sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Viemos adorá-lo


Mt 2.1-2 
Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes,  magos vindo do Oriente chegaram a Jerusalém, 2- e perguntaram: “Onde está o recém-nascido rei dos judeus?  Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.

Belém é uma cidade pequena, que fica aproximadamente oito quilômetros ao sul de Jerusalém e está situada em um alto monte, a mais de 609 m acima do nível do mar.

A maioria dos líderes religiosos acreditava no cumprimento literal das profecias do Antigo Testamento, portanto, criam que o Messias nasceria em Belém. O prometido Rei eterno, da linhagem de Davi, que viveria como homem, sempre tinha existido – suas “origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Apesar de ser eterno, Cristo entrou na história da humanidade como homem, como Jesus de Nazaré (Mq 5.2).

Deus controla toda a história. Devido ao decreto do imperador Augusto, toda a situação encaminhou-se para que Jesus nascesse justamente na cidade profetizada para o nascimento dEle (Lc 2.4). E foi o maior acontecimento histórico! O Messias nasceu!

O menino na manjedoura tem sido usado para compor uma linda cena de Natal, mas não podemos imaginar Jesus para sempre ali. O pequeno e impotente bebê cresceu, teve uma vida surpreendente, morreu por nós e voltará a este mundo como o Rei dos reis.

Os magos viajaram milhares de quilômetros para ver o Rei dos judeus. Quando finalmente o encontraram, manifestaram alegria, adoração, e deram-lhe presentes.

Esta atitude é muito diferente daquela que as pessoas freqüentemente têm hoje. Esperamos que Deus venha procurar-nos, explique sobre si mesmo, prove quem é e nos dê presentes.

Mas aqueles que são sábios ainda buscam e adoram Jesus não pelo que podem conseguir, mas por quem Ele é.

Nota: Uma homenagem a minha irmã Sirlene. Parabéns pelo seu aniversário!


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Bendito seja o Senhor


Lc 1.68-75 Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo! 69- E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo, 70- como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo, 71- para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos aborrecem 72- e para manifestar misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu concerto 73- e do juramento que jurou a Abraão, nosso pai, 74- de conceder-nos que, libertados das mãos de nossos inimigos, o servíssemos sem temor, 75- em santidade e justiça perante ele, todos os dias de nossa vida.

Zacarias era um ministro de Deus que trabalhava no Templo, cuidando da administração do prédio, do ensino das escrituras e da adoração. Após meses de silêncio, ele louvou a Deus com suas primeiras palavras e profetizou a vinda de um Salvador que redimiria o seu povo. Zacarias acabara de recordar centenas de anos da obra soberana de Deus na história de Israel, que começou com Abraão e se estenderia à eternidade.

Deus estabeleceu um pacto com Abraão, prometendo que ele seria o pai de uma grande nação (Gn 12.1-3). Disse que não apenas esta nação seria abençoada, mas também o seriam as outras nações da terra, através dos descendentes de Abraão. Esta promessa se cumpriu por intermédio do Messias, que era descendente de Abraão.

Os judeus aguardavam avidamente o Messias, mas pensavam que Ele viria para salvá-los do poderoso Império Romano. Estavam prontos para receber um líder militar, mas não para um Salvador pacífico, que venceria o pecado.

Jesus nasceu sem pecado. Nasceu santo, da mesma maneira que Adão foi criado, porém, diferentemente deste, que desobedeceu a Deus, Jesus foi obediente em tudo; deste modo, foi capaz de enfrentar as conseqüências do pecado em nosso lugar e tornar-nos aceitáveis a Deus (Rm 5.14-19).

Através da árvore genealógica de Abraão, Jesus Cristo nasceu para salvar a humanidade. Através de Cristo, as pessoas podem ter um relacionamento pessoal com Deus e ser infinitamente abençoadas.

Season’s Greetings!
Frohes Fest!
Buon Auguri!
Meilleurs Voeux!
Felices Fiestas!
Boas Festas!


E-mail: abonbiblia@hotmail.com

domingo, 16 de novembro de 2014

Hoje é dia de milagre


Lc 19.1-10 
E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. 2- E eis que havia ali um homem, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico. 3- E procurava ver quem era Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. 4- E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver, porque havia de passar por ali. 5- E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa. 6- E, apressando-se, desceu e recebeu-o com júbilo. 7- E, vendo todos isso, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. 8- E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens: e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. 9- E disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. 10- Pois o Filho do Homem veio buscar e salvar o que estava perdido.

Zaqueu é um tipo de pessoa tida por “impossível aos homens” (Lc 18.24-27). Pelo fato de o dinheiro representar poder, autoridade e sucesso, freqüentemente é difícil para as pessoas ricas perceberem a sua necessidade e impotência de salvarem-se a si mesmas. Mas depois que Zaqueu conheceu Jesus, percebeu que sua vida precisava ser completamente corrigida.

O encontro com o Salvador partiu do desejo de Zaqueu querer ver Jesus (vv. 3,4) e da proximidade e convite do Mestre (v. 5; cf. Ap 3.20); envolve a aceitação do Senhor com gratidão (v. 6) e o arrependimento que suscita o amor; e a segurança na promessa da palavra de Jesus (v. 9s). 

Não é suficiente seguir a Jesus apenas no pensamento ou no coração. É necessário demonstrarmos nossa fé por meio de uma mudança de comportamento.

Zaqueu demonstrou a realidade da sua conversão pela profunda gratidão que sentiu ao ver em Cristo o único valor real (v. 8). E propôs a restituição seguindo rigorosamente os padrões judeus de retidão (Ex 22.1).

Jesus o chamou de filho de Abraão (v. 9). Um judeu verdadeiro – não somente por ser da linhagem de Abraão, mas também por andar “nos passos da fé” de Abraão (Rm 4.12). Jesus reconheceu o publicano como tal, embora a sociedade judaica o tivesse excluído (v. 7).

A pessoa não é salva porque nasceu em uma boa família nem condenada devido a uma herança ruim (Gl 3.7,9,29). Jesus veio buscar e salvar o perdido (v. 10), a despeito do passado ou estilo de vida que cada um teve anteriormente. Por meio da fé (Ef 2.8), ele é perdoado e transformado em nova criatura (2Co 5.17).

A salvação pertence totalmente a Deus por meio da morte de Jesus. Não há o que possamos fazer para ganhar nossa salvação; precisamos apenas aceitar o que Jesus já fez por nós. Zaqueu desceu depressa e recebeu Jesus com júbilo (v. 6).

Não existe um tempo tão apropriado para receber o perdão de Deus como o presente. Hoje é dia de milagre. Receba-o.                                                                                                                                                                

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O preço da salvação e o favor de Deus


2Rs 5.5,6 
O Rei da Síria respondeu: “Vá. Eu lhe darei uma carta que você entregará ao rei de Israel”. Então Naamã partiu, levando consigo trezentos e cinqüenta quilos de prata, setenta e dois quilos de ouro e dez mudas de roupas finas. 6- A carta que levou ao rei de Israel dizia: “Junto com esta carta estou te enviando meu oficial Naamã, para que o cures da lepra”.

Naamã gozava de muitas vantagens: chefe do exército do rei da Síria, um grande homem diante do seu senhor, homem de muito respeito, um herói (porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios), homem valoroso, porém leproso (2Rs 5.1).

A lepra, quase como AIDS hoje, foi uma das doenças mais temidas da época. O fato de Naamã ainda se manter em seu posto, ou ele fora acometido de uma forma suave da doença ou ainda estava no estágio inicial desta grave enfermidade. Em qualquer caso, sua vida poderia ter sido tragicamente abreviada.

Uma menina israelita tinha sido levada cativa para a Síria e passou a servir à mulher de Naamã. Ela estava muito consciente da presença salvífica de Deus com o seu povo, por meio do profeta Eliseu e, de modo altruísta, compartilhou esse conhecimento com seus captores sírios. Em sua humilde posição, encontrou a oportunidade ideal para dizer o que o Todo Poderoso pode fazer. Ironicamente, a única esperança de este general ser curado veio dos israelitas (2Rs 5.3,4).

O orgulho de Naamã quase o impediu de receber a cura que Deus tinha para sua vida (2Rs 5.11-13). Ele esperava que fosse curado pela técnica mágica do profeta; pensava que, para um grande homem como ele, forçosamente haveria especial atenção e uma cura espetacular.

Freqüentemente nos preocupamos com a nossa posição e condição social, esperando receber algum tipo de reconhecimento pelo que fazemos; mas esta atitude não se enquadra nos ensinamentos bíblicos. A Bíblia diz “humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo, vos exalte (1Pe 5.6).

Eliseu recusou a recompensa de Naamã (2Rs 5.16) para mostrar que o favor de Deus não pode ser comprado. Jesus pagou um alto preço para resgatar-nos, porque nós mesmos não tínhamos condições de pagá-lo (Sl 49.6-8). Deus derramou Sua bondade sobre nós – e esta atitude recebe também o nome de graça. Ela representa o favor voluntário e amoroso de Deus concedido aos salvos (Ef 2.8,9).

Naamã buscou a cura do corpo e a recebeu juntamente com a cura da alma. 

Somos muito tolos ao tentar ajustar Deus aos nossos padrões – querer que Seus planos e propósitos sejam adequados aos nossos. Ao contrário, nós é que devemos nos ajustar aos planos dEle (Is 55.8,9), pois Ele conhece o futuro, e Seus planos para nós são bons e cheios de esperança (Jr 29.11).





terça-feira, 9 de setembro de 2014

Uma estrela verdadeira


Dn 12.3 
Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente.

Daniel era ainda muito jovem quando foi levado como cativo, na primeira leva de exilados de Judá (606 a.C). Era de família culta, da classe alta de Jerusalém, porquanto Nabucodonosor não escolheria jovens estrangeiros de classe inferior para sua corte real (Dn 1.3,4).

Este jovem aprendeu o máximo possível sobre a nova cultura, de modo que podia fazer seu trabalho com qualidade superior. Enquanto aprendia, no entanto, mantinha constante submissão a Deus e recebia dEle habilidade e sabedoria (Dn 1.17b).

O profeta Jeremias havia escrito que Deus não permitiria o retorno dos cativos por um período de 70 anos (Jr 25.11).  Ciente desta profecia, Daniel percebeu que o período estava prestes a cumprir-se (Dn 9.2,3).

Um plano diabólico – O Diabo estava vendo que Daniel seria o homem que intercederia junto a Deus, com oração e jejum, para que os cativos de Israel retornassem à sua terra. No intuito de matá-lo, ele (o Diabo) agiu através da ira do rei Nabucodonosor (Dn 2.12,13).

A revelação do sonho esquecido - O rei teve uma série de sonhos que o deixou grandemente perturbado. Decidiu então submeter a um teste, os sábios de Babilônia; se pudessem contar-lhe o sonho saberia que eles lhe dariam a interpretação correta. Se não conseguissem, o rei destruiria a todos eles (Dn 2.5).

O pedido do rei era humanamente impossível. Mas Daniel podia declarar o que o rei sonhara e ainda revelar a sua interpretação, pois Deus operava através dele. Daniel salvou não somente a sua própria vida, mas também a de todos os demais sábios da Babilônia após o Senhor revelar-lhe o sonho e a sua interpretação (Dn 2.16-18).

Daniel se distinguiu em sabedoria naquela terra famosa por seus sábios e, finalmente, tornou-se o principal dos três oficiais mais importantes do então império Medo-Persa (Dn 5.29). Sua posição privilegiada enfureceu outros administradores, que tramaram sua morte convencendo o rei Dario, a expedir um decreto real dizendo que, durante trinta dias, qualquer pessoa que fizesse uma petição a qualquer deus ou homem que não fosse o rei seria lançada em uma cova de leões (Dn 6.6-9).

O decreto do rei não intimidou Daniel, nem fê-lo mudar seus hábitos de oração. Embora soubesse do perigo, suas janelas permaneciam abertas em direção a Jerusalém, onde antes existira o templo (2Cr 6.21). Não permitiu que nada o impedisse de fazer suas orações e dar graças diante de Deus (Dn 6.10; Fp 4.6). Por isso foi condenado a morrer em uma cova de leões famintos. Mas Deus tem meios imagináveis de livrar o seu povo e certamente livrou Daniel, fechando a boca dos leões (Dn 6.22).

Se, fazendo a vontade de Deus  somos combatidos com oposições, precisamos ser como Daniel e continuar a fazer com ousadia o que Deus nos instruiu a fazer, confiando que Ele nos protegerá (ver Rm 8.33; Gl 5.23).

Embora Daniel fosse cativo em uma terra estranha, sua devoção a Deus foi um testemunho para governantes poderosos; Nabucodonosor convenceu-se de que o Deus de Israel era real em virtude da fidelidade de Daniel. Dario também adquiriu certeza do poder de Deus porque Daniel foi fiel e Deus o resgatou (Dn 2.47; 6.25-27).

Muitas pessoas tentam ser estrelas no mundo de entretenimento, apenas para encontrar um estrelato temporário. Daniel demonstrou sua sabedoria não somente pela sua maneira de viver, mas também pela influência da sua vida e testemunho.

A Bíblia nos diz como podemos refulgir sendo sábios e levando muitos à justiça de Deus (Dn 12.3). Se partilharmos o conhecimento de nosso Senhor com outros, podemos ser estrelas verdadeiras – radiantemente belas aos olhos de Deus.




sábado, 23 de agosto de 2014

Farol da verdade


Mt 5.14-16 
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; 15- nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão em casa. 16- Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

Vivemos em um mundo pervertido e corrupto (Fp 2.15). Quando as pessoas não percebem a diferença entre o bem e o mal, logo se encontram frente a frente com a ruína. Se não seguirem a Palavra de Deus – a Bíblia – como seu padrão de vida, em breve todas as suas escolhas morais tornar-se-ão confusas. Sem a presença de Deus, estarão à beira de um colapso e de muito sofrimento.

Em tempos de grandes trevas, Deus prometeu enviar uma luz que brilharia sobre todos os que estivessem vivendo sob a sombra da morte (Is 9.2). Essa mensagem de esperança cumpriu-se com o nascimento de Cristo (Jo 1.4). Ele é o criador da vida, e sua existência traz a luz que oferece maravilhosa esperança à humanidade. Pela Sua luz, enxergamos a nós mesmos como realmente somos (pecadores que necessitam de um Salvador, Ef 2.1-3).

O propósito de Deus não é de guardar para sempre o evangelho e Seu Messias ocultos num cantinho da Palestina. Assim como a candeia serve para irradiar a luz, assim também Jesus, a luz do mundo (Jo 8.12), tem por objetivo ser revelado. Ele escolheu refletir Sua luz nas áreas escuras da conduta humana, por intermédio de seus seguidores (ver Mt 5.16).

A luz da verdade nos foi revelada. Se vivermos para Cristo, brilharemos como luzes e mostraremos a outros como Cristo realmente é. Mas esconderemos nossa luz se ficarmos quietos, quando deveríamos falar; se juntarmo-nos à multidão; se não explicarmos aos outros sobre a origem da nossa luz e, se ignorarmos as necessidades dos outros (ver Mt 7.21).

Deus precisa de pessoas que defendam o que é correto, e os cristãos devem afirmar, com convicção e bondade, tudo aquilo que é verdadeiro e justo (ver Pv 4.18). Se uma lâmpada não propicia a uma pessoa ver melhor, ela é inútil. Mas uma vida transformada representa um efetivo testemunho da Palavra de Deus (ver Ef 5.9,10).

A mensagem divina de salvação e de vida eterna não está limitada a uma cultura, raça ou nação em especial. Qualquer um que se aproxima de Deus com arrependimento e fé será aceito por Ele e fará parte de Seu Reino (ver Ap 5.9).

Quando a luz da verdade a respeito de Jesus nos ilumina, é nosso dever fazer com que ela brilhe para ajudar a outros. Seja um farol da verdade, não oculte a luz de Cristo ao restante do mundo!


sábado, 9 de agosto de 2014

Ele agirá outra vez



Mc 8.1-9 Naqueles dias, havendo mui grande multidão e não tendo o que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos e disse-lhes: 2- Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo e não têm o que comer. 3- E, se os deixar ir em jejum para casa, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe. 4- E os seus discípulos responderam-lhe: Donde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto? 5- E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete. 6- E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães e tendo dado graças, partiu-os e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem diante deles; e puseram-no diante da multidão. 7- Tinham também uns poucos peixes; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem diante. 8- E comeram e saciaram-se; e dos pedaços que sobejaram, levantaram sete cestos. 9- E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os.

Embora haja semelhanças notáveis entre esse relato e o de 6.34-44, são dois episódios distintos, como mostra o próprio Jesus ao se referir a duas ocasiões de multiplicação de pães (cf. 8.18-20).

Em ambas as narrativas há gente com fome, um lugar deserto, mantimentos escassos, ações de graças, sobra e despedida. O contraste é entre um dia e três dias, 5000 pessoas e 4000 pessoas, cinco pães e dois peixes, e sete pães e alguns peixes, doze cestos e sete cestos. Os diferentes pormenores em cada caso são tão inequívocos quanto as semelhanças.

Os discípulos já tinham visto Jesus alimentar mais de cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes, no entanto, neste episódio mostraram-se vagarosos para compreender que Jesus podia cuidar deles novamente (v. 4).

Às vezes, também demoramos para entender o significado das coisas. Embora Cristo tenha nos ajudado a vencer provações e tentações no passado, nos recusamos a crer que Ele fará o mesmo no futuro.

É fácil confiar no Senhor quando vemos seus milagres, mas após algum tempo, em meio a nossa rotina, seu poder parece ter diminuído. Contudo, Deus não muda (Sl 102.27) e sim a nossa visão sobre Ele. A monotonia do dia-a-dia nos anestesia para que esqueçamos quão poderoso é Deus (Sl 103.1,2).

Passamos a conhecer o Senhor mais intimamente quando compreendemos o modo como Ele agiu no passado. Reveja os grandes atos de Deus ao longo da história bíblica. Isso fará com que se lembre que Deus está trabalhando, não somente na história, mas também em sua vida hoje.

Jesus é o Pastor que provê todas as nossas necessidades de modo que nada nos falte (cf. Sl 23.1). Quando você encontrar novas provações, lembre-se de como Deus tem sido bom com você. O poder do Senhor está sempre disponível para o seu povo. Confie que Ele agirá fielmente outra vez.



sábado, 19 de julho de 2014

Os mistérios do Reino de Deus


Mt 13.9 
Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!

Os mistérios do Reino de Deus são verdades somente conhecidas mediante revelação da parte de Deus (Mt 13.11).

Paulo usava a palavra “mistério” em referência a algo anteriormente oculto ou obscuro, mas agora revelado por Deus para conhecimento e entendimento de todos (Rm 16.25). Deus não tinha a intenção de manter em segredo seu plano para o mundo. Além disso, esse plano não poderia ser totalmente compreendido até que Cristo ressuscitasse dos mortos. Seu propósito era unir judeus e gentios em um único corpo cuja cabeça é Cristo (Ef 1.9,10).

As pessoas respondem à mensagem de Deus de forma diferente, porque estão em distintas condições. Algumas são insensíveis, outras descuidadas, muitas estão contaminadas por preocupações que lhes trazem distrações, e há as que são receptivas (Mt 13.19-23). O propósito do diabo é que as pessoas não escutem com entendimento e, portanto, não se apropriem da mensagem para ser salvas (v.19). Mas a perfeita vontade de Deus é “que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2.4).

Quando Deus chamou Isaías para ser um profeta, não o encorajou com previsões de grande sucesso; antes, o preveniu de que as pessoas o ouviriam, mas nada aprenderiam da mensagem, porque seus corações haviam se endurecido ao arrependimento (Is 6.9,10).

Israel tinha rejeitado a Deus, e Deus então rejeitou a Israel (Os 4.6). Por este motivo, Jesus adotou o sistema de parábolas. Ao falar por meio de parábolas, Jesus não estava escondendo a verdade de seus sinceros seguidores, porque aqueles que eram receptivos à verdade espiritual entendiam as ilustrações dEle. Para os outros, eram apenas histórias sem qualquer significado prático (Mt 13.11).

A citação de Isaías comentada por Jesus em Mt 13.13 “...vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem”, não expressa o desejo de que alguns não entendam, mas simplesmente declara a triste verdade de que os que não estiverem dispostos a receber a mensagem de Jesus descobrirão que a verdade será oculta deles.

Embora a nação de Judá como um todo não se arrependesse, sendo conseqüentemente castigada, um pequeno remanescente do povo creria e seria preservado (Is 6.13). Isso aconteceria quando a terra houvesse sido destruída pelos exércitos invasores, e seus habitantes, levados ao cativeiro.

Quando ouviremos a Deus? Será que, como Judá, teremos que sofrer calamidades antes de atentarmos para a mensagem divina?

Os ouvidos humanos escutam muitos sons, mas existe uma forma mais profunda de ouvir que resulta em entendimento espiritual. Se você procurar sinceramente conhecer a vontade de Deus, terá uma “audição espiritual” e essas histórias lhe trarão uma nova perspectiva (Mt 13.9).


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Livre-se do orgulho


Pv 16.18 
A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.

Existe uma incompatibilidade entre a arrogância e a presença de Deus em nosso coração (Sl 10.11). O orgulho nos separa de Deus ao levar-nos a pensar que somos melhores do que realmente somos. Então ocorre a tendência a confiarmos em nossas próprias opiniões, e isto  faz com que ignoremos as diretrizes de Deus para nossas  vidas (Pv 3.7).

As pessoas mais arrogantes são com freqüência as que precisam medir seu próprio valor pelo poder ou influência que pensam ter sobre as outras pessoas.

Hamã era descendente do rei Agague, um inimigo dos judeus. Ele era um líder extremamente arrogante que adorava o poder e o prestígio da sua posição (Et 3.1,2). Mardoqueu, por outro lado, era um judeu que procurava o bem do seu povo e trabalhava pela prosperidade de toda a sua nação (Et 2.5,6). A dedicação de Mardoqueu a Deus e sua recusa em dar honras a qualquer pessoa humana desafiou a religião egoísta de Hamã que via os judeus como uma ameaça a seu poder, e decidiu matar a todos os judeus (Et 3.5,6).

Deus estava preparando a queda de Hamã e a proteção do seu povo, muito antes desse homem assumir o poder (Et 6.1,2). Hamã não foi apenas impedido de matar Mardoqueu, como também teve que sofrer a humilhação de vê-lo ser honrado publicamente (Et 6.10-13). Após algumas horas, Hamã morreu na forca que havia construído para Mardoqueu, e seu plano de extermínio dos judeus foi frustrado (Et 7.6-10; ver Pv 26.27). Deus se opõe aos soberbos, mas dá graça e honra aos humildes (Tg 4.6).

Frequentemente, o Diabo procura tentar-nos em nossos pontos fortes, naqueles em que estamos mais propensos ao orgulho. Ele tentou a Jesus quando queria que Ele usasse o Seu poder para transformar as pedras em pães, governar os reinos do mundo, e até convocar os anjos para servi-lO (Mt 4.3-8). Hoje, o Diabo nos oferece o mundo, tentando envolver-nos pelo materialismo, na busca pelo poder. Podemos resistir às tentações do mesmo modo que Jesus o fez (Mt 4.10).

O orgulho é uma das tentações mais perigosas que se pode enfrentar. Mas quando verdadeiramente entendemos quem é Jesus, o nosso orgulho e a alta importância que atribuímos a nós mesmos desaparecem. João Batista disse que não era merecedor de ser ao menos um escravo de Jesus (Mt 3.11). Mas, de acordo com o texto em Lc 7.28, Jesus disse que João era o maior de todos os profetas. Se uma pessoa tão importante se sentiu inadequada até para ser escravo de Jesus, quanto mais deveríamos colocar nosso orgulho de lado para servir a Cristo!

Quando a presença de Deus é bem vinda, não há lugar para o orgulho, porque Ele nos torna cientes do nosso verdadeiro ser. Não permita que suas realizações levem-no a esquecer-se de Deus.


terça-feira, 24 de junho de 2014

Na hora certa


Gl 4.4
...mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho...

Durante séculos, judeus fiéis espalhados pelo mundo esperavam pelo Messias (Lc 3.15). Mais de 400 anos haviam se passado desde as últimas profecias do Antigo Testamento – mas o cronograma de Deus era perfeito. Cristo apareceu num tempo determinado por Deus (Gl 4.4).

O recurso mais poderoso do cristão é a comunhão com Deus, através da oração. Ela é a chave que abre a porta de nossa vida para a fé. Não existe substituto para a oração, especialmente em circunstâncias que parecem impossíveis de resolver (Lc 1.37). Os resultados são freqüentemente maiores do que pensamos ser possível (Ef 3.20).

Algumas pessoas vêem a oração como um último recurso a ser tentado, quando tudo mais falhar. Esta abordagem é retrógrada. A oração deve vir em primeiro lugar (Mt 6.33). Pelo fato do poder de Deus ser infinitamente maior do que o nosso, só faz sentido confiar neste – especialmente porque o próprio Senhor nos encoraja a fazê-lo (Hb 4.16).

Imagine nunca ter que se preocupar com alguma coisa! Isso parece impossível – todos nós temos preocupações em nosso trabalho, em nosso lar, enfim. Mas o conselho de Paulo é que devemos transformar nossas preocupações em oração (Fp 4.6,7).

Tiago menciona os problemas mais comuns em nossas orações: não pedir, pedir as coisas erradas ou pedir por motivos errados ((Tg 4.2,3). Suas orações se tornarão poderosas quando você permitir que Deus mude seus desejos para que correspondam perfeitamente à vontade dEle para sua vida (ver 1Jo 3.21,22).

Você já se cansou de orar por algo ou alguém? Paulo diz que devemos “perseverar” na oração e “vigiar” (Cl 4.2). A nossa persistência é uma expressão da fé que temos de que Deus responde às nossas orações. A fé não deve morrer, mesmo que as respostas venham lentamente, porque a demora pode ser o modo de Deus realizar a sua vontade em nossa vida.

Será que você já orou, cheio de boas intenções, e Deus lhe disse não? Essa é a forma usada pelo Senhor para direcioná-lo a um propósito maior em sua vida. Aceitar o não de Deus exige uma fé tão grande quanto aquela que é necessária para receber o sim (ver 2Sm 7.8-16).

Se você estiver enfrentando uma grande dificuldade em sua vida, a ponto de não ter esperanças, apresente-a a Deus e creia que receberá uma resposta (ver At 12.13-15). E quando a resposta vier, não fique surpreso; seja grato! Cristo veio no momento exato da história, de acordo com o cronograma de Deus.


sábado, 7 de junho de 2014

Vida excelente


Fp 4.8,9
Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. 9- Ponham em prática (...). E o Deus de paz estará com vocês.

As Escrituras ressaltam o efeito que o pensamento tem sobre o caráter e o destino. “Porque, como imaginou na sua alma, assim é” (Pv 23.7). Sábios em todos os períodos da história têm entendido que “o pensamento é o pai da ação”. Essa verdade é tão clara que, no Novo Testamento, aquele que dá abrigo a pensamentos de ódio é considerado assassino (1Jo 3.15).

Paulo entendia a influência que os pensamentos exercem sobre a vida humana. A exortação “pensem nessas coisas” (V. 8) é seguida por uma segunda exortação: “ponham em prática” (V. 9). A combinação de virtudes alistadas nos dois versículos produzirá com certeza, um modo sadio de pensar, e este resultará numa vida de excelência moral e espiritual.

É fácil nos sentirmos desencorajados perante circunstâncias desagradáveis ou tratarmos com excessiva seriedade os assuntos de menor importância. Se você não tem se sentido muito alegre ultimamente, é possível que não esteja contemplando a vida sob a perspectiva correta.

A alma é tingida pela cor dos pensamentos. Se continuarmos a pensar acerca de fracassos do passado, ofensas recebidas, reais ou imaginárias, se concentrarmos os nossos pensamentos em nós mesmos, se remoermos a nossa condição, seremos muito infelizes.

A melhor maneira de guardar o nosso coração contra maus pensamentos é enchê-lo com bons pensamentos. A bênção de Deus é prometida para as vidas santas que resultam de pensamentos santos.

Tenha Deus sempre em mente, e sirva a Ele com coração disposto e fiel. A alegria não se origina de circunstâncias exteriores. Ela vem de Cristo, que habita em nós (Jo 20.22).



domingo, 11 de maio de 2014

Adoração


Jo 4.23,24 
No entanto, está chegando a hora e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

“Está chegando a hora e de fato já chegou” – É uma referência à promessa de herança eterna, definida no texto do profeta Jeremias (Jr 31.31-34) – a mais plena administração da graça salvífica de Deus. Com base na morte expiatória de Cristo (Hb 9.11-28), essa herança veio a ser uma realidade para os chamados por Deus (Rm 8.28).
A adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande Deus do céu e da terra. Sendo assim, a adoração concentra-se em Deus, o único Verdadeiro, o Criador do universo (Jo 1.3).
O local da adoração é irrelevante (Jo 4.21; At 7.48). O lugar correto para a adoração fora, já de muito, fonte de debate entre judeus e samaritanos. Os samaritanos sustentavam que “este monte” (o Gerizim) era especialmente sagrado. Abraão e Jacó tinham edificado altares nas proximidades (Gn 12.7; 33.20), e o povo tinha ouvido as bênçãos pronunciadas do topo desse monte (Dt 11.29; 27.12).
Segundo as Escrituras samaritanas, o monte Gerizim (e não o Ebal) foi o lugar em que Moisés ordenara a construção de um altar (Dt 27.4-6). Os samaritanos tinham edificado um templo nesse monte por volta de 400 a.C. Esses dois atos, naturalmente, aumentaram a hostilidade entre os dois grupos.
O modo como adorar: “em espírito e em verdade” (Jo 4.24). Em espírito – indica o nível em que ocorre a adoração verdadeira. A expressão “Deus é Espírito” mostra que Ele não é um ser físico, limitado a tempo e espaço. Ele está presente em todos os lugares e pode ser adorado em qualquer local e a qualquer tempo.
Em verdade – O próprio Senhor Jesus é a verdade que nos liberta (Jo 8.36). Ele é a fonte da verdade, o padrão perfeito daquilo que é correto. É a realidade de todas as promessas de Deus. Aqueles que propõem um tipo de adoração que ignora a verdade e as doutrinas da Palavra de Deus desprezam no seu todo o único alicerce da verdadeira adoração.
A adoração é a atividade mais sublime que alguém pode realizar e um dos maiores privilégios que você pode desfrutar.  Adorar a Deus é reconhecer a presença de dEle em sua vida, e relacionar a sua vida Àquela presença (At 17.28). É ver o Pai revelado em seu Filho, Jesus (Jo 14.9).
Obrigada Senhor, por todas as coisas que tens feito e por todas as que estão por vir. Ensina-me a Te adorar, em espírito e em verdade.
Parabéns a todas as mamães pelo seu dia. Que a bênção do Senhor seja sobre vocês.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Refletindo a glória de Deus



2Co 3.18 

Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.

Quando Moisés desceu do monte Sinai com os Dez Mandamentos, o seu rosto resplandecia em conseqüência da comunhão com Deus. Ele teve de colocar um véu sobre seu rosto para que as pessoas não se apavorassem devido ao brilho de sua face. Isso ilustra o encobrimento da mente das pessoas por causa de seu orgulho, dureza de coração e recusa de se arrepender (Ex 34.29-35).

O apóstolo Paulo compara as experiências de Moisés, que mediou a antiga aliança do Sinai, e a dele mesmo, como ministro da nova aliança. O ponto de comparação é a glória desvanecente que brilhava no rosto de Moisés e a “glória cada vez maior” refletida no rosto dos que ministram a nova aliança (2Co 3.7-18).

Esse contraste no tocante à glória serve para ressaltar o caráter temporário e insatisfatório da antiga aliança e o caráter permanente e eficaz da nova. No devido tempo, ela foi substituída pelo brilho permanente e muito mais glorioso da nova aliança, também chamada de novo testamento. É novo e melhor porque nos permite ir diretamente a Deus, por meio de Cristo (Hb 7.19).

Podemos refletir e compartilhar a glória de Deus quando nosso caráter assemelha-se ao dEle. Paulo diz em Ef 4.24 que “o novo homem é criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade”. Trata-se de novo modo de viver, do qual a pessoa não apenas “se reveste” por posição na conversão, mas também é conclamada a “se revestir” na prática como cristão (Cl 3.10).

Estamos nos tornando reflexos de Deus. À medida que o nosso conhecimento se aprofunda, somos transformados moralmente pelo Espírito Santo (Gl 4.19). Quando, porém, Cristo voltar, nós O contemplaremos face a face, e a nossa transformação será completa (1Co 13.12; 1Jo 3.2).

Na antiga aliança, o véu não permitiu que as pessoas enxergassem as referências a Cristo contidas nas Escrituras (Ex 34.33). Quando alguém se converte a Cristo, o véu é retirado (2Co 3.16), dando vida e tornando-a eternamente livre da escravidão. Tal pessoa pode então ser como um espelho, refletindo a glória de Deus.


quinta-feira, 20 de março de 2014

Aprovação divina


Ap 3.8 
Conheço as suas obras. Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar. Sei que você tem pouca força, mas guardou a minha palavra e não negou o meu nome.

O versículo em evidência é parte da carta endereçada à Igreja de Filadélfia. Esta, e outras seis cartas enviadas às igrejas da Ásia, foram escritas num período em que os cristãos enfrentavam intensa perseguição. Alguns já haviam sido executados por causa de sua fé (Hb 11.37; At 12.2). João foi exilado em Patmos (Ap 1.9) porque se recusava a deixar de pregar as Boas Novas. Entretanto, os cristãos de Filadélfia foram elogiados pelo seu esforço em guardar a Palavra de Deus e de dar testemunho de sua fé em Cristo.

Conheço as suas obras – Assim como Jesus tinha conhecimento e se preocupava com cada uma daquelas igrejas, Ele também conhece a cada pessoa (Hb 4.13) e se preocupa com a igreja da qual você faz parte. O Seu desejo é que a igreja alcance todo seu potencial. Ela é o meio perfeito de demonstrar a sabedoria de Deus para transformar o mundo (Ef 3.10).

Uma porta aberta – Porta aberta nos fala de admissão – Jesus fez a primeira escolha: amar-nos e morrer por nós, para nos convidar a viver com Ele para sempre (Jo 15.16); oportunidade – Não existe um tempo tão apropriado para receber o perdão de Deus como o presente (2Co 6.2); acesso a Deus – É uma porta de entrada para todos os privilégios do Seu Reino e do serviço cristão (Jo 10.9).

Ninguém pode fechar – Depois de aberta a porta, ninguém pode fechá-la novamente. O véu foi rasgado; abriu-se o caminho (Jo 14.6). A vitória está assegurada para aqueles que resistem à tentação e que fazem da lealdade a Cristo a sua principal prioridade.

Guardou a minha palavra – Guardar a Palavra de Deus é uma característica que nasce de nosso amor por Jesus Cristo. Ele disse que os Seus seguidores demonstram o amor que sentem por Ele, obedecendo ao que Ele ordena em Sua Palavra (Jo 14.21). Assim como a cidadania terrena implica pagarmos pelos serviços e benefícios que recebemos, a cidadania celestial exige o empenho de nossa obediência e compromisso para com Deus (Mt 22.21).

Não negou o meu nome – Uma vida transformada representa um efetivo testemunho da Palavra de Deus. Os membros da Igreja de Filadélfia tinham suportado a oposição do mundo e perseverado na lealdade a Cristo e na verdade do evangelho (Ap 3.7-10).

Em muitas partes do mundo atual não é muito difícil ser cristão – as pessoas não são presas por ler a Bíblia ou executadas por pregar a Cristo. Paulo, porém, profetiza pelo Espírito Santo que os últimos dias serão assinalados por um aumento cada vez maior de iniqüidade no mundo, um colapso nos padrões morais (1Tm 4.1,2).

Não aceite uma posição de conforto sem compromisso. Mesmo que sua confiança seja única entre os homens, não ceda às pressões. A aprovação divina é infinitamente mais importante do que a aprovação do mundo.

domingo, 2 de março de 2014

O tempo perfeito de Deus


Ez 34.26
“... Na estação própria farei descer chuva; haverá chuvas de bênçãos”.

A bênção, o poder da vida prometida ao povo de Deus por meio de Abraão (Gn 12.1-3), é simbolizada, de modo belo, nos efeitos vivificantes da chuva. As chuvas do Outono, que são o sinal da estação das chuvas, para o preparo da terra para o arado e para a semeadura e as da Primavera, que aparecem no seu fim, para produzirem uma rica colheita (Jr 5.24).

Assim como Deus controlava as chuvas de estação, da máxima importância para a agricultura na Palestina, Ele tem o controle do tempo e age de acordo com o Seu cronograma.

Como seres humanos, somos limitados; não podemos entender a perspectiva de Deus a respeito do tempo (Sl 90.4). Queremos tudo agora, ignoramos que o cronograma do Senhor é o melhor. O conhecimento e a sabedoria de Deus são infinitamente maiores que os de qualquer ser humano (Is 55.8,9).

Podemos, às vezes, imaginar se Ele responderá as nossas orações. Mas jamais devemos duvidar do Senhor ou desistir de ter esperança. Se fizermos nossas orações de acordo com a Sua vontade, no tempo apropriado nos responderá.

Existe um tempo certo para todas as coisas em nossas vidas (Ec 3.1), e há segurança em estar no tempo perfeito de Deus (Ec 5.8). Ficar frustrado não fará com que Ele se apresse! Aproveite o dia de hoje, porque, neste momento, isso é tudo que você tem (Sl 118.24)!

Deus cumpre Sua palavra e promessas, tendo em vista o cumprimento do Seu propósito redentor. O momento preciso da resposta está muitas vezes vinculado aos Seus propósitos para com o Seu povo, coletivamente (Jr 29.11-13).

Quando Deus parecer silencioso e você estiver em uma profunda angústia, reveja os grandes atos de Deus ao longo da história bíblica, e lembre-se de tudo o que Ele já fez por você (Sl 74.13-17). Isto fará com que se lembre que Deus está trabalhando, não somente na história, mas também em sua vida hoje.

A estação própria é o tempo perfeito de Deus. Quando tudo se encaixar no plano geral que Ele estabeleceu, então haverá chuvas de bênçãos. Será que você está esperando pelo tempo de Deus? Confie em Sua decisão, pois Ele tem em mente o que há de melhor para você.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Está consumado


Jo 19.28-30
Mais tarde, sabendo então que tudo estava concluído, para que a Escritura se cumprisse, Jesus disse: “Tenho sede”. 29 Estava ali uma vasilha cheia de vinagre. Então embeberam uma esponja nela, colocaram a esponja na ponta de um caniço de hissopo e a ergueram até os lábios de Jesus. 30 Tendo-o provado, Jesus disse: “Está consumado!” Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito.

Tenho sede – A primeira bebida que lhe ofereceram tinha mirra, como entorpecente (Mc 15.23). Era costume judaico, amenizar, através de entorpecentes, os sofrimentos do crucificado; aquela bebida, Jesus recusou.

O vinagre que fora dado a Jesus (v.29) era um vinho amargo e barato que os soldados romanos bebiam enquanto esperavam pela morte daqueles que eram crucificados. Ao tomar vinagre, Jesus cumpriu a profecia do Salmo 69.21: “na minha sede me deram a beber vinagre”.

Até aquele momento, a expiação dos pecados era feita por meio de um sistema sacrificial complicado. O pecado separa as pessoas de Deus (Is 59.2); somente pelo sacrifício de um animal, um substituto do pecador, este poderia ser perdoado e ser considerado limpo diante de Deus.

Mas as pessoas pecavam continuamente; assim os sacrifícios eram exigidos frequentemente. No entanto, Jesus se tornou o supremo e derradeiro sacrifício pelo pecado. Por meio de sua morte, o complexo sistema sacrificial teve fim, porque Jesus levou todos os pecados sobre Si. A partir de então, todas as pessoas podem aproximar-se livremente de Deus por intermédio de Cristo (Hb 9.1-14; 10.19-22).

Jesus veio para consumar a obra de Deus, a salvação (Jo 4.34; 17.4), a fim de pagar o preço, cumprir a pena total por nossos pecados. A palavra “consumado” significa “completamente acabado”. Este foi o grande brado de triunfo (Mc 15.37). A dívida do pecado humano foi paga, e o plano da salvação cumprido.

O fato de Jesus ter se assentado "à destra da Majestade, nas alturas" (Hb 1.3), significa que o trabalho da redenção da humanidade estava consumado de modo único e perfeito, eternamente. Jesus entregou voluntariamente a Sua vida à morte (Jo 10.18). Não como mártir, mas como sacrifício de infinito valor (Is 53.10). Como um vencedor que completara o que viera fazer.

Aquele que sofreu a sede na cruz ofereceu Sua vida para saciar a sede espiritual do mundo (Jo 7.37-39). O que podemos dizer diante de tanto amor? Como responderemos a Ele?

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Que queres que te faça


Mc 10.46-52 
Então chegaram a Jericó. Quando Jesus e seus discípulos, juntamente com uma grande multidão, estavam saindo da cidade, o filho de Timeu, Bartimeu, que era cego, estava sentado à beira do caminho pedindo esmolas. 47 Quando ouviu que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” 48 Muitos o repreendiam para que ficasse quieto, mas ele gritava ainda mais: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” 49 Jesus parou e disse: “Chamem-no”. E chamaram o cego: “Ânimo! Levante-se! Ele o está chamando”. 50 Lançando sua capa para o lado, de um salto pôs-se em pé e dirigiu-se a Jesus. 51 “O que você quer que eu lhe faça?”, perguntou-lhe Jesus. O cego respondeu: “Mestre, eu quero ver!” 52 “Vá”, disse Jesus, “a sua fé o curou”. Imediatamente ele recuperou a visão e seguiu Jesus pelo caminho. Mc 10.35-37 ... Tiago e João, filhos de Zabedeu, aproximaram-se dele e disseram: “Mestre, queremos que nos faças o que vamos te pedir”. 36 “O que vocês querem que eu lhes faça?”, perguntou ele. 37 Eles responderam: “Permite que, na tua glória, nos assentemos um a tua direita e o outro à tua esquerda”.

A expressão “Filho de Davi” era uma forma popular de alguém se dirigir a Jesus como Messias, porque era sabido que Ele seria um descendente do rei Davi (Is 11.1). Bartimeu certamente tinha conhecimento das promessas do Reino Messiânico (Is 35.5,6). Percebendo sua miséria, não perdeu tempo; clamou apelando para a compaixão de Cristo (v.47). Em seguida, abandoou a sua capa e dirigiu-se a Jesus crendo nEle como Rei e Salvador. Por causa de sua fé, recebeu a cura de sua cegueira e seguiu a Jesus pelo caminho (v.52).

O pedido ambicioso dos filhos de Zebedeu revelou um conceito político do Reino de Deus. Os discípulos acreditavam como a maioria dos judeus, que as profecias do Antigo Testamento apontavam para um Messias que seria o líder militar e político da nação; que Jesus estabeleceria um reino terreno e libertaria Israel da opressão romana (Lc 24.21). Por isso Tiago e João desejaram lugares de honra nesse reino.  Mas o Seu Reino  não é deste mundo (Jo 18.36). Os discípulos só entenderam isto após a ressurreição de Jesus (Lc 24.45).

A Bíblia nos ensina que os problemas mais comuns em nossas orações são: não pedir, pedir as coisas erradas ou pedir por motivos errados (Tg 4.2,3). Queremos mais posses, mais dinheiro, posição social mais alta, mais reconhecimento, etc. No Reino de Deus, tais motivos são destrutivos. A única aspiração segura é aquela que visa engrandecer diretamente o Reino de Cristo (1Pe 4.11), e não a que visa apenas ao nosso progresso.

 A verdadeira grandeza requer que sejamos grandes no que é justo. Aos olhos de Deus, os maiores no seu reino são aqueles que lhe consagram e à sua Palavra, seu total amor, lealdade e dedicação (Rm 12.1,2). Jesus ensinou aos seus discípulos que somente a sua morte poderia salvar a eles e ao mundo, “O Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mc 10.45).

Podemos sentir-nos à vontade para pedir qualquer coisa a Deus (Mt 21.22). Ele até convida-nos a especificar nossos pedidos (Mc 10.36,51). Mas eles podem ser negados se forem motivados por desejos egoístas (v.38) ou se não estiverem de acordo com a vontade de Deus (1Jo 5.14; 1Jo 3.22).

Os filhos de Zebedeu queriam posições de honra no Reino de Cristo. Bartimeu, entretanto, queria ver, e a primeira coisa que ele viu foi o próprio Senhor. Jesus não ridicularizou Tiago e João pelo pedido que fizeram, mas não os atendeu. Aliás, é notável a ironia; quem acabou ocupando estas posições, na hora do triunfo de Cristo na cruz foram dois ladrões (Mc 15.27).

Para serem concedidos, nossos pedidos devem estar em harmonia com os princípios do Reino de Deus. Não podemos ter tudo o que pedimos a Ele, mas, com fé, podemos ter tudo o que precisamos para servi-lo. Ele quer dar apenas o que é melhor para nós (Jr 29.11), não necessariamente o que queremos.



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O plano de Deus para você



Sl 25.4,5
Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas; guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador.

Você gosta de planejar tudo em detalhes? Algumas pessoas parecem ter a vida totalmente esquematizada. Elas elaboram um plano para sua carreira, sua família, sua aposentadoria, e suas aplicações financeiras.

É bom fazer planos, mas eles nos desapontarão se deixarmos Deus de fora deles. Embora seja sábio se preparar e planejar, a Palavra de Deus nos lembra que, na verdade, não sabemos o que o amanhã nos trará (Tg 4.13-15). Entretanto, podemos depender completamente de Deus, e confiar inteiramente nEle para cuidar da nossa vida.

Planeje o futuro, mas peça a direção de Deus. Ele não o desapontará. Seus planos para nós são bons e cheios de esperança (Jr 29.10). Só Ele sabe o que é melhor para nós e pode cumprir Seu propósito a nosso favor.

Peça a Deus para continuar a revelar a Sua vontade para sua vida, e esteja disposto a ajustar os seus planos de acordo com a vontade dEle.

Nota: Em homenagem aos meus filhos: Mariana, Raquel e Agamenon, aniversariantes neste mês, e em gratidão a Deus, meu Salvador, pela vida deles. Deus seja louvado!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Tudo novo



2Co 5.17
Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!

Simplesmente ao falar, Deus trouxe todas as coisas à existência (Sl 33.6,9). A primeira palavra criadora de Deus fez nascer a luz em meio às trevas primitivas (Gn 1.3). Foi assim que Deus falou na criação, e é o que repete no novo nascimento, à medida que as trevas do pecado são dissipadas pela luz do evangelho.

A luz é necessária para tornar visíveis as obras criadoras de Deus e para possibilitar a vida. Paulo emprega a mesma palavra em 2Co 4.6 para ilustrar a obra de Deus em recriar os corações que haviam sido obscurecidos pelo pecado.

A nova criação ou redenção é a restauração e o cumprimento dos propósitos de Deus na criação, e isso acontece em Cristo, por quem foram criadas todas as coisas (Cl 1.16) e em quem todas as coisas são restauradas ou criadas de novo (Ef 2.10).

Cristo é o centro do plano de Deus. Quer tratando-se do universo, quer do cristão, somente no relacionamento com Cristo há destino futuro relevante.

Alguma vez você já se preocupou em saber se é ou não um verdadeiro cristão? Qualquer pessoa em quem o Espírito de Deus habita é um cristão. Aqueles que sinceramente confiam em Cristo como Salvador e Senhor são cristãos. O Espírito Santo lhes dá uma nova vida. Sendo assim, não são mais os mesmos. São pessoas completamente novas em seu interior. Não são reformadas, reabilitadas, ou reeducadas – são recriadas (nova criatura) – e passam a viver em uma união vital com Cristo (Cl 2.6,7). Por ocasião da conversão, não apenas viram uma página da vida velha, começam uma nova vida sob o controle de um novo Mestre.

Você pode ter a sua mente renovada de acordo com a Palavra de Deus. Confie no Senhor. NEle há bondade, segurança e salvação (Sl 31.19). Alegre-se! Anime-se! É um novo dia! É um novo tempo!

Feliz Ano Novo!!!