sábado, 31 de março de 2012

A família de Deus.

Mc 3.35
Porquanto qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe”.

Todos nós somos descendentes da família de Adão; essa hereditariedade nos garante a morte, como resultado do pecado de Adão (Rm 6.23). Herdamos sua culpa, sua natureza pecaminosa e a punição de Deus. Entretanto, “Vindo a plenitude dos tempos”, Deus enviou Jesus à terra para morrer pelos nossos pecados (Gl 4.4).

Sua morte trouxe-nos a liberdade, pois éramos escravos do pecado, para que pudéssemos ser adotados, passando a fazer parte da família de Deus. Temos agora o mesmo Pai que Jesus tem. Como Deus adotou todos os cristãos como Seus filhos, Jesus os chama de Seus irmãos e irmãs.  Não mostrou qualquer parcialidade, mas permitiu a todos o privilégio de obedecer a Deus e tornar-se parte de Sua família (Mc 3.35).

Na cultura romana, o filho adotado perdia todos os direitos que possuía em relação à família anterior, e recebia todos os direitos de filho legítimo em sua nova família. Ele se tornava herdeiro dos bens de seu novo pai. Da mesma forma, quando alguém se torna um cristão, recebe todos os privilégios e responsabilidades de filho na família de Deus. Um dos mais importantes privilégios é ser guiado pelo Espírito Santo (Gl 4.5,6).

A família de Deus inclui todos aqueles que creram nEle no passado, que creem no presente e que crerão no futuro. Todos nós formamos uma família porque temos o mesmo Pai. Ele é a fonte de toda criação, o legítimo proprietário de tudo e promete amor e poder à Sua família, a igreja (Ef 3.16-21). Se desejarmos receber as bênçãos de Deus, será importante continuarmos em contato com os demais crentes que pertencem ao corpo de Cristo. Aqueles que se isolam da família cristã e tentam caminhar sozinhos estão se afastando do poder de Deus.

Reconhecendo os outros como irmãos e irmãs na família de Deus, os cristãos em Jerusalém compartilharam tudo o que tinham de forma que todos puderam beneficiar-se dos dons de Deus (At 2.44). É tentador, especialmente se possuímos riquezas materiais, nos afastarmos dos outros e nos preocuparmos somente com os nossos interesses, apreciando apenas nosso pequeno mundo. Mas, como parte da família espiritual de Deus, é nossa responsabilidade nos ajudarmos mutuamente em tudo o que for possível. A família de Deus funciona melhor quando seus membros trabalham juntos.

Em nosso mundo, que se torna cada vez mais informatizado e impessoal, os relacionamentos afetuosos entre os membros da família de Deus assumem grande importância. A igreja pode proporcionar o carinho e cuidado pessoal que muitas pessoas não encontram em qualquer outro lugar.

Cristo nos oferece a oportunidade de nascer novamente em sua família espiritual; o que nos garante misericórdia, o perdão e a vida eterna. Se não aceitarmos a Cristo, receberemos a morte, herança de Adão, mas se buscarmos a Deus pela fé, receberemos a vida por intermédio de Cristo. A qual família você pertence?



sábado, 24 de março de 2012

Enchei-vos do Espírito.

Ef 5.18
“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”.

A vida espiritual do filho de Deus deve experimentar a renovação constante, mediante enchimentos repetidos do Espírito Santo. Experimentamos esses enchimentos quando: mantemos uma fé viva em Jesus Cristo (Gl 3.5); estamos repletos da Palavra de Deus (Cl 3.16); oramos, damos graças e cantamos ao Senhor (Ef 5.19,20); servimos ao próximo (Ef 5.21) e fazemos aquilo que o Espírito Santo quer que façamos (Ef 4.30).

Paulo faz um contraste entre se embriagar com o vinho, que produz uma temporária sensação de “bem-estar”, e ser cheio do Espírito, que produz uma permanente alegria. A declaração “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”, demonstra que a plenitude do Espírito Santo depende do modo como o cristão corresponde à graça que lhe é dada para viver em santificação. Isso quer dizer que a pessoa não pode estar “embriagada com vinho” e, ao mesmo tempo, “cheia do Espírito”. Embriagar-se com vinho está associado à antiga forma de vida e aos seus iníquos prazeres.

No livro de Provérbios o vinho é considerado como “escarnecedor” - frequentemente leva ao escárnio e zombaria daquilo que é bom, e as bebidas alcoólicas, como “alvoroçadoras” – causam distúrbios, inimizades e conflitos nas famílias e na sociedade (Pv 20.1). Ironicamente, nossos prazeres, se não forem abençoados por Deus poderão levar-nos à ruína. Afastar Deus de nossa vida é permitir a entrada do pecado. Deus deseja que aproveitemos a vida (1Tm 6.17), mas que evitemos certas atividades que nos afastam dEle.

O salmista Davi no Salmo 4.7 diz: “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se multiplicaram o seu trigo e o seu vinho”.  Aqui ele fala de dois tipos de alegria - a que vem de conhecer e confiar em Deus e a que vem como resultado de circunstâncias agradáveis. A primeira será constante se confiarmos em Deus; a segunda é circunstancial, portanto imprevisível.

Em Cristo, gozamos de uma alegria superior, mais elevada e mais duradoura, que cura nossa depressão, monotonia ou tensão mental. Não devemos nos preocupar com o quanto temos do Espírito Santo em nós, mas com o quanto a nossa vida está entregue a Ele. Submeta-se diariamente à Sua orientação e obtenha dEle forças para prosseguir.



sábado, 17 de março de 2012

A glória de Deus.

Ex 33.18
Então, ele disse: Rogo-Te que me mostres a Tua glória”.

A glória de Deus é a manifestação do caráter de Deus, Seu supremo poder, transcendência e perfeição moral. Ela é revelada através da misericórdia, graça, compaixão, fidelidade, perdão e justiça de Deus. Podemos refletir e compartilhar a Sua glória quando nosso caráter assemelha-se ao dEle. Deus é infinitamente superior aos seres humanos e às suas limitações. Ainda assim, Ele se revela a nós de forma que possamos adorá-lO e segui-lO.

Moisés orou para ver a manifestação da glória de Deus. Seu objetivo era assegurar-se de que a presença de Deus era com ele, Arão e Josué. Além disso, desejava conhecer esta presença por experiência. Deus não concedeu a Moisés uma visão do Seu poder e majestade, mas do Seu amor (Ex 33.23). Ver Deus pelas costas significa ver apenas por onde Ele passa. Somente podemos conhecê-lO através de Suas obras e Seus atos, e não podemos compreender como Ele é pelo fato de sermos finitos e moralmente imperfeitos; não podemos existir e ver Deus como Ele é separadamente de Jesus Cristo (Jo 14.9). Jesus prometeu revelar-se aos que nEle cressem (Jo 14.21).

O Tabernáculo era a casa de Deus na terra. Ele a enchia com Sua glória – a Sua maravilhosa presença. Quase 500 anos mais tarde, Salomão construiu o templo, que substituiu o Tabernáculo como local central de adoração. E Deus também encheu o templo com a Sua glória (2Cr 5.13,14). Mas Israel virou as costas para Deus, que retirou a Sua presença, e o templo foi destruído pelos exércitos invasores (2Rs 25).

Em 515 a.C., o templo foi reconstruído. Cinco séculos mais tarde, a glória de Deus retornou ao templo com mais esplendor quando Jesus Cristo, o Filho de Deus, nele entrou e ensinou. Sendo Jesus crucificado, a glória de Deus novamente deixou o templo. No entanto, Deus não mais precisava de uma construção após Jesus ressuscitar dos mortos. O templo do Senhor passou a ser a Igreja, o corpo dos crentes (1Co 3.16).

Quando Isaías falou da vinda de Jesus Cristo profetizou que nEle seria revelada a glória de Deus para que toda a raça humana a visse (Is 40.5). Tanto João (Jo 1.14) como o escritor aos Hebreus (Hb 1.3) testificam que Jesus Cristo cumpriu essa profecia. A glória de Cristo era a mesma que Ele tinha com Seu Pai antes que houvesse mundo (Jo 1.14; 17.5). A glória do Seu ministério ultrapassou em muito a glória do ministério do Antigo Testamento (2Co 3.7-11).

Repetidas vezes, o Novo Testamento refere-se ao vínculo entre Jesus Cristo e a glória de Deus. Seus milagres revelavam a Sua glória (Jo 2.11; 11.40-44). Cristo transfigurou-se em meio a “uma nuvem luminosa” (Mt 17.5), onde Ele recebeu glória (cf. 2Pe 1.16-19). A hora de Sua morte foi a hora da Sua glorificação (Jo 12.23,24; cf 17.4,5). Subiu ao céu em glória (cf. At 1.9; 1Tm 3.16), agora está exaltado em glória (Ap 5.12,13), e um dia voltará “sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt 24.30; cf 25.31; Mc 14.62; 1Ts 4.17).

Algumas pessoas desejam saber se Deus realmente existe porque não veem Sua atividade no mundo. Mas Deus está agindo hoje exatamente como fazia no tempo de Moisés. Ele costuma demonstrar Seu poder onde existe um corpo de crentes em ação, não necessariamente em forma de atos físicos e poderosos. Em vez disso, Deus trabalha para mudar o mundo através da obra de seus seguidores. Ao perceber isto, você verá atos de amor e fé que são simplesmente sobrenaturais.





sábado, 10 de março de 2012

O maior mandamento.

Mt 22.36
“Mestre, qual é o grande mandamento da lei”?

Os fariseus haviam elaborado mais de 600 leis e, frequentemente, procuravam fazer uma distinção das mais importantes. Por isso, um deles, um doutor da lei, pediu a Jesus que identificasse a lei mais importante. Jesus disse que, se realmente amarmos a Deus e ao próximo, naturalmente estaremos obedecendo aos mandamentos (Mt 22.37-40).  

Paulo também disse que o amor demonstrado ao próximo satisfaria plenamente a lei (Rm 13.6-10). Quando falhamos em amar, estamos na verdade infringindo a lei de Deus.

Por que o amor aos semelhantes é considerado um dever (Rm 13.8)? Estamos permanentemente em débito com Cristo por causa do pródigo amor que Ele derramou sobre nós. A única forma que temos de expressar esse amor é amando o nosso próximo. Como o amor de Cristo sempre está infinitamente maior que o nosso, teremos sempre a obrigação de amar aos nossos semelhantes.

De alguma forma, muitos aceitaram a ideia de que o amor próprio é errado. Mas se fosse assim, não haveria sentido amar ao próximo como a nós mesmos.  Cada um de nós cuida de seu corpo, ao alimentar-se, descansar, fazer exercícios, vestir-se razoavelmente bem e abrigar-se. Também nos protegemos de enganos e ofensas. Este é o tipo de amor que devemos ter por nosso próximo. Mas será que verificamos se ele está bem alimentado, vestido ou abrigado? Estamos preocupados com questões de justiça social?

Amar os outros como a nós mesmos significa trabalhar ativamente para que as necessidades alheias sejam atendidas. É interessante notar que as pessoas que se dedicam aos outros mais do que a si mesmas, raramente sofrem de baixa autoestima.

E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também” (Lc 6.31). Esse versículo é conhecido como “regra áurea”. Em muitas religiões, o mandamento é usado na forma negativa: “não faça aos outros o que não quer que os outros lhe façam”. Mas, ao declará-lo na forma positiva, Jesus tornou-o mais significativo.

É muito fácil procurar desculpar nossa indiferença para com os outros, simplesmente por não termos a obrigação legal de ajudá-los; também é comum nos justificarmos quando prejudicamos os outros por nossos atos tecnicamente legais. Mas Jesus não deixa brechas em Sua lei do amor: devemos ir além da lei humana e imitar o Deus de amor (Rm 13.10).

Examine suas atitudes e ações em relação aos outros. Você edifica as pessoas ou as derruba?Fazer o bem e salvar uma vida é a maior lei (Mt 12.1-8).

Quando você estiver pronto para criticar alguém, lembre-se da lei do amor de Deus e diga algo bom. Dizer algo benéfico aos outros lhe curará da enfermidade que consiste em encontrar defeitos, e aumentará a sua habilidade de obedecer à lei do amor de Deus.





sábado, 3 de março de 2012

Nova vida.

2Co 5.17
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.

Alguma vez você já se preocupou em saber se é ou não um verdadeiro cristão? Qualquer pessoa em quem o Espírito de Deus habita é um cristão. Aqueles que sinceramente confiam em Cristo como Salvador e Senhor são cristãos. O Espírito Santo vive em cada crente em Jesus.

Os cristãos são pessoas completamente novas em seu interior. O Espírito Santo lhes dá uma nova vida. Sendo assim, não são mais os mesmos. Não somos reformados, reabilitados, ou reeducados – somos recriados (novas criaturas) – e passamos a viver em uma união vital com Cristo (Cl 2.6,7). Por ocasião da conversão, não apenas viramos uma página de nossa vida velha, começamos uma nova vida sob o controle de um novo Mestre (2Co 5.17).

Viver uma boa vida, mas sem qualquer mudança interior, leva a uma caminhada espiritual vazia e superficial. O que importa para Deus é estarmos completamente mudados de dentro para fora (Gl 6.15).

Podemos estar certos de que temos o Espírito porque Jesus prometeu enviá-lO (Jo 14.16,17). Por crer que Jesus é o Filho de Deus e que a vida eterna vem através dEle (1Jo 5.5), você começará a agir como Cristo ordena (Rm 8.5), encontrará resposta em suas orações para resolver seus problemas (Rm 8.26,27), será capacitado para servir a Deus e fazer a vontade dEle (At 1.8) e fará parte do plano divino de edificação de Sua Igreja (Ef 4.12,13).

Deus usa Seu poder para realizar Seus propósitos através de Seu povo. O Senhor não nos dá poder para sermos tudo o que desejamos, mas para sermos tudo o que Ele quer que sejamos. Para isso Ele nós dá um coração voltado para Ele, para O amarmos acima de todas as coisas.

A expressão “E lhe darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles” em Ez 11.19, indica que o coração duro, surdo e empedernido será radicalmente trocado por um coração de carne, terno, receptivo e responsivo. Esta nova vida é uma obra de Deus, mas devemos reconhecer nosso pecado e nos afastar dele. Quando o fizermos, Deus nos dará novos motivos, novas diretrizes e novos propósitos.

A promessa “de um novo coração” foi efetivada quando Jesus pagou pelos pecados de todos ao morrer na cruz (Hb 10.8-10). Ninguém está fora do alcance do perdão de Deus. Embora não mereçamos qualquer coisa, exceto o castigo por nossos pecados, os braços de Deus ainda estão estendidos.

Não importa o quão impura sua vida possa ser agora, Deus lhe oferece um novo começo. Você pode ter seus pecados perdoados, receber um novo coração de Deus e ter o Espírito Santo dentro de você, basta aceitar a promessa de Deus. Por que tentar remendar sua antiga vida quando você pode ter uma nova?