sábado, 26 de novembro de 2011

Onde estás, Adão?

Ap 3.20
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo”.

O Evangelho, o qual foi anunciado e profetizado no Antigo Testamento (Gn 12.3; cf. Gl 3.8), foi depois revelado em Jesus Cristo (Gl 4.4,5; Hb 1.1). Esta foi a revelação da qual fala o Apóstolo Paulo, “do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé” (Rm 16.25,26).

A Bíblia diz que Deus criou todas as coisas (Gn 1.1-31): céus, terra, mar, vegetação, sol, lua, estrelas, etc., e fez o homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança. À base dessa imagem Adão e Eva podiam comunicar-se com Deus, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e santidade.

Deus conferiu a Adão a responsabilidade pelo jardim, e lhe fez uma ordenança (Gn 2.16,17). Deus queria a obediência de Adão, mas deu-lhe a liberdade de escolher. Diante de uma escolha, prefira sempre obedecer a Deus.

Desde o marco inicial da história, a raça humana está vinculada a Deus mediante a fé e a obediência à Sua Palavra como a verdade absoluta. Satanás porque sabia disso, procurou destruir a fé que Eva tinha no que Deus dissera, usando dúvidas contra a Palavra de Deus e negando o castigo da morte pelo pecado (Gn 3.4).

Após terem pecado, Adão e Eva se esconderam ao ouvir a voz de Deus soar no jardim, chamando: Adão, onde estás? (Gn 3.9). A culpa e a consciência do pecado os motivaram a fugir de Deus.

Assim como Adão e Eva, todos nós pecamos e fomos separados da comunhão com Deus (Rm 3.23; 5.12). No entanto, Deus proporcionou um caminho para purificar nossa consciência culpada, para livrar-nos do pecado e restaurar-nos à comunhão com Ele.

O Evangelho é um ato decisivo de Deus que interveio na história da humanidade para mudar o curso que ela seguia. Ele muda história, transforma vidas humanas e lança uma nova perspectiva de vida. Em Efésios 2.1-7, Paulo faz um resumo do que Cristo faz por nós, quando nos salva. Mudamos de uma vida cheia de pecado para uma vida onde somos guiados pelo Espírito Santo de Deus. Todos os nossos pecados, e não apenas alguns, são lavados. Ganhamos a vida eterna com todos os seus tesouros. Temos uma nova vida através do Espírito Santo, e Ele continuamente renova os nossos corações. Nada disso acontece por termos recebido um pagamento ou por algum mérito da nossa parte; tudo isso é dom de Deus (Ef 2.8).

Jesus bate à porta de nosso coração porque deseja nos salvar e manter uma íntima comunhão conosco. Ele é paciente e persistente em sua tentativa de fazer parte de nossa vida – sem invadir ou se introduzir por conta própria, mas batendo. Ele nos permite decidir se queremos ou não abrir nossa vida a Ele. Adão representa a humanidade terrena distanciada de Deus. Cristo é o representante de uma humanidade nova e espiritual e ainda hoje podemos ouvir soar a Sua voz, dizendo: “Eis que estou à porta e bato”.
Onde estás, Adão?

domingo, 20 de novembro de 2011

A transfiguração de Jesus.

Mt 17.1-9
Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte. E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para Ti, um para Moisés e um para Elias. E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-O. E os discípulos, ouvindo isso, caíram sobre seu rosto e tiveram grande medo. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes e disse: Levantai-vos e não tenhais medo. E, erguendo eles os olhos, ninguém viram, senão a Jesus. E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado dos mortos”.

Os judeus que estudavam as profecias do AT esperavam o Messias como um grande rei que os libertasse da dominação romana e trouxesse de volta os dias de glória da época de Davi e Salomão. A maioria deles esperava que o Messias fosse um grande libertador, um líder militar e político, como Alexandre, o Grande. Quando se tornou patente que o Messias não tinha vindo para satisfazer as expectativas do povo, muitos se revoltaram contra Ele, e não O reconheceram (Jo 1.11). Nossa compreensão e reconhecimento de Jesus devem ir além do que Ele pode fazer por nós aqui e agora!

Para muitos judeus, era um insulto, a declaração de Jesus em Mt 5.39b “se qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”. Qualquer pessoa que reivindicasse ser o Messias e desse a outra face ao agressor não seria o líder militar que Israel desejava para comandar uma revolta contra Roma. Quando alguém faz algo que nos prejudica, frequentemente, nossa primeira reação é desejar a vingança; mas Jesus ensinou a não retaliar os inimigos, mas que amando e orando por nossos adversários, podemos vencer o mal com o bem (Mt 5.44). O Sermão do Monte proferido por Jesus (Mt 5-7) desafiava os líderes religiosos daquela época, e os chamava de volta às mensagens dos profetas do AT, que, como Jesus, ensinaram que a obediência sincera a Deus é mais importante do que a aplicação leviana da lei.  O Reino do qual Jesus falava era em primeiro lugar espiritual, estabelecido no coração e na vida de cada crente:

Em certas ocasiões, Jesus dedicava Seu ministério para treinar cuidadosamente os discípulos. Ele conhecia a importância de prepará-los, para que pudessem dar continuidade à Sua missão, quando retornasse ao céu. Os três dos doze discípulos selecionados por Jesus (Pedro, Tiago e João), formavam o grupo mais íntimo de Jesus; estavam entre os primeiros que ouviram o chamado do Mestre (Mc 1.16-19). Seus nomes encabeçavam a relação dos discípulos, em Marcos 3.16,17; estiveram presentes em alguns episódios em que ocorreram curas, enquanto os demais foram deixados de fora (Lc 8.51).  Quando Jesus disse que alguns não morreriam sem ver o Reino, se referia a esses três discípulos que testemunhariam a transfiguração (Mt 16.27,28). Os ouvintes de Jesus não teriam de esperar por outro futuro Messias. O Reino estava entre eles, e logo viria com poder (Lc 17.21).

A maravilhosa reunião: O eterno Pai; o Redentor do mundo; o representante da Lei; o representante dos Profetas; o núcleo da Igreja cristã. Duas personagens da velha dispensação; três da nova, uma de todas as dispensações, e Deus sobre todos. A transfiguração foi uma revelação especial da divindade de Jesus; um breve lampejo da verdadeira glória do Rei (2Pe 1.16).  A presença de Moisés e Elias no monte confirma a missão messiânica de Jesus, que consistiu em cumprir a lei de Deus e as palavras dos profetas (Mt 5.17). Assim como a voz de Deus, ecoando da nuvem sobre o monte Sinai, conferiu autoridade à Sua lei (Ex 19.9), na transfiguração, validou a autoridade das palavras de Jesus. A voz de Deus exaltou a Jesus acima de Moisés e de Elias, os dois maiores vultos na história de Israel! Jesus foi apresentado como o tão esperado Messias, com plena autoridade divina. Moisés representava a lei, a antiga aliança. Ele escreveu o Pentateuco e predisse a vinda de um grande profeta (Dt 18.15). Elias representa os profetas que vaticinaram a vinda do Messias (Ml 4.5,6).

O objetivo da transfiguração foi sem dúvida: ensinar aos seus discípulos por visão ocular quem era Jesus – Deus manifesto em carne; encorajá-los diante da perspectiva da Sua crucificação e morte; antecipar a glória que mais tarde seria revelada no Seu Reino; receber do Céu o atestado divino ‘Este é meu Filho amado: a Ele ouvi’ e estabelecer nas mentes dos discípulos a Sua preeminência sobre Moisés e Elias.

Jesus pediu a Pedro, Tiago e João para não falarem sobre o que tinham visto, pois não entenderiam o acontecimento em sua plenitude até que Ele ressuscitasse dentre os mortos. Os discípulos precisavam entender com profundidade quem era Jesus e Sua missão antes de proclamarem o Evangelho. Mais tarde, compreenderiam que, só experimentando a morte, Jesus poderia demonstrar o poder que tem sobre esta, bem como a autoridade que tem por ser o Soberano.

A fé cristã exige que tenhamos as nossas convicções. Quando Jesus perguntou aos discípulos em Mt 16.15 “E vós, quem dizeis que eu sou?”, mostrou que Ele quer que assumamos uma posição. De forma clara, Deus identificou Jesus como Seu Filho, assim Pedro e os demais deveriam ouví-lO sempre, e não colocar em prática as ideias e os desejos próprios (Pv 3.5-7). A habilidade de seguir a Jesus vem da confiança sobre quem Ele é. Se cremos que Jesus é o Filho de Deus, com certeza desejaremos fazer o que Ele nos diz.

domingo, 13 de novembro de 2011

Qual é o seu padrão de fala?

Pv 13.3
“O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação”.

Todas as nossas palavras e pensamentos são examinados por Deus (Sl 139.23,24; Mt 12.36), e o que falamos revela o que existe em nosso coração: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45). Davi sabiamente pediu que Deus o livrasse de maldizer, mesmo quando sofria perseguições (Sl 141.3). Nossas palavras são expressões verbais da nossa alma; até que nossa língua seja controlada e submetida ao Senhor, Ele não pode redimi-la e restaurá-la; é necessário permitir que o Espírito Santo encha nossa mente com novas motivações e atitudes, então, nosso coração ficará purificado. Conhecendo o poder da língua, faremos bem se pedirmos que Deus guarde nossa boca, de forma que as nossas palavras honrem o seu nome (Sl 19.14).

Há quatro padrões de fala mais comuns: a língua controlada, a cuidadosa, a enganadora e a descuidada. A língua controlada – Aqueles que têm este padrão de fala, 1) pensam antes de falar - Os que temem a Deus ponderam suas respostas; os ímpios não pensam antes de falar porque não se importam com as consequências de suas palavras: “O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância coisas más” (Pv 15.28); 2) sabem quando o silêncio é melhor (Ec 3.7) Algumas vezes é melhor permanecer calado, mesmo quando o nosso desejo é dar a última palavra (ver Gn 42.8,9). O próprio Senhor Jesus permaneceu em silêncio diante de seus acusadores (Mt 26.63). Os amigos de Jó perceberam que a sua dor era muito profunda para ser curada com meras palavras; assim nada disseram por sete dias e sete noites (Jó 2.13). Talvez o que alguém necessite seja apenas a nossa presença, demonstrando que nos importamos. “Retém as suas palavras o que possui o conhecimento, e o homem de entendimento é de precioso espírito” (Pv 17.27); e 3) dão conselhos sábios – As pessoas frequentemente pensam que deveriam burlar a verdade para evitar magoar a quem ama, mas o verdadeiro amigo é aquele que dá uma resposta direta e honesta: “Beija com os lábios o que responde com palavras retas” (Pv 24.26).

A língua cuidadosa – Aqueles que têm este padrão de fala dizem a verdade enquanto procuram encorajar. “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos” (Pv 16.24).

A língua enganadora – Aqueles que têm este padrão de fala são cheios de motivações erradas, visam à fofoca, à calúnia e têm um desejo de distorcer a verdade. Mentir a respeito de alguém é uma atitude cruel. Isso pode causar um efeito tão doloroso quanto o de uma ferida não cicatrizada: “Martelo, e espada, e flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra o seu próximo” (Pv 25.18).

A língua descuidada – Aqueles que têm este padrão de fala proferem mentiras, maldições, palavras irascíveis, que podem levar à rebelião e à destruição. A conversa descuidada e a língua desenfreada podem estragar nossa motivação pela retidão, levar-nos a pecar (Ec 5.6) e afetar nosso relacionamento com Deus (Ec 5.7). “O hipócrita, com a boca, danifica o seu próximo, mas os justos são libertados pelo conhecimento” (Pv 11.9).

A boca pode ser usada para arruinar ou para construir relacionamentos. Podemos abençoar a nós mesmos ou amaldiçoar a nós mesmos pelo modo como falamos. Antes de falarmos, devemos lembrar que a maldade da língua tem sua fonte no próprio inferno e que as palavras, como disse o Apóstolo Tiago, são como fogo – não dá para controlar nem consertar o dano que elas podem causar. “Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (ver Tg 3.5-10).

Nossa vida deve caracterizar-se pela pureza moral, paciência e serenidade a fim de proclamarmos ao mundo perdido a gloriosa redenção em Cristo. “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros filhos de Deus", disse o Apóstolo Paulo, em Fp 2.14,15. Uma vida transformada representa um efetivo testemunho da Palavra de Deus. Quais destes padrões de fala refletem a sua verdadeira identidade?

E-mail: abonbiblia@hotmail.com


sábado, 5 de novembro de 2011

A excelência do amor fraternal.

Sl 133. 1-3
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso (...). Como o orvalho de Hermom (...); porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”.

Na Antiga Aliança, Deus estabeleceu o sacerdócio que era restrito a uma minoria qualificada. A intenção original era que Seu povo escolhido fosse um “reino de sacerdotes” (Ex 19.6); todos deveriam ser santos e manter um relacionamento com Deus. Mas, desde a queda de Adão, o pecado tem separado o homem de Deus, e as pessoas precisam de mediadores para ajudá-las a receber perdão. A princípio, os patriarcas – chefes de família como Abraão e Jó – eram os sacerdotes da casa, ou do clã, e faziam sacrifícios para a família. Quando os israelitas saíram do Egito, os descendentes de Arão, da tribo de Levi, foram escolhidos para servir à nação como sacerdotes.

Arão foi o primeiro sumo sacerdote de Israel. Como tal, representava o povo diante do Senhor, ao entrar no santuário (Ex 28.29), e anualmente no Lugar Santíssimo do Tabernáculo, no Dia da Expiação, para expiar os pecados de todo o povo (Ex 30.10). Arão e seus filhos eram lavados com água, vestidos com roupas especiais e ungidos com óleo, na cerimônia de consagração, a fim de que pudessem cumprir com a responsabilidade de realizar os sacrifícios diários, cuidar da manutenção do Tabernáculo e aconselhar as pessoas a seguirem a Deus (Ex 28.1ss). Tudo isso mostrava que a santidade vem apenas de Deus, e não da função de sacerdote. O óleo derramado sobre a cabeça do sacerdote simbolizava a presença e o poder do Espírito Santo (Ex 29.7).

À medida que participamos da graça de Cristo, somos todos feitos juntamente com Ele, filhos e filhas e co-herdeiros das bênçãos do Pai (Jo 1.11-13; Gl 4.4-7). Por causa dessa fraternidade, somos ensinados pelo Pai a nos amar uns aos outros: “Se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros” (1Jo 4.11). O amor deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Se não fizermos um esforço para influenciar o mundo ao nosso redor, seremos de pouco valor para Deus (Mt 5.13, 14,16; Fp 2.15).

Jesus sabia quão destrutivas poderiam ser as discussões entre os cristãos e, por isso, em Sua oração final antes de ser traído e preso, Ele pediu a Deus para que Seus seguidores “sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21). À luz dessa verdade, Paulo nos desafia a viver de forma condizente com o chamado que recebemos (Ef 4.1-6). Abraão disse a Ló em Gn 13.8: “Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre meus pastores e os teus pastores porque irmãos somos”. Para combater dissensões Paulo escreve aos irmãos de Corinto: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (1Co 1.10).

Um grupo de pessoas não concordará totalmente em todas as questões, mas todos podem trabalhar juntos harmoniosamente se houver: Altruísmo (sentimento de quem põe o interesse alheio acima do seu próprio) e consideração uns pelos outros; tolerância das convicções ou escrúpulos dos outros; simpatia para com as aspirações e interesse dos outros; acordo em querer promover os interesses da família; laço de parentesco natural, ou espiritual; amor comum aos pais, ou, no caso da irmandade cristã, o mesmo amor e obediência a Deus; amor fraternal, por todos pertencerem à mesma família (Mt 12.49,50; Fp 2.2-4).

Jesus é agora o nosso Sumo Sacerdote (Hb 7.26; 8.1), e não são mais necessários os sacrifícios porque Ele sacrificou a Si mesmo na cruz pelos nossos pecados. Agora podemos estar diretamente na presença de Deus, sem medo (Ef 3.12; Hb 4.16). Quando nos unimos a Cristo como membros de seu corpo, nos unimos à Sua obra sacerdotal de reconciliar as pessoas com Deus (2Co 5.18-21; 1Pe 2.9). A união fraternal, assim como o óleo da unção (Sl 133.2), indica a sincera dedicação ao serviço de Deus.

Como o orvalho de Hermom (Sl 133.3) – Hermom é o monte mais elevado da Palestina. É coroado pelas neves eternas que se espalham em longas fitas pelas suas encostas. Naquelas regiões, o orvalho faz os campos florescerem e produzirem boas ceifas. O orvalho representa a ação silenciosa e invisível das bênçãos divinas sobre o coração humano: “Goteje a minha doutrina como a chuva; destile o meu dito como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva” (Dt 32.2). Como o orvalho faz os campos florescerem e produzirem boas ceifas, assim a bênção do Senhor descansa sobre o Seu povo transformando maldições em bênçãos, porque nos ama (Dt 23.5; Pv 10.22) e das alturas Ele ordena a vida eterna a qual ninguém tirará (Dt 28.8; Jo 10.28).
Deus seja louvado!!!