“Achamos o Messias
(que traduzido, é o Cristo)”.
Enquanto os automóveis
desfilam lentamente pela cidade, milhares de pessoas se aglomeram nas calçadas,
à espera do espetáculo. Bandas marcham barulhentamente, anunciando a chegada do
presidente; agentes de segurança olham atentamente para a multidão e correm ao
lado da limusine oficial. Pompa, formalidade, protocolo – símbolos modernos de
alta posição social e prestígio – anunciam a chegada de um chefe de Estado.
Os judeus esperavam um Líder
que havia sido prometido há muitos séculos pelos profetas. Acreditavam que o
Messias (“o Ungido”) os salvaria de seus opressores romanos e estabeleceria um
novo reino. A visão deles estava
limitada a seu tempo e a sua experiência. Não conseguiam entender que os
valores do Reino eterno de Deus eram diferentes dos valores do mundo; queriam o
alívio para seus problemas presentes. Mas a libertação do pecado é muito mais
importante que a do sofrimento físico ou da opressão política. Nossa
compreensão e reconhecimento de Jesus devem ir além do que Ele pode fazer por
nós aqui e agora!
Quando João Batista apareceu
pregando, os judeus ficaram entusiasmados; as pessoas estavam certas de que a
era do Messias, tão avidamente aguardada, havia chegado. Algumas, de fato,
pensaram que João fosse o Messias (Lc 3.15). Ele falava como os antigos
profetas, conclamando as pessoas a se converterem dos seus pecados e se
voltarem para Deus, a fim de evitarem o castigo eterno e experimentarem a
misericórdia e aprovação do Altíssimo. Essa é uma mensagem para
todos, de qualquer época e lugar.
O nome “Jesus” significa “o
Senhor salva” (Mt 1.21). Ele veio à terra para nos salvar, porque não podemos
livrar a nós mesmos do pecado e de suas consequências. Não importa quão bom
sejamos, não podemos eliminar a nossa natureza pecadora. Só Jesus pode fazê-lo.
Ele não veio para ajudar as pessoas a salvarem a si mesmas. Veio para ser nosso
Salvador do poder do pecado e do consequente castigo.
Como Rei, Ele governaria o
mundo com justiça. Porém, muitos judeus olharam com indiferença para as
profecias que falavam de um Rei, Servo do Senhor, que sofreria, seria rejeitado
e morto. Esta profecia é espantosa! Quem poderia acreditar que Deus escolheria
um servo humilde e sofredor para salvar o mundo, e não um glorioso rei? Essa
ideia contraria o orgulho e a forma de pensar dos seres humanos. Muitas vezes
Deus opera através dos meios que não esperamos. Como o humilde filho de um
carpinteiro de Nazaré poderia ser o prometido Rei? Mas Jesus era e é o Rei de
toda a terra!
Deus manteve a promessa feita
a Abraão (Gn 17.7,8) – e não a revogou, embora milhares de anos tenham se
passado. Ele salvou Abraão pela fé e abençoou o mundo por meio do patriarca ao
enviar o Messias como um de seus descendentes. As circunstâncias podem mudar,
mas Deus permanece constante e não quebra suas promessas. Ele prometeu perdoar
nossos pecados através de Jesus Cristo, e podemos ter a certeza de que o fará.
Jesus veio como servo; por
esta razão, muitos não O reconheceram nem O aceitaram como Messias. Devemos ter
cuidado para também não rejeitarmos a Deus ou Sua vontade, somente por
considerarmos que Ele não corresponde à imagem que fazemos de Sua pessoa.