). O que a Bíblia reprova é a preocupação angustiosa da pessoa, revelando sua falta de fé no cuidado e no amor paternal de Deus. Ele prometeu a todos os seus filhos, tomar as providências para nosso alimento, vestuário e demais necessidades, nesta era de aflições e incertezas (ver Mt 6.25-30). A nossa preocupação deve ser a de viver para Ele e deixá-lO reinar em nossa vida: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Estejamos certos de que Ele assumirá a plena responsabilidade por uma vida totalmente entregue a Ele.

Todos os nossos temores, cuidados e preocupações devem ser prontamente lançados sobre o Senhor. Ele, então, conduz o peso juntamente conosco e nos sustém em todas as situações. Temos esse convite repetido pelo Espírito Santo ao longo da história da salvação: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30). O apóstolo Pedro afirmou que os cristãos devem humilhar-se diante de Deus, “lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (1Pe 5.7). O apóstolo Paulo também nos exortou a levar todas as nossas ansiedades a Deus em oração, com a promessa de que, assim, a paz de Deus guardará nossos corações e mentes (ver Fp 4.7).

O cuidado que Deus tem com os problemas de cada um dos seus filhos é uma verdade enfatizada através da Sua Palavra: “Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos” (Mt 10.29-31). Jesus disse que Deus sabe tudo o que acontece, até mesmo aos pardais, e que para o Pai você é muito mais valioso do que os pássaros, tão valioso que Ele enviou seu único Filho para morrer para lhe salvar: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
Por Deus atribuir tanto valor à sua pessoa, você não deve temer qualquer ameaça ou provação difícil. Estas não podem abalar o amor que Deus sente por você nem tirar o Espírito Santo que habita em seu ser. Não significa que Deus removerá todos os seus problemas: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (ver Mt 10.16). O verdadeiro teste de valor consiste no modo como nos comportamos diante do desgaste natural, das dificuldades e das pressões cotidianas. Aqueles que, apesar dos problemas, mantiverem sua lealdade a Cristo, provarão seu verdadeiro valor e receberão grandes recompensas: “E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. E eu vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino...” (Lc 22.28-30).