quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tempo de festa.


Mc 4.28,29.
"A terra por si própria produz o grão: primeiro o talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga. Logo que o grão fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita".

Os hebreus celebravam várias festas sagradas ao ano, chamadas de "santas convocações". A maioria delas se relacionava com as atividades agrícolas e os acontecimentos históricos da nação. Eram elas: Páscoa, Pães Asmos, Primícias, Semanas, Trombetas, Dia da Expiação, e Tabernáculos. Estas festas eram símbolos da redenção e da consagração, e expressavam o fato de que Israel, com tudo o que possuía, pertencia a Deus. Todas as comemorações eram festivas (Dt 16.11,14,15), exceto o Dia da Expiação - o único dia de jejum requerido pela lei (Lv 23)

Três dessas festas eram realizadas no Templo de Jerusalém, onde a nação de Israel se reunia uma vez ao ano, para celebrar ao Senhor (Dt 16.16):

A Festa da Páscoa - No tempo de Jesus, as festas da Páscoa e dos Pães Asmos eram tratadas como uma só (Mc 14.1,12; Lc 22.1). Isto se devia, sem dúvida, ao fato de não haver intervalo entre as duas festas, e também porque ambas celebravam a mesma libertação do Egito (Ex 12.1-28). Ela enfatizava o direito de Deus sobre os primogênitos e a contínua necessidade da redenção do homem. Na Páscoa, entregava-se uma ovelha nascida naquele ano. O ponto central da celebração era a morte do cordeiro Pascal que redimia os primogênitos da morte (Ex 12.1-28). O cordeiro sem mácula, tipificava Cristo, nosso Cordeiro Pascal, que se deu a si mesmo em sacrifício por nós (1Co 5.7).

A Festa das Semanas - A razão desse nome está no período de duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dava cinqüenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontecia com a colheita do trigo (Ex 34.22). Mais tarde recebeu o nome grego de Pentecostes.Era também chamada Festa das Colheitas, porque nela as primícias da sega de grãos eram oferecidas a Deus (Lv 23.17). Da mesma forma, o dia de Pentecoste simboliza, para a igreja, o início da colheita de almas para Deus neste mundo.

A Festa dos Tabernáculos - também chamada Festa das Cabanas, tinha como objetivo fazer o povo se lembrar do tempo em que morou em tendas, durante a peregrinação pelo deserto, e que Deus o sustentou ali, após havê-lo tirado da escravidão no Egito (Lv 23.33-43). Era também chamada Festa das Colheitas, em memória à provisão divina, que nunca faltou, mesmo nos momentos mais difíceis que o povo viveu no deserto (Lv 23.43). Enquanto Pentecostes fala da colheita somente das primícias, Tabernáculos fala da colheita de frutos de toda a plantação; o povo oferecia os primeiros frutos da colheita como uva, tâmara e figo, especialmente. Era a festividade mais alegre de Israel, pois os corações estavam repletos de contentamento pelo cuidado de Deus (Is 9.3).

A Festa dos Tabernáculos é a única festividade ainda apropriada durante o reinado do Messias (Zc 14.16-19). A Páscoa foi cumprida na morte de Cristo (1Co 5.7); o Dia da Expiação, quando aceitamos a salvação de Cristo (Hb 9.28); a Festa das Primícias, em sua ressurreição (1Co 15.20); e o Pentecostes, pela chegada do Espirito Santo (At 2.1-4). Mas a Festa dos Tabernáculos, uma festividade de ação de graças,celebra a colheita de almas para o Senhor . À nossa volta há uma colheita contínua que aguarda para ser ceifada. O prêmio que Jesus oferece é a alegria de trabalhar para Ele e de ver a colheita de cristãos. Este pagamento é dado da mesma maneira ao semeador e ao ceifeiro (Jo 4.35-38).

A primeira descrição da Festa dos Tabernáculos (Lv 23. 34-36), nos indica também o primeiro cumprimento do seu significado: a vinda do Senhor Jesus Cristo para morar entre os homens (Jo 1.14). Na segunda descrição, depois de se ter encerrado o assunto das festas (Lv 23. 37-38), aponta para o segundo cumprimento do seu significado: a segunda vinda de Cristo. A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: "...com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus" (Ap 21.3).

O Deus da Bíblia nos encoraja a estar alegres! Celebremos pois ao Senhor com a convicção de que, em breve, estaremos habitando com Ele, não temporariamente e em frágeis cabanas, mas para sempre, no tabernáculo de Deus, na Santa Cidade, a nova Jerusalém.

Ele escreveu o capítulo final da história da redenção, e certamente as promessas do concerto serão plenamente cumpridas e haverá eterna alegria para todos aqueles que aguardam a Sua vinda.