Apóstolo Paulo é o autor da carta
aos Filipenses. Foi ele quem escreveu a famosa frase: “Tudo posso naquele que
me fortalece”.
Será que podemos realmente fazer
tudo? A resposta está em sua perspectiva, em suas prioridades e na fonte de seu
poder. Paulo podia viver com alegria porque compreendia a vida sob a
perspectiva de Deus, conforme vv. 12-13: “Sei o que é passar necessidade e sei
o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer
situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando
necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”.
O apóstolo se concentrava naquilo
que era sua obrigação fazer, e não naquilo que pensava que deveria ter. Ele
estabelecia corretamente suas prioridades e era grato por tudo que Deus lhe
havia concedido.
Deus não nos outorga uma
capacidade sobre-humana para realizarmos tudo que pudermos imaginar, sem nos
preocupar com os interesses divinos. Nossa capacidade de viver vitoriosamente
acima das situações instáveis da vida provém do poder de Cristo que flui em nós
e através de nós.
Desta maneira, é possível fazer
tudo quanto agrada a Deus. O segredo está em aproveitar o poder de Cristo para
obter a força necessária ao lutar pela fé.
Por meio da oração, podemos
expressar os nossos sentimentos e expor os nossos problemas a Deus. Ele nos
ajuda a recuperar a perspectiva correta.
Naqueles dias César
Augusto publicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano.
2-Este foi o primeiro recenseamento feito quando Quirino era governador da
Síria. 3-E todos iam para a sua cidade natal, a fim de alistar-se. 4-Assim,
José também foi da cidade de Nazaré da Galiléia para a Judéia, para Belém,
cidade de Davi, porque pertencia à casa e à linhagem de Davi. 5-Ele foi a fim
de alistar-se, com Maria, que lhe estava prometida em casamento e esperava um
filho. 6-Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, 7-e ela deu à
luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque
não havia lugar para eles na hospedaria. (NVI)
A palestina estava sob o governo
romano. César Augusto era o imperador de Roma quando Jesus nasceu. Ele esteve à
frente do Império Romano durante quarenta e cinco anos , de 31 a.C a 14 d.C.
Com o estabelecimento do império,
César Augusto criou uma burocracia comum para conduzir o censo e cobrar
impostos. Os judeus, porém, estavam isentos do serviço militar romano mas,
obrigado a pagar taxas.
O decreto de César Augusto forçou
José a fazer uma longa viagem de pelo menos três dias, de Nazaré a Belém. Maria,
embora seu bebê pudesse nascer a qualquer momento, foi provavelmente obrigada a
se registrar. Na Síria, a província romana em que a Terra Santa estava situada,
as mulheres com mais de 12 anos de idade eram obrigadas a pagar um imposto e se
registrar. Ao chegar a Belém, não puderam encontrar uma estalagem para ficar;
tiveram de abrigar-se em um estábulo.
Belém já era um povoado antigo
nos tempos do Antigo Testamento. Gênesis 35.19 e 48.7 informam que o local
também era chamado Efrata, nome preservado na profecia de Miquéias: “Mas tu,
Belém Efrata, embora pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele
que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em
tempos antigos” (Mq 5.2).
Deus controla toda a história. O
decreto de Augusto foi editado no tempo perfeito de Deus e de acordo com o seu
perfeito plano de trazer seu Filho ao mundo. Assim, toda a situação
encaminhou-se para que Jesus nascesse justamente na cidade profetizada para o
nascimento dEle, embora José e Maria não vivessem lá.
Quando fazemos a vontade de Deus,
não nos é garantida uma vida confortável, mas recebemos a promessa de que tudo,
até mesmo o nosso desconforto, tem uma grande importância no plano de Deus.
Ml 3.1 “Vejam, eu enviarei o meu
mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E então, de repente, o
Senhor que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele
que vocês desejam, virá”, diz o Senhor dos Exércitos”. Is 40.3 Uma voz clama:
No deserto preparem o caminho para o Senhor; façam no deserto um caminho reto
para o nosso Deus. Mc 1.2-3 Conforme está escrito no profeta Isaías: “Enviarei
à tua frente o meu mensageiro; ele preparará o teu caminho” – “voz do que clama
no deserto: ‘preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele’”.
(NVI)
Em Malaquias 3.1 existem dois
mensageiros: Considera-se normalmente que o primeiro é João Batista (Mt 11.10;
Lc 7.27). O segundo é o Senhor Jesus Cristo, o Messias, cujo caminho foi
preparado tanto por Malaquias como por seu precursor, João Batista.
Isaías foi um dos maiores
profetas do Antigo Testamento. A segunda parte de seu livro (40.1-66.24) é
dedicada à promessa da salvação. Centenas de anos antes, Isaías escreveu a
respeito da vinda do Messias, Jesus Cristo, e do homem que anunciaria sua
chegada, João Batista. A convocação de João: “Preparem o caminho para o
Senhor”, significava que as pessoas deveriam abandonar sua maneira egoísta de
viver, renunciar a seus pecados, procurar o perdão de Deus e estabelecer um
relacionamento com o Todo-Poderoso por meio da fé e da obediência às suas
palavras, que se encontravam nas Escrituras: “Pois assim diz o alto e Sublime,
que vive para sempre, e cujo nome é Santo: Habito num lugar alto e santo, mas
habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao
espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito” (Is 57.15).
Na época de João Batista, antes
de um rei sair em viagem a um país distante, as estradas por onde passaria eram
melhoradas. De modo semelhante, a pregação moral e espiritual para o Messias se
fez por meio do ministério de João, que focalizava o arrependimento e o perdão
do pecado, além da necessidade de um Salvador: “Todo vale será aterrado e todas
as montanhas e colinas niveladas. As estradas tortuosas serão endireitadas e os
caminhos acidentados, aplanados. E toda a humanidade verá a salvação de Deus”
(Lc 3.5-6).
Ao preparar as pessoas para a
chegada do Messias, João procuraria fazer com que os corações endurecidos se
tornassem flexíveis, confiantes e abertos à mudança: “E irá adiante do Senhor,
no espírito e no poder de Elias, para fazer voltar o coração dos pais a seus
filhos e os desobedientes à sabedoria dos justos, para deixar um povo preparado
para o Senhor” (Lc 1.17).
Deus ama de forma perfeita e
completa. O seu amor é uma atitude em ação – presenteando, guiando e guardando.
Fiel e verdadeiro em suas promessas, Deus ama seu povo mesmo quando este o
despreza ou lhe rejeita.
Mas, a ruptura não é irreparável;
a esperança não está completamente perdida. Deus tem grandes bênçãos para dar
àqueles que lhe são fiéis. Seu amor nunca termina.
No sexto mês Deus
enviou o anjo Gabriel a Nazaré, cidade da Galiléia, 27-a uma virgem prometida
em casamento a certo homem chamado José, descendente de Davi. O nome da virgem
era Maria. 28-O anjo, aproximando-se dela, disse: “Alegre-se, agraciada! O
Senhor está com você!” 29-Maria ficou perturbada com essas palavras, pensando
no que poderia significar esta saudação. 30-Mas o anjo lhe disse: “Não tenha
medo, Maria; você foi agraciada por Deus! 31-Você ficou grávida e dará à luz um
filho, e lhe porá o nome de Jesus. 32-Ele será grande e será chamado Filho do
Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi, 33-e ele reinará
para sempre sobre o povo de Jacó; seu reino jamais terá fim”. 34-Perguntou
Maria ao anjo: “Como acontecerá isso, se sou virgem?” 35-O anjo respondeu: “O
Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua
sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36-Também
Isabel, sua parenta, terá um filho na velhice; aquela que diziam ser estéril já
está em seu sexto mês de gestação. 37-Pois nada é impossível para Deus”.
38-Respondeu Maria: “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua
palavra”. Então o anjo a deixou. (NVI)
Para Deus nenhuma palavra é
impossível porque Ele é onipotente por definição: “Existe alguma coisa
impossível para o Senhor? Na primavera voltarei a você, e Sara terá um filho”
(Gn 18.14).
Ele não pode mentir: “Não pensem
que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a
verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a
menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra” (Mt 5.17, 18).
Sua Palavra cumpre-se por si
mesma: “Assim como a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para eles sem
regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela produzir semente para
o semeador e pão para o que come, assim também ocorre com a palavra que sai da
minha boca: ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o
propósito para o qual a enviei” (Is 55.10, 11).
Como uma âncora que mantém o
navio em segurança, na posição certa, nossa esperança em Cristo é garantia de
segurança. Se a âncora do navio desce até o fundo do oceano, a âncora do
cristão sobe até o verdadeiro santuário celestial, onde se fixa no próprio
Deus.
O Senhor é a minha luz e a minha
salvação; de quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei
medo? 2-Quando homens maus avançarem contra mim para destruir-me, ele, meus
inimigos e meus adversários é que tropeçarão e cairão. 3-Ainda que um exército
se acampe contra mim, meu coração não temerá; ainda que se declare guerra
contra mim, mesmo assim estarei confiante.
O medo é uma sombra escura que
nos envolve e, em última instância, aprisiona dentro de nós mesmos. Todos já
nos vimos prisioneiros do medo alguma vez; medo da rejeição, de ser mal
entendido, da incerteza, da doença, ou da morte. Mas podemos vencê-lo usando a
luz libertadora do Senhor, que traz a salvação.
Deus nos criou e nos redimiu;
pertencemos a Ele, e Ele conhece cada um de nós pelo nome: “... Não tema, pois
eu o resgatei; eu o chamei pelo nome; você é meu” (Is 43.1b). Diante de
problemas difíceis, não seremos vencidos, pois Ele está conosco: “Quando você
atravessar as águas, eu estarei com você; quando você atravessar os rios, eles
não o encobrirão. Quando você andar através do fogo, não se queimará; as chamas
não o deixarão em brasas” (Is 43.2).
As Escrituras declaram que,
quanto mais arraigados estivermos em Cristo e na sua Palavra, fazendo dEle a
nossa vida e a nossa habitação, tanto maior será a nossa paz e o nosso livramento
em tempos de perigo. “Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à
sombra do Todo-Poderoso pode dizer ao Senhor: ‘Tu és o meu refúgio e a minha
fortaleza, o meu Deus, em quem confio’” (Sl 91.1, 2).
O segredo de ser alvo do cuidado
protetor divino é ter o coração em tudo voltado para o Senhor, por gratidão e
amor: “Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu
nome. Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com
ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei, e lhe mostrarei
a minha salvação” (Sl 91.14-16).
À medida que confiamos em Deus e
na sua Palavra, a fé substitui o medo. Lembre-se da verdade: “O Senhor é o meu
forte refúgio; de quem terei medo”?
Mostra-me, Senhor, os teus
caminhos, ensina-me as tuas veredas; 5- guia-me com a tua verdade e ensina-me,
pois tu és Deus, meu Salvador.
- A Palavra de Deus contém os princípios
espirituais que nos ajudarão a evitar tristezas, ciladas e tragédias causadas
por decisões e escolhas erradas: “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus
passos e luz que clareia o meu caminho” (Sl 119.105).
- A Bíblia inteira é a Palavra
inspirada de Deus. Ela é o nosso padrão para testar tudo que é declarado como
sendo verdade. É a proteção contra os falsos ensinos e a fonte de direção para
o nosso modo de viver: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para
que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2Tm
3.16,17).
- O conhecimento das Escrituras
afeta nossa atitude em relação ao presente e ao futuro. Quanto mais soubermos
sobre o que Deus fez no passado, maior será a nossa confiança sobre o que Ele
fará nos anos vindouros: “Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito
para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo
procedente das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança” (Rm 15.4).
- Com a precisão de corte do
bisturi de um cirurgião, a Palavra de Deus revela quem somos e o que não somos.
Ela penetra o centro de nossa vida moral e espiritual. Discerne o que está
dentro de nós, tanto o bem como o mal: “Pois a Palavra de Deus é viva e eficaz,
e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de
dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções
do coração” (Hb 4.12).
- Quanto mais conhecermos a
extensão da Palavra de Deus, mais princípios teremos para nos guiar em nossas
decisões diárias: “Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não
imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao
contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e
noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo
certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera” (Sl 1.1-3).
Na vida, a Bíblia deve ser o
nosso mapa, que assinala as rotas seguras, os obstáculos a serem evitados e o
nosso destino final. Se a ignorarmos, vagaremos sem objetivo pela vida e nos
arriscaremos a perder o nosso destino.
E voltaram os setenta com
alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. 18- E
disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. 19- Eis que vos dou poder
para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará
dano algum. 20- Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos;
alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus. 21- Naquela mesma
hora, se alegrou Jesus no Espírito Santo e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor
do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e
as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve. 22- Tudo
por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai, nem
quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 23- E,
voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem aventurados os
olhos que vêem o que vós vedes, 24- pois vos digo que muitos profetas e reis
desejaram ver o que vós vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o
ouviram.
Os discípulos tiveram resultados
tremendos ao ministrarem em nome de Jesus e com a autoridade dEle. Estavam
eufóricos pelas vitórias que haviam testemunhado, e Jesus compartilhava o
entusiasmo deles. O Mestre os ajudou a entenderem corretamente a prioridade,
porém lembrou-os da vitória mais importante que haviam alcançado: o nome deles
estava registrado no livro da vida (Lc 10.17-20).
A salvação está registrada no céu
– Paulo ressalta que os cristãos já não são cidadãos deste mundo: tornaram-se
estranhos e peregrinos na terra. No que diz respeito ao nosso comportamento,
valores e orientação na vida, o céu é agora a nossa cidade (Fp 3.20). Nascemos
de novo (Jo 3.3); nossos nomes estão registrados nos livros do céu (Fp 4.3);
nossa vida está orientada por padrões celestiais, e nossos direitos e herança
estão reservados no céu. É para o céu que nossas orações sobem (2Cr 6.21) e
para onde nossa esperança está voltada. Muitos dos nossos amigos e familiares
já estão lá, e nós também estaremos ali dentro em breve. Jesus também está ali,
preparando-nos um lugar. Ele prometeu voltar e nos levar para junto dEle (Jo
14.2, 3).
Muitas recompensas da vida
parecem ser direcionadas aos inteligentes, aos ricos, aos poderosos, mas o
Reino de Deus está disponível a todos, independentemente de posições e
habilidades. Jesus não se opõe à busca da erudição, opõe-se ao orgulho
espiritual (Pv 3.5-7). Ele advertiu os seus discípulos a não fazerem do poder
sobre demônios, ou do sucesso no ministério, uma fonte fundamental da sua
alegria, mas “alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus”. E
em particular disse-lhes: “...muitos profetas e reis desejaram ver o que vós
vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram” (Lc 10.20, 24).
Una-se a Jesus, agradecido a Deus
por todos nós termos um acesso igual a Ele (Ef 2.18; 3.12)! Mas lembre-se: com
o privilégio vem a responsabilidade!
Quando vimos as maravilhas de
Deus em ação em nós e através de nós, não devemos perder de vista a maior
maravilha de todas: nossa cidadania celestial.
Longe está o Senhor dos ímpios,
mas escutará a oração dos justos.
A oração é um dos privilégios
significativos associados à nossa nova vida em Cristo. Outrora, somente o sumo
sacerdote podia entrar na presença de Deus, no Lugar Santíssimo, uma vez por
ano, para fazer expiação pelos pecados da nação. Esta prática antecipava o
sacrifício perfeito de Cristo. “E eis que o véu do templo se rasgou...” (Mt
27.51). A cortina que separava o Lugar Santo do Santíssimo rasgou-se em duas
partes no momento da morte de Cristo, simbolizando que a barreira que havia
entre Deus e a humanidade fora removida. Agora podemos chegar com confiança ao
trono da graça, sabendo que nossas orações e petições são bem acolhidas e
ouvidas por nosso Pai celestial (ver Hb 10.19,20).
O apóstolo Tiago menciona os
problemas mais comuns em nossas orações: não pedir, pedir as coisas erradas ou
pedir por motivos errados: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o
gastardes em vossos deleites” (Tg 4.3). Podemos ser libertos dos nossos desejos
egocêntricos, humilhando-nos diante de Deus, percebendo que tudo o que
realmente precisamos é de sua aprovação (ver 1Jo 5.14).
Jesus orou no jardim do
Getsêmani, visando não os seus interesses, mas os de Deus: “Meu Pai, se é
possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como
tu queres” (Mt 26.39). Aqui, o que deixou Jesus horrorizado não era a morte em
si, mas o modo da sua morte. Ele não morreu de modo tão sereno quanto muitos
mártires, justamente por não ser um mero mártir: era o Cordeiro de Deus que
carregava sobre si a punição dos pecados de toda a humanidade: “Eli, Eli, lemá
sabactâni”, isto é, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Seu brado em
aramaico (Mt 27.46) testemunha que Ele experimentou a separação de Deus Pai, ao
tornar-se substituto do pecador.
Podemos orar pedindo qualquer
coisa, com o entendimento de que as respostas de Deus são provenientes da
perspectiva do próprio Deus. Nem sempre elas estarão de acordo com as nossas
expectativas, pois somente Ele conhece toda a história: “Porque eu bem sei os
pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal,
para vos dar o fim que esperais. Então, me invocareis, e ireis, e orareis a
mim, e eu vos ouvirei” (Jr 29.11,12).
O apóstolo João declara que uma
vida de oração está vinculada à nossa dedicação a Deus, e que obedecer aos seus
mandamentos, amá-lo e agradar-lhe são condições indispensáveis para recebermos
aquilo que pedimos em oração: “e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a
receberemos porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à
sua vista” (1Jo 3.22).
Suas orações se tornarão
poderosas quando você permitir que Deus mude seus desejos para que correspondam
perfeitamente à vontade dEle para a sua vida.
Eu sei que o meu Redentor vive, e
que no fim se levantará sobre a terra. 26- E depois que o meu corpo estiver
destruído e sem carne, verei a Deus. 27- Eu o verei com os meus próprios olhos;
eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o coração!
Muitas pessoas temem a morte
porque não podem controlá-la ou compreendê-la. Para aqueles que crêem em Cristo,
a morte é apenas uma passagem para a vida eterna com Deus (ver 2Co 5.8). Como
crentes, podemos estar certos de que Deus não nos esquecerá quando morrermos,
mas nos trará de volta à vida para que vivamos com Ele para sempre (ver 1Ts
4.14-17).
Todos nós enfrentamos limitações.
Alguns podem ter deficiências físicas, mentais ou emocionais. Alguns podem ser
cegos, mas podem ver um novo modo de viver. Alguns podem ser surdos, mas podem
ouvir as Boas Novas de Deus. Alguns podem ser paralíticos, mas podem andar no
amor de Deus. Além disso, todos têm o consolo de que tais deficiências são
apenas temporárias. A Bíblia não revela tudo o que nosso corpo ressuscitado
poderá fazer, mas sabemos que será perfeito, sem quaisquer fraquezas ou
enfermidades. “... ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes
ao seu corpo glorioso” (Fp 3.21b). O Espírito Santo dentro de nós é nossa
garantia de que Deus nos dará um corpo eterno na ressurreição (ver 2Co 5.5). Os
cristãos que estiverem vivos naquele dia não terão de morrer, mas serão
imediatamente transformados. Um som de trombeta introduzirá o novo céu e a nova
terra (ver 1Co 15.50-53).
Paulo explicou como será o nosso
corpo ressuscitado (ver 1Co 15.35-43). Comparou a ressurreição ao crescimento
de uma semente em um jardim. As sementes
lançadas no solo não crescem a menos que “morram” primeiro. A planta que cresce
parece diferente da semente, porque Deus lhe dá um novo “corpo”. Existem diferentes
tipos de corpos – de pessoas, animais, peixes, pássaros. Até os anjos no céu
tem corpos diferentes em beleza e glória.
Jó em sua declaração (Jó
19.25-27) tem a absoluta certeza de que a morte não é o fim da existência, e
que um dia comparecerá na presença do seu Redentor e o verá com os próprios olhos.
Em 1Jo 3.2 João escreveu: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se
manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é”.
A fidelidade a Deus tem uma rica
recompensa, não necessariamente nesta vida, mas certamente na que está por vir.
Texto em memória do meu irmão
Manoel Mendes Neto, que partiu desta vida em 11/09/2017 para uma vida melhor,
deixando muita saudade!
Poucos dias depois, tendo Jesus
entrado novamente em Cafarnaum, o povo ouviu falar que ele estava em casa. 2-
Então muita gente se reuniu ali, de forma que não havia lugar nem junto à
porta. 3- Vieram alguns homens, trazendo-lhe um paralítico, carregado por
quatro deles. 4- Não podendo levá-lo até Jesus, por causa da multidão,
removeram parte da cobertura do lugar onde Jesus estava e, pela abertura do
teto, baixaram a maca em que estava deitado o paralítico. 5- Vendo a fé que
eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os seus pecados estão
perdoados”. 6- Estavam sentados ali alguns mestres da lei, raciocinando em seu
íntimo: 7- “Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar
pecados, a não ser somente Deus?” 8- Jesus percebeu logo em seu espírito que
era isso que eles estavam pensando e lhes disse: “Por que vocês estão remoendo
essas coisas em seu coração? 9- Que é mais fácil dizer ao paralítico: Os seus
pecados estão perdoados, ou: Levante-se, pegue a sua maca e ande? 10- Mas, para
que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar
pecados” – disse ao paralítico – 11- “eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca
e vá para casa”. 12- Ele se levantou, pegou a sua maca e saiu à vista de todos,
que, atônito, glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos nada igual!”
Naquela época, as casas eram
feitas de pedra. Tinham telhados planos, feitos de barro misturado com palha.
Escadas externas davam acesso ao telhado. Aqueles amigos devem ter carregado o
paralítico pela escada externa até o telhado; então, removeram a mistura de
barro e palha o suficiente para descer o amigo até a presença de Jesus.
V. 5- “Vendo a fé que eles
tinham” – Jesus reconheceu que a ação ousada do paralítico e dos seus amigos
servia de comprovação da fé que tinham e atendeu à necessidade mais profunda do
homem: o perdão. Ele não podia andar, mas a primeira preocupação de Jesus foi
com o estado espiritual daquele paralítico que não o conhecia como Salvador e Senhor.
V. 6- Os “mestres da lei” – Também
chamados “escribas”, eram estudiosos judeus da época, profissionais do
desenvolvimento, ensino e aplicação da Lei. Esses líderes religiosos passavam
muitas horas definindo e discutindo a enorme relação de tradições religiosas
que haviam acumulado por mais de quatrocentos anos, desde o retorno dos judeus
do exílio babilônico. Estavam tão preocupados com estas tradições humanas, que
freqüentemente perdiam de vista as Escrituras (ver Mt 15.2).
V. 7- “... Está blasfemando! Quem
pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?” – Quando Jesus disse ao
paralítico que seus pecados estavam perdoados, os líderes judeus acusaram-no de
blasfemar. Eles perceberam que Jesus estava reivindicando ser Deus, o que não
entenderam é que Ele é realmente Deus.
V. 9- “Que é mais fácil dizer...”
– Para Jesus, era infinitamente mais fácil curar ao doente, pois para pagar a
dívida do nosso pecado, Ele ofereceu a sua vida, “Pois nem mesmo o Filho do
homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos” (Mc 10.45). O que Jesus queria ressaltar era, decerto, que nem perdoar
pecados, nem curar era mais fácil. As duas coisas são igualmente impossíveis
aos homens, mas possíveis a Deus.
V. 10- “Filho do homem” – Esta
expressão enfatiza que Jesus, ao encarnar, tornou-se humano, “... que, sendo em
forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si
mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6, 7).
Como Filho de Deus, Jesus tem autoridade para perdoar pecados. Como homem, Ele
se identifica com nossas mais profundas necessidades e sofrimentos e pode nos
ajudar a vencer o pecado.
V. 11- “... Levante-se, pegue a
sua maca e vá para casa” – O milagre de Jesus demonstrou a veracidade de suas
palavras.
V. 12- “Ele se levantou, pegou a
sua maca e saiu à vista de todos, que, atônitos, glorificaram a Deus, dizendo:
“Nunca vimos nada igual!”
Os milagres não são apenas
acontecimentos sobrenaturais, são demonstrações do poder de Deus. Quase todos
os milagres de Jesus renovam a criação decaída; Ele restaurou visão, fez coxo
andar e até restituiu a vida a mortos.
Creia em Cristo não porque Ele é
sobrenatural, mas porque é o Deus que continua a sua criação, mesmo naqueles
que são pobres, fracos, paralíticos, órfãos, cegos, surdos, ou que tenham
alguma necessidade urgente de restauração.
Muitas são as aflições
do justo, mas o Senhor o livra de todas.
No Antigo Testamento Deus promete
bênçãos e prosperidade a quem obedece à sua Lei (Dt 28.13). Mesmo assim, de par
com esta promessa está a realidade que “Muitas são as aflições do justo”.
Freqüentemente, desejamos escapar
de problemas como a tristeza, a perda, as doenças, os fracassos e até as
pequenas frustrações que constantemente enfrentamos.
Crer em Deus e viver em retidão
não nos isenta de problemas e sofrimentos nesta vida. Pelo contrário, “...
todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”,
disse Paulo em sua carta a Timóteo (2Tm 3.12).
No Novo Testamento, os fiéis são
ensinados a se identificarem com a cruz, “E quem não toma a sua cruz e não
segue após mim não é digno de mim” (Mt 10.38); a terem coragem, “... em mim
tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”
(Jo 16.33); e a seguirem o exemplo de Jesus, de perseverança na lealdade ao Pai
“... pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta,
e assentou-se a destra do trono de Deus” (Hb 12.2).
Não fique surpreso quando as
pessoas lhe entenderem mal, criticarem, e até tentarem ferir-lhe por causa
daquilo em que você crê e do modo como vive. Não desista. A verdadeira vida
cristã é uma contínua batalha contra os poderes do mal. Os poderes das trevas
são os governantes espirituais do mundo (ver 2Co 4.4; 1Jo 5.19), e são eles que
incitam os ímpios (ver Ef 2.2), se opõem à vontade de Deus (ver Mt 13.38,39) e
constantemente atacam os crentes (ver Ef 6.12).
Isto porque a esperança do crente
não consiste nesta vida, nem neste mundo, “... está reservada nos céus...” (Cl
1.5a). Paulo ressalta que os cristãos já não são cidadãos deste mundo:
tornaram-se estranhos e peregrinos na terra, “... a nossa cidade está nos céus,
donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).
Apesar dos conflitos inevitáveis
que enfrentamos, não estamos sozinhos nessa caminhada. Há uma promessa de que
nada pode separar-nos da presença de Deus (Rm 8.35-39). E certamente Ele nos
livrará de todas as aflições.
Não teremos qualquer temor se
crermos nessa garantia tão maravilhosa.
Como é feliz aquele que
não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se
assenta na roda dos zombadores. 2- Ao contrário, sua satisfação está na lei do
Senhor, e nessa lei medita dia e noite. 3- É como árvore plantada à beira de
águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que
ele faz prospera! 4-Não é o caso dos ímpios! São como palha que o vento leva.
5- Por isso os ímpios não resistirão no julgamento, nem os pecadores na
comunidade dos justos. 6- Pois o Senhor aprova o caminho dos justos, mas o
caminho dos ímpios leva à destruição!
Vv. 1, 2- A condição abençoada
dos que reverenciam o Senhor – Deus se deleita em quem O segue, confia e
procura fazer a Sua vontade (ver Sl 37.23; Pv 3.5-7; 16.3; Jo 14.21).
V. 3- “É como árvore plantada à
beira de águas correntes” – Esta expressão ilustra de modo belo a vida do homem
cheio do Espírito. “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior
fluirão rios de água viva” (ver Jo 7.38). O Filho de Deus nos plantou perto dos
rios do Espírito, e assim ficaremos plantados por toda a eternidade, mesmo além
desta vida terrestre (ver Ap 7.17).
O método oriental de cultivo faz
pequenos córregos fluir entre as fileiras de árvores, e assim, por meios
artificiais, as árvores recebem o constante suprimento de humidade. Uma árvore
bem regada tem condições para enfrentar momentos de crise; é permanente, bela e
frutífera:
“dá o seu fruto no tempo certo” – O homem espiritual manifesta
virtudes específicas para cada situação: em tempos de aflição demonstra
paciência; em tempos de prosperidade, manifesta gratidão; em tempos de
oportunidade espiritual, revela zelo; em tempos de tentação, exerce controle
próprio; em tempos de passar necessidade, manifesta contentamento e fé (ver Gl
5.22, 23).
“... suas folhas não murcham” – Terá
sempre um testemunho novo e vigoroso, porque as raízes da sua personalidade se
molham perpetuamente nas águas vivas. O fruto
foi mencionado antes das folhas talvez para ilustrar que, na vida espiritual, a
prática do que cremos importa mais do que aquilo que proclamamos como nossa
crença (ver Lc 13.6-9).
“Tudo o que ele faz prospera” –
Não significa que o justo nunca terá problemas nem reveses, mas, sim, que ele
conhecerá a vontade de Deus e a Sua bênção (ver Pv 3.6). A riqueza só é uma
bênção quando utilizada conforme os preceitos de Deus (ver Pv 10.22).
V. 4- “... palha que o vento
leva” – Os ímpios não conhecem a direção de Deus para sua vida; são comparados
à palha ou moinha, que não tem vida, nem conteúdo, nem valor e que é levada
pelo menor vento.
V. 6- “... o caminho dos
justos... o caminho dos ímpios” – Existem apenas dois caminhos e dois destinos
diferentes; dois tipos de pessoas do ponto de vista de Deus, tendo cada tipo um
conjunto distintivo de princípios de vida: os justos, caracterizados pela
retidão, pelo amor, pela obediência à Palavra de Deus e pela separação do mundo
(ver vv. 1, 2); e os ímpios, que representam o modo de ser e as idéias do
mundo, que não permanecem na Palavra de Deus, e que por isso não têm parte na
assembléia do povo de Deus (ver vv. 4, 5).
A nossa atitude para com Cristo é
que vai determinar a nossa sorte eterna (ver 1Jo 5.10-12). Não deixe de
escolher o melhor caminho – o caminho da bem aventurança.
Celebrai com júbilo ao senhor, todos os moradores
da terra. 2- Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com canto. 3-
Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas
do seu pasto. 4- Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios, com
hinos; louvai-o e bendizei o seu nome. 5- Porque o Senhor é bom, e eterna, a
sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração.
Os salmos foram escritos para, de
modo geral, expressarem as mais profundas emoções íntimas da alma em relação a
Deus. Muitos foram escritos como orações, outros, como cânticos de louvor, ação
de graças e adoração, exaltando a Deus por seus atributos e pelas grandes
coisas que Ele tem feito. O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os
israelitas atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e
ação de graças, celebrando a vitória espetacular de Deus sobre o faraó e seu
exército (Ex 15.1-19).
V. 1- “Celebrai... todos os moradores da terra” – Embora os
vv. 3 e 5 falem claramente a respeito do relacionamento especial entre Deus e
Israel, o convite à adoração é dirigido ao mundo inteiro. Supõe aqui que o
salmista tem em vista horizontes mais amplos e que todos os moradores da terra
devem reconhecer o Senhor por seus atributos e pelas grandes coisas que Ele tem
feito (Sl 67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12).
V. 2- “Servi ao Senhor com
alegria...” – Embora a Bíblia nos convide a louvar a Deus, freqüentemente não sabemos
como fazer. Davi ordenou aos levitas que designassem o grupo de músicos para
louvar o Senhor (1Cr 15.16; 16.4-7). A música deveria ter um alto volume e ser
alegre, tendo em vista a grande lista de instrumentos e o número de
participantes do coro.
V. 3- “... ovelhas do seu pasto” – a Bíblia compara o povo
de Deus a um rebanho de ovelhas por serem dependentes de Deus como as ovelhas
do pastor (ver Is 40.11). Na verdade, a ovelha, a despeito de sua importância e
fraqueza, representava a riqueza de Israel, e os pastores dedicavam sua vida ao
cuidado delas.
V. 4- “Entrai pelas portas dele
com louvor...” – O louvor era um elemento chave na adoração de Israel a Deus (Sl
106.1; 111.1; 113.1), bem como na adoração cristã primitiva. O próprio Jesus louvou
a Seu Pai celestial (Mt 11.25). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus
(Rm 15.9-11) e Tiago 5.13 ordena aos cristãos que “cantem louvores” como
expressão de alegria, e exortações similares e exemplos de louvores são encontrados
por todo o Novo Testamento (Mt 26.30; Lc 1.46-55; At 16.25; Ef 5.19; Cl 3.16).
E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é de uma vasta multidão de anjos
e redimidos de todas as nações louvando a Deus diante de Seu trono (Ap 5.9-12).
V. 5- “Porque o Senhor é bom...”
– A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos
de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao Seu
nome (Sl 96.1-3; 106.1-2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75).
Finalmente, o crente que vive a
sua vida para a glória de Deus está a louvar ao Senhor. Desenvolva a prática de
louvar a Deus, e você experimentará maior alegria e força para enfrentar
quaisquer desafios.
Deus é o nosso refúgio
e a nossa fortaleza, auxilio sempre presente na adversidade. 2- Por isso não
temeremos, ainda que a terra trema e os montes afundem no coração do mar, 3-
ainda que estrondem as suas águas turbulentas e os montes sejam sacudidos pela
sua fúria. [Pausa] 4- Há um rio cujos canais alegram a cidade de Deus, o Santo
Lugar onde habita o Altíssimo. 5- Deus nela está! Não será abalada! Deus vem em
seu auxílio desde o romper da manhã. 6- Nações se agitam, reinos se abalam; ele
ergue a voz, e a terra se derrete. 7- O Senhor dos Exércitos está conosco; o
Deus de Jacó é a nossa torre segura. [Pausa] 8- Venham! Vejam as obras do
Senhor, seus feitos estarrecedores na terra. 9- Ele dá fim às guerras até aos
confins da terra; quebra o arco e despedaça a lança; destrói os escudos com
fogo. 10- “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus! Serei exaltado entre as
nações, serei exaltado na terra.” 11- O Senhor dos Exércitos está conosco; o
Deus de Jacó é a nossa torre segura. [Pausa] NVI
Vv. 2, 3- “... não temeremos,
ainda que..., ainda que... e os montes sejam sacudidos pela sua fúria.” – O
salmista expressa sua calma confiança na habilidade e na capacidade de Deus
para salvar.
A presença de Deus era muitas
vezes acompanhada de uma demonstração impressionante de fenômenos e sons
meteorológicos – Um terremoto e uma tempestade surgiram quando Deus apareceu no
monte Sinai (ver Ex 19.16-18). E na travessia do Mar Vermelho, foi o mesmo Deus
da tempestade e do terremoto que “... afastou o mar e o tornou em terra seca,
com um forte vento oriental...” (Ex 14.21), a fim de retirar os israelitas da
escravidão do Egito.
V. 4- “Há um rio cujos canais
alegram a cidade de Deus...“ – “rio” aqui é uma metáfora para o contínuo
derramamento das revigorantes bênçãos de Deus, que tornavam a Cidade de Deus
semelhante ao Jardim do Éden. Muitas cidades grandes são atravessadas por rios,
que cooperam com o sustento das pessoas, tornando possível a agricultura e
facilitando o comércio com as outras cidades. (Ex. rios Albana e Farpar, em
Damasco; rio Nilo, no Egito, etc.). Jerusalém não possuía um rio, mas tinha a
Deus, que, como um rio, sustentava seu povo.
V. 5- “... desde o romper da
manhã” – O “romper da manhã” era a hora em que havia mais probabilidades de
ataques contra uma cidade. O socorro divino faz raiar a aurora do livramento e
dissipa a noite do perigo. Acontecimentos como a destruição da confederação
inimiga nos dias de Josafá (ver 2Cr 20) ou a matança dos assírios nos dias de
Ezequias (ver 2Rs 19. 35, 36) talvez tivessem presentes na mente do salmista.
V. 6- “Nações se agitam, reinos
se abalam; ele ergue a voz, e a terra se derrete” – O governo absoluto e eterno
do Senhor dedica-se à salvação total do seu povo e às suas bênçãos integrais e
puras – o consolo supremo num mundo em que as marés de ameaças parecem lançar
incerteza em tudo.
V. 10- “Parem de lutar! Saibam
que eu sou Deus” – A guerra e a destruição são inevitáveis, assim como a
vitória final de Deus. Aquele cuja voz outrora abalou a terra, agora promete:
“Ainda uma vez abalarei não apenas a terra, mas também o céu” (Hb 12.26). No
final o mundo se desintegrará, e somente o Reino de Deus permanecerá. Aqueles
que seguem a Cristo fazem parte deste Reino inabalável, e resistirão à
agitação.
O Salmo 46 está entre os salmos
que expressam a confiança que o crente tem na integridade de Deus e no conforto
da Sua presença, em ocasiões de instabilidade e insegurança.
Em Deus temos o poder e a
capacidade de enfrentar as incertezas e lutas da vida, pois Ele é o nosso
refúgio mesmo em meio à destruição total; não é somente um abrigo temporário;
Ele é o nosso refúgio eterno (ver Sl 73.26), e pode dar-nos forças sob
quaisquer circunstâncias.
Depois disso, os
moabitas e os amonitas, com alguns dos meunitas, entraram em guerra contra
Josafá. 2- Então informaram a Josafá: “Um exército enorme vem contra ti de
Edom, do outro lado do mar Morto, isto é, En-Gedi”. 3- Alarmado, Josafá decidiu
consultar o Senhor e proclamou um jejum em todo o reino de Judá. 4- Reuniu-se,
pois, o povo, vindo de todas as cidades de Judá para buscar a ajuda do Senhor.
(NVI)
V. 1- “Depois disso” – Josafá
tinha dado continuidade às reformas religiosas feitas pelo rei Asa, seu pai, de
quem foi sucessor, no reinado de Judá. A reforma incluía um programa de
educação religiosa em todas as cidades do reinado de Judá, promovendo assim, a
adoração a Jeová, pois ele percebeu que o primeiro passo para fazer com que o
povo viva de maneira correta é conhecer a Lei de Deus.
V. 2- “... informaram a Josafá:
Um exército enorme vem contra ti de Edom,..., isto é, En-Gedi” – Provavelmente,
pelo fato de o terreno de En-Gedi ser muito acidentado, jamais se esperaria
dali um ataque. Entretanto, Josafá enfrentou de modo exemplar uma circunstância
que parecia insuperável; conclamou o povo a buscar a Deus com seriedade e
apregoou um jejum em todo o reino de Judá (v. 3, 4).
O jejum ainda pode ser muito útil
hoje quando, em situações especiais, procuramos conhecer a vontade de Deus.
Elementos essenciais na oração de
Josafá (vv. 6-12) – O rei encomendou a situação a Deus reconhecendo que somente
Ele poderia salvar a nação; procurou obter o favor do Senhor, porque seu povo
também era o povo de Deus; reconheceu que o Altíssimo tinha o controle de toda
a situação; louvou e glorificou a Deus confortando-se nas Suas promessas; e
confessou total dependência do Senhor para alcançar o livramento.
Resposta do Senhor – Quando as
forças do inimigo ameaçaram invadir Judá, o Senhor respondeu com estas palavras
de encorajamento: “Vocês não precisarão lutar nessa batalha. Tomem suas
posições, permaneçam firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dará... Não
tenham medo nem desanimem” (v. 17).
O louvor confundiu o adversário
(vv. 21-26) – Josafá nomeou alguns homens para cantar louvores e, enquanto eles
cantavam enaltecendo as promessas de Deus, o Senhor respondeu à sua oração,
fazendo que os invasores se voltassem uns contra os outros, de modo que o
exército judeu encontrou apenas cadáveres e despojos.
Inversão das circunstâncias –
“Depois, sob a liderança de Josafá, todos os homens de Judá e de Jerusalém
voltaram alegres para Jerusalém, pois o Senhor os enchera de alegria,
dando-lhes vitória sobre os seus inimigos. Entraram em Jerusalém e foram ao
templo do Senhor, ao som de liras, harpas e cornetas. O temor de Deus veio
sobre as nações, quando souberam como o Senhor havia lutado contra os inimigos
de Israel. E o reino de Josafá manteve-se em paz, pois o seu Deus lhe concedeu
paz em todas as suas fronteiras” (vv. 27-30).
Talvez não tenhamos que enfrentar
um exército inimigo, mas temos que lutar todos os dias contra as tentações, as
pressões e “contra as forças espirituais do mal” (Ef 6.12) que incitam os
ímpios e se opõem à vontade de Deus.
Josafá buscou a direção de Deus e
fez as escolhas certas. Sua dependência de Deus foi consistente quando as
perspectivas se mostraram claramente contrárias a ele.
A oração a Deus continua sendo um
excelente recurso para o crente. Conhecer o Seu eterno propósito para nossas
vidas nos ajudará em meio às circunstâncias mais difíceis.
E logo ordenou Jesus
que os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra banda,
enquanto despedia a multidão. 23- E, despedida a multidão, subiu ao monte para
orar à parte. E, chegada já à tarde, estava ali só. 24- E o barco estava já no
meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o vento era contrário. 25- Mas, à
quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, caminhando por cima do
mar. 26- E os discípulos, vendo-o caminhar sobre o mar, assustaram-se, dizendo:
É um fantasma. E gritaram, com medo. 27- Jesus, porém, lhes falou logo,
dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. 28- E respondeu-lhe Pedro e
disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. 29- E ele
disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com
Jesus. 30- Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o
fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. 31- E logo Jesus, estendendo a mão,
segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste? 32- E, quando
subiram para o barco, acalmou o vento. 33- Então, aproximaram-se os que estavam
no barco e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.
V. 22- “E logo ordenou Jesus que
os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra banda,
[...]” – Todos somos encorajados por um líder que nos impulsiona a seguir
adiante, alguém que acredita que podemos fazer a tarefa que nos deu e que está
conosco por todo o caminho. Jesus é este líder.
V. 23- “E, despedida a multidão,
subiu ao monte para orar à parte” – Passar um tempo com Deus em oração é vital
para um relacionamento com Ele e nos prepara para enfrentar os desafios e as
lutas da vida.
V. 25- “Mas, à quarta vigília da
noite, dirigiu-se Jesus para eles, [...]” – Segundo o cálculo romano, a noite
era dividida em quatro vigílias: das 18 às 21; das 21 à meia noite; da meia
noite às 3 e das 3 às 6 horas.
Vv. 26, 27- “E os discípulos,
vendo-o caminhar sobre o mar, assustaram-se, [...]. E gritaram, com medo.
Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais” –
As palavras encorajadoras de Jesus estão fundamentadas no seu poder ilimitado e
no seu grandioso amor pessoal para com todos quantos realmente lhe pertencem.
Vv. 28-30- “E respondeu-lhe Pedro
e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo [...]. E ele disse: Vem. E
Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas [...]. Mas, sentindo o vento
forte, teve medo; e, [...], clamou, dizendo: Senhor, salva-me” – Provavelmente,
não caminharemos literalmente sobre as águas, mas poderemos enfrentar situações
muito difíceis. Se atentarmos para as circunstâncias ruins que nos cercam, sem
crer na ajuda de Jesus, também poderemos desesperar e naufragar; mas freqüentemente,
nas Escrituras, Jesus encoraja seu povo com as palavras alentadoras: “não
temais” (ver Mt 17.7; Lc 12.4; At 18.9).
Vv. 31, 32- “E logo Jesus,
estendendo a mão, segurou-o [...]. E, quando subiram para o barco, acalmou o
vento” – Uma demonstração especial da presença e do poder majestoso do Senhor
transcendente, que reina sobre o mar (ver Sl 89.9; Is 51.10, 15; Jr 31, 35).
Cada dia o Senhor nos dá
oportunidade de descobrirmos coisas novas através das dificuldades. Aqui temos
uma figura do “andar por fé” (ver 2Co 5.7). Andar sobre as águas é andar por fé
em Cristo e em obediência à Palavra de Deus.
Em ocasiões de medo e de
incerteza é muito tranqüilizador saber que Cristo está sempre conosco (ver Mt
28.20). Ele é verdadeiramente o Filho de Deus, e da mesma maneira que acalmou o
vento, pode acalmar qualquer tempestade que você possa enfrentar.
E dizia: O Reino de Deus é assim
como se um homem lançasse semente à terra, 27- e dormisse, e se levantasse de
noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. 28-
Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a erva, depois, a espiga, e,
por último, o grão cheio na espiga. 29- E, quando já o fruto se mostra,
mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa.
Essa parábola a respeito do Reino
de Deus, registrada apenas por Marcos, fala do progresso, manifestação e consumação
da vida divina na alma.
Começa pelo poder misterioso da
própria semente. A semente é lançada na terra. Uma vez lançada, ela está fora
do campo de ação do agricultor. Ele não sabe como a colheita virá nem
exatamente quando virá, mas não se aflige pelo resultado. Levanta pela manhã,
faz o seu trabalho e vai para a cama à noite (v. 27), enquanto aguarda
pacientemente pelo crescimento de suas colheitas. Quando as condições são
favoráveis, a semente nasce e produz fruto, sem ele saber como - mistérios da
natureza.
A semente é a Palavra, e ambas
têm vida em si. A parábola revela que o crescimento espiritual é semelhante ao
desenvolvimento de uma planta, um processo contínuo e gradual (v. 28); primeiro
a erva – o primeiro amor, o zelo do principiante, os desejos por bens
espirituais; depois a espiga – o vigor da juventude espiritual (1Jo 2.14).
Finalmente, o grão cheio – o cristão desenvolvido, a graça madura, a plena
experiência.
Quem poderá explicar o mistério
da maneira pela qual a verdade de Deus opera na mente dos homens?
Mas o que para mim era
ganho reputei-o perda por Cristo. 8- E, na verdade, tenho também por perda
todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor;
pelo qual sofri a perda de todas as coisas e as considero como esterco, para
que possa ganhar a Cristo 9- e seja achado nele, não tendo a minha justiça que
vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de
Deus, pela fé.
A confiança pré-cristã de Paulo –
Paulo pertencia à tribo de Benjamin, uma herança extremamente considerada pelos
judeus. De sua tribo, havia nascido o primeiro rei de Israel, Saul (1Sm
10.20-24). Recebeu seu treinamento religioso aos pés de Gamaliel, o rabino mais
honrado do século I. (At 22.3). Cidadão romano de nascimento (At 22.27, 28),
era também um fariseu (Fp 3.5), isto é, membro de uma devota seita judaica que
escrupulosamente guardava suas próprias e inúmeras regras, além das leis de
Moisés.
Conversão de Paulo – Paulo pensava,
assim como os líderes daquela seita religiosa, que o cristianismo era uma
crença herética e blasfema. Além disso, considerava o cristianismo uma ameaça
política porque poderia romper a frágil harmonia entre os judeus e o governo de
Roma. Foi no caminho de Damasco em perseguição aos cristãos, que Paulo foi
confrontado pelo Cristo ressurreto e colocado frente a frente com a verdade das
Boas Novas. Ele reconheceu a Jesus como o Senhor, confessou seu pecado,
entregou sua vida a Cristo e decidiu obedecê-lo (At 9; 22.4-16).
Conhecimento de Cristo – O
verdadeiro conhecimento envolve ouvirmos a sua Palavra, seguirmos o seu
Espírito, atendermos a seus impulsos com fé, verdade e obediência, e
identificarmos com seus interesses e propósitos. Quando Paulo fala de “o que
para mim era ganho” (Fp 3.7), está se referindo à suas credenciais, reputação e
sucessos. Entretanto, sua conversão à fé em Cristo não estava baseada no que
havia feito, mas na graça de Deus, porque até as mais notáveis credenciais
estão longe de se comparar aos santos padrões divinos. Depois que Paulo avaliou
o que havia conquistado em sua vida, disse que tudo aquilo era “perda” (Fp
3.8), quando comparado à grandeza de conhecer a Cristo.
Nenhum tipo de conhecimento
humano pode substituir ou ultrapassar a obra de Cristo na cruz (ver 1Co
1.25-29). Tornamo-nos cristãos pelo favor não merecido que recebemos de Deus, e
não pelo resultado de qualquer esforço, capacidade, inteligência, ato ou
serviço oferecido por nós. A salvação é uma dádiva que o Senhor nos concede
gratuitamente (Ef 2.8, 9).
Você está disposto a permitir que
Deus faça o mesmo por você? Você nunca saberá tudo o que Ele pode fazer a seu
favor e com sua vida até que permita que Ele seja o dono de todo o seu ser!
Porque, tendo a lei a
sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios
que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a ele se chegam.
Para os cristãos, a Páscoa contém
rico simbolismo profético a falar de Jesus Cristo. O Novo Testamento ensina
explicitamente que as festas judaicas “são sombras das coisas futuras” (Cl
2.16,17; Hb 10.1), i.e., a redenção pelo sangue de Jesus Cristo. Note os
seguintes itens em Êxodo 12, que nos fazem lembrar do nosso Salvador e do seu
propósito para conosco.
(1)- O âmago do
evento da Páscoa era a graça salvadora de Deus. Deus tirou os israelitas do
Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque
Ele era fiel ao seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que
recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2.8-10; Tt
3.4,5).
(2)- O
propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar da morte o filho
primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue de
Cristo na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de Deus contra o pecado
(Ex 12.13,23,27; Hb 9.22).
(3)- O cordeiro
pascoal era um “sacrifício” (Ex 12.27) a servir de substituto do primogênito;
isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à morte do crente (ver Rm
3.25). Paulo expressamente chama Cristo nosso Cordeiro da Páscoa, que foi
sacrificado por nós (1Co 5.7).
(4)- O cordeiro
macho separado para morte tinha de ser “sem mácula” (Ex 12.5); esse fato
prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito Filho de Deus (Jo 8.46; Hb
4.15).
(5)-
Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita
com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1Co
10.16,17; 11.24-26). Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício
inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz. Realizamos em
continuação a Ceia do Senhor como um memorial, “em memória” dEle (1Co 11.24).
(6)- A aspersão
do sangue nas vergas das portas era efetuada com fé obediente (Ex 12.28; Hb
11.28); essa obediência pela fé resultou, então, em redenção mediante o sangue
(Ex 12.7,13). A salvação mediante o sangue de Cristo se obtém somente através
da “obediência da fé” (Rm 1.5; 16.26).
(7)- O cordeiro
da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos (Ex 12.8). Uma vez que na
Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção (ver Ex 13.7; Mt
16.6; Mc 8.15), esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas
redimidos e o Egito, i.e., o mundo e o pecado (ver Ex 12.15).
Semelhantemente,
o povo redimido por Deus é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e
dedicar-se exclusivamente a Deus.
Todo aquele, pois, que
escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente,
que edificou a sua casa sobre a rocha. 25- E desceu a chuva, e correram rios, e
assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava
edificada sobre a rocha. 26- E aquele que ouve estas minhas palavras e as não
cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a
areia. 27- E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram
aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda. 28- E aconteceu que, concluindo
Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, 29- porquanto os
ensinava com autoridade e não como os escribas.
Por que as pessoas construiriam
uma casa sem um alicerce?
É importante ouvir o que a
Palavra de Deus diz, mas é muito mais importante obedecê-la e fazer o que ela
diz (ver Ap 1.3). “Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor é
semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se
contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era” (Tg 1.23,24).
Perceba que o problema estrutural
da casa na areia não era na Palavra que ouviu, na oportunidade que recebeu ou
mesmo nas adversidades que enfrentou. A casa na rocha esteve diante das mesmas
situações. Aparentemente as casas eram iguais – receberam as mesmas bênçãos,
enfrentaram as mesmas adversidades. Ao fazer a aplicação da parábola, Jesus
acrescenta ainda mais uma semelhança: elas ouviram a mesma palavra – o mesmo
Evangelho (vv. 24,26). O que determinou a permanência de uma e a ruína de
outra? A prática. O fator determinante de sua queda foi não colocar em prática
as coisas que ouvia.
Portanto, a nossa atitude será
determinante quanto à permanência no caminho como discípulos de Jesus. A
prática do que ouvimos faz toda a diferença. Assim é a obediência a Deus; é
como construir uma casa sobre um alicerce forte e sólido, que resiste
firmemente às tempestades.
Nas ocasiões em que a vida está tranqüila,
pode parecer que as bases não são importantes, mas quando as crises chegam, os
alicerces são testados. Mas, se seguirmos a verdade de Deus, Ele nunca nos
abandonará.
Certifique-se de que sua vida
esteja fundamentada sobre um sólido conhecimento e confiança em Jesus Cristo,
que é a própria Verdade.
Então Jesus contou aos
seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e
nunca desanimar. 2- Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a
Deus nem se importava com os homens. 3- E havia naquela cidade uma viúva que se
dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu
adversário’. 4- “Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si
mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, 5- esta viúva
está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha mais me
importunar’ “. 6- E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. 7-
Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite?
Continuará fazendo-os esperar? 8- Eu lhes digo: Ele lhes fará justiça, e
depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?”.
A persistência é uma expressão de
fé. O próprio Jesus nivela a fé à oração contrita a Deus (vv. 7-8). Ela é um
dos requisitos da oração eficaz e é também a principal lição dessa parábola.
O empenho constante de Jesus era
levar seus seguidores a reconhecerem a necessidade de estarem continuamente em
oração, para cumprirem a vontade de Deus em suas vidas (ver Jo 15.7). Ele nos
assegura que seremos recompensados se buscarmos em primeiro lugar o Reino de
Deus (Mt 6.33); se confiarmos na bondade e amor paternais de Deus (Mt 7.11; Jo
15.16; 16.23,24,26; Cl 1.12); e se orarmos de conformidade com a vontade de
Deus (1Jo 3.22; 5.14).
A Bíblia nos diz em 1Tm 4.1 que,
nos últimos dias haverá um aumento de oposição diabólica às orações dos fiéis.
Por causa de Satanás e dos prazeres do mundo, muitos deixarão de ter uma vida
de perseverante oração (Mt 13.22; Mc 4.19; Lc 8.14). Os “últimos dias”
começaram após a ressurreição de Jesus, quando o Espírito Santo veio sobre os
crentes no Pentecostes, e continuarão até a segunda vinda de Cristo. Isto
significa que nós estamos vivendo nos últimos dias. Mas os verdadeiros servos
do Senhor nunca cessarão de clamar a Deus para que Cristo venha reinar em
justiça, sabendo que a sua segunda vinda é a única esperança veraz para este
mundo.
A prática da persistência muda o
nosso coração e nossa mente, ajuda-nos a entender e a expressar a intensidade
de nossas necessidades, vence nossa insensibilidade e nos ajuda a reconhecer a
obra de Deus.
Não desista de seus esforços para
buscar a Deus, mesmo que a resposta venha lentamente, porque a demora pode ser
o modo de Deus realizar a sua vontade em nossa vida. “Acaso Deus não fará
justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará
fazendo-os esperar? Eu lhes digo: Ele lhes fará justiça, depressa” (Lc 18.7-8).
“Pereceria sem
dúvida, se não cresce que veria os bens do Senhor na terra dos viventes. 14-
Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor”.
Esperar no Senhor é depender dEle
como nossa fonte de ajuda e de graça, em tempos de necessidade. “Cheguemos,
pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia
e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.16).
O profeta Isaías decidiu esperar
pelo Senhor embora Deus estivesse “escondido seu rosto da casa de Jacó [ou
Israel]. Ele disse: “Nele porei a minha esperança” (Is 8.17c). A esperança não
nos decepciona. “... aqueles que esperam em mim não ficarão decepcionados” (Is
49.23d).
Ana tinha bons motivos para se
sentir desencorajada e amargurada (ver 1Sm 2.1-11). Ela não podia gerar filhos;
compartilhava seu marido com uma mulher que a ridicularizava; seu esposo não
podia resolver seus problemas; e até o sumo sacerdote confundiu seus motivos.
Mas ao invés de retaliar ou perder as esperanças, Ana orou. Ela levou seu
problema honestamente diante de Deus, e foi ouvida (ver 1Sm 2.5).
O filho de Deus tem dois
intercessores divinos: Cristo no céu, intercedendo pelo crente perante a face
do Pai (Rm 8.34) e o Espírito Santo que intercede juntamente com os gemidos do
crente, na terra (Rm 8.26).
A promessa que Deus fez a Abraão
dizia que o patriarca seria pai de muitas nações e que o mundo inteiro seria
abençoado através dele (Gn 12.3). Abraão “em esperança, creu contra a esperança
que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito...” (ver Rm
4.18-21). Tal promessa se cumpriu em Jesus Cristo, que era descendente de
Abraão (Mt 1.1). As promessas de Deus são imutáveis e dignas de confiança (ver
Hb 6.18).
O salmista Davi, bem sabia por
experiência própria o que significava esperar no Senhor. Ele foi escolhido como
rei com a idade de 16 anos, mas não assumiu o trono até completar 30 anos.
Enquanto isso foi perseguido no deserto pelo invejoso rei Saul. Davi teve de
esperar em Deus pelo cumprimento da promessa de que ia reinar. Mais tarde,
depois de tornar-se rei de Israel, foi perseguido por seu filho rebelde,
Absalão. Sob a liderança de Davi, o reino de Israel cresceu rapidamente porque
ele entendeu que o Senhor era a causa de seu sucesso. Quando Davi escreveu o Sl
27, obviamente passava por uma provação, mas ele deixou escrito: “Apesar disso,
esta certeza eu tenho: viverei até ver a bondade do Senhor na terra”. E
concluiu: “Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor!” (vv. 13,14
NVI).
Muitas vezes parece que Deus não
está respondendo às nossas orações ou que não compreende a urgência da nossa
situação. Este modo de pensar supõe que o Senhor não está no controle ou que
não é justo. Mas, Ele governa o universo e também a nossa vida com perfeita
sabedoria, justiça e amor. Confie na sabedoria e no perfeito cronograma de
Deus. Ele tem o controle de tudo.