Sl 100.1-5
Celebrai com júbilo ao senhor, todos os moradores
da terra. 2- Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com canto. 3-
Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas
do seu pasto. 4- Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios, com
hinos; louvai-o e bendizei o seu nome. 5- Porque o Senhor é bom, e eterna, a
sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração.
Os salmos foram escritos para, de
modo geral, expressarem as mais profundas emoções íntimas da alma em relação a
Deus. Muitos foram escritos como orações, outros, como cânticos de louvor, ação
de graças e adoração, exaltando a Deus por seus atributos e pelas grandes
coisas que Ele tem feito. O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os
israelitas atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e
ação de graças, celebrando a vitória espetacular de Deus sobre o faraó e seu
exército (Ex 15.1-19).
V. 1- “Celebrai... todos os moradores da terra” – Embora os
vv. 3 e 5 falem claramente a respeito do relacionamento especial entre Deus e
Israel, o convite à adoração é dirigido ao mundo inteiro. Supõe aqui que o
salmista tem em vista horizontes mais amplos e que todos os moradores da terra
devem reconhecer o Senhor por seus atributos e pelas grandes coisas que Ele tem
feito (Sl 67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12).
V. 2- “Servi ao Senhor com
alegria...” – Embora a Bíblia nos convide a louvar a Deus, freqüentemente não sabemos
como fazer. Davi ordenou aos levitas que designassem o grupo de músicos para
louvar o Senhor (1Cr 15.16; 16.4-7). A música deveria ter um alto volume e ser
alegre, tendo em vista a grande lista de instrumentos e o número de
participantes do coro.
V. 3- “... ovelhas do seu pasto” – a Bíblia compara o povo
de Deus a um rebanho de ovelhas por serem dependentes de Deus como as ovelhas
do pastor (ver Is 40.11). Na verdade, a ovelha, a despeito de sua importância e
fraqueza, representava a riqueza de Israel, e os pastores dedicavam sua vida ao
cuidado delas.
V. 4- “Entrai pelas portas dele
com louvor...” – O louvor era um elemento chave na adoração de Israel a Deus (Sl
106.1; 111.1; 113.1), bem como na adoração cristã primitiva. O próprio Jesus louvou
a Seu Pai celestial (Mt 11.25). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus
(Rm 15.9-11) e Tiago 5.13 ordena aos cristãos que “cantem louvores” como
expressão de alegria, e exortações similares e exemplos de louvores são encontrados
por todo o Novo Testamento (Mt 26.30; Lc 1.46-55; At 16.25; Ef 5.19; Cl 3.16).
E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é de uma vasta multidão de anjos
e redimidos de todas as nações louvando a Deus diante de Seu trono (Ap 5.9-12).
V. 5- “Porque o Senhor é bom...”
– A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos
de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao Seu
nome (Sl 96.1-3; 106.1-2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75).
Finalmente, o crente que vive a
sua vida para a glória de Deus está a louvar ao Senhor. Desenvolva a prática de
louvar a Deus, e você experimentará maior alegria e força para enfrentar
quaisquer desafios.