sábado, 24 de junho de 2017

Refúgio eterno


Sl 46.1-11 
Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxilio sempre presente na adversidade. 2- Por isso não temeremos, ainda que a terra trema e os montes afundem no coração do mar, 3- ainda que estrondem as suas águas turbulentas e os montes sejam sacudidos pela sua fúria. [Pausa] 4- Há um rio cujos canais alegram a cidade de Deus, o Santo Lugar onde habita o Altíssimo. 5- Deus nela está! Não será abalada! Deus vem em seu auxílio desde o romper da manhã. 6- Nações se agitam, reinos se abalam; ele ergue a voz, e a terra se derrete. 7- O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura. [Pausa] 8- Venham! Vejam as obras do Senhor, seus feitos estarrecedores na terra. 9- Ele dá fim às guerras até aos confins da terra; quebra o arco e despedaça a lança; destrói os escudos com fogo. 10- “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei exaltado entre as nações, serei exaltado na terra.” 11- O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é a nossa torre segura. [Pausa] NVI

Vv. 2, 3- “... não temeremos, ainda que..., ainda que... e os montes sejam sacudidos pela sua fúria.” – O salmista expressa sua calma confiança na habilidade e na capacidade de Deus para salvar.

A presença de Deus era muitas vezes acompanhada de uma demonstração impressionante de fenômenos e sons meteorológicos – Um terremoto e uma tempestade surgiram quando Deus apareceu no monte Sinai (ver Ex 19.16-18). E na travessia do Mar Vermelho, foi o mesmo Deus da tempestade e do terremoto que “... afastou o mar e o tornou em terra seca, com um forte vento oriental...” (Ex 14.21), a fim de retirar os israelitas da escravidão do Egito.

V. 4- “Há um rio cujos canais alegram a cidade de Deus...“ – “rio” aqui é uma metáfora para o contínuo derramamento das revigorantes bênçãos de Deus, que tornavam a Cidade de Deus semelhante ao Jardim do Éden. Muitas cidades grandes são atravessadas por rios, que cooperam com o sustento das pessoas, tornando possível a agricultura e facilitando o comércio com as outras cidades. (Ex. rios Albana e Farpar, em Damasco; rio Nilo, no Egito, etc.). Jerusalém não possuía um rio, mas tinha a Deus, que, como um rio, sustentava seu povo.

V. 5- “... desde o romper da manhã” – O “romper da manhã” era a hora em que havia mais probabilidades de ataques contra uma cidade. O socorro divino faz raiar a aurora do livramento e dissipa a noite do perigo. Acontecimentos como a destruição da confederação inimiga nos dias de Josafá (ver 2Cr 20) ou a matança dos assírios nos dias de Ezequias (ver 2Rs 19. 35, 36) talvez tivessem presentes na mente do salmista.

V. 6- “Nações se agitam, reinos se abalam; ele ergue a voz, e a terra se derrete” – O governo absoluto e eterno do Senhor dedica-se à salvação total do seu povo e às suas bênçãos integrais e puras – o consolo supremo num mundo em que as marés de ameaças parecem lançar incerteza em tudo.

V. 10- “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus” – A guerra e a destruição são inevitáveis, assim como a vitória final de Deus. Aquele cuja voz outrora abalou a terra, agora promete: “Ainda uma vez abalarei não apenas a terra, mas também o céu” (Hb 12.26). No final o mundo se desintegrará, e somente o Reino de Deus permanecerá. Aqueles que seguem a Cristo fazem parte deste Reino inabalável, e resistirão à agitação.

O Salmo 46 está entre os salmos que expressam a confiança que o crente tem na integridade de Deus e no conforto da Sua presença, em ocasiões de instabilidade e insegurança.

Em Deus temos o poder e a capacidade de enfrentar as incertezas e lutas da vida, pois Ele é o nosso refúgio mesmo em meio à destruição total; não é somente um abrigo temporário; Ele é o nosso refúgio eterno (ver Sl 73.26), e pode dar-nos forças sob quaisquer circunstâncias.