1Pe 4.12,13:
"Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis”.
Ser um cristão não significa ausência de problemas ou ter todos os problemas solucionados. A vida cristã envolve sofrimento e a consolação de Cristo (2Co 1.4). O sofrimento deve ser considerado como uma participação ou comunhão com Cristo no sofrimento. Nesta era, portanto, Cristo sofre com seu povo e em favor do seu povo (ver Rm 8.22-26), devido à tragédia do pecado no mundo, provocada por Satanás na queda da raça humana (Gn 3.1-6; ver 1 Jo 5.19).
Nosso maior cuidado deve ser o de permanecer leais a Ele, num mundo hostil para com a sua causa e seus padrões de justiça. Em Lc 22.28-30 Jesus manifesta diante dos seus discípulos a sua gratidão pela fidelidade deles durante a sua vida, nas circunstâncias difíceis em que foi vivida: “Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. E eu vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino ...”.
Aqueles que sofrem por causa da sua lealdade a Cristo são bem-aventurados porque o Espírito Santo estará com eles de modo especial (1Pe 4.13).
Para Deus, bem-aventurado é aquele que tem uma experiência de esperança e alegria, independentemente das circunstâncias exteriores: “bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5.10-12). Nossa fé somente pode chegar à plena maturidade quando confrontada com dificuldades e oposição. Tiago diz que devemos transformar nossas dificuldades em momentos de aprendizado e nos alegrar nas situações difíceis, sabendo que através delas Deus testa a nossa fé para extrair a paciência: “Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência” (Tg 1.2,3).
Nosso sofrimento não é primeiramente motivado por desobediência, mas constantemente causado por Satanás (1Pe 5.8), pelo mundo (Jo 16.33) e pelos falsos crentes (At 20.29), à medida que participamos da causa de Cristo. Satanás na sua rebelião inicial contra Deus sublevou uma terça parte dos anjos (Ap 12.4). Alguns destes estão algemados no inferno (Jd 6); os demais estão soltos sob o domínio e controle de Satanás (Ef 2.2). Estes são os emissários altamente organizados do diabo (Ef 6.11,12) e provavelmente equivalem aos demônios referidos na Bíblia.
Deus quer nos tornar maduros e completos, e não nos poupar de toda dor. Os tempos difíceis podem nos ensinar a perseverar firmes em Deus. Ao invés de nos comportarmos como filhos impacientes reclamando de nossas lutas, devemos confiar na sabedoria e no perfeito cronograma de Deus e considerar as aflições como oportunidades para o crescimento espiritual em Cristo (Rm 5.3-5).
Agradeça a Deus por Suas promessas e peça que Ele lhe ajude a resolver seus problemas ou que lhe dê forças para suportá-los. Então seja paciente. Ele permanecerá por perto e lhe ajudará a crescer na graça e na fé.