segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bem-aventurados.

Mt 5.1
“Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava”.

Grandes multidões seguiram Jesus. Ele era o principal assunto da cidade. Todos queriam vê-lO. Os discípulos, os companheiros mais íntimos deste homem popular, certamente foram tentados a sentirem-se importantes, orgulhosos e possessivos. Estar com Jesus não apenas lhes garantia prestígio, mas também poderia constituir-se numa oportunidade para receberem dinheiro e poder. As multidões se reuniam mais uma vez, porém antes de dirigir-se a tão grande número de ouvintes, Jesus chamou seus discípulos à parte e os advertiu sobre as tentações que enfrentariam como companheiros dEle.

Em seu mais longo sermão registrado (ver Mt 5-7), Jesus começou descrevendo as características que procurava em seus seguidores. Chamou de bem-aventurados os que possuíam tais particularidades, porque Deus tem algo especial reservado para eles. Nesse sermão, Jesus revelou seu pensamento em relação à lei. Desafiou os líderes religiosos daquela época, orgulhosos e legalistas e os chamou de volta às mensagens dos profetas do Antigo Testamento os quais também ensinaram que a obediência é mais importante do que a aplicação leviana da lei. No Sermão do Monte, Jesus deu instruções de como viver em seu Reino. Também contou muitas parábolas que enfatizam a diferença entre o Reino celestial e os reinos terrenos. Mostrou que, perdoar, ter paz com os semelhantes e amar os outros como a si mesmo são algumas das características que tornam alguém grande no Reino dos céus. Jesus veio para nos ensinar a viver como súditos fiéis de seu Reino.

Bem-aventurado é aquele que tem uma experiência de esperança e alegria, independentemente das circunstâncias exteriores. Implica o estado afortunado daqueles que fazem parte do Reino de Deus, e estende-se aos humildes de espírito – não sendo a simples falta de bens materiais que produz a humildade; os que choram, lamentando seus próprios pecados; os mansos, que se dobram à vontade de Deus; os que têm fome e sede de justiça – os que buscam a santidade que vem de Deus; os misericordiosos, que se compadecem do próximo; os limpos de coração, que têm uma santidade no íntimo; os pacificadores, que têm paz com Deus e a semeiam; os perseguidos, que sofrem qualquer sacrifício para permanecerem dentro da vontade de Cristo.

As bem-aventuranças não prometem riso, prazer ou prosperidade terrena. Não nos permite escolher aquelas que nos agradam e desprezar as demais. Devem ser consideradas como um todo, pois relacionam o que nós enfrentamos e como devemos agir como seguidores de Cristo. Elas são um código de ética para os discípulos e um padrão de conduta para todos os cristãos. Contrastam os valores do Reino, que é eterno, com os valores terrenos que são temporários; contrastam também a fé superficial dos fariseus com a fé real que Cristo exige; demonstram que as expectativas do Antigo Testamento cumprir-se-ão no novo Reino. As bem-aventuranças contradizem o estilo de vida da sociedade, mas, se a nossa meta é nos tornarmos parecidos com Jesus, o melhor modelo de virtudes, elas desafiarão diariamente o nosso modo de vida.

Se você deseja viver para Deus, deve estar pronto para dizer e fazer o que parece estranho para o mundo. Deve estar disposto a dar quando outros tomam; amar enquanto outros odeiam; ajudar quando outros abusam. Abrindo mão de seus direitos e benefícios a fim de servir os outros, um dia receberá tudo o que Deus tem reservado para você. Siga Jesus.



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Eu sou contigo.

Is 41.10
"Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça”.

A Bíblia descreve o relacionamento entre Deus e seu povo em termos de “pacto” ou “concerto”. Esta palavra aparece pela primeira vez em Gn 6.18 e prossegue até o Novo Testamento, onde Deus fez um novo concerto com a raça humana mediante Jesus Cristo. Quando compreendemos o concerto entre Deus e os patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó), aprendemos a respeito de como Deus quer que vivamos em nosso relacionamento pactual com Ele.

A divina promessa do concerto é a seguinte: “... para ser o seu Deus e o Deus dos seus descendentes” (Gn 17.7) . Essa é a promessa mais grandiosa das Escrituras. É a primeira e fundamental promessa, na qual se baseiam todas as demais. Significa que Deus assume o compromisso, sem reservas, com o seu povo fiel, para ser o seu Deus, seu escudo e seu galardão. Significa, também, que a graça de Deus, seu perdão, promessa, proteção, orientação, bondade, ajuda e bênção, são dados aos seus com amor, mediante sua fé em Cristo (Gl 3.16). Diante de problemas difíceis, não seremos vencidos, pois Ele está conosco. Somos preciosos e honrados à sua vista, e objetos do seu grande amor.

Jesus está vivo, e pessoalmente tem cuidado de cada filho seu. Ele está conosco na pessoa do Espírito Santo (Jo 14.16,26), e através da sua Palavra (Jo 14.23). Não importa a tua condição, fraco, pobre, humilde, sem importância -, Ele cuida de ti e vê com solicitude cada detalhe das lutas e provações da vida e te concede a graça suficiente (2Co 12.9), bem como a sua presença para te dar vitória até o fim. A promessa da sua presença é suficiente para nos livrar do medo e nos dar a certeza e a paz necessárias para cumprirmos a Sua vontade para nossas vidas.

Tal presença de Cristo significa que Ele pessoalmente está ali para nos comunicar sua vontade, amor e comunhão. Quando Moisés temeu voltar ao Egito, Deus lhe disse: “Eu serei contigo” (Ex 3.12). Quando Josué assumiu a liderança de Israel, depois da morte de Moisés, Deus prometeu: “serei contigo, não te deixarei nem te desampararei” (Js 1.5). E Deus encorajou Israel com estas palavras: “Quando passares pelas águas, estarei contigo... Não temas, pois, porque estou contigo” (Is 43.2,5).

No Novo Testamento, Mateus declara que o propósito da vinda de Jesus ao mundo foi tornar em realidade concreta a presença de Deus entre seu povo. Seu nome é “Emanuel”, que significa “Deus conosco” (Mt 1.23). De novo, no fim do seu Evangelho, Mateus registra a promessa que Jesus legou aos seus discípulos: “eis que eu estou convosco todos os dias” (Mt 28.20).

É fácil nos assustarmos com a maldade que vemos ao nosso redor e sermos subjugados pelos problemas que enfrentamos. O mal é obviamente muito mais forte do que nós. João nos assegura, porém, que Deus é ainda mais forte: “Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1Jo 4.4). Ele vencerá todo o mal – e seu Espírito e sua Palavra vivem em nosso coração. Recebemos a garantia de que, se amarmos a Deus acima de todas as coisas, o Senhor nunca nos deixará, nem nos abandonará, mas será nosso ajudador. Mediante essa promessa, devemos nos esforçar e perseverarmos nas provações, resistindo às tentações, confiando no Senhor e obedecendo-O plenamente.





terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um novo coração.

Pv 23.26
“Dá-me filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos”.

A Bíblia declara que Adão e Eva foram criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26), em verdadeira justiça e santidade (Ef 4.24). Não tinham pecado, eram santos, tinham sabedoria, um coração amoroso e o poder de decisão para fazer o que era certo.

Quando pecaram, sua semelhança moral com Deus foi desvirtuada afetando horrivelmente o coração humano o qual ficou repleto de maldade (Gn 6.5). A essa natureza pecaminosa (os iníquos desejos ou inclinações geradas pelo nosso corpo), Paulo chamou de “lei do pecado e da morte”. É o poder dominante do pecado, que faz da pessoa uma escrava do pecado, reduzindo-a à miséria (Rm 7.24). Paulo fala também da "lei do espírito de vida" que é o poder e a vida do Espírito Santo, reguladores e ativadores operando na vida do crente. O Espírito Santo entra no crente e o liberta do poder do pecado (Rm 8.2).

A obra espontânea do Espírito dentro de nós é o fruto do Espírito. Ele produz certos traços de caráter que são encontrados na natureza de Cristo. São os subprodutos de seu controle sobre a nossa vida – não conseguiremos obtê-los se tentarmos alcançá-los sem sua ajuda.

Nas Escrituras, “coração” é a totalidade do intelecto, da emoção, do desejo e da volição do ser humano. Nele está a fonte dos desejos e das decisões. É no coração que as pessoas pensam, creem, duvidam, meditam, oram, maquinam males, sabem as coisas... . A Bíblia fala do coração alegre, perturbado, medroso, corajoso, arrependido, avivado, humilde, angustiado, endurecido, submisso... . Como centro do ser humano, ele determina nossa conduta e deve ser mudado ou convertido, “porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4.23). Sem tal mudança interna, ninguém consegue fazer a vontade de Deus.

Jesus disse certa vez ensinando sobre o fruto na vida das pessoas: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45). “Homem bom” aqui, se refere ao coração transformado pela presença do Espírito. O nosso falar e nossas ações revelam as verdadeiras convicções e motivações de nossa vida. As boas impressões que tentamos deixar não poderão ser duradouras se o nosso coração for enganoso (Jr 17.9). Se quisermos que o fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir nossa vida à dEle; conhecê-lO, amá-lO e imitá-lO. Como resultado, cumpriremos o propósito da lei – amar a Deus e aos nossos semelhantes. Foi para isso que o Supremo e Santo Deus desceu ao nosso nível para salvar-nos, já que é impossível nos elevarmos até o Seu nível, para alcançarmos a salvação.

O coração impuro corrompe nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações. O pecado começa a ser concebido com um simples pensamento. Permitir que nossa mente acolha a cobiça, inveja, ódio ou vingança nos levará a pecar. Aqueles que têm prazer na iniquidade não têm esperança de resposta às suas orações quando invocam a Deus. Está escrito: “Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Sl 66.18). Esconder a Palavra de Deus em nosso coração é um meio de evitar o pecado. Isto deveria inspirar-nos a memorizar as Escrituras; mas só isto não nos guardará do pecado; também devemos colocar a Palavra de Deus em prática em nossa vida, fazendo dela um guia vital para tudo o que fazemos. Você mudaria o modo como vive se soubesse que todas as suas palavras e todos os seus pensamentos são examinados por Deus? Davi pede que o Eterno aprove suas palavras e seus pensamentos como se fossem ofertas levadas ao altar: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, rocha minha e libertador meu”! (Sl 19.14). Moisés orou ao Senhor por um coração sábio: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12).

A história da salvação consiste precisamente no empenho incansável de Deus em livrar homens e mulheres dos seus pecados e suas consequências destruidoras, e atraí-los a si mesmo. Está escrito: “Quem dera que eles tivessem tal coração que me temessem e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre”!  (Dt 5.29). Deus não está interessado em rituais e regras religiosas. Ele deseja que nosso coração e nossa vida sejam completamente dedicados a Ele. Se o amarmos, a obediência será uma consequência.

Não importa o quão impura sua vida possa ser agora; Deus lhe oferece um novo começo. Você pode ter seus pecados perdoados, receber um novo coração de Deus e ter o Espírito Santo dentro de você. Por que tentar remendar sua antiga vida vida quando você pode ter uma nova? Basta você aceitar as promessas de Deus. Ele deseja te dar o poder de obedecer-lhE com todo o seu coração (Jo 1.12). 



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Cordeiro de Deus.

Jo 1.29b
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.

De acordo com o sistema sacrificial do Antigo Testamento, um cordeiro sem defeito era sacrificado no Templo pelos pecados do povo. Deus assim o requeria pelo pecado por ignorância, fraqueza ou involuntariamente, para que o perdão fosse concedido. Ele gratuitamente lhes perdoava por causa de sua fé nEle e porque obedeciam às Suas ordens relativas ao sacrifício. Pecados deliberados e insolentes, por outro lado, eram punidos com a pena de morte (ver Hb 10.28). Tais sacrifícios antecipavam o dia em que Cristo removeria completamente o pecado.

A verdadeira purificação do pecado veio com Jesus, o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O pecado, por sua natureza, traz morte – este é um fato tão certo quanto a lei da gravidade. Jesus não morreu por seus próprios pecados; Ele não tinha nenhum (2Co 5.21). Em vez disso, por uma transação que podemos nunca vir a entender completamente, Ele morreu pelos pecados do mundo.  O “pecado do mundo” significa o pecado de cada ser humano. Quando entregamos e comprometemos nossa vida a Cristo, e deste modo nos identificamos com Ele, Sua morte se torna a nossa. Como nosso substituto, Ele sofreu o castigo que merecíamos, e pagou a penalidade dos nossos pecados – a penalidade da morte, como está escrito “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).

A vida eterna é uma dádiva de Deus, portanto, não é algo que provenha de nossos méritos (ver Ef 2.8,9). Ele nos salvou por sua misericórdia (ver Tt 3.5). É a expressão do amor de Deus por nós, para sempre (ver Jo 3.16). Algumas pessoas rejeitam a ideia da vida eterna, porque a atual é miserável. Mas a vida eterna não é uma extensão da vida terrena, miserável e mortal; nela não há morte, doença, inimigos, mal ou pecado; é a vida de Deus, personificada em Cristo, que foi dada a todos os que creem como uma garantia de que viverão para sempre.

Jesus Cristo é representado no Apocalipse, tanto como um Leão (simbolizando Seu poder e autoridade) quanto como um Cordeiro (simbolizando Sua submissão à vontade de Deus). Na visão de João (Ap 5), um dos anciãos o convida a olhar para o Leão, mas, ao olhar, João vê um Cordeiro (vv. 5,6). Cristo, aparecendo como um Cordeiro que leva as marcas de ter sido morto mostra que Ele ofereceu-se a Si mesmo no Calvário para expiar os pecados da raça humana. Embora Cristo seja o Cordeiro sacrificial, não é, de modo algum, frágil. Ele foi morto, mas vive agora no poder e na força de Deus. O poder que trouxe o universo à existência, e que o mantém funcionando, é o mesmo poder que cancela todos os nossos pecados.

A recompensa do pecado é a morte eterna. Isso é tudo que se pode esperar ou receber de uma vida sem Deus. Mas, ao escolher Cristo como seu Senhor, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, você recebe a dádiva da vida eterna, uma existência com Deus, que começa na terra e continua pela eternidade. Ele fez a primeira escolha: amar-nos e morrer por nós, para nos convidar a viver com Ele para sempre. Resta-nos aceitar ou rejeitar a Sua oferta.  Quando não conhecemos a Cristo, fazemos escolhas como se esta vida fosse tudo o que temos, mas, na verdade, esta vida é somente uma ponte para a eternidade.

O trabalho de João Batista era indicar ao povo o Messias tão esperado. Ele disse: “Eis aqui o Cordeiro de Deus” (Jo 1.36). Essa frase aponta Cristo como o Salvador para todos. É necessário, porém, que cada pessoa se aproprie, pela fé, da expiação consumada.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Celebre o poder do Senhor.

Sl 137.1-4
“Junto aos rios da Babilônia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros, que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. Porquanto aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha”?

Este Salmo expressa os sentimentos de um exilado que acaba de voltar da terra do cativeiro. Provavelmente, o autor foi levita que tinha sido levado cativo pelos exércitos de Nabucodonosor na ocasião em que o Templo de Salomão foi destruído, e que era um dos primeiros a voltar para Jerusalém quando o edito de Ciro foi publicado. Agora está de volta na terra da sua infância, terra esta que ainda mostrava os danos feitos pelos exércitos inimigos que despojaram e destruíram tudo quanto podiam. O templo ainda está em ruínas. O coração do escritor está pesado com as lembranças dos maus tratos e lamenta a amargura do cativeiro.

Quando ficamos fora da vontade de Deus, e quando desprezamos os meios de graça que Ele oferece (oração, leitura bíblica, comunhão com os irmãos na fé, meditação, e a unção do Espírito Santo para santificação e poder), logo nos achamos ao lado de “rios da Babilônia” que nós mesmos produzimos. Embora seja coisa amarga ter perdido oportunidades espirituais que nunca voltarão, sofreremos piores amarguras se a nossa mágoa acerca do passado impedir de aceitarmos as oportunidades que hoje se apresentam.

Depois de corrigirmos na medida do possível o erro passado, e depois de aprendermos a lição moral nele contido, devemos nos esforçar e corrermos o máximo a fim de não ficarmos aquém do alvo que Cristo estabeleceu para nossa vida. O cântico dos remidos não é um hino fúnebre de pêsames pelo Éden perdido – é o “cântico novo” que diz respeito ao Paraíso Eterno cuja porta de acesso nos foi franqueada mediante o sacrifício de Jesus Cristo.

Não devemos passar muito tempo ao lado dos rios da tristeza, relembrando-nos dos Siões antigos. Quando o fracasso nos leva a examinarmos a nós mesmos, e a resolvermos que agora agiremos de modo bem mais espiritual, poderemos transformar a derrota passada em vitórias futuras. Antigas bênçãos não são suficientes para a vida de hoje, e antigas mágoas não devem estragar o presente. Nossa tristeza pode prejudicar a visão de um tempo em que novamente cantaremos canções alegres.

Para o judeu fiel, Jerusalém era a cidade de Deus, o lugar da Sua morada entre os homens. O ponto culminante da sua alegria era visitar o templo de Deus; no caso de viver numa terra distante, voltava-se na direção de Jerusalém para orar, e sentia saudades de estar ali. Suas mais profundas esperanças e alegrias estavam vinculadas à palavra “Jerusalém”.
Depois de o sacrifício de Cristo ter-se completado, foi rasgado o véu do templo em Jerusalém.
Já não necessitamos mais de qualquer templo físico centralizado – nossa vida espiritual está firmada nos céus (ver Cl 3.1-4).

O Salmo do Cativeiro não somente conta a história da nação de cativos, chorando às margens dos rios da Babilônia há milhares de anos; conta também a história espiritual do ser humano depois da queda e da expulsão do Paraíso. Desde então, o ser humano anda vagueando sonhando em seu lar perdido, que agora só pode ser conquistado de volta mediante a conversão a Jesus Cristo.

Chega de choro e lamentos pelas oportunidades perdidas. Você ainda pode desfrutar da vida e vivê-la sabiamente. Deixando os fracassos para trás, e procurando a graça de Cristo para o presente e o futuro, você pode sim, cantar o cântico novo, celebrando o poder do Senhor para perdoar e redimir.