Mt 13.9
Aquele que tem ouvidos
para ouvir, ouça!
Os mistérios do Reino de Deus são
verdades somente conhecidas mediante revelação da parte de Deus (Mt 13.11).
Paulo usava a palavra “mistério”
em referência a algo anteriormente oculto ou obscuro, mas agora revelado por
Deus para conhecimento e entendimento de todos (Rm 16.25). Deus não tinha a
intenção de manter em segredo seu plano para o mundo. Além disso, esse plano
não poderia ser totalmente compreendido até que Cristo ressuscitasse dos mortos.
Seu propósito era unir judeus e gentios em um único corpo cuja cabeça é Cristo
(Ef 1.9,10).
As pessoas respondem à mensagem
de Deus de forma diferente, porque estão em distintas condições. Algumas são insensíveis,
outras descuidadas, muitas estão contaminadas por preocupações que lhes trazem
distrações, e há as que são receptivas (Mt 13.19-23). O propósito do diabo é
que as pessoas não escutem com entendimento e, portanto, não se apropriem da
mensagem para ser salvas (v.19). Mas a perfeita vontade de Deus é “que todos os
homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2.4).
Quando Deus chamou Isaías para
ser um profeta, não o encorajou com previsões de grande sucesso; antes, o
preveniu de que as pessoas o ouviriam, mas nada aprenderiam da mensagem, porque
seus corações haviam se endurecido ao arrependimento (Is 6.9,10).
Israel tinha rejeitado a Deus, e
Deus então rejeitou a Israel (Os 4.6). Por este motivo, Jesus adotou o sistema
de parábolas. Ao falar por meio de parábolas, Jesus não estava escondendo a
verdade de seus sinceros seguidores, porque aqueles que eram receptivos à
verdade espiritual entendiam as ilustrações dEle. Para os outros, eram apenas
histórias sem qualquer significado prático (Mt 13.11).
A citação de Isaías comentada por
Jesus em Mt 13.13 “...vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem”,
não expressa o desejo de que alguns não entendam, mas simplesmente declara a
triste verdade de que os que não estiverem dispostos a receber a mensagem de
Jesus descobrirão que a verdade será oculta deles.
Embora a nação de Judá como um
todo não se arrependesse, sendo conseqüentemente castigada, um pequeno
remanescente do povo creria e seria preservado (Is 6.13). Isso aconteceria
quando a terra houvesse sido destruída pelos exércitos invasores, e seus
habitantes, levados ao cativeiro.
Quando ouviremos a Deus? Será que,
como Judá, teremos que sofrer calamidades antes de atentarmos para a mensagem
divina?
Os ouvidos humanos escutam muitos
sons, mas existe uma forma mais profunda de ouvir que resulta em entendimento
espiritual. Se você procurar sinceramente conhecer a vontade de Deus, terá uma
“audição espiritual” e essas histórias lhe trarão uma nova perspectiva (Mt
13.9).