Sl 85.10
O amor e a fidelidade se
encontrarão; a justiça e a paz se beijarão.
Nos dias do Antigo Testamento,
Deus usou muitas abordagens para enviar suas mensagens ao povo. Ele falou com
Isaías em visões (Is 6), com Jacó em um sonho (Gn 28.10-22), e com Abraão e
Moisés pessoalmente (Gn 18; Ex 31.18). Contudo, também se lê em Ex 33.20 que
ninguém poderá ver a Deus e viver, pelo fato de sermos finitos e moralmente
imperfeitos. Desse modo, já que nenhum ser humano pode ver a Deus como Ele
realmente é, os que o viram na verdade viram-no numa forma assumida
temporariamente para a ocasião. Somente podemos conhecê-lo através de suas
obras e seus atos, e não podemos compreender como Ele é de fato separadamente
de Jesus Cristo.
Mas, “vindo a plenitude dos
tempos” (Gl 4.4), Deus enviou Jesus à terra para ser o Salvador do mundo (1Jo
4.14). Ele nasceu de uma mulher – logo, era humano. Nasceu como judeu – e estava
sujeito às leis de Deus, as quais cumpriu com perfeição (Mt 5.17). De modo
humilde, Ele entrou na vida e no meio ambiente humanos (Jo 1.14) com todas as limitações
das experiências humanas; revelou sua glória aos seus discípulos mediante os milagres
que operou (Jo 2.11), e por sua morte e ressurreição.
Agora, todos podem conhecer a
plenitude de Deus, porque Ele se tornou visível e tangível em Cristo, sua expressão
perfeita na forma humana. Nele se uniram a humanidade e a divindade. Como o
próprio Filho é Deus, é a representação absolutamente autêntica da existência
de Deus (cf. Jo 14.9; Cl 1.15).
O amor e a fidelidade [...] a
justiça e a paz – Essas expressões do favor de Deus para com o seu povo são
personificadas aqui, e o retrato vívido do encontro entre elas, trocando
abraços, é uma das mais belas figuras bíblicas do modo misericordioso de Deus
lidar com seu povo segundo a aliança.
Depois que o Filho de Deus se
manifestou, em vez de a revelação de Deus vir por meio de frias tábuas de pedra
como era na antiga aliança vem por intermédio da vida de uma pessoa.
Em Cristo vemos a realidade da
Glória divina, o zelo de Deus em se aproximar dos homens mesmo sendo pecadores.
Ele abriu as portas para que a graça e a bondade de Deus fossem derramadas
sobre nós (Rm 1.5).
Quanto mais conhecermos a Cristo,
mais aumentará nosso entendimento acerca de Deus!