sábado, 17 de março de 2012

A glória de Deus.

Ex 33.18
Então, ele disse: Rogo-Te que me mostres a Tua glória”.

A glória de Deus é a manifestação do caráter de Deus, Seu supremo poder, transcendência e perfeição moral. Ela é revelada através da misericórdia, graça, compaixão, fidelidade, perdão e justiça de Deus. Podemos refletir e compartilhar a Sua glória quando nosso caráter assemelha-se ao dEle. Deus é infinitamente superior aos seres humanos e às suas limitações. Ainda assim, Ele se revela a nós de forma que possamos adorá-lO e segui-lO.

Moisés orou para ver a manifestação da glória de Deus. Seu objetivo era assegurar-se de que a presença de Deus era com ele, Arão e Josué. Além disso, desejava conhecer esta presença por experiência. Deus não concedeu a Moisés uma visão do Seu poder e majestade, mas do Seu amor (Ex 33.23). Ver Deus pelas costas significa ver apenas por onde Ele passa. Somente podemos conhecê-lO através de Suas obras e Seus atos, e não podemos compreender como Ele é pelo fato de sermos finitos e moralmente imperfeitos; não podemos existir e ver Deus como Ele é separadamente de Jesus Cristo (Jo 14.9). Jesus prometeu revelar-se aos que nEle cressem (Jo 14.21).

O Tabernáculo era a casa de Deus na terra. Ele a enchia com Sua glória – a Sua maravilhosa presença. Quase 500 anos mais tarde, Salomão construiu o templo, que substituiu o Tabernáculo como local central de adoração. E Deus também encheu o templo com a Sua glória (2Cr 5.13,14). Mas Israel virou as costas para Deus, que retirou a Sua presença, e o templo foi destruído pelos exércitos invasores (2Rs 25).

Em 515 a.C., o templo foi reconstruído. Cinco séculos mais tarde, a glória de Deus retornou ao templo com mais esplendor quando Jesus Cristo, o Filho de Deus, nele entrou e ensinou. Sendo Jesus crucificado, a glória de Deus novamente deixou o templo. No entanto, Deus não mais precisava de uma construção após Jesus ressuscitar dos mortos. O templo do Senhor passou a ser a Igreja, o corpo dos crentes (1Co 3.16).

Quando Isaías falou da vinda de Jesus Cristo profetizou que nEle seria revelada a glória de Deus para que toda a raça humana a visse (Is 40.5). Tanto João (Jo 1.14) como o escritor aos Hebreus (Hb 1.3) testificam que Jesus Cristo cumpriu essa profecia. A glória de Cristo era a mesma que Ele tinha com Seu Pai antes que houvesse mundo (Jo 1.14; 17.5). A glória do Seu ministério ultrapassou em muito a glória do ministério do Antigo Testamento (2Co 3.7-11).

Repetidas vezes, o Novo Testamento refere-se ao vínculo entre Jesus Cristo e a glória de Deus. Seus milagres revelavam a Sua glória (Jo 2.11; 11.40-44). Cristo transfigurou-se em meio a “uma nuvem luminosa” (Mt 17.5), onde Ele recebeu glória (cf. 2Pe 1.16-19). A hora de Sua morte foi a hora da Sua glorificação (Jo 12.23,24; cf 17.4,5). Subiu ao céu em glória (cf. At 1.9; 1Tm 3.16), agora está exaltado em glória (Ap 5.12,13), e um dia voltará “sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt 24.30; cf 25.31; Mc 14.62; 1Ts 4.17).

Algumas pessoas desejam saber se Deus realmente existe porque não veem Sua atividade no mundo. Mas Deus está agindo hoje exatamente como fazia no tempo de Moisés. Ele costuma demonstrar Seu poder onde existe um corpo de crentes em ação, não necessariamente em forma de atos físicos e poderosos. Em vez disso, Deus trabalha para mudar o mundo através da obra de seus seguidores. Ao perceber isto, você verá atos de amor e fé que são simplesmente sobrenaturais.