quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Ele nos guiará


Is 9.1a 
“Contudo, não haverá mais escuridão para os que estavam aflitos”.

O profeta Isaías fala de um Libertador vindouro que um dia guiaria o povo de Deus à alegria, à paz, à retidão e à justiça. A culminância da promessa de Deus era que da linhagem de Davi viria um descendente que seria o Rei Messiânico e eterno. Seu nascimento ocorreria num tempo e lugar específicos na história, e esse Filho nasceria de modo único e maravilhoso (Is 9.6,7).

O Messias vindouro traria a luz da salvação e da esperança. Ele traria a paz pelo livramento do seu povo do jugo da opressão e pela derrota de seus inimigos, e reinaria sobre o povo de Deus para sempre (cf. Is 49.6,9,10; Mt 4.15,16).

O Cristo (o Messias) tinha sido predito em todo o Antigo Testamento. “... Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44b). O cumprimento dessa promessa abrangia a sua ressurreição dentre os mortos e sua exaltação à destra de Deus no céu (At 2.29-33).

Cristo veio no momento exato da história, de acordo com o cronograma de Deus (Gl 4.4). As obras poderosas realizadas por Ele eram sinal de que o Messias viera (At 2.22). João nos disse que suas Boas Novas relatam somente alguns dos muitos milagres de Jesus na terra. Mas elas incluem tudo que precisamos saber para crer que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, por intermédio de quem recebemos a vida eterna (Jo 20.30,31).

Em nosso desespero e tristeza, receamos que nossos problemas e sofrimentos nunca acabem. Lembre-se: Deus prometeu enviar “uma luz para os gentios” (Is 42.6), e essa mensagem de esperança cumpriu-se com o nascimento de Jesus Cristo. O apóstolo João referiu-se a Jesus como a “luz verdadeira” (Jo 1.9), e Jesus referia-se a si mesmo como “a luz do mundo” (Jo 8.12), que ilumina o caminho para a vida.

Embora o Senhor nem sempre nos poupe dos infortúnios, se lhe obedecermos sinceramente, de todo o coração, Ele nos guiará com segurança, mesmo em meio aos maiores problemas.


sábado, 7 de novembro de 2015

Encontrei o Seu amor


Mt 10.39 
“Quem acha a sua vida a perderá, e quem perde a sua vida por minha causa a encontrará”.


As pessoas estão dispostas a pagar um alto preço por algo que estimam. É surpreendente que Jesus exija a mesma disposição a seus seguidores?

Esse é um dos paradoxos de Jesus: “... quem perder a sua vida por minha causa a encontrará” – declaração presente em todos os quatro evangelhos, constando mais de uma vez em dois deles (Mt 10.38,39; 16.24,25; Mc 8.34,35; Lc 14.26,27; 17.33; e, com alguma alteração em Jo 12.25). Nenhuma outra declaração de Jesus recebe tamanho realce.

Seguir a Jesus exige abnegação, dedicação total e obediência espontânea. É impedir que o eu seja o centro da sua vida e dos seus atos. Quanto mais valorizamos as recompensas dessa vida (lazer, poder, popularidade, segurança financeira), mais descobriremos o quanto são vazias. Concentrar-nos em nosso sucesso – é perder o que de fato interessa. É claro que esse princípio é supremamente representado na cruz de Cristo (cf. Lc 9.23,24).

O Senhor não se opõe ao prazer nem nos recomenda a procurar a dor. Ele pede submissão, não que venhamos a anular nossa vontade, mas que esta esteja sujeita à dEle. Isso é muito razoável porque, como Criador, Cristo conhece melhor do que nós o que significa uma verdadeira vida.

A vida em Cristo é vivida em um plano superior por causa do seu perdão, de seu amor e de sua orientação abundantes. É a qualidade infinitamente sublime de vida, em comunhão viva com Deus – tanto agora quanto para sempre. É  abundantemente rica e completa. Receber esta vida é unir-se a Deus, cuja natureza é eterna (ver Jo 10.10).

Quando reconhecemos o poder de Jesus e quão maravilhosa é a oferta que nos faz, como podemos ser capazes de não nos comprometermos com Ele?

A melhor maneira de gozar nossa vida, portanto, é afrouxar os laços gananciosos que nos unem às recompensas terrenas, para que possamos seguir a Cristo de forma amorosa e livre.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Ele cuidará de você


Lc 8.22-24 
Certo dia Jesus disse aos seus discípulos: “Vamos para o outro lado do lago”. Eles entraram no barco e partiram. 23- Enquanto navegavam, ele adormeceu. Abateu-se sobre o lago um forte vendaval, de modo que o barco estava sendo inundado, e eles corriam grande perigo. 24- Os discípulos foram acordá-lo, clamando: “Mestre, Mestre, vamos morrer!” Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo se acalmou e ficou tranqüilo.

O lago a que Jesus se refere é o chamado mar da Galiléia, que na verdade, é um grande lago de água doce, formado pelo rio Jordão. Os judeus o tratam de mar por causa de sua extensão;  tem 24 quilômetros de comprimento por 14 de largura. Com uma profundidade média de 50 metros, sua praia fica cerca de 230 metros abaixo do nível do mar. Situado numa bacia cercada por montanhas, o mar da Galiléia é notavelmente suscetível a tempestades repentinas e violentas, às vezes, com ondas de até 6 metros de altura. É que o ar mais frio do Mediterrâneo desce pelos desfiladeiros estreitos entre as montanhas e é lançado fortemente contra o ar quente e úmido existente por cima do lago.

Os discípulos de Jesus não estavam assustados sem motivo, o perigo era real. Embora vários deles fossem exímios pescadores e soubessem como manejar o barco, entraram em pânico porque a tempestade ameaçava destruir a todos. O que eles não percebiam era que Cristo é capaz de controlar as forças da natureza.

Freqüentemente, deparamo-nos com tempestades em nossa vida, ocasiões em que pensamos que Deus perdeu o controle e que estamos à mercê dos ventos do destino. Na realidade, Deus é soberano. Ele controla a história do mundo como também nosso destino pessoal.

Seja qual for a sua dificuldade, você tem duas opções: pode afligir-se e supor que Jesus não se importa mais com a sua vida, ou pode resistir ao medo e confiar nEle. Jesus está conosco. Da mesma maneira que Ele acalmou as ondas, pode também acalmar qualquer tempestade que você possa enfrentar.

Quando sentir que está entrando em pânico, chame o Mestre. Ele está disposto a intervir se tão somente lhe pedirmos. Confie! Ele cuidará de você.


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Tua palavra




Sl 119.89 “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu”.

O tema do Salmo 119 é a profundidade e sabedoria da Palavra de Deus. Segundo a narrativa da criação, as coisas vieram a existir à medida que Deus falava a sua palavra (ver Gn 1.3,4, 6, 7,9). Tal fato é resumido pelo salmista: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.6,9); e pelo escritor aos Hebreus: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados” (Hb 11.3).

A ordem segura dos céus e da terra declara a verdade reanimadora de que a Palavra de Deus, mediante a qual Ele sustenta e governa todas as coisas é duradoura e fidedigna. E essa é a verdade maior que confirma a confiança de justo na fidedignidade das leis e promessas de Deus (ver Sl 119.89,90, 91).

Aquele cuja soberania tem deixado em segurança o mundo também tem dado ao seu povo diretrizes estáveis e fidedignas. Suas leis nos advertem, dão sabedoria, renovam a nossa força, trazem alegria ao nosso entendimento e garantem nossa recompensa (ver Sl 19.11).

A Bíblia não é uma coleção de histórias, fábulas, mitos ou idéias meramente humanas a respeito de Deus. Paulo afirma a total participação de Deus nos livros das Escrituras, participação tão poderosa e difusa, que o que foi escrito é a Palavra de Deus (ver 2Tm 3.16). Pedro também atesta a divina origem e autoridade das profecias das Escrituras (ver 2Pe 1.20,21).

Os escritores do Antigo Testamento estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de Deus, conforme Dt 18.18: ‘Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu ordenar’. Embora tivessem usado suas próprias mentes, talentos, linguagem e estilo, eles escreveram o que Deus queria que escrevessem.

Toda glória e realizações humanas, tais como a cultura, a ciência, a filosofia estão em constante mudança. As posses, as realizações, as pessoas – no final desvanecerá e desaparecerá (ver Tg 4.13-17).

As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de Deus, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em Cristo Jesus. Por isso, elas são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou declaração de instituições religiosas iguala-se à autoridade das Escrituras.

Somos mortais, mas a Palavra de Deus é eterna e infalível. A opinião pública pode variar, e não é confiável, mas a lei de Deus é fundamentada com firmeza no seu caráter moral imutável: “os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mc 13.31).

Em um mundo instável, Cristo é a nossa única segurança. Se confiarmos nEle, estaremos absolutamente seguros. A verdade de suas palavras nunca mudará nem será revogada.



quarta-feira, 1 de julho de 2015

Deus seja louvado


Sl 104.1 
“Bendiga o Senhor a minha alma! Ó Senhor, meu Deus, tu és tão grandioso!

Este salmo é um hino ao Criador. O autor pré-exílico utiliza-se do grande tema que é a criação visível ao seu redor – o manto radiante e majestoso com que o Criador se vestiu a fim de demonstrar a sua glória (Sl 104.1,2; ver também Sl 19.1).

Com base no primeiro capítulo de Gênesis, o poeta faz uma adaptação daquele relato ao seu propósito, dando seqüência ao próprio desígnio. Enquanto Gênesis Cap. 1 relata a criação como a primeira obra de Deus no princípio, o poeta contempla a criação diante dos seus olhos e canta a glória do seu Criador e Sustentador (Sl 104.31).

A primeira estrofe (Sl 104.2-4), fala do âmbito celestial – luz, céus, nuvens, ventos e os raios da tempestade, aqui personificados como mensageiros para cumprir uma determinação divina (ver Sl 147.15). A segunda estrofe (vv. 5-9), fala do âmbito terrestre – canta a respeito dos fundamentos sólidos e fronteiras seguras da terra. A terceira estrofe (vv. 10-18) – celebra a vida luxuriante na terra, como jardim florescente de vida: a dádiva das águas regando os montes e saciando a terra (ver também Gn 1.21, 30-31). A quarta estrofe (vv. 19-23) – fala a respeito dos ciclos da vida na terra, governados pelo sol e pela lua (ver também Gn 1.16-18). A quinta estrofe (vv. 24-26) – fala do âmbito marinho: o mar e inúmeras criaturas pequenas e grandes (ver também Gn 1.20,21). A sexta estrofe (vv.27-30) – relata como Deus mantém a vida na terra.

Toda a sua criação dá testemunho da soberania, do poder, do cuidado amoroso e da fidelidade do Deus que a criou. Nada existe que não seja objeto do cuidado específico do Criador (ver também Mt 6.26).

A terra está edificada sobre os fundamentos que Deus estabeleceu para ela (Sl 104.5,9; ver também 93.1; 96.10). A ordem e as estações da terra continuam preservadas, e o arco-íris ainda nos lembra a fidelidade de Deus para com a sua palavra (ver Gn 9.8-17). Nunca mais será ceifada nenhuma forma de vida pelas águas de um dilúvio. Nunca será movida por ninguém, apenas por Deus. Ele garante a sua permanência. Embora saibamos que um dia os céus e a terra serão destruídos (2Pe 3.19), Deus criará outros que durarão para sempre (ver Is 65.17; Ap 21.1).

Maravilhado diante do modo soberano de Deus ordenar a criação e motivado pela sua magnificência, o poeta conclui o salmo com um voto de louvor irrestrito: “Cantarei ao Senhor toda a minha vida; louvarei ao meu Deus enquanto eu viver” (v. 33).

Deus não é apenas o coordenador das forças naturais. É o Criador, Sustentador e Dono do mundo inteiro. Quando compreendemos o seu poder, percebemos que Ele é suficiente para governar a nossa vida. Merece, portanto, o louvor de todas as pessoas por tudo o que criou!




quarta-feira, 3 de junho de 2015

Em Cristo, nova criação


Hb 10.17 “Dos seus pecados e iniqüidades não me lembrarei mais”.

Pela antiga Aliança, as pessoas só podiam aproximar-se de Deus por intermédio de um sacerdote que oferecia um animal em sacrifício pelos pecados. Obviamente, a morte do animal que trazia perdão no Antigo Testamento era apenas uma provisão temporária, uma sombra da nova aliança antevendo a única oferta perfeita e definitiva – a do Filho encarnado de Deus (ver Jo 1.14; Hb Caps. 8-10).

O cristianismo exigia novas abordagens, tradições e estruturas. Jesus traz uma novidade que não pode ser confinada em antigas formas: uma nova ordem. É a nova aliança, com seu novo sacerdócio, novo santuário e novo sacrifício, todos introduzidos por Cristo (ver Hb 8.6).

Ela é nova em extensão – vai além de Israel e Judá para incluir todas as nações gentílicas. É nova na aplicação porque está escrito em nosso coração e em nossa mente (ver Jr 31.31-34). Oferece um novo caminho para o perdão (ver Hb 10.20), não através de sacrifício animal, mas através da fé (ver Ef 2.8).

Traz um mandamento novo (ver Jo 13.34,35). Em certo sentido, era antigo (ver Lv 19.18), mas para os discípulos de Cristo era novo, por ser sinal da fraternidade gerada entre eles pelo grande amor de Cristo por eles (cf. Lc 10.27). Sua novidade é vista na nova e impressiva ilustração do amor divino na cruz; na exposição que Cristo faz da lei do Antigo Testamento (ver Mt 5.21-48), que parecia nova a seus ouvintes; e na experiência dos crentes à medida que crescem no amor uns pelos outros (ver Cl 3.12-17).

Os sacerdotes levíticos ofereciam ano após ano, sacrifícios de animais, que nunca poderiam servir de substituto genuíno pelo homem, feito à imagem de Deus (ver Hb 10.4). Nosso sumo sacerdote ofereceu-se a si mesmo, substituto perfeito – o Homem pelo homem. A morte de Jesus na cruz selou uma nova aliança entre Deus e a humanidade e trouxe uma nova vida a todas as pessoas (ver Hb 7.25).

Nascer de novo é uma necessidade, como disse o próprio Jesus (Jo 3.7). O novo nascimento surge à medida que as trevas do pecado são dissipadas pela luz do evangelho (2Co 4.6). Foi assim que Deus falou na criação (ver Gn 1.2-4), e é o que repete na nova criação, ou novo nascimento (ver 2Co 5.17).  

A nova aliança nos dá a certeza da total redenção e nos introduz na própria presença de Deus (ver Hb 10.19-23). O Espírito Santo é a fonte de nossa nova vida. Exatamente como Deus terminou a obra da criação (Gn 2.1-3) e Jesus terminou a obra da redenção (Jo 19.30), assim também a Trindade terminará todo o plano da salvação convidando os redimidos à sua nova criação (ver Ap 21.6,7).

Viver uma boa vida, mas sem qualquer mudança interior, leva a uma caminhada espiritual vazia e superficial. Mantenha seu coração flexível e aberto para receber a verdade transformadora de Cristo e assegurar a sua cidadania nesta nova criação.





segunda-feira, 11 de maio de 2015

Herança eterna!


Sl 16.5 
"Senhor, tu és a minha porção e o meu cálice; és tu que garantes o meu futuro. As divisas caíram para mim em lugares agradáveis: tenho uma bela herança"!

Antes da vinda de Cristo, gentios (não judeus) e judeus encontravam-se separados uns dos outros. Os judeus pensavam que os gentios estavam aquém do poder salvador de Deus e, portanto, sem qualquer esperança. Os gentios, por sua vez, ressentiam-se das declarações dos judeus.

Cristo revelou a total propensão ao pecado de ambos e, em seguida, ofereceu-lhes a salvação. Agora, tanto os judeus como os gentios se encontram livres para se aproximar de Deus mediante a cruz de Cristo (ver Ef 2.11-13).

Por causa da morte de Jesus, somos todos um; nossa hostilidade contra o próximo foi eliminada. Todos nós podemos ter acesso ao Pai em um mesmo Espírito. Sua presença em nós demonstra a veracidade de nossa fé, prova que somos filhos de Deus e que Ele cumprirá o que prometeu (ver Ef 2.14-18).

Paulo lista cinco benefícios que Deus concede a todos os que crêem em Cristo: nos capacitou para compartilhar Sua herança (ver Cl 1.12); nos resgatou do reino das trevas de Satanás e nos fez Seus filhos (ver Cl 2.15); nos trouxe ao Seu Reino eterno (ver Ef 1.5,6); comprou a nossa liberdade do pecado e do juízo com Seu próprio sangue (ver Hb 9.12) e perdoou todos os nossos pecados (ver Ef 1.7).

Os judeus esperaram ansiosamente por uma herança na Terra Prometida – Canaã (ver Dt 19.8). Hoje, os cristãos esperam ansiosamente por uma herança familiar na cidade eterna de Deus. Esta herança nunca desvanecerá ou decairá; jamais será maculada pelo pecado (ver 1Pe 1.4). Ela é eterna – na essência (não sujeita à decadência) e na preservação (conservada para nós por Deus).


Cristo é o centro do plano de Deus. Somente Ele pode derrubar as barreiras do preconceito, reconciliar e unir todos em um só corpo. E, somente no relacionamento com Ele há destino futuro relevante. Se você confiar em Cristo como Seu Salvador, poderá ter a certeza de possuir uma herança eterna. Glória a Deus!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Renúncia


Mt 10.38 
“E quem não toma a sua cruz e não segue após mim não é digno de mim”.

Muitos judeus consideravam as boas novas de Jesus Cristo uma tolice, porque pensavam que o Messias seria um rei conquistador acompanhado por sinais e milagres (ver Jo 7.31). Jesus não restaurou o trono de Davi como esperavam (At 1.6). Além disso, foi executado como um amaldiçoado (Gl 3.13). Como poderia ser o Salvador?

Os gregos também consideravam as boas novas uma tolice: não criam na ressurreição, não viam em Jesus as poderosas características de seus deuses mitológicos (ver 1Co 1.22) e pensavam que nenhuma pessoa respeitável seria crucificada. Para eles, a morte era a derrota, não a vitória.

O evangelho de Jesus Cristo ainda parece tolice para muitos. Nossa sociedade venera o poder, a influência e a riqueza. Jesus veio ao mundo como um servo humilde e pobre (Is 53.3). Ele oferece Seu Reino àqueles que têm fé, e não aos que fazem todos os tipos de boas ações para tentar alcançar a salvação. Isso pode parecer tolice para o mundo, mas o Cristo crucificado é o poder que salva e a sabedoria que transforma a aparente estultícia no mais elevado discernimento (1Co 1.24).

O mundo está cheio de seduções. Diariamente somos abertamente confrontados por meio de sutis pressões culturais e propagandas. A única maneira de escapar dessas influências destrutivas é pedindo que Deus nos ajude a crucificar nosso interesse por elas, como disse Paulo: “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 6.14).

A vida cristã exige que desistamos de qualquer coisa que coloque em risco o nosso relacionamento com Deus, e concentremo-nos em Jesus, alvo e objetivo da nossa fé. Ele é tanto o ponto de partida quanto a meta da corrida (ver Hb 12.2).

Cristo nos chama para uma missão maior do que simplesmente desfrutar de conforto e tranqüilidade nesta vida.

Carregar a cruz diz respeito ao esforço heróico necessário para seguir a Jesus em todos os momentos, fazendo a vontade dEle, em meio às dificuldades do presente e quando o futuro parecer pouco promissor.

abonbiblia@hotmail.com



quarta-feira, 22 de abril de 2015

Tudo pago


Jo 17.4 
Eu Te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer.

A crucificação era uma forma romana de execução, utilizada como um exemplo para o povo, a fim de que não se insurgisse contra Roma. Os soldados romanos levaram Jesus ao Pretório e ali escarneceram dEle, vestindo-O com um manto escarlate e pondo em Sua cabeça uma coroa de espinhos.

Como advertência ao povo, freqüentemente eram colocados na cruz dizeres que informavam o crime do condenado. Como Jesus era inocente, a única acusação foi a de ser “Rei dos judeus” (ver Mc 15.26). O título estava escrito em três idiomas: hebraico, latim e grego, a fim de que fosse entendido pelos judeus nativos, pelas forças de ocupação romanas e pelos estrangeiros e judeus que visitavam a cidade.

Esse título foi colocado sobre a cruz por ironia. Um rei despido, quase nu, executado publicamente, tinha obviamente perdido o Seu reino para sempre. Mas Jesus, que transtorna a sabedoria do mundo (ver Is 44.25), ao morrer, tomava posse do Seu reino.

Até aquele momento, as pessoas ofereciam por seus pecados, sacrifícios de animais. A cada manhã e a cada anoitecer, um cordeiro era sacrificado no Templo pelos pecados do povo (ver Ex 29.38-42). O Cordeiro de Deus (Jo 1.29) morreu para ser o supremo sacrifício oferecido pelos pecados da humanidade (ver Ap 5.6-14).

Sua morte e ressurreição destituíram o poder de Satanás com um golpe mortal, e estabeleceriam a eterna autoridade de Jesus sobre a terra. Não estava tudo perdido. Jesus morreu como um vencedor que completara o que viera fazer.

A palavra “consumado” (Jo 19.30) significa “completamente acabado”, nossa dívida foi paga. Ele veio para consumar a obra de Deus, a salvação (ver Jo 17.4), a fim de pagar o preço, cumprir a pena total por nossos pecados.

 “E, desde a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona” (Mt 27.45). A natureza estava testemunhando a gravidade da morte de Jesus. A escuridão cobriu toda a terra por cerca de três horas em pleno dia. Toda a natureza parecia lamentar a trágica morte do Filho de Deus!

Nós tivemos uma participação importante no drama daquela tarde, porque nossos pecados também estavam representados naquela cruz. Jesus sofreu por nós, suportando os nossos pecados, para que nos tornássemos aceitáveis a Deus. Este foi o maior ato de genuíno amor da História! O que podemos dizer diante de tanto amor?




quinta-feira, 2 de abril de 2015

Não há outro nome


At 4.12 
Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos.

O monoteísmo, a crença em um único Deus, era uma característica da religião hebraica. Esta doutrina afirma que Deus é o único Deus verdadeiro, e não uma teogonia ou grupo de diferentes deuses; que é onipotente entre todos os seres e espíritos do mundo (ver Ex 15.11).

As antigas religiões eram politeístas, mas o Deus de Abraão, Isaque e Jacó é o único e verdadeiro Deus. Eterno, infinito e sem limites, Deus foi, é e sempre será o Criador e o Senhor de tudo o que existe (Jo 1.3).

Um dia Deus encarnou, veio a uma partícula do universo, o planeta Terra. O poderoso Criador se tornou uma parte da criação, limitada pelo tempo e espaço, suscetível ao envelhecimento, às enfermidades e à morte. Mas o amor o impeliu (Jo 3.16).

Então Ele veio para livrar e salvar aqueles que estavam perdidos e dar-lhes o presente da eternidade. Ele é a Palavra; é Jesus, o Messias, o Filho de Deus, por intermédio de quem recebemos a vida eterna.

Os discípulos tinham convicção de que a maior necessidade de cada indivíduo era a salvação do pecado e da ira de Deus, e pregavam que esta necessidade não poderia ser satisfeita por nenhum outro, senão Jesus Cristo (ver At 4.12).

Jesus não era mero caminho entre muitos, mas o único caminho (ver Jo 14.6). O acesso ao santuário da presença de Deus era fechado ao povo segundo a aliança anterior, porque o sangue dos sacrifícios de animais nunca podia fazer expiação completa pelos pecados (ver Hb 10.11).

Mas, quando Jesus morreu, a cortina que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo “rasgou-se em duas partes, de alto a baixo” (ver Mc 15.38). Rasgar essa cortina significava que Cristo entrara no próprio céu a nosso favor, a fim de que também entrássemos na presença de Deus (ver Hb 9.8-10,12; 10.19,20).

Agora, porém, todos os que crêem podem chegar ao trono da graça porque o sacerdote perfeito ofereceu o sacrifício perfeito e expiou pelo pecado de uma vez para sempre (ver Hb 10.22).

Tendo em vista que Deus designou a Jesus para ser o Salvador do mundo, ninguém mais pode ser igual a Ele. Afinal, nenhum outro mestre religioso poderia morrer por nossos pecados; nenhum outro veio à terra como o único Filho de Deus; e nenhum outro ressuscitou dos mortos.

Cristo desfez o abismo entre Deus e os homens e tornou a salvação disponível a todos. Não existe qualquer outro nome ou caminho!

abonbiblia@hotmail.com            

segunda-feira, 2 de março de 2015

Eu era cego e agora vejo


Jo 9.25 Respondeu ele, pois, e disse: “Se é pecador, não sei; uma coisa sei, e é que, havendo eu sido cego, agora vejo”.

Os fariseus e os doutores da lei vinham de Jerusalém, centro da autoridade judaica, para inspecionar as atividades de Jesus. Ao longo dos séculos, desde a volta dos judeus do cativeiro babilônico, centenas de tradições religiosas haviam sido acrescentadas à lei de Deus, e eram consideradas igualmente importantes por parte desses fariseus e mestres religiosos.

A maioria deles estava tão envolvida com suas leis e tradições humanas que havia perdido a noção do que era bom e direito. Deus havia concedido o sábado para ser o dia do repouso e da adoração. Mas eles tinham feito uma longa lista sobre o que podia ou não ser feito nesse dia.

Fazer lodo e curar no sábado era considerado trabalho, portanto, era proibido. Talvez Jesus propositadamente tenha feito isto, a fim de enfatizar o seu ensinamento a respeito do sábado (Jo 9.14). Jesus deixou claro em Jo 5.17 que Deus não faz cessar seus atos de compaixão no sábado, e Ele também não.

O ceticismo dos fariseus não se baseava na insuficiência de evidência sobre o Messias, mas no ciúme da popularidade de Jesus e em sua influência sobre o povo (Jo 9.13-17). Devolver a vista aos cegos fora predito como atividade messiânica (Is 29.18; 35.5; 42.7). Portanto, a cura espiritual e a física estão vinculadas entre si no ministério de Cristo (v. Mt 11.5).

Aquele homem não ganhou apenas a visão física, mas também a espiritual, pois primeiro reconheceu Jesus como um profeta (Jo 9.17) que podia ser seguido por discípulos (v.27), depois alguém da parte de Deus (v.33) e finalmente aquele que deve ser adorado (v.38).

Assim, a nova fé do homem que havia sido cego foi severamente testada por algumas autoridades. Mas, enquanto os fariseus conduziam as investigações e debatiam a respeito de Jesus (Jo 9.16,17), o povo era curado e vidas eram transformadas.

E, quanto mais aquele homem experimentava sua nova vida em Cristo, mais confiante se tornava naquEle que o havia curado. Ele não sabia como ou por que, mas tinha certeza de que sua vida milagrosamente foi mudada, e não sentia medo de dizer a verdade (Jo 9.25).

Você não precisa saber todas as respostas para compartilhar Cristo com os outros! É importante dizer como Ele tem mudado a sua vida. Então confie que Deus usará suas palavras para ajudar outros a crerem nEle também.






sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Tu és fiel Senhor


Gn 45.7 
Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes a vida com grande livramento.
 
Poderia o ciúme fazer você sentir vontade de matar alguém? Claro que não, mas veja o que aconteceu nesta história: Dez homens estavam dispostos a matar o irmão mais jovem por causa de uma túnica e alguns sonhos divulgados. Seu profundo ciúme havia se transformado em ira, cegando-os completamente para o que era certo.

Pelo fato de seus irmãos o odiarem, José foi lançado em um poço e deixado ali para morrer (ver Gn 37.23,24). Mas Deus tinha um propósito a ser operado por meio do ato irrefletido e cruel dos irmãos de José. Não é que Ele os tivesse compelido a agir daquela maneira, mas determinara usá-los, com as ações que eles mesmos livremente escolheram, para cumprir seu plano definitivo (cf. Rm 8.28).

Como se constatou mais tarde, José foi vendido como escravo no Egito, tornou-se o servo de um governante rico e depois foi lançado na prisão por um crime que não havia cometido (ver Gn 39). Finalmente, José foi liberto e terminou no palácio, vindo a ser a segunda pessoa no comando depois de Faraó, o governante de todo o Egito (ver Gn 41.39-46).

Como José foi do poço ao palácio? Todos os acontecimentos são conduzidos pela graciosa mão divina que pode fazer com que provenham boas coisas dos males que afligem os homens (cf. Sl 76.10). Observem-se as quatro vezes nas quais se faz referência a Deus como o Agente que ordena os acontecimentos verificados na existência de José (Gn 45.5-9).

Deus operou através de José para a preservação do povo do concerto, do qual descenderia o Cristo (cf. Gn 45.7). Note-se que, embora Cristo viesse da linhagem de Judá e não da de José, Deus usou este para preservar a linhagem da qual viria Cristo. José, portanto, foi um antecessor espiritual de Cristo, algo muito mais importante do que ser ancestral físico (cf. Rm 4.12-16).

Deus é o Senhor soberano sobre todos os acontecimentos. Seus planos não são ditados por ações humanas. Ele comanda a história de forma que esta cumpra o seu propósito. O que sua vontade determina, seu poder executa. Nenhum exército, governo ou conselho pode obstruir o caminho de Deus (cf. Jó 42.2).

Quando outros intentarem mal contra você, lembre-se que eles são apenas ferramentas de Deus. Como disse José a seus irmãos: “Vós bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem... (cf. Gn 50.20).

Nunca perca a esperança de que Deus possui um futuro maravilhoso guardado para sua vida. Mesmo que esteja em um “poço” hoje, Ele ainda pode levantá-lo e fazer grandes coisas em você e através de você. Deus é fiel.



segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Deus criador


Gn 1.1 No princípio Deus criou os céus e a terra.

A simples afirmação de que Deus criou os céus e a terra é um dos conceitos mais desafiadores que confrontam a mente moderna. A Bíblia não discute o tema da evolução. Pelo contrário, seu parecer afirma que Deus criou o mundo. A verdade desse versículo magnífico foi afirmada com júbilo por poetas (Sl 102.25) e profetas (Is 40.21).

No AT hebraico, o verbo traduzido por “criar” só é usado no tocante à atividade divina, nunca à humana. A Bíblia não apenas nos diz que o mundo foi feito por Deus, mas também, nos mostra quem Ele é. Revela-nos a personalidade de Deus, o seu caráter e o seu plano para a criação. Como Criador, Ele é distinto da criação. Ele é eterno e está no controle do mundo. Além disso, a Bíblia também revela o desejo mais profundo de Deus que é relacionar-se com as pessoas que Ele criou.

Como exatamente Deus criou a terra? Este continua sendo um tema de grandes debates. Quase todas as antigas religiões têm sua própria história para explicar a criação do universo. E quase todo cientista possui uma opinião sobre a origem do universo. Mas apenas a Bíblia mostra um único Deus supremo criando a terra por seu grande amor e dando às pessoas um lugar especial nela.

Os céus e a terra estão aqui. Nós estamos aqui. Deus criou tudo que vemos e experimentamos. O livro de Gênesis se inicia assim: “No princípio Deus criou os céus e a terra”. Aqui começamos a mais excitante e completa jornada imaginável.

Deus tinha razões específicas para criar o mundo: criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder (Sl 19.1). Quando olhamos para sua imensa e maravilhosa criação – desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza – ficamos tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.

Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a humanidade fossem cumpridos.

A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “...com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).

Deus é amor, e o amor é melhor expressado em direção a algo ou alguém – assim, Deus criou o mundo e as pessoas como uma expressão do seu amor.


sábado, 3 de janeiro de 2015

Ele nunca te deixará só


1Rs 19.9b-10 
E a palavra do Senhor veio a ele: “O que você está fazendo aqui, Elias?” 10 Ele respondeu: “Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, o Deus dos Exércitos. Os israelitas rejeitaram a tua aliança, quebraram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Sou o único que sobrou, e agora também estão procurando matar-me”.

Elias foi um grande profeta reformista que desafiou o Reino do norte, Israel, a arrepender-se. Ele causou a morte dos profetas de Baal, e por isso era uma pedra de tropeço para Jezabel, esposa de Acabe, rei de Israel.

Esses falsos profetas eram um obstáculo para a divulgação da Palavra de Deus ao povo. O trabalho deles era divinizar o rei e a rainha e ajudar a perpetuar seu reino. Para tanto, entregavam mensagens que contradiziam as palavras dos mensageiros do Senhor.

Jezabel estava enfurecida pela morte de seus profetas. Os que lhe apoiavam foram eliminados e seu orgulho e autoridade estavam arruinados. Pelo fato de não poder controlar as ações de Elias que entregava apenas mensagens verdadeiras, Jezabel jurou matá-lo (1Rs 19.2).

Tomado de cansaço, desânimo e tristeza, Elias orou pedindo a Deus que Ele o dispensasse do pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial (v. 4). Tinha chegado a uma conclusão errada de que ele era o único que batalhava pela verdade e justiça de Deus (cf v. 10, 14; 18.22).

Mas, embora estivesse só em seu confronto com Acabe e Jezabel, ele não era o único em Israel que cria no Senhor. Deus o informou que outros sete mil ainda se mantinham fiéis a Ele (1Rs 19.18).

Elias era um herói da fé, mas também era um “vaso de barro” (2Co 4.7; Tg 5.17). Experimentou as profundezas da fadiga e do desânimo logo após suas grandes vitórias espirituais (1Rs 19.3ss).

Quando nos sentirmos fatigados após uma grande experiência espiritual, lembremo-nos de que o propósito de Deus para a nossa vida ainda não está terminado (v. 15,16). Ele sempre tem mais recursos e pessoas do que sabemos.

Nunca estamos tão sós quanto podemos pensar ou nos sentir. Deus está conosco e certamente nos dará a capacitação e proverá o necessário para que possamos completar a tarefa.