sábado, 13 de agosto de 2011

Rasgou-se o véu.


Mc 15.38
E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”.

A morte de Cristo foi acompanhada ao menos por quatro acontecimentos milagrosos: trevas (Mt 27.45), ruptura da cortina do Templo (Mc 15.38), um terremoto (Mt 27.51) e a ressurreição dos mortos em seus túmulos (Mt 27.52). Todos sabiam que algo muito significativo havia acontecido. No Templo, uma pesada cortina separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, reservado para o próprio Deus. Simbolicamente, essa cortina ou véu separava o Deus santo do povo pecador. Esse véu mostrava a solene verdade que o ser humano não podia aproximar-se livremente de Deus, devido a sua condição pecaminosa.

O acesso ao lugar santíssimo era restrito ao máximo. O sumo sacerdote podia entrar ali somente um dia no ano para representar o povo perante Deus, e mesmo assim, somente se levasse consigo sangue de sacrifício expiador. Quando o povo sacrificava animais, Deus considerava sua fé e obediência, limpava-o de seus pecados, e o tornava cerimonialmente aceitável de acordo com a lei do Antigo Testamento. Sob esse concerto, o acesso livre à presença de Deus ainda não estava franqueado, porque estreita comunhão com Ele só poderia existir somente depois de a consciência da pessoa ter sido purificada com perfeição.

A consciência é a percepção interior que testifica junto à nossa personalidade no tocante ao certo ou errado das nossas ações. Uma boa consciência diante de Deus dá o veredito de que não temos ofendido nem a Ele, nem à Sua vontade. Adão e Eva esconderam-se de Deus quando O ouviram aproximar-se (ver Gn 3.8). Deus queria estar com eles, mas, por causa do seu pecado, Adão e Eva tiveram medo de mostrar-se. O pecado quebrara o seu relacionamento íntimo com Deus, assim como tem quebrado o nosso. A única maneira de haver pleno acesso a Deus seria rasgar o véu e estabelecer nova lei no Tabernáculo. Foi isso que Jesus Cristo fez, ao derramar seu sangue na cruz. Seu corpo representava esse véu que, na ocasião da sua morte foi rasgado (ver Hb 10.20).

Deus almeja estar conosco e oferece-nos ativamente o seu amor incondicional. Nossa resposta natural é o medo porque pensamos não poder viver de acordo com os seus padrões. Deus, no entanto, proporcionou um caminho para purificar nossa consciência culpada, para livrar-nos do pecado e nos restaurar à comunhão com Ele. Quando Jesus morreu, a cortina se rasgou ao meio, de cima a baixo, para indicar que a morte expiatória de Jesus abriu o caminha para nos aproximarmos de nosso Deus santo. Seu sacrifício é infinitamente mais eficaz do que o sacrifício dos animais.  Nenhuma barreira de pecado ou fraqueza de nossa parte é capaz de deter o seu perdão. A partir de então, todas as pessoas podem aproximar-se de Deus por intermédio de Cristo.

Todos nós fizemos coisas erradas e deixamos de obedecer às leis de Deus. Por isso, ficamos separados de nosso Criador. Com nossas próprias forças, nada podemos fazer para voltarmos a estar com Deus. Jesus livremente ofereceu sua vida por nós, morrendo na cruz em nosso lugar, tomando sobre si todos os nossos pecados passados, presentes e futuros para que pudéssemos ter uma nova vida. Como todos os nossos delitos foram perdoados, reconciliamo-nos com Deus.  Além disso, a ressurreição de Jesus é a prova de que seu sacrifício em nosso lugar na cruz foi agradável a Deus. Sua ressurreição tornou-se a fonte de esperança para aqueles que creem que Ele é o Filho de Deus. Tais pessoas poderão desfrutar de uma nova vida e viver em união com Deus eternamente.

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