“Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
A verdadeira paz não se encontra no pensamento positivo, na ausência de conflitos ou nos bons sentimentos. Ela vem de saber que Deus está no controle de todas as coisas.
É um dos aspectos do fruto do Espírito (ver Gl 5.22).A paz de Cristo é uma certeza de segurança em qualquer circunstância; tendo-a, não precisamos temer o presente ou o futuro.
Quando Deus criou os céus e a terra, criou um mundo de paz. Declarou por sete vezes que aquilo que Ele criara era bom (ver Gn 1.4,10,12,18,21,25 e 31). Com a queda da raça humana provocada por Satanás, o pecado foi introduzido no mundo destruindo a paz e comprometendo o relacionamento harmonioso que havia antes com Deus (ver Gn 3.8-10), bem como entre Adão e Eva, como marido e mulher (vv. 12,13) e finalmente entre a raça humana e a natureza (v. 13; ver Rm 8.22).
Desde o marco inicial da história, a raça humana tem estado vinculada a Deus, mediante a fé e obediência à Sua Palavra como a verdade absoluta: “Muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço” (Sl 119.165).O pecado, o medo, a incerteza, a indecisão e outros problemas travam uma contínua guerra entre nós. A paz de Deus se move em nossos corações e bloqueia essas influências hostis, oferecendo-nos conforto em lugar de conflito. Jesus diz que nos dá esta paz se quisermos aceitá-la: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).
Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da paz no mundo, a restauração dela deve envolver a destruição dele e do seu poder. “... Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (1Jo 3.8). Só é possível ter paz com Deus, porque Jesus pagou o preço por nossos pecados ao morrer na cruz.
Nosso coração é o centro do conflito. É nele que nossos sentimentos e desejos se colidem – nossos temores e esperanças, a desconfiança e a confiança, o ciúme e o amor. Como podemos lidar com esses conflitos constantes e viver conforme a vontade de Deus? Ele explica que devemos decidir entre os elementos conflitantes usando as regras da paz. Paulo nos diz que devemos deixar que a paz de Cristo seja o juiz de nosso coração: “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações...” (Cl 3.15).
Um pacificador efetivo procura ativamente a paz, construindo boas relações, sabendo que a paz é um subproduto do compromisso. O pacificador antecipa os problemas e lida com eles antes de acontecerem. À medida que os conflitos surgem, devem ser discutidos abertamente e resolvidos antes que se tornem incontroláveis. Apaziguar pode ser um trabalho mais difícil do que travar uma guerra, mas resulta em vida e felicidade.
Se a sua vida é cheia de preocupações, permita que o Espírito Santo encha-o com a paz de Cristo!