Pv 16.18
A soberba precede a
ruína, e a altivez do espírito precede a queda.
Existe uma incompatibilidade
entre a arrogância e a presença de Deus em nosso coração (Sl 10.11). O orgulho
nos separa de Deus ao levar-nos a pensar que somos melhores do que realmente
somos. Então ocorre a tendência a confiarmos em nossas próprias opiniões, e
isto faz com que ignoremos as diretrizes
de Deus para nossas vidas (Pv 3.7).
As pessoas mais arrogantes são
com freqüência as que precisam medir seu próprio valor pelo poder ou influência
que pensam ter sobre as outras pessoas.
Hamã era descendente do rei Agague,
um inimigo dos judeus. Ele era um líder extremamente arrogante que adorava o
poder e o prestígio da sua posição (Et 3.1,2). Mardoqueu, por outro lado, era
um judeu que procurava o bem do seu povo e trabalhava pela prosperidade de toda
a sua nação (Et 2.5,6). A dedicação de Mardoqueu a Deus e sua recusa em dar
honras a qualquer pessoa humana desafiou a religião egoísta de Hamã que via os
judeus como uma ameaça a seu poder, e decidiu matar a todos os judeus (Et
3.5,6).
Deus estava preparando a queda de
Hamã e a proteção do seu povo, muito antes desse homem assumir o poder (Et
6.1,2). Hamã não foi apenas impedido de matar Mardoqueu, como também teve que
sofrer a humilhação de vê-lo ser honrado publicamente (Et 6.10-13). Após
algumas horas, Hamã morreu na forca que havia construído para Mardoqueu, e seu
plano de extermínio dos judeus foi frustrado (Et 7.6-10; ver Pv 26.27). Deus se
opõe aos soberbos, mas dá graça e honra aos humildes (Tg 4.6).
Frequentemente, o Diabo procura
tentar-nos em nossos pontos fortes, naqueles em que estamos mais propensos ao
orgulho. Ele tentou a Jesus quando queria que Ele usasse o Seu poder para
transformar as pedras em pães, governar os reinos do mundo, e até convocar os
anjos para servi-lO (Mt 4.3-8). Hoje, o Diabo nos oferece o mundo, tentando
envolver-nos pelo materialismo, na busca pelo poder. Podemos resistir às
tentações do mesmo modo que Jesus o fez (Mt 4.10).
O orgulho é uma das tentações
mais perigosas que se pode enfrentar. Mas quando verdadeiramente entendemos
quem é Jesus, o nosso orgulho e a alta importância que atribuímos a nós mesmos
desaparecem. João Batista disse que não era merecedor de ser ao menos um
escravo de Jesus (Mt 3.11). Mas, de acordo com o texto em Lc 7.28, Jesus disse
que João era o maior de todos os profetas. Se uma pessoa tão importante se
sentiu inadequada até para ser escravo de Jesus, quanto mais deveríamos colocar
nosso orgulho de lado para servir a Cristo!
Quando a presença de Deus é bem
vinda, não há lugar para o orgulho, porque Ele nos torna cientes do nosso
verdadeiro ser. Não permita que suas realizações levem-no a esquecer-se de Deus.