quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Geração eleita.

Sl 65.4
“Bem aventurado aquele a quem Tu escolhes e fazes chegar a Ti, para que habite em Teus átrios; nós seremos satisfeitos da bondade da Tua casa e do Teu santo templo”.

Desde a queda de Adão, o pecado tem separado o homem de Deus, e as pessoas precisam de mediadores para ajudá-las a receber perdão. A princípio, os patriarcas – chefes de família como Abraão e Jó – eram os sacerdotes da casa, ou do clã, e faziam sacrifícios para a família.

Deus tinha um propósito ao salvar os israelitas da escravidão. A intenção original de Deus era que Seu povo escolhido fosse um “reino de sacerdotes”; a nação como um todo, bem como cada indivíduo, se relacionaria com Deus (Ex 19.6). Mas como podem pessoas pecadoras aproximar-se do Deus santo? Primeiro, é necessário lidar com o pecado.

Ao tirar os israelitas do Egito, Deus demonstrou Seu grande desejo de estar com eles e protegê-los. Então Deus escolheu um grupo especial de israelitas da tribo de Levi para servir como sacerdotes no Tabernáculo (Nm 3.5-51). Arão e seus descendentes eram os únicos que podiam entrar nas dependências sagradas, onde a presença de Deus era sentida.

Se os sacerdotes oferecessem certos sacrifícios em favor do povo, Deus prometeu que perdoaria o seu pecado. O sacrifício de animais cumpria dois propósitos: simbolicamente, o animal tomava o lugar do pecador e pagava a pena pelo seu pecado; e a morte do animal representava uma vida doada a fim de que outra vida pudesse ser salva (Lv 1.4). Este sistema prenunciava o dia em que o Cordeiro de Deus (Jesus Cristo) morreria e venceria o pecado para sempre.

No Tabernáculo, uma cortina separava os dois aposentos sagrados – o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Diariamente, o sacerdote entrava no Lugar Santo para estar com Deus e cuidar do altar do incenso, do candelabro e da mesa com o pão da proposição. O Lugar Santíssimo era a habitação do próprio Deus; Sua presença repousava sobre o propiciatório que cobria a Arca da Aliança. Apenas o Sumo Sacerdote podia entrar no Lugar Santíssimo, uma única vez ao ano (no Dia da Expiação), para realizar a expiação pelos pecados de todo o povo (Ex 26.31-33). Foi no Lugar Santíssimo que Deus se revelou a Moisés (Lv 1.1).

Em Cristo, este sistema imperfeito foi transformado. Quando Jesus morreu, a cortina se rasgou ao meio, de cima a baixo, para indicar que a morte expiatória de Jesus abriu o caminho para nos aproximarmos de nosso Deus Santo (Mc 15.38). A cortina completamente rasgada mostra que Deus mesmo foi quem abriu esse caminho de acesso direto a Ele.

A morte de Cristo tornou-se o último sacrifício necessário. Ele sofreu as nossas punições de uma vez por todas. O sacrifício de animais passou a não ser mais necessário. Agora, todas as pessoas podem ser livres do castigo do pecado simplesmente crendo em Jesus e aceitando o perdão que Ele oferece.
                 
No antigo pacto, as pessoas se aproximavam de Deus por intermédio dos sacerdotes. Depois da ressurreição de Jesus, um novo dia amanheceu. Jesus fala sobre um novo relacionamento entre o crente e Deus em Jo 16.23-27. Agora podemos estar diretamente na presença de Deus, sem medo (Hb 4.16), e recebemos a responsabilidade de aproximar outras pessoas a Ele (2Co 5.18-21). Todos os que creem em Jesus são sacerdotes (1Pe 2.9) e podem falar com Deus pessoalmente e diretamente, pois Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, tornou-nos aceitáveis a Deus (Hb 10.19-23).