Mt 27.17
“Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que
vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado Cristo”?
Barrabás havia tomado parte em
uma rebelião contra o governo romano (Mc 15.7). Embora tivesse cometido um
assassinato, talvez até fosse considerado um herói entre os judeus. É irônico
que Barrabás tenha sido solto, embora fosse, de fato, o culpado pelo crime do
qual Jesus fora acusado (Lc 23.14-18).
A crucificação era a pena que
o Império Romano infligia aos rebeldes. Somente os escravos e aqueles que não
eram cidadãos romanos poderiam ser executados de tal forma. Ao ser crucificado,
Jesus ocuparia o lugar de um rebelde ou escravo, não de Rei que afirmava ser.
Nós também somos pecadores e
criminosos, porque infringimos a santa lei de Deus. Assim como Barrabás,
merecemos morrer. Mas Jesus morreu em nosso lugar, para nos absolver de nossos
pecados, e fomos libertados.
Na época de Jesus, qualquer
sentença de morte tinha de ser aprovada pelo oficial romano encarregado do
distrito administrativo. Pôncio Pilatos era o governador da província da
Judéia, onde estava localizada a cidade de Jerusalém. Assim, quando os líderes
judeus capturaram Jesus com o intuito de matá-lO, precisaram da permissão de
Pilatos.
Para um líder do qual se
esperava justiça, Pilatos provou estar mais preocupado com as conveniências
políticas do que com o agir corretamente. Por três vezes distintas, havia
declarado que Jesus não era culpado e que não podia entender por que as pessoas
queriam matá-lO (Lc 23.4,14 e 15). Pilatos não tinha uma boa razão para condenar
Jesus, mas temeu a multidão e então propôs aos judeus optar entre Jesus e
Barrabás.
As multidões são inconstantes.
Dias antes, no domingo, o povo exclamava: “Hosana!
Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o Reino do nosso pai Davi, que vem
em nome do Senhor! Hosana nas alturas” (Mc 11.10), porque pensaram que Jesus
iria reinar em Israel, mas na sexta-feira, odiaram-nO quando Seu poder parecia
ter desaparecido (Lc 23.21).
Os simpatizantes de Jesus
estavam com medo dos líderes religiosos; por esta razão, preferiram esconder-se,
ou talvez a multidão presente na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém tenha
se voltado contra Ele ao perceber que não era um conquistador terreno, e não
libertaria os judeus de Roma. Diante do levante público contra Jesus, seus
amigos temeram manifestar-se a favor do Mestre.
Confrontado pela possibilidade
de escolher, o povo preferiu Barrabás, um revolucionário e assassino, ao Filho
de Deus. Hoje, diante da mesma possibilidade de escolha, muitas pessoas ainda
escolhem Barrabás. Preferem o poder humano à salvação oferecida pelo Filho de
Deus. E você, qual sua escolha?