domingo, 30 de outubro de 2011

Que é o homem?

Sl 8.9
“Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra”!

Quando olhamos para a imensa e maravilhosa criação de Deus, frequentemente nos sentimos pequenos. Davi, ao contemplar os céus com toda sua majestade sentiu-se forçado a perguntar por que Deus escolheria algo tão pequeno e insignificante como é o homem, para ser objeto do Seu especial amor, revelando-se até às crianças, que passam a louvá-lO (Sl 8.2-4; ver também Jó 7.17). Isto nos dá uma noção real sobre a nossa condição de criatura, mas Deus não quer que nos concentremos em nossa pequenez, e sim em nosso Criador; então teremos o respeito apropriado por Ele, e não sentimentos de auto depreciação. Deus viu que a Sua criação era excelente em todos os aspectos (Gn 1.31). Quando se sentir desencorajado ou caído, lembre-se de que Deus sempre pensou em você como alguém valioso e que tem em mente um propósito para a sua vida.

Saber que fomos criados à Sua imagem e semelhança e compartilhar muitas de Suas características provê uma base sólida para a imagem própria. O homem é o mordomo de Deus junto à criação, e todas as coisas têm sido colocadas sob sua autoridade (Gn 1.26-28). Por causa do pecado, ele não tem cumprido devidamente essa comissão recebida de Deus. Todos somos descendentes da família de Adão; essa hereditariedade nos garante a morte. Todos nós colhemos os resultados do pecado de Adão. Herdamos sua culpa, sua natureza pecaminosa e a punição de Deus. Entretanto, por causa de Jesus, podemos trocar o castigo pelo perdão. Assim como Adão é o representante da humanidade terrena, Cristo é o representante de uma humanidade nova e espiritual. Ele nos oferece a oportunidade de nascer novamente em Sua família espiritual, o que nos garante a misericórdia, o perdão e a vida eterna. O salvo em Cristo recebe de volta os direitos de mordomia que Adão perdera (Rm 5.12-19).

Você foi escolhido por Deus (Jo 15.16). De acordo com o Salmo 8.5, Ele colocou Sua coroa de glória e honra, favor e excelência sobre a sua cabeça. Você pode não ver sua própria coroa, mas ela está lá – assim como as vestes de justiça com as quais você está vestido. Você pode não enxergar as suas vestes de justiça ou a coroa do favor de Deus com os seus olhos naturais, mas elas existem na esfera espiritual (ver Is 61.10). O autovalor do homem não está baseado em posses, conquistas, atrativos físicos ou aclamação pública. Ao contrário, está baseado no fato de ser criado à imagem de Deus (Gn 1.26,27). Porque fomos feitos à imagem dEle, podemos nos sentir bem a respeito de nós mesmos. Criticar ou depreciar o que somos é criticar o que Deus fez e as habilidades que Ele nos tem dado. Saber que você é uma pessoa de valor ajuda-o a amar a Deus, conhecê-lO pessoalmente e prestar uma valiosa contribuição às pessoas ao seu redor.

Você alguma vez olhou para o vasto céu estrelado à noite e se sentiu muito pequeno comparado a Ele? Pense na grandeza de Deus ao observar Sua criação ao redor e lembre-se de que você é uma obra prima da criação de Deus, feita à Sua imagem! Tire um instante para louvar a Deus por Sua excelência e agradeça-lhE por coroá-lo de glória e de honra: “Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra”!













terça-feira, 25 de outubro de 2011

Louvor na tempestade.

Sl 34.1
“Louvarei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca”. 

A música e o cântico faziam parte integrantes da cultura de Israel. Certos levitas foram designados para louvar e oferecer ação de graças a Deus de modo contínuo (1Cr 16.4). O louvor consiste em expressar a Deus nosso apreço por compreendermos o Seu valor. O chamado para louvar a Deus ecoa por todo o Novo Testamento. O próprio Jesus louvou a Seu Pai celestial (Mt 11.25). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus (Ef 1.3) e em Apocalipse João descreve uma cena no céu: uma grande multidão de pessoas proveniente de todas as nações que foram salvas mediante a fé em Jesus Cristo, e os anjos louvando e bendizendo o nome do nosso Deus (Ap 7.9-12).

A confiança em Deus leva à esperança tranquila (Lm 3.26). Esperança significa ir além de nossas desagradáveis experiências diárias e alcançar a alegria de conhecer a Deus. Dois tipos de alegria são contrastados no Sl 4.7: a que vem de conhecer e confiar em Deus e a que vem como resultado de circunstâncias agradáveis. A primeira será constante se confiarmos em Deus; é a certeza de que Deus está presente, não importa o que aconteça! A segunda é circunstancial, portanto imprevisível. A alegria espiritual derrota o desânimo; a circunstancial apenas o encobre. A felicidade depende de acontecimentos, mas a alegria depende de Cristo (Jo 16.22). Podemos senti-la mesmo nos infortúnios. Ela não se origina de circunstâncias exteriores, mas da força interior (Ne 8.10), e age como um forte para nos guardar das aflições e tentações de todos os dias e como poder e motivação para perseverarmos na fé, até o fim. O louvor é uma das atribuições dos anjos e é privilégio do povo de Deus.

Lucas relata em Atos 16.22-26, um incidente na vida de Paulo e Silas, e como a alegria deles precedeu e precipitou uma reviravolta “repentina”. Aqueles homens de Deus exercitaram o poder da alegria em meio a circunstâncias muito difíceis. Eles haviam sido despidos, açoitados e lançados na prisão, e, no entanto, nada haviam feito de errado. Naquela situação deprimente, eles demonstraram uma alegria sobrenatural que ficou visível por meio de suas orações e canções. O contentamento deles não poderia ter sido uma resposta natural porque não havia nenhum aspecto natural no qual pudesse se alegrar. Como consequência de ter visto em primeira mão aquele comportamento sobrenatural de Paulo e Silas, o carcereiro foi salvo (ver At 16.27-34). Creio que mais pessoas no mundo receberão a salvação que espera por elas quando os servos de Deus verdadeiramente começarem a expressar sua alegria por terem sido salvos por Jesus. O louvor e a ação de graças devem ser uma parte constante em nossa vida cotidiana e não uma prática reservada somente para as ocasiões de celebrações. Louve a Deus continuamente, e você perceberá as bênçãos do Senhor em sua vida.

Vivemos por meio de nossa confiança nEle, não pelos benefícios, felicidade ou sucesso que possamos experimentar nesta vida. Habacuque testifica que servia a Deus não por causa das suas dádivas, mas porque o Senhor é Deus. Afirmou que até mesmo nos tempos de fome e perda ele ainda se regozijaria no Senhor (Hc 3.17,18). Os sentimentos do profeta não eram controlados pelos eventos ao seu redor, mas pela fé na habilidade que Deus tem de nos fortalecer. Quando nada mais fizer sentido, e as dificuldades parecerem maiores do que você possa suportar, lembre-se de que o Senhor é aquele que nos dá forças para prosseguir. Tire seu olhar de suas dificuldades e olhe para Deus.

Em nosso mundo invadido pelo pecado, a calamidade e o sofrimento sobrevêm tanto aos bons quanto aos maus. Isto não significa que Deus seja indiferente, descuidado, injusto ou não tenha poder para nos proteger. As coisas ruins acontecem porque vivemos em um mundo caído, onde todos são atingidos pelas trágicas consequências do pecado. Deus permite o mal por um tempo, embora Ele o reverta para o nosso bem (Rm 8.28). Podemos não saber por que Deus o permite, mas podemos estar certos de que Ele é o Todo Poderoso, e sabe o que está fazendo. Jó era um modelo de confiança e obediência a Deus (Jó 1.1); ainda assim Deus permitiu que Satanás o atacasse de forma especialmente cruel. Embora Deus nos ame crer nEle e obedecê-lO não nos isenta de calamidades na vida. Na primeira etapa das provas de Satanás, Jó perdeu as posses e a família, mas reagiu de forma justa para com Deus reconhecendo-lhE a soberania e a autoridade sobre tudo o que lhe dera, e O bendisse: ”nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21).

Em meio ao silêncio de Deus, devemos persistir em conhecê-lO e experimentar uma manifestação maior do Espírito Santo (Os 6.1-3). Não devemos desanimar, mas, sim, por nossa esperança em Deus e confiar no Seu imutável amor. Deus considera o louvor como um sacrifício santo a Ele: “Portanto, oferecemos sempre, por Ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu nome” (Hb 13.15). Começar qualquer tarefa louvando a Deus pode nos inspirar a dar-lhE o melhor de nós. Como cristãos, não devemos confiar no que temos ou experimentamos, mas no Cristo que está dentro de nós. Desenvolva a prática de louvar a Deus, e você experimentará maior alegria e força para enfrentar quaisquer desafios.







terça-feira, 18 de outubro de 2011

O pão de cada dia.

Ex 16.4
Disse, porém, o Senhor a Moisés: “Eu lhes farei chover pão do céu. O povo sairá e recolherá diariamente a porção necessária para aquele dia. Com isso os porei à prova para ver se seguem ou não as minhas instruções. No sexto dia trarão para ser preparado o dobro do que recolhem nos outros dias”.

Esse “pão do céu” também chamado “maná” era um alimento especial, que Deus fornecera milagrosamente para os israelitas durante 40 anos no deserto (ver Ex 16.14-31). Dar a eles o pão quando precisavam era a forma de Deus ensinar-lhes a confiar nEle e testá-los para ver se obedeceriam às suas instruções detalhadas no tocante a: dependência: confiar inteiramente no Senhor e esperar do céu a provisão diária; diligência: colher o maná; a fé deve resultar em ação, caso contrário, ela morrerá (Tg 2.14-17); prontidão: ao sair pela manhã (v.8); perseverança: ao colher diariamente (v.4). O Senhor não nos dá tudo de uma só vez. Não podemos armazenar as bênçãos, depois cortar a comunicação com Deus (ver Lc 12.17-20 e Pv 30.8,9); gratidão, por uma provisão gratuita (Sl 103.1); compreensão da bondade de Deus em prover o fornecimento (Mt 7.11).

Vemos da parte de Deus longanimidade, no suprir as necessidades do povo, apesar das suas murmurações (v.3,7); recurso inesperado (1Co 2.9), ao fornecer pão do céu; continuado interesse, no fornecer diariamente (Dt 5.29; Jo 16.24; 14.13,14); poder criador, ao mandar pão do Céu (ver Sl 33.9; Rm 4.17; Is 43.16); vontade soberana: interrompendo o fornecimento aos sábados (v.23). Deus conhece as nossas necessidades (Mt 6.32) e sabe que não é possível o deserto deste mundo alimentar a nossa vida espiritual (Jo 15.19,20).

Para aproveitar bem o maná, era necessário colhê-lo cedo (v.13): o alimento espiritual deve ser a nossa primeira preocupação (Mt 6.33); cada manhã (v.21): sua existência diária dependia exclusivamente da provisão divina; colher para o próprio sustento e para a família (v.16) - para o culto doméstico; comer todo o colhido: aqueles que ficam ansiosos são consumidos pelo temor e consideram difícil confiar em Deus (Mt 6.34). O pão do céu, guardado, mas não comido, “criou bichos e cheirava mal” (v.20). Ao alimentarmos da Palavra nos identificamos com o cheiro de Cristo (2Co 2.15); não colher no sábado (v.23): Deus sabia que a ocupação cotidiana do povo poderia impedi-los de adorar. Guarde cuidadosamente o seu tempo com Deus. Não deixe que as inquietações com o amanhã afetem seu relacionamento com Deus, hoje.

O maná estava no deserto, mas não era do deserto (Dt 8.15).  Seu sabor não era terrestre, era pão “do céu”. Era uma figura de Cristo na Sua humilhação aqui no mundo (Jo 17.16). Jesus fez uma alusão ao maná que os antepassados judeus receberam no deserto dizendo que aquele pão era material (físico) e temporal (Jo 6.49). O povo o comeu e foi sustentado fisicamente por um dia. Porém, necessitava de mais pão a cada dia; e o pão não era capaz de evitar que morressem. No entanto, Jesus ofereceu a si mesmo como o Pão espiritual do céu, que satisfaz completamente a nossa fome e nos leva à vida eterna. Em Jo 6.51 Ele declarou: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre”. Comer o Pão vivo significa aceitar a Cristo em nossa vida e unirmo-nos a Ele.

Para os israelitas, o maná era um presente de Deus – chegava todos os dias, na quantidade necessária durante os 40 anos no deserto (Ex 16.35). Ao chegarem na abundante Terra Prometida “cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do trigo da terra” (Js 5.12).  De igual forma, no reinado de Cristo, o povo de Deus já não terá que perseverar em oração por suas necessidades diárias, pois o Senhor atenderá as suas orações sem demora (Is 65.24). Cristo é o nosso maná espiritual durante nossa jornada no mundo desde o dia de nossa salvação até que O vejamos face a face (1Jo 3.2). Quando oramos “dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano” (Lc 11.3), estamos reconhecendo que Deus é quem sustenta e supre nossas necessidades. Confie no Senhor e aprenda a viver um dia de cada vez.



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Usa-me, Senhor.

Mt 1.1
“Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão”.

As genealogias eram credenciais muito importantes para o povo hebreu. Se não pudessem provar que descendiam de Abraão, não podiam ser considerados verdadeiros judeus e seriam totalmente excluídos da participação na vida da comunidade judaica. Mateus começou mostrando que Jesus descendia de Abraão, o pai de todos os judeus, e era um descendente direto de Davi. Deste modo, as profecias do Antigo Testamento sobre a linhagem do Messias, cumpriram-se (Gn 49.10; Is 11.1).

Deus estabeleceu um pacto com Abrão, prometendo que ele seria o pai de uma grande nação e que Ele abençoaria não apenas a nação que viria de Abrão - Israel, mas que “todas as nações da terra” seriam abençoadas através dos seus descendentes (Gn 12.1-3). Israel seria a possessão preciosa do próprio Deus (Ex 19.5). Embora todas as nações respondam perante Deus como seu Criador, Israel teria um relacionamento muito especial com Deus, porque Ele era seu Redentor. Esse propósito para Israel prenunciava o propósito de Deus para a Igreja de ser “Templo de Deus” e “Habitação do Espírito Santo” (1Co 3.16), “povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14), “reino sacerdotal e nação santa” (1Pe 2.9), para conclamar todas as pessoas a se reconciliarem com Ele (2Co 5.18).

Porque Deus escolheu Israel como nação Sua? Não foi pelos méritos de Israel, mas pelas promessas que Deus fez a Abraão, Isaque e Jacó (Dt 7.7,8). Deus sabia que nenhuma nação na terra seria boa o suficiente para merecer ser chamada de povo Seu. Sendo assim, Deus o escolheu por Seu amor e misericórdia, para representar o Seu padrão de viver, ensinar a Sua Palavra e ser um agente de salvação para o mundo. Isaías predisse que os gentios e reis viriam ao Senhor através da nação de Israel (Is 60.3). E também desta nação nasceria o Messias, o Filho escolhido de Deus. Assim como o Senhor escolheu Israel, tem escolhido todos os cristãos para que tenham parte em Seu tesouro. Não é por nosso mérito que cremos em Jesus Cristo e somos salvos. Deus nos escolheu por Sua bondade e graça (Ef 2.8).

Não importa quão desencorajador possa parecer o mundo, sempre haverá pessoas que temem a Deus e Ele usará qualquer um que esteja pronto a receber seus propósitos. Deus se valeu de vários tipos de pessoas para que seu Filho se manifestasse ao mundo no passado. Alguns eram heróis da fé (Abraão, Isaque, Rute e Davi), outros tinham uma reputação incerta, como Raabe e Tamar. Muitos foram cidadãos comuns (Esrom, Naassom e Aquim), outros, ímpios (Manassés e Abias). Através da árvore genealógica de Abraão, Jesus Cristo nasceu para salvar a humanidade (ver Mt 1.1-16). Por meio de Cristo as pessoas podem ter um relacionamento pessoal com Deus e serem infinitamente abençoadas.

As genealogias eram muito estimadas por serem vitalmente importantes para que um judeu pudesse provar que era um descendente de Abraão e, portanto, parte do povo de Deus (Gn 15.5). Uma genealogia perdida colocava em risco a posição social de um judeu. Se, através da fé, não nos identificarmos com Cristo e não O confessarmos como Senhor, não haverá qualquer esperança, nenhuma segunda chance e nenhum outro apelo. Está escrito: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.15). Esse livro da vida simboliza o conhecimento que Deus tem daqueles que lhe pertencem. “O Senhor conhece os que são seus” (2Tm 2.19).

A mensagem divina de salvação e de vida eterna não está limitada a uma cultura, raça ou nação especial. Qualquer um que se aproxime de Deus com arrependimento e fé será aceito por Ele e fará parte de Seu Reino. Os que são da fé são filhos de Abraão (Gl 3.7); significa que a fé é mais importante do que a genealogia (ver Lc 19.9,10). O apóstolo João em Ap 5.9 nos fala do cântico do povo de Deus louvando a obra de Cristo “porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação”. Não permita que algum preconceito ou inclinação lhe impeça de compartilhar Cristo com seus semelhantes. Ele recebe em seu Reino a todos que se arrependem dos seus pecados e O aceitam como Senhor e Salvador.  Assim como Deus usou vários tipos de pessoas para que Seu Filho se manifestasse ao mundo no passado, Ele o faz hoje, a fim de realizar Sua vontade. Seja um agente de salvação e um canal de bênção para o mundo perdido. Deixa Deus te usar.



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Espere o tempo de Deus.

Lv 26.3,4a
“Se vocês seguirem os meus decretos e obedecerem aos meus mandamentos, e os colocarem em prática, eu lhes mandarei chuva na estação certa”.

Quando é a estação certa? Ele sabe quando nós estamos prontos como também os demais envolvidos, e sabe quando tudo se encaixa no plano geral que Ele estabeleceu. Às vezes, Ele dirige o caminho do justo de um modo que este acha difícil compreender o que está acontecendo. Talvez não consigamos ver o lado bom de certas circunstâncias, mas a Bíblia nos assegura que Deus realmente está operando por trás dos bastidores (Rm 8.28).

O mal prevalece nesse mundo decadente, mas Deus é capaz de transformar todas as circunstâncias que nos rodeiam para o nosso bem, não apenas em acontecimentos isolados e nem apenas para deixar-nos felizes, mas para cumprir o seu propósito. Ele teve um plano para Adão (Gn 1.28), Abraão (Gn 12.1-3), José (Gn 45.4-9) e seu povo, Israel (Gn 50.24; Ex 6.6-8). Teve um plano para Jesus (Lc 18.31) e para Paulo (At 21.10-14). Deus tem um plano singular para as nossas vidas individualmente, mas Ele também tem um plano geral para o mundo inteiro.

O Senhor Deus executa o plano da redenção no decurso da história, até o seu final. No cumprimento disto, às vezes Ele resolve humilhar governantes poderosos (e.g., Nabucodonosor, Dn 4), ordenar juízo destruidor contra reis (e.g., Faraó, por ocasião do êxodo, Ex 14; Belsazar, em Babilônia, Dn 5), ou elevar um dirigente internacional (e.g., o rei Ciro da Pérsia, Ed 1.2), a fim de cumprir a sua palavra e realizar os seus propósitos. Ao despertar o espírito de Ciro, para ser benevolente para com os vencidos e exilados, Deus fez cumprir-se a tempo a sua promessa feita através de Jeremias (Jr 25.11). Deus faz inclinar o coração do rei, a fim de garantir a marcha contínua da redenção e desfecho da história (Pv 21.1).

Deus não pressiona, manipula ou força as pessoas. Ele orienta, guia, estimula e sugere, através do Espírito Santo (Jo 16.13,14). Depois, cada indivíduo é responsável por entregar a sua vontade a Ele para que realize o Seu propósito (Sl 37.5). Às vezes, isso leva mais tempo para uma pessoa do que para outra. O bom plano de Deus requer tempo, e geralmente mais tempo do que possamos prever, mas não devemos imaginar que Ele tem as nossas limitações, pois Ele é completamente ilimitado em relação ao tempo. Ele não segue o nosso calendário; é o Criador do tempo. Por ser Eterno, podemos depender dEle. Sl 90.4: “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite”. Ver o cumprimento do que desejamos, requer a disposição de esperar que a bênção venha “na estação certa”. “O lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia” (Tg 5.7).

O tempo é importante. O segredo para ter paz com Deus é descobrir, aceitar e apreciar o tempo perfeito dEle. O perigo está em duvidar ou ressentir-se em relação ao momento do Senhor. Isto pode levar ao desespero, à rebelião ou a seguir em frente sem o conselho dEle (ver Pv 3.5-7). Mas sempre vale a pena esperar em Deus. Ele é misericordioso, sabe todas as coisas e age com justiça e o seu tempo é perfeito. Muitas vezes as bênçãos não podem ser recebidas a menos que passemos pela prova da espera.  O texto em Lamentações 3.24-26 nos convida a esperar e a ter fé no Senhor, porque Ele usa frequentemente o tempo de espera para nos revigorar, renovar e ensinar.  Enquanto espera, tente descobrir o que Deus deseja ensinar-lhe. Ele é fiel e justo para cumprir Sua promessa. Espera, pois, no Senhor.

sábado, 1 de outubro de 2011

Recomeçar.

Lc 15.18
“Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti”.

Uma vida de pecado e de egoísmo, no seu sentido cabal, é a separação do amor, comunhão e autoridade de Deus. O resultado é desilusão e tristeza, e, às vezes, condições pessoais degradantes, e, sempre, a falta da vida verdadeira e real, que somente se encontra no relacionamento com Deus.

Deus nos chamou para cumprirmos seus mandamentos; Ele nos lembra que suas leis não estão além de nossa capacidade. Estão na Bíblia, mas são evidentes no mundo que nos cerca. Elas nos advertem, dão sabedoria e entendimento, renovam a nossa força, trazem alegria ao nosso coração e garantem nossa recompensa. As leis de Deus são princípios que oferecem luz para o nosso caminho (Sl 119.105), não correntes para nossas mãos e nossos pés. Elas apontam para o perigo de uma vida distante de Deus e para o sucesso que obtemos quando somos guiados por Ele (Sl 119.11). Obedecer a elas é inteligente, sensato e benéfico. A parte mais difícil na obediência às leis de Deus é tomar a decisão de observá-las.

Moisés disse aos israelitas que, quando estivessem prontos para voltar-se para Deus, Ele estaria pronto para recebê-los (Dt 30.1-3). A misericórdia de Deus é inacreditável (Lm 3.22). Vai muito além do que podemos imaginar. Mesmo quando seu povo deliberadamente se afastava dEle e arruinava sua vida, Deus ainda o aceitava de volta. O Senhor dava a Israel o renovo espiritual. Deus quer perdoar-nos e trazer-nos de volta para Ele.

Ele desafiou Israel a escolher a vida, ao obedecer a Deus e a continuar a receber suas bênçãos. Deus não impõe sua vontade a ninguém. Ele permite que decidamos se queremos aceitá-lO ou rejeitá-lO. No entanto, esta decisão é uma questão de vida ou morte. Deus deseja que compreendamos isto, pois quer que todos optem pela vida (1Tm 2.4). Diariamente, em cada nova situação, precisamos afirmar e fortalecer este compromisso.

Moisés também alertou que no dia em que os israelitas se afastassem de Deus, uma raiz brotaria e produziria amargura e frutos venenosos (ler Dt 29.18; Hb 12.15). Quando decidimos fazer o que sabemos ser errado, plantamos uma semente que cresce descontroladamente, gerando mágoas e dores. Mas podemos impedir que tais sementes do pecado formem raízes. Se você cometeu algum erro, confesse-o a Deus e aos outros imediatamente.

Deus tem compaixão dos perdidos por causa da triste condição deles. O amor de Deus por eles é tão grande que nunca cessa de sentir pesar por eles e esperar a sua volta. Quando o pecador, de coração, volta para Deus, Ele sempre está plenamente disposto a acolhê-lo com perdão, amor, compaixão, graça e os plenos direitos de um filho (cf. Jo 1.12). A vida afastada da comunhão com Deus é morte espiritual. Voltar-se para Deus é alcançar vida verdadeira. Ninguém está tão longe de Deus que não possa ser restaurado. Tudo o que precisa fazer é arrepender-se. Não importa o quanto já tenha peregrinado, Ele pode restaurar o seu relacionamento espiritual com Ele e reconstruir a sua vida. Deus promete a um novo começo se você apenas voltar-se para Ele.