“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”.
A vida espiritual do filho de Deus deve experimentar a renovação constante, mediante enchimentos repetidos do Espírito Santo. Experimentamos esses enchimentos quando: mantemos uma fé viva em Jesus Cristo (Gl 3.5); estamos repletos da Palavra de Deus (Cl 3.16); oramos, damos graças e cantamos ao Senhor (Ef 5.19,20); servimos ao próximo (Ef 5.21) e fazemos aquilo que o Espírito Santo quer que façamos (Ef 4.30).
Paulo faz um contraste entre se embriagar com o vinho, que produz uma temporária sensação de “bem-estar”, e ser cheio do Espírito, que produz uma permanente alegria. A declaração “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”, demonstra que a plenitude do Espírito Santo depende do modo como o cristão corresponde à graça que lhe é dada para viver em santificação. Isso quer dizer que a pessoa não pode estar “embriagada com vinho” e, ao mesmo tempo, “cheia do Espírito”. Embriagar-se com vinho está associado à antiga forma de vida e aos seus iníquos prazeres.
No livro de Provérbios o vinho é considerado como “escarnecedor” - frequentemente leva ao escárnio e zombaria daquilo que é bom, e as bebidas alcoólicas, como “alvoroçadoras” – causam distúrbios, inimizades e conflitos nas famílias e na sociedade (Pv 20.1). Ironicamente, nossos prazeres, se não forem abençoados por Deus poderão levar-nos à ruína. Afastar Deus de nossa vida é permitir a entrada do pecado. Deus deseja que aproveitemos a vida (1Tm 6.17), mas que evitemos certas atividades que nos afastam dEle.
O salmista Davi no Salmo 4.7 diz: “Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se multiplicaram o seu trigo e o seu vinho”. Aqui ele fala de dois tipos de alegria - a que vem de conhecer e confiar em Deus e a que vem como resultado de circunstâncias agradáveis. A primeira será constante se confiarmos em Deus; a segunda é circunstancial, portanto imprevisível.
Em Cristo, gozamos de uma alegria superior, mais elevada e mais duradoura, que cura nossa depressão, monotonia ou tensão mental. Não devemos nos preocupar com o quanto temos do Espírito Santo em nós, mas com o quanto a nossa vida está entregue a Ele. Submeta-se diariamente à Sua orientação e obtenha dEle forças para prosseguir.