Este salmo proporciona
segurança aos filhos de Deus, isto é, àqueles que se colocam sob a vontade e a
proteção do Onipotente e que diariamente buscam habitar na sua presença. Quanto
mais arraigados estivermos em Cristo e na sua Palavra, fazendo dEle a nossa
vida e a nossa habitação, tanto maior será a nossa paz e o nosso livramento em
tempos de perigo.
(V.1) – “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do
Onipotente, descansará”. Estar na presença de Deus, nos proporciona descanso e
livramento (Ex 33.14).
Os quatro nomes de Deus vistos
neste salmo descrevem diferentes aspectos da sua proteção:
Altíssimo (vv. 1,9) – Demonstra que Ele é maior do que qualquer
ameaça ou perigo a que venhamos enfrentar.
Onipotente (v. 1) – Deus se revelou a Abraão como o “Deus
Todo-poderoso”, significando que Ele era Onipotente e que nada lhe era
impossível; como Deus Todo-poderoso, Ele podia cumprir suas promessas, quando
na esfera natural tudo dizia ser impossível o seu cumprimento (Gn 17.1; Mt
28.28).
Senhor (vv. 2, 9, 14) – “Direi
do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele
confiarei” - Garante ao seu servo que a presença divina está sempre com ele
(Mt 1.23). Deus nos criou e nos redimiu; pertencemos a Ele e Ele conhece cada
um de nós pelo nome.
Meu Deus (v. 2) – Expressa a verdade de que Deus torna-se íntimo,
achegado, daqueles que nEle confiam. A promessa de Deus a Abraão de “te ser a ti por Deus” (Gn 17.7),
significa que Deus assume o compromisso, sem reservas, com o seu povo fiel,
para ser o seu Deus, seu escudo e seu galardão.
Deus é um abrigo, um refúgio
quando sentimos medo. A fé do salmista no Deus Todo-poderoso como protetor o
ajudou a atravessar todos os perigos e temores da vida. Isto deve moldar a
nossa confiança: trocar todos os nossos temores pela fé em Deus, não importando
quão intensos possam ser.
(V. 10) – “Nenhum mal te
sucederá”. Nada poderá suceder ao fiel servo de Deus, a não ser com a Sua
permissão (vv. 7-10). Isto não
significa que ele nunca terá contratempos nem dificuldades, mas, que enquanto
fizermos de Deus, nosso Senhor e nosso refúgio, tudo que acontecer contribuirá
para nosso bem (Rm 8.28).
(V.11) – “Aos anjos dará
ordem a teu respeito”. As Escrituras ensinam que Deus frequentemente cuida
dos seus fiéis por meio dos anjos, os quais têm genuíno interesse e amor pelos
filhos de Deus (Hb 1.14). Eles nos sustêm em meio as nossas aflições (v.12) e
nos amparam quando enfrentamos os inimigos espiritais (Ef 6.10-12).
(V.14) – “Pois que tão
encarecidamente me amou”. O segredo de ser alvo do cuidado protetor divino
é ter um coração em tudo voltado para o Senhor, por gratidão e amor. Deus os
conhece, e estará com eles na angústia, ouvirá suas orações e encherá suas
vidas da sua presença e da sua provisão.
Os que amam sinceramente a
Jesus e obedecem às suas palavras experimentarão a presença imediata e o amor
do Pai e do Filho, através do Espírito Santo (Jo 14.18,23).