Hb 10.17 “Dos seus pecados e iniqüidades
não me lembrarei mais”.
Pela antiga Aliança, as
pessoas só podiam aproximar-se de Deus por intermédio de um sacerdote que
oferecia um animal em sacrifício pelos pecados. Obviamente, a morte do animal
que trazia perdão no Antigo Testamento era apenas uma provisão temporária, uma
sombra da nova aliança antevendo a única oferta perfeita e definitiva – a do
Filho encarnado de Deus (ver Jo 1.14; Hb Caps. 8-10).
O cristianismo exigia novas
abordagens, tradições e estruturas. Jesus traz uma novidade que não pode ser
confinada em antigas formas: uma nova ordem. É a nova aliança, com seu novo
sacerdócio, novo santuário e novo sacrifício, todos introduzidos por Cristo
(ver Hb 8.6).
Ela é nova em extensão – vai
além de Israel e Judá para incluir todas as nações gentílicas. É nova na
aplicação porque está escrito em nosso coração e em nossa mente (ver Jr
31.31-34). Oferece um novo caminho para o perdão (ver Hb 10.20), não através de
sacrifício animal, mas através da fé (ver Ef 2.8).
Traz um mandamento novo (ver
Jo 13.34,35). Em certo sentido, era antigo (ver Lv 19.18), mas para os
discípulos de Cristo era novo, por ser sinal da fraternidade gerada entre eles pelo
grande amor de Cristo por eles (cf. Lc 10.27). Sua novidade é vista na nova e
impressiva ilustração do amor divino na cruz; na exposição que Cristo faz da
lei do Antigo Testamento (ver Mt 5.21-48), que parecia nova a seus ouvintes; e
na experiência dos crentes à medida que crescem no amor uns pelos outros (ver Cl
3.12-17).
Os sacerdotes levíticos
ofereciam ano após ano, sacrifícios de animais, que nunca poderiam servir de
substituto genuíno pelo homem, feito à imagem de Deus (ver Hb 10.4). Nosso sumo
sacerdote ofereceu-se a si mesmo, substituto perfeito – o Homem pelo homem. A
morte de Jesus na cruz selou uma nova aliança entre Deus e a humanidade e
trouxe uma nova vida a todas as pessoas (ver Hb 7.25).
Nascer de novo é uma
necessidade, como disse o próprio Jesus (Jo 3.7). O novo nascimento surge à
medida que as trevas do pecado são dissipadas pela luz do evangelho (2Co 4.6).
Foi assim que Deus falou na criação (ver Gn 1.2-4), e é o que repete na nova
criação, ou novo nascimento (ver 2Co 5.17).
A nova aliança nos dá a
certeza da total redenção e nos introduz na própria presença de Deus (ver Hb
10.19-23). O Espírito Santo é a fonte de nossa nova vida. Exatamente como Deus
terminou a obra da criação (Gn 2.1-3) e Jesus terminou a obra da redenção (Jo
19.30), assim também a Trindade terminará todo o plano da salvação convidando os
redimidos à sua nova criação (ver Ap 21.6,7).
Viver uma boa vida, mas sem
qualquer mudança interior, leva a uma caminhada espiritual vazia e superficial.
Mantenha seu coração flexível e aberto para receber a verdade transformadora de
Cristo e assegurar a sua cidadania nesta nova criação.