quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Chamados à liberdade.


2Co 3.17
“Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”.

Deus criou o ser humano à sua própria imagem e o projetou como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção e vontade, capaz de optar livremente por amar e obedecer ao seu Criador, ou por desobedecer-Lhe e rebelar-se contra a Sua vontade. Ele é amoroso demais para forçar a submissão de qualquer pessoa. O homem foi criado para governar abaixo de Deus e para ser o portador físico do Espírito de Deus na terra.

A Bíblia diz que Deus deu a Adão a responsabilidade de trabalhar sob suas diretrizes no cuidado da Sua criação (Gn 2.15). Duas árvores do jardim do Éden tinham importância especial: A “árvore da vida” que provavelmente tinha por fim impedir a morte física (ver Gn 3.22) e a “árvore da ciência do bem e do mal” que tinha a finalidade de testar a fé de Adão e sua obediência a Deus e à Sua palavra. Adão foi advertido de que morreria se transgredisse a vontade de Deus e comesse dessa árvore (Gn 2.16,17). Esse mandamento significou para Adão uma escolha consciente e deliberada de crer e obedecer, ou de descrer e desobedecer à vontade do seu Criador.

Desde o marco inicial da história, a raça humana tem estado vinculada a Deus, mediante a fé e obediência à Sua Palavra, como a verdade absoluta. Enquanto Adão cresse na palavra de Deus e a obedecesse, viveria para sempre e em maravilhosa comunhão com Deus. Se pecasse e desobedecesse, colheria a ruína moral e a ceifa da morte. (A morte moral consistiu na morte da vida de Deus dentro deles, quando a sua natureza se tornou pecaminosa; a morte espiritual destruiu a comunhão que antes tinham com Deus).

Cristo veio para nos libertar e não para nos deixar livres para fazer o que quisermos, pois isso nos levaria de volta à escravidão dos nossos desejos egoístas e iníquos. Ao contrário, graças a Cristo, agora somos livres para fazer o que antes era impossível – viver generosamente. A Bíblia diz: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade” (Gl 5.13). A liberdade proporcionada por Cristo deixa o cristão livre para servir a Deus e ao próximo. A verdadeira libertação começa quando a pessoa se une a Cristo e recebe o Espírito Santo. É mantida através da presença contínua do Espírito Santo no crente, e pela sua obediência à orientação do Espírito (ver Rm 8.1 ss).

O espírito de anarquia, prometendo liberação das restrições justas, predominará com altivez na sociedade e na igreja, nos últimos dias, antes da vinda de Cristo (ver 1Tm 4.1 e 2Tm 3.1). Os padrões morais imutáveis de Deus serão considerados antiquados e tidos como simples restrições legalistas à liberdade pessoal, à autodeterminação e à felicidade dos seres humanos. À medida que os homens e mulheres se auto elegem como autoridades máximas neste campo, tornam-se escravos da corrupção moral. A Bíblia diz: “de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo” (2Pe 2.19).

Se nos recusarmos a seguir a Deus, seguiremos nossos próprios desejos pecaminosos e nos tornaremos escravos dos desejos do nosso corpo. Se submetermos nossa vida a Cristo, Ele nos livrará da escravidão do pecado. Cristo nos livra para O servirmos, uma liberdade que resulta em nosso supremo bem.