Mt 10.39
“Quem acha a sua vida a
perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará”.
As pessoas estão dispostas a
pagar um alto preço por algo que estimam. É surpreendente que Jesus exija a
mesma disposição a seus seguidores?
Esse é um dos paradoxos de Jesus:
“... quem perder a sua vida por minha causa a encontrará” – declaração presente
em todos os quatro evangelhos, constando mais de uma vez em dois deles (Mt
10.38,39; 16.24,25; Mc 8.34,35; Lc 14.26,27; 17.33; e, com alguma alteração em
Jo 12.25). Nenhuma outra declaração de Jesus recebe tamanho realce.
Seguir a Jesus exige abnegação,
dedicação total e obediência espontânea. É impedir que o eu seja
o centro da sua vida e dos seus atos. Quanto mais valorizamos as recompensas
dessa vida (lazer, poder, popularidade, segurança financeira), mais
descobriremos o quanto são vazias. Concentrar-nos em nosso sucesso – é perder o
que de fato interessa. É claro que esse princípio é supremamente representado
na cruz de Cristo (cf. Lc 9.23,24).
O Senhor não se opõe ao prazer
nem nos recomenda a procurar a dor. Ele pede submissão, não que venhamos a
anular nossa vontade, mas que esta esteja sujeita à dEle. Isso é muito razoável
porque, como Criador, Cristo conhece melhor do que nós o que significa uma
verdadeira vida.
A vida em Cristo é vivida em um
plano superior por causa do seu perdão, de seu amor e de sua orientação
abundantes. É a qualidade infinitamente sublime de vida, em comunhão viva com
Deus – tanto agora quanto para sempre. É abundantemente rica e completa. Receber esta
vida é unir-se a Deus, cuja natureza é eterna (ver Jo 10.10).
Quando reconhecemos o poder de
Jesus e quão maravilhosa é a oferta que nos faz, como podemos ser capazes de
não nos comprometermos com Ele?
A melhor maneira de gozar nossa
vida, portanto, é afrouxar os laços gananciosos que nos unem às recompensas
terrenas, para que possamos seguir a Cristo de forma amorosa e livre.
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