domingo, 13 de novembro de 2011

Qual é o seu padrão de fala?

Pv 13.3
“O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação”.

Todas as nossas palavras e pensamentos são examinados por Deus (Sl 139.23,24; Mt 12.36), e o que falamos revela o que existe em nosso coração: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45). Davi sabiamente pediu que Deus o livrasse de maldizer, mesmo quando sofria perseguições (Sl 141.3). Nossas palavras são expressões verbais da nossa alma; até que nossa língua seja controlada e submetida ao Senhor, Ele não pode redimi-la e restaurá-la; é necessário permitir que o Espírito Santo encha nossa mente com novas motivações e atitudes, então, nosso coração ficará purificado. Conhecendo o poder da língua, faremos bem se pedirmos que Deus guarde nossa boca, de forma que as nossas palavras honrem o seu nome (Sl 19.14).

Há quatro padrões de fala mais comuns: a língua controlada, a cuidadosa, a enganadora e a descuidada. A língua controlada – Aqueles que têm este padrão de fala, 1) pensam antes de falar - Os que temem a Deus ponderam suas respostas; os ímpios não pensam antes de falar porque não se importam com as consequências de suas palavras: “O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância coisas más” (Pv 15.28); 2) sabem quando o silêncio é melhor (Ec 3.7) Algumas vezes é melhor permanecer calado, mesmo quando o nosso desejo é dar a última palavra (ver Gn 42.8,9). O próprio Senhor Jesus permaneceu em silêncio diante de seus acusadores (Mt 26.63). Os amigos de Jó perceberam que a sua dor era muito profunda para ser curada com meras palavras; assim nada disseram por sete dias e sete noites (Jó 2.13). Talvez o que alguém necessite seja apenas a nossa presença, demonstrando que nos importamos. “Retém as suas palavras o que possui o conhecimento, e o homem de entendimento é de precioso espírito” (Pv 17.27); e 3) dão conselhos sábios – As pessoas frequentemente pensam que deveriam burlar a verdade para evitar magoar a quem ama, mas o verdadeiro amigo é aquele que dá uma resposta direta e honesta: “Beija com os lábios o que responde com palavras retas” (Pv 24.26).

A língua cuidadosa – Aqueles que têm este padrão de fala dizem a verdade enquanto procuram encorajar. “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos” (Pv 16.24).

A língua enganadora – Aqueles que têm este padrão de fala são cheios de motivações erradas, visam à fofoca, à calúnia e têm um desejo de distorcer a verdade. Mentir a respeito de alguém é uma atitude cruel. Isso pode causar um efeito tão doloroso quanto o de uma ferida não cicatrizada: “Martelo, e espada, e flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra o seu próximo” (Pv 25.18).

A língua descuidada – Aqueles que têm este padrão de fala proferem mentiras, maldições, palavras irascíveis, que podem levar à rebelião e à destruição. A conversa descuidada e a língua desenfreada podem estragar nossa motivação pela retidão, levar-nos a pecar (Ec 5.6) e afetar nosso relacionamento com Deus (Ec 5.7). “O hipócrita, com a boca, danifica o seu próximo, mas os justos são libertados pelo conhecimento” (Pv 11.9).

A boca pode ser usada para arruinar ou para construir relacionamentos. Podemos abençoar a nós mesmos ou amaldiçoar a nós mesmos pelo modo como falamos. Antes de falarmos, devemos lembrar que a maldade da língua tem sua fonte no próprio inferno e que as palavras, como disse o Apóstolo Tiago, são como fogo – não dá para controlar nem consertar o dano que elas podem causar. “Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (ver Tg 3.5-10).

Nossa vida deve caracterizar-se pela pureza moral, paciência e serenidade a fim de proclamarmos ao mundo perdido a gloriosa redenção em Cristo. “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros filhos de Deus", disse o Apóstolo Paulo, em Fp 2.14,15. Uma vida transformada representa um efetivo testemunho da Palavra de Deus. Quais destes padrões de fala refletem a sua verdadeira identidade?

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