“E, sem dúvida alguma, grande é o ministério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória”.
A encarnação foi um ato do pré-existente Filho de Deus, que voluntariamente assumiu o corpo e a natureza humana. Sem deixar de ser Deus, Ele tornou-se um ser humano, o homem chamado Jesus. Ele não era em parte humano e em parte divino; era completamente humano e completamente divino (Cl 2.9). Para tornar-se humano, Ele não desistiu de Sua divindade, mas deixou de lado o direito à Sua glória e poder.
Jesus referiu-se a Si mesmo como Filho do Homem (Lc 9.22). Esta expressão é uma alusão a Jesus como o Messias, o representante, o agente humano de Deus, o Ungido pelo Pai. Jesus de Nazaré estava sujeito ao lugar, ao tempo e a muitas outras limitações humanas. O que tornou essa humanidade única e especial foi Sua isenção do pecado. Em Sua plena humanidade, Jesus nos mostrou tudo aquilo que pode ser transmitido em termos humanos a respeito do caráter de Deus.
A descrição de Jesus como o Verbo, feita por João (Jo 1.14) indica claramente que ele se refere a um ser humano que conheceu e amou, mas ao mesmo tempo o Criador do universo, a suprema revelação de Deus, a Deidade encarnada, o retrato vivo da santidade de Deus, o único em que tudo subsiste (Cl 1.17). Para os leitores judeus, afirmar que Jesus é a encarnação de Deus é blasfêmia. Para os leitores gregos, dizer que “o Verbo se fez carne” era inconcebível. Para João, o novo entendimento sobre o Verbo eram as Boas Novas de Jesus Cristo.
Ao encarnar, Cristo se tornou: o Mestre Perfeito – a vida de Jesus nos permitiu perceber como Deus pensa e, por conseguinte, como devemos pensar (Fp 2.5-11); o Homem perfeito – Jesus é o modelo do que devemos tornar-nos. Ele nos mostrou como viver e nos dá o poder para trilhar esse caminho de perfeição (1Pe 2.21); o Sacrifício perfeito – Jesus foi sacrificado por todas as iniquidades do ser humano; Sua morte satisfez as condições de Deus para a remoção do pecado (Cl 1.15-23).
Jesus teve que se tornar humano para que pudesse morrer e ressuscitar, a fim de destruir o poder do Diabo sobre a morte (Rm 6.5-11). Só então Cristo poderia livrar aqueles que viviam constantemente com medo da morte, e libertá-los para viverem para Ele. A morte e a ressurreição de Cristo nos libertaram do medo da morte, porque ela foi derrotada por Ele, quando ressuscitou para sempre dentre os mortos. Todos aqueles que temem a morte deveriam ter a oportunidade de conhecer a esperança que a vitória de Cristo traz.
Esta é a realidade a respeito de Jesus e o fundamento de toda a verdade. Se não acreditamos nisto, não teremos a fé suficiente para confiar a Jesus, o nosso destino eterno. Não podemos agradar a Deus sozinhos; devemos depender de Cristo. Como homem, Jesus viveu uma vida perfeita, e assim sendo, Ele é o exemplo perfeito de como devemos viver. Como Deus, Jesus nos dá o poder de fazer o que é certo. É possível viver uma vida de temor e obediência a Deus – seguindo a Cristo.