“Quem nos separará do amor de Cristo”?
A morte de Jesus por nós é a prova de seu invencível amor. Somente em Cristo Jesus é que o amor de Deus foi manifestado e somente nEle o desfrutamos. À medida que permanecemos em Cristo Jesus como “nosso Senhor”, podemos ter a certeza de que nunca seremos separados do amor de Deus. “Quem nos separará do amor de Cristo” (Rm 8.35)? O apóstolo Paulo não se referia ao amor do crente por Cristo, mas sim, do amor de Cristo por nós, conforme fica claro no versículo 39, que diz: “o amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. Portanto, não há obstáculo para o amor de Cristo por nós, nem “a tribulação, ou a angústia ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada”. O texto dá a ideia de que a vitória espiritual pode ser conseguida em meio às dificuldades enfrentadas.
Aflições e calamidades não significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar. O apóstolo Paulo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do Seu Pai celeste. Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentaremos mais do amor e consolo de Deus “que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus. Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também a nossa consolação sobeja por meio de Cristo” (2Co 1.4-5).
Aqueles que se dedicam a Cristo como Senhor, e que um dia entrarão no reino do céu, hão de sofrer “muitas tribulações” ao longo do seu caminho “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2Tm 3.12). O triunfo glorioso está no fato de que somos vitoriosos por aquele que nos amou. “Somos mais do que vencedores” porque todas as dificuldades que enfrentamos no dia-a-dia não surgem por acaso, mas por causa do amor de Cristo. Esse amor divino dentro de nós habilita-nos a ser vencedores e a confiar plenamente no Seu amor. A base da confiança do crente está no fato de que o amor de Cristo não sofre detrimento por nada.
Enfrentamos um poderoso exército cujo objetivo é derrotar a Igreja de Cristo. São poderes das trevas que incitam os ímpios, se opõem à vontade de Deus e constantemente atacam os crentes (ver Ef 6.12). Quando cremos em Cristo, estes seres se tornam nossos inimigos e tentam tudo o que for possível para nos afastar do Senhor e levar-nos de volta ao pecado. Ao enfrentar a batalha contra Satanás não devemos temê-la ou tentar fugir dela, mas servir lealmente a Cristo que é o único que poderá nos trazer a vitória.
Tendo ressuscitado dos mortos, Cristo agora é a Cabeça, o Líder da Igreja, a Suprema autoridade sobre o mundo (ver Ef 1.20-22). Ele é o Messias, consagrado por Deus, tão esperado por Israel para consertar seu mundo perturbado. Como cristãos, podemos confiar que Deus venceu a batalha final e tem o controle de tudo. Não precisamos temer nenhum ditador ou nação, nem mesmo a morte ou o próprio Satanás. O contrato foi assinado e selado, estamos apenas esperando um pouco pela entrega “Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará” (Hb 10.37).
Paulo diz que nada pode nos separar de Deus e de seu amor. Nada pode separar-nos da presença de Deus. Ele nos falou da grandeza de seu amor, para que nos sintamos totalmente seguros. Não teremos qualquer temor se crermos nessa garantia tão maravilhosa: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (ver Rm 8.37-39).
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