sábado, 28 de abril de 2012

A presença de Deus.

Ex 33.15
“Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui”.

Os que viajam ou mudam-se enfrentam novos desafios e sabem o que é ser desarraigado de um lugar. A vida é cheia de surpresas e poucas coisas permanecem estáveis. Os israelitas estavam em constante movimento pelo deserto. Eles conseguiam lidar com a mudança porque a presença de Deus no Tabernáculo estava sempre com eles. O santuário portátil indicava que Deus e Seu povo andavam juntos.
A coluna de nuvem e a coluna de fogo eram o símbolo da presença de Deus e a evidência de Sua ação de proteger e conduzir Seu povo (Nm 9.15-22). A alta vocação de Israel consistia em ser uma nação santa (Ex 19.6). Como povo, Israel devia ser a possessão exclusiva de Deus, refletindo Sua pessoa e santidade, mediante a rejeição dos costumes pecaminosos dos que não conhecem a Deus. Isso só seria possível se o Senhor fosse com eles.

Para nós, a estabilidade não significa falta de mudança, mas mover-nos com Deus constantemente. O maior desejo de Davi era viver na presença de Deus todos os dias de sua vida (Sl 27.4). O próprio Deus conclama todos nós para esse mesmo propósito: “Buscai o Meu rosto” (v.8). Aqueles que assim fazem, e procuram habitar na santa presença de Deus, têm a firme garantia de que, não importa que provações venham a ter, o Senhor nunca os abandonará (vv. 9,10).

Pelas páginas da Bíblia Deus nos mostra que Ele não é um Deus ausente. Em Gn 2.4 aparece pela primeira vez o nome pessoal e pactual de Deus, através do qual Ele Se revela ao Seu próprio povo: “Senhor”. Ligado a este nome estão a Sua amorável benignidade, Seu empenho redentor para com a raça humana e Sua pronta e fiel presença com Seu povo.
Quando Ele apareceu a Moisés no meio da sarça e o comissionou a tirar os filhos de Israel do Egito (Ex 3.7-14), Moisés se achou inadequado para esta importante tarefa, e perguntou ao Senhor: “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel” (Ex 3.11)? E Deus lhe respondeu; “Certamente Eu serei contigo” (v.12). Disse ainda o Senhor: “Eu sou o que sou” (v.14), que significa um Deus presente e ativo.  Este nome descreve seu poder eterno e caráter imutável.

De que maneira Jesus está conosco? Ele estava fisicamente com os discípulos até ascender aos céus; a partir de então, está presente por intermédio do Espírito Santo (At 1.4). O Espírito foi enviado em cumprimento à promessa de Jesus, que disse que jamais deixaria órfãos os seus discípulos (Jo 14.26). Portanto, Jesus permanece espiritualmente conosco. O Deus que apareceu a Moisés é o mesmo que vive em nós (Hb 13.8).

Não importa quão difíceis sejam as nossas circunstâncias; a promessa fundamental que Deus fez a Moisés é também o compromisso que Ele assume com todos os crentes na luta pela sua fé: “... eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).





sexta-feira, 20 de abril de 2012

A porta estreita.


Lc 13.24
“Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão”.

A porta que leva à vida eterna é reconhecida como estreita. Isto não significa que é difícil tornar-se um cristão, mas que há um único Caminho que conduz à vida eterna com Deus, e que poucos decidem andar por ele.

“E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele” (Mt 11.12). Jesus disse que somente quem se esforça apodera-se do Reino de Deus. Os tais, movidos por Deus, resolvem romper com as práticas pecaminosas e imorais do mundo e seguem a Cristo, a Sua Palavra e Seus justos caminhos. Não importando o preço a pagar, esses, resolutamente, buscam o Reino com todo o seu poder.

Noutras palavras, pertencer ao Reino de Deus e desfrutar de todas as suas bênçãos requer esforço sincero e constante – um combate de fé, aliado a uma forte vontade de resistir a Satanás, ao pecado e à sociedade perversa em que vivemos.

Jesus é a única porta da salvação. Quem entrar por meio dEle será “salvo”, isto é, terá vida eterna e abundante (Jo 10.9,10), tudo quanto necessita para ser liberto do pecado, da culpa e da condenação.

Muitas pessoas reagem negativamente ao fato de não existir outro nome além do de Jesus ao qual possam clamar por salvação. Mas isto foi o ensinamento do próprio Senhor Jesus (Jo 14.6). Ele foi dado pelo Pai como Mediador, a fim de que o homem pudesse ter um relacionamento eterno com Deus (Jo 3.16). Seguir os passos de Cristo pode não dar popularidade, mas é a atitude verdadeira e correta.

Tendo em vista que Deus designou Jesus para ser o Salvador do mundo, ninguém mais pode ser igual a Ele, afinal, nenhum outro mestre religioso poderia morrer por nossos pecados; nenhum outro veio à terra como o único Filho de Deus; e nenhum outro ressuscitou dos mortos.

Encontrar a salvação exige um esforço mais concentrado do que a maioria está disposta a empreender. Obviamente, não podemos salvar a nós mesmos; não há o que possamos realizar para ganhar o favor de Deus. Esforçamo-nos arduamente para entrar pela porta estreita e segui-lO, porque desejamos sinceramente conhecer Jesus pessoalmente, a qualquer custo. Não ousemos adiar esta decisão, porque a porta da graça não ficará aberta para sempre!

sábado, 14 de abril de 2012

A candeia do corpo.

Mt 6.22
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz”.

O olho é o meio de que o corpo dispõe para receber luz. Se o olho for saudável, seu dono pode plenamente receber luz e empregá-la. Se o olho for anormal e doentio, a escuridão vai prevalecer, e seu portador não pode caminhar, nem trabalhar porque não enxerga.

Igualmente quando a visão espiritual de alguém, isto é, quando suas atitudes, seus motivos e desejos se inclinam para Deus, então a luz da Palavra divina penetra em seu espírito produzindo bênçãos, fruto e salvação (Gl 5.22). Por outro lado, se os desejos dessa pessoa não se coadunam com as coisas de Deus, a revelação e a verdade divinas não surtirão efeito.

A visão espiritual é a nossa capacidade de ver claramente o que Deus quer que vejamos, enxergando o mundo sob o ponto de vista dEle. Mas este discernimento espiritual pode ser facilmente obscurecido. O desejo de servir a propósitos, interesses e objetivos pessoais bloqueia essa visão. Servir a Deus é o melhor caminho para restaurá-la.

Um olhar puro é aquele que está fixado em Deus. Cada cristão deve examinar sua vida, conservando plenamente sadia a sua visão espiritual, para que o evangelho possa santificá-lo e renovar sua vida interior.

A luz da verdade nos foi revelada (Mc 4.24,25). Mas podemos não ser capazes de ver ou de usar toda a verdade nesse momento. Somente quando praticamos os ensinamentos de Deus, conseguimos entender completamente a verdade. Ela é clara, mas nossa capacidade de entendê-la é imperfeita. Quando obedecemos a Deus, aguçamos nossa visão e aumentamos nossa compreensão. É importante ouvir o que a Palavra de Deus diz, mas é muito mais importante obedecê-la e fazer o que ela diz (Tg 1.22-25).

Jesus é a luz verdadeira (Jo 1.9). Ele remove as trevas e o engano, iluminando o caminho certo para Deus e a salvação. Todos que seguem a Cristo são libertos das trevas do pecado, do mundo e de Satanás. Além da luz de Cristo, não há outra mediante a qual possamos conhecer a verdade e sermos salvos (Jo 8.12).  

A candeia é uma alegoria de Cristo; o olho representa a compreensão e o discernimento espiritual. Os desejos maus tornam o “olho” menos sensível e ofuscam a luz da presença de Cristo. Se você tiver dificuldade de ver Deus em ação no mundo e em sua vida, verifique sua visão. Algo pode estar cegando você em relação a Cristo.





quinta-feira, 5 de abril de 2012

A Páscoa.

1Co 5.7
“... Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”.

Para os cristãos, a Páscoa contém rico simbolismo profético a falar de Jesus Cristo. O Novo Testamento ensina explicitamente que as festas judaicas “são sombras das coisas futuras” (Hb 10.1), isto é, a redenção pelo sangue de Jesus Cristo.

O Âmago do evento da Páscoa era a graça salvadora de Deus. Deus tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque os amou e porque Ele era fiel ao Seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2.8-10; Tt 3.4,5).

O propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar da morte o filho primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue de Cristo na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de Deus contra o pecado (Ex 12.13,23,27; Hb 9.22).

O cordeiro pascal era um “sacrifício” (Ex 12.27) a servir de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à morte do crente. Paulo expressamente chama Cristo nosso Cordeiro da Páscoa, que foi sacrificado por nós (1Co 5.7).

O cordeiro macho separado para morte tinha de ser “sem mácula” (Ex 12.5); esse fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito Filho de Deus (Jo 8.46; Hb 4.15).

Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1Co 10.16,17). Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz.

A aspersão do sangue nas vergas das portas era efetuada com fé obediente (Ex 12.28); essa obediência pela fé resultou, então, em redenção mediante o sangue (Ex 12.7,13). A salvação mediante o sangue de Cristo se obtém somente através da “obediência da fé” (Rm 1.5; 16,26).

O cordeiro da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos (Ex 12.8). Uma vez que na Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção (Ex 13.7), esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito, isto é, o mundo e o pecado.

Semelhantemente, o povo redimido por Deus é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a Deus.  Cristo é o nosso Cordeiro pascal, o sacrifício perfeito pelos nossos pecados.