sábado, 19 de julho de 2014

Os mistérios do Reino de Deus


Mt 13.9 
Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!

Os mistérios do Reino de Deus são verdades somente conhecidas mediante revelação da parte de Deus (Mt 13.11).

Paulo usava a palavra “mistério” em referência a algo anteriormente oculto ou obscuro, mas agora revelado por Deus para conhecimento e entendimento de todos (Rm 16.25). Deus não tinha a intenção de manter em segredo seu plano para o mundo. Além disso, esse plano não poderia ser totalmente compreendido até que Cristo ressuscitasse dos mortos. Seu propósito era unir judeus e gentios em um único corpo cuja cabeça é Cristo (Ef 1.9,10).

As pessoas respondem à mensagem de Deus de forma diferente, porque estão em distintas condições. Algumas são insensíveis, outras descuidadas, muitas estão contaminadas por preocupações que lhes trazem distrações, e há as que são receptivas (Mt 13.19-23). O propósito do diabo é que as pessoas não escutem com entendimento e, portanto, não se apropriem da mensagem para ser salvas (v.19). Mas a perfeita vontade de Deus é “que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2.4).

Quando Deus chamou Isaías para ser um profeta, não o encorajou com previsões de grande sucesso; antes, o preveniu de que as pessoas o ouviriam, mas nada aprenderiam da mensagem, porque seus corações haviam se endurecido ao arrependimento (Is 6.9,10).

Israel tinha rejeitado a Deus, e Deus então rejeitou a Israel (Os 4.6). Por este motivo, Jesus adotou o sistema de parábolas. Ao falar por meio de parábolas, Jesus não estava escondendo a verdade de seus sinceros seguidores, porque aqueles que eram receptivos à verdade espiritual entendiam as ilustrações dEle. Para os outros, eram apenas histórias sem qualquer significado prático (Mt 13.11).

A citação de Isaías comentada por Jesus em Mt 13.13 “...vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem”, não expressa o desejo de que alguns não entendam, mas simplesmente declara a triste verdade de que os que não estiverem dispostos a receber a mensagem de Jesus descobrirão que a verdade será oculta deles.

Embora a nação de Judá como um todo não se arrependesse, sendo conseqüentemente castigada, um pequeno remanescente do povo creria e seria preservado (Is 6.13). Isso aconteceria quando a terra houvesse sido destruída pelos exércitos invasores, e seus habitantes, levados ao cativeiro.

Quando ouviremos a Deus? Será que, como Judá, teremos que sofrer calamidades antes de atentarmos para a mensagem divina?

Os ouvidos humanos escutam muitos sons, mas existe uma forma mais profunda de ouvir que resulta em entendimento espiritual. Se você procurar sinceramente conhecer a vontade de Deus, terá uma “audição espiritual” e essas histórias lhe trarão uma nova perspectiva (Mt 13.9).


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Livre-se do orgulho


Pv 16.18 
A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.

Existe uma incompatibilidade entre a arrogância e a presença de Deus em nosso coração (Sl 10.11). O orgulho nos separa de Deus ao levar-nos a pensar que somos melhores do que realmente somos. Então ocorre a tendência a confiarmos em nossas próprias opiniões, e isto  faz com que ignoremos as diretrizes de Deus para nossas  vidas (Pv 3.7).

As pessoas mais arrogantes são com freqüência as que precisam medir seu próprio valor pelo poder ou influência que pensam ter sobre as outras pessoas.

Hamã era descendente do rei Agague, um inimigo dos judeus. Ele era um líder extremamente arrogante que adorava o poder e o prestígio da sua posição (Et 3.1,2). Mardoqueu, por outro lado, era um judeu que procurava o bem do seu povo e trabalhava pela prosperidade de toda a sua nação (Et 2.5,6). A dedicação de Mardoqueu a Deus e sua recusa em dar honras a qualquer pessoa humana desafiou a religião egoísta de Hamã que via os judeus como uma ameaça a seu poder, e decidiu matar a todos os judeus (Et 3.5,6).

Deus estava preparando a queda de Hamã e a proteção do seu povo, muito antes desse homem assumir o poder (Et 6.1,2). Hamã não foi apenas impedido de matar Mardoqueu, como também teve que sofrer a humilhação de vê-lo ser honrado publicamente (Et 6.10-13). Após algumas horas, Hamã morreu na forca que havia construído para Mardoqueu, e seu plano de extermínio dos judeus foi frustrado (Et 7.6-10; ver Pv 26.27). Deus se opõe aos soberbos, mas dá graça e honra aos humildes (Tg 4.6).

Frequentemente, o Diabo procura tentar-nos em nossos pontos fortes, naqueles em que estamos mais propensos ao orgulho. Ele tentou a Jesus quando queria que Ele usasse o Seu poder para transformar as pedras em pães, governar os reinos do mundo, e até convocar os anjos para servi-lO (Mt 4.3-8). Hoje, o Diabo nos oferece o mundo, tentando envolver-nos pelo materialismo, na busca pelo poder. Podemos resistir às tentações do mesmo modo que Jesus o fez (Mt 4.10).

O orgulho é uma das tentações mais perigosas que se pode enfrentar. Mas quando verdadeiramente entendemos quem é Jesus, o nosso orgulho e a alta importância que atribuímos a nós mesmos desaparecem. João Batista disse que não era merecedor de ser ao menos um escravo de Jesus (Mt 3.11). Mas, de acordo com o texto em Lc 7.28, Jesus disse que João era o maior de todos os profetas. Se uma pessoa tão importante se sentiu inadequada até para ser escravo de Jesus, quanto mais deveríamos colocar nosso orgulho de lado para servir a Cristo!

Quando a presença de Deus é bem vinda, não há lugar para o orgulho, porque Ele nos torna cientes do nosso verdadeiro ser. Não permita que suas realizações levem-no a esquecer-se de Deus.