segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011.



Recordar acontecimentos desagradáveis normalmente enfraquece nossa confiança no futuro. Mas existe um tempo para relembrar. Os erros não devem ser repetidos, os compromissos precisam ser cumpridos, e a promessa de obter vitória pode encorajar-nos a prosseguir em direção ao alvo. Ao pensarmos no cuidado especial de Deus com nossa vida, recebemos esperança e encorajamento para o futuro. Pensando nisso, achei que vale a pena relembrar trechos de mensagens que mais foram comentadas.

Por meio de Sua graça, Deus tenta nos alcançar todos os dias com lembretes de Si mesmo por toda parte. São pistas que anunciam claramente: Estou aqui. Vocês não precisam viver com medo. Eu estou aqui” - (Do texto: A excelência da criação).

Nenhum verdadeiro seguidor de Cristo é jamais abandonado por Ele, e nenhuma oração sincera jamais deixa de ser ouvida” - (Do texto: Há esperança).

Desde o princípio, Deus estabeleceu o casamento e a família que dEle surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra” -  (Do texto: Família, um projeto de Deus).

“Deus não promete nos dar de tudo o que pensamos ser bom, mas não se recusará a dar-nos o que é permanentemente bom” - (Do texto: Um dia..., mais do que mil dias...”).

Viver um dia de cada vez, evita que sejamos consumidos pela ansiedade. Não deixe que as inquietações com o amanhã afetem seu relacionamento com Deus, hoje” - (Do texto: As preocupações da vida).

“Embora os olhos do Senhor estejam sobre todas as pessoas, eles repousam de modo especial sobre os que O temem” - (Do texto: Ele me vê).

 “Uma das promessas maravilhosas sobre o céu é que desfrutamos de uma comunhão ininterrupta com Deus e que não haverá mais morte, tristeza, pranto ou dor” - (Do texto: A suprema esperança).

“O amor de Deus é a fonte de todo o amor humano, e se espalha como o fogo. Ao amar os Seus filhos, Deus acende uma chama em seus corações. Estes, por sua vez, amam os outros, que são então aquecidos pelo amor de Deus” - (Do texto: Não importa, ame).

“Não existe um tempo tão apropriado para receber o perdão de Deus como o presente” - (Do texto: Eis o dia da salvação, corra).

“Tenha mais confiança na graça e misericórdia de Deus, e não considere dignos de confiança seus próprios temores e fraquezas” - (Do texto: Medo, do que?)

“Pense na grandeza do Senhor ao observar Sua criação ao redor e lembre-se de que você é uma obra prima da criação dEle” - (Do texto: Que é o homem?)

“A mensagem divina de salvação e de vida eterna não está limitada a uma cultura, raça ou nação especial. Qualquer um que se aproxima de Deus com arrependimento e fé será aceito por Ele e fará parte de Seu Reino” - (Do texto: Usa-me, Senhor).

“Ninguém está tão longe de Deus que não possa ser restaurado” - (Do texto: Recomeçar).

“Como o orvalho faz os campos florescerem e produzirem boas ceifas, assim a bênção do Senhor descansa sobre o Seu povo” - (Do texto: A excelência do amor fraternal).

“Chega de choro e lamentos pelas oportunidades perdidas. Celebre o poder do Senhor para perdoar e redimir, e siga em frente” - (Do texto: Celebre o poder do Senhor).



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Viemos adorá-lO.

Mt 2.1,2
“E, tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, e perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lO”.

Os magos viajaram milhares de quilômetros para ver o Rei dos judeus. Quando finalmente O encontraram, manifestaram alegria, adoração, e deram-lhE presentes.

Esta atitude é muito diferente daquela que as pessoas frequentemente têm hoje. Esperamos que Deus venha procurar-nos, explique sobre Si mesmo, prove quem é e nos dê presentes. Mas aqueles que são sábios ainda buscam e adoram Jesus não pelo que podem conseguir, mas por quem Ele é.

Deram a Jesus presentes tão caros, porque estes eram adequados a um rei. Os estudantes da Bíblia têm visto tais presentes como símbolos da identidade de Cristo e daquilo que Ele realizaria. Com ouro, presenteava-se o rei; o incenso era oferecido a Deus; e a mirra era uma especiaria usada para ungir o corpo a ser sepultado.

Eles levaram presentes para Jesus e adoraram-nO por quem Ele é. Esta é a essência da verdadeira adoração: honrar a Cristo por Sua identidade, e por estar disposto a dar-lhE o que tem valor para cada um de nós.

Adore a Deus, porque Ele é perfeito, justo e Todo-poderoso; é o Criador do universo e digno de receber o melhor de cada um de nós. Adore-O!

E-mail: abonbiblia@hotmail.com

sábado, 17 de dezembro de 2011

Jesus, a luz das nações.

At 13.47
“... Eu te pus para luz dos gentios, para que sejas de salvação até aos confins da terra”.
 
Os judeus estavam bem familiarizados com as profecias do Antigo Testamento a respeito das bênçãos que o Messias traria à sua nação. Porém, nunca deram a mesma atenção às profecias que dizem que Ele traria a salvação ao mundo inteiro, e não apenas aos judeus como muitos pensavam. 

Deus planejou que por intermédio da nação judaica todo o mundo viesse a conhecer Jesus (Gn 12.3) e que a nação de Israel fosse essa luz (Is 49.6). De Israel, nasceu Jesus, a Luz das nações. Esta Luz se expandiria e iluminaria os gentios (At 13.47).

Quando Maria e José levaram Jesus ao Templo para apresentá-lO a Deus, Simeão, um homem justo e temente a Deus, reconheceu que aquela criança era o Messias prometido, e que Ele seria luz para o mundo inteiro (Lc 2.28-32).

Deus concedeu aos hebreus no Antigo Testamento, as colunas de nuvem e de fogo para que eles soubessem que a presença de Deus os acompanharia dia e noite durante a jornada para a Terra Prometida (Ex 13.21,22). A coluna de fogo representava a presença, a proteção e a direção de Deus.

Jesus traz a presença, a proteção e a direção de Deus. Ele é a luz verdadeira que remove as trevas e o engano, iluminando o caminho certo para Deus e a salvação (Jo 8.12). Pela luz de Cristo, enxergamos a nós mesmos como realmente somos (pecadores que necessitam de um Salvador).
Deixe a luz de Cristo brilhar em sua vida!
E-mail: abonbiblia@hotmail.com


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Celebre Jesus.

Mq 5.2
“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.

Efrata era o distrito onde a cidade de Belém estava localizada. Miquéias, com muita precisão, profetizou o local do nascimento do rei Jesus, com centenas de anos de antecedência.

Os líderes de Jerusalém estavam obcecados por suas riquezas e posições, mas o profeta disse que a poderosa Jerusalém, com toda a sua abastança e poder, seria sitiada e destruída. Seu rei não poderia salvá-la, mas a pequenina cidade de Belém seria o berço do único rei que salvaria o seu povo. Esse libertador, o Messias, nasceria como um bebê em Belém (ver Lc 2.4-7) e governaria como Rei eterno (Ap 19-22).

O prometido Rei, da linhagem de Davi, que viveria como homem, sempre tinha existido – suas “origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Apesar de ser eterno, Cristo entrou na história da humanidade como homem, como Jesus de Nazaré.

O pequeno e impotente bebê cresceu, teve uma vida surpreendente, morreu por nós, ressuscitou, ascendeu aos céus e voltará a este mundo como o Rei dos reis. Cristo governará o mundo e julgará todas as pessoas de acordo com a decisão que cada um tomou a respeito dEle. Você ainda O vê como um bebê em uma manjedoura ou Ele é o seu Senhor? Tenha a certeza de não subestimar Jesus. Deixe-O crescer em sua vida e celebre-O!



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Anúncio de nascimento.

Lc 2.10
“E o anjo lhe disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo”.

Que anúncio de nascimento? Os pastores ficaram apavorados, mas o temor transformou-se em alegria quando os anjos anunciaram o nascimento do Messias. Primeiro os pastores correram para ver o bebê; depois divulgaram a notícia.

Jesus é o seu Messias, o seu Salvador. Você espera ansiosamente encontrá-lO por meio da oração e da Palavra todos os dias? Você já descobriu este Senhor tão maravilhoso, a ponto de não conseguir evitar partilhar sua alegria com os seus amigos?

O maior acontecimento histórico acabara de acontecer! O Messias nasceu! Por muito tempo, os judeus haviam esperado por isto; quando finalmente aconteceu, o nascimento foi anunciado a humildes pastores.

As Boas Novas a respeito de Jesus demonstram que Ele veio para todos, inclusive para as pessoas mais simples. Veio para qualquer um que tenha um coração humilde o bastante para aceitá-lO. Não importa quem você seja ou o que faça, você pode ter Jesus em sua vida. Não pense que é necessário ter qualificações extraordinárias, Ele o aceitará como você é.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O preço da nossa Redenção.

Mt 20.28
“... o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a Sua vida em resgate de muitos”.

O acontecimento mais importante da História estava prestes a acontecer (Mt 20.17-19), e os discípulos ainda discutiam sobre seu prestígio no Reino (Mt 18.1)! Embora Jesus falasse claramente sobre Sua morte e ressurreição, eles não entendiam, pois esperavam que Jesus fosse instituir um reino político. A ideia da morte de Cristo frustrava as esperanças dos discípulos, pois não sabiam que a morte e a ressurreição de Jesus viabilizavam a implantação do Reino de Deus.

Há evidências de que os discípulos, como a maioria dos judeus, tinham uma ideia errada sobre o Reino do Messias, predito pelos profetas do Antigo Testamento. Pensavam que Jesus estabeleceria um reino terreno e libertaria Israel da opressão romana (Mt 16.22,23; 26.51-53); por isso Tiago e João desejaram lugares de honra nesse reino (Mc 10.35-37), um pedido ambicioso que revelou um conceito político do Reino de Deus e um desejo que não condiz com o espírito da fé cristã. Mas o Reino de Jesus não é deste mundo (Jo 18.36); Ele não está entronizado em palácios. O Reino de Cristo é espiritual. Começa no coração das pessoas, com a renúncia ao pecado, e não com a destituição de governos. Jesus disse aos Seus discípulos que Sua morte os salvaria do pecado (Mt 20.28), uma escravidão muito maior que a imposta por Roma.  

A vida cristã não é um caminho fácil, que conduz à riqueza material e ao bem estar. A missão de ser um discípulo de Jesus implica compromisso e dedicação. Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma”? (Mt 16.24-26).

Neste mundo, os que exercem autoridade e domínio são considerados grandes. Jesus diz que, no Reino de Deus, a grandeza não será medida pelo domínio sobre os outros, mas pela dedicação das pessoas ao serviço do próximo. A condição corrupta de nossa sociedade estimula a confusão de valores. Somos continuamente bombardeados por mensagens que nos ensinam o que fazer para sermos importantes e nos sentirmos bem, mas a verdadeira grandeza segundo a Bíblia requer que sejamos grandes na fé, no caráter santo, na sabedoria, no autodomínio, na paciência, no amor (Gl 5.22,23). Trata-se de termos a grandeza de Cristo, que amou a justiça e aborreceu a iniquidade (Hb 1.9).

A única aspiração segura é aquela que visa engrandecer diretamente o Reino de Cristo, e não a que visa apenas ao nosso progresso.  Jesus não ridicularizou Tiago e João pelo pedido que fizeram, mas não os atendeu. Podemos sentir-nos à vontade para pedir qualquer coisa a Deus, mas nosso pedido pode ser negado. Deus quer dar apenas o que é melhor para nós, não necessariamente o que queremos.

O resgate era o preço a ser pago pela libertação de um escravo. Na obra redentora de Cristo, a Sua morte é o preço pago para libertar os homens e mulheres do domínio do pecado. Deus nos resgatou da tirania do pecado, não com dinheiro, mas com o precioso sangue de Seu próprio Filho (1Pe 1.18,19). Jesus pagou um alto preço para resgatar-nos, porque nós mesmos não tínhamos condições de pagá-lo. Está escrito: “Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou dar a Deus o resgate dele (pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes)” (Salmo 49.6-8).  

Antes de crermos em Cristo, a nossa natureza era má. Desobedecíamos, nos rebelávamos e ignorávamos a Deus (mesmo fazendo o melhor possível, não o amávamos com todo nosso coração, alma e mente). O cristão, porém, tem uma nova natureza. Deus crucificou a velha natureza rebelde (Rm 6.6) e a substituiu por uma nova natureza amorosa (Cl 3.9,10). A penalidade do pecado morreu com Cristo na cruz. Deus nos declarou inocentes, e não precisamos mais viver debaixo do poder do pecado, portanto estamos livres de sua tendência iníqua.  Deus não nos isola do mundo, nem nos transforma em robôs; ainda nos sentiremos inclinados a pecar e, às vezes, pecaremos. A diferença é que antes de sermos salvos, éramos escravos de nossa natureza pecaminosa. Agora somos livres para obedecer a Deus e viver para Cristo (1Pe 2.16; Gl 2.20).



sábado, 26 de novembro de 2011

Onde estás, Adão?

Ap 3.20
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo”.

O Evangelho, o qual foi anunciado e profetizado no Antigo Testamento (Gn 12.3; cf. Gl 3.8), foi depois revelado em Jesus Cristo (Gl 4.4,5; Hb 1.1). Esta foi a revelação da qual fala o Apóstolo Paulo, “do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé” (Rm 16.25,26).

A Bíblia diz que Deus criou todas as coisas (Gn 1.1-31): céus, terra, mar, vegetação, sol, lua, estrelas, etc., e fez o homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança. À base dessa imagem Adão e Eva podiam comunicar-se com Deus, ter comunhão com Ele e expressar de modo incomparável o seu amor, glória e santidade.

Deus conferiu a Adão a responsabilidade pelo jardim, e lhe fez uma ordenança (Gn 2.16,17). Deus queria a obediência de Adão, mas deu-lhe a liberdade de escolher. Diante de uma escolha, prefira sempre obedecer a Deus.

Desde o marco inicial da história, a raça humana está vinculada a Deus mediante a fé e a obediência à Sua Palavra como a verdade absoluta. Satanás porque sabia disso, procurou destruir a fé que Eva tinha no que Deus dissera, usando dúvidas contra a Palavra de Deus e negando o castigo da morte pelo pecado (Gn 3.4).

Após terem pecado, Adão e Eva se esconderam ao ouvir a voz de Deus soar no jardim, chamando: Adão, onde estás? (Gn 3.9). A culpa e a consciência do pecado os motivaram a fugir de Deus.

Assim como Adão e Eva, todos nós pecamos e fomos separados da comunhão com Deus (Rm 3.23; 5.12). No entanto, Deus proporcionou um caminho para purificar nossa consciência culpada, para livrar-nos do pecado e restaurar-nos à comunhão com Ele.

O Evangelho é um ato decisivo de Deus que interveio na história da humanidade para mudar o curso que ela seguia. Ele muda história, transforma vidas humanas e lança uma nova perspectiva de vida. Em Efésios 2.1-7, Paulo faz um resumo do que Cristo faz por nós, quando nos salva. Mudamos de uma vida cheia de pecado para uma vida onde somos guiados pelo Espírito Santo de Deus. Todos os nossos pecados, e não apenas alguns, são lavados. Ganhamos a vida eterna com todos os seus tesouros. Temos uma nova vida através do Espírito Santo, e Ele continuamente renova os nossos corações. Nada disso acontece por termos recebido um pagamento ou por algum mérito da nossa parte; tudo isso é dom de Deus (Ef 2.8).

Jesus bate à porta de nosso coração porque deseja nos salvar e manter uma íntima comunhão conosco. Ele é paciente e persistente em sua tentativa de fazer parte de nossa vida – sem invadir ou se introduzir por conta própria, mas batendo. Ele nos permite decidir se queremos ou não abrir nossa vida a Ele. Adão representa a humanidade terrena distanciada de Deus. Cristo é o representante de uma humanidade nova e espiritual e ainda hoje podemos ouvir soar a Sua voz, dizendo: “Eis que estou à porta e bato”.
Onde estás, Adão?

domingo, 20 de novembro de 2011

A transfiguração de Jesus.

Mt 17.1-9
Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte. E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ele. E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para Ti, um para Moisés e um para Elias. E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-O. E os discípulos, ouvindo isso, caíram sobre seu rosto e tiveram grande medo. E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes e disse: Levantai-vos e não tenhais medo. E, erguendo eles os olhos, ninguém viram, senão a Jesus. E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão até que o Filho do Homem seja ressuscitado dos mortos”.

Os judeus que estudavam as profecias do AT esperavam o Messias como um grande rei que os libertasse da dominação romana e trouxesse de volta os dias de glória da época de Davi e Salomão. A maioria deles esperava que o Messias fosse um grande libertador, um líder militar e político, como Alexandre, o Grande. Quando se tornou patente que o Messias não tinha vindo para satisfazer as expectativas do povo, muitos se revoltaram contra Ele, e não O reconheceram (Jo 1.11). Nossa compreensão e reconhecimento de Jesus devem ir além do que Ele pode fazer por nós aqui e agora!

Para muitos judeus, era um insulto, a declaração de Jesus em Mt 5.39b “se qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”. Qualquer pessoa que reivindicasse ser o Messias e desse a outra face ao agressor não seria o líder militar que Israel desejava para comandar uma revolta contra Roma. Quando alguém faz algo que nos prejudica, frequentemente, nossa primeira reação é desejar a vingança; mas Jesus ensinou a não retaliar os inimigos, mas que amando e orando por nossos adversários, podemos vencer o mal com o bem (Mt 5.44). O Sermão do Monte proferido por Jesus (Mt 5-7) desafiava os líderes religiosos daquela época, e os chamava de volta às mensagens dos profetas do AT, que, como Jesus, ensinaram que a obediência sincera a Deus é mais importante do que a aplicação leviana da lei.  O Reino do qual Jesus falava era em primeiro lugar espiritual, estabelecido no coração e na vida de cada crente:

Em certas ocasiões, Jesus dedicava Seu ministério para treinar cuidadosamente os discípulos. Ele conhecia a importância de prepará-los, para que pudessem dar continuidade à Sua missão, quando retornasse ao céu. Os três dos doze discípulos selecionados por Jesus (Pedro, Tiago e João), formavam o grupo mais íntimo de Jesus; estavam entre os primeiros que ouviram o chamado do Mestre (Mc 1.16-19). Seus nomes encabeçavam a relação dos discípulos, em Marcos 3.16,17; estiveram presentes em alguns episódios em que ocorreram curas, enquanto os demais foram deixados de fora (Lc 8.51).  Quando Jesus disse que alguns não morreriam sem ver o Reino, se referia a esses três discípulos que testemunhariam a transfiguração (Mt 16.27,28). Os ouvintes de Jesus não teriam de esperar por outro futuro Messias. O Reino estava entre eles, e logo viria com poder (Lc 17.21).

A maravilhosa reunião: O eterno Pai; o Redentor do mundo; o representante da Lei; o representante dos Profetas; o núcleo da Igreja cristã. Duas personagens da velha dispensação; três da nova, uma de todas as dispensações, e Deus sobre todos. A transfiguração foi uma revelação especial da divindade de Jesus; um breve lampejo da verdadeira glória do Rei (2Pe 1.16).  A presença de Moisés e Elias no monte confirma a missão messiânica de Jesus, que consistiu em cumprir a lei de Deus e as palavras dos profetas (Mt 5.17). Assim como a voz de Deus, ecoando da nuvem sobre o monte Sinai, conferiu autoridade à Sua lei (Ex 19.9), na transfiguração, validou a autoridade das palavras de Jesus. A voz de Deus exaltou a Jesus acima de Moisés e de Elias, os dois maiores vultos na história de Israel! Jesus foi apresentado como o tão esperado Messias, com plena autoridade divina. Moisés representava a lei, a antiga aliança. Ele escreveu o Pentateuco e predisse a vinda de um grande profeta (Dt 18.15). Elias representa os profetas que vaticinaram a vinda do Messias (Ml 4.5,6).

O objetivo da transfiguração foi sem dúvida: ensinar aos seus discípulos por visão ocular quem era Jesus – Deus manifesto em carne; encorajá-los diante da perspectiva da Sua crucificação e morte; antecipar a glória que mais tarde seria revelada no Seu Reino; receber do Céu o atestado divino ‘Este é meu Filho amado: a Ele ouvi’ e estabelecer nas mentes dos discípulos a Sua preeminência sobre Moisés e Elias.

Jesus pediu a Pedro, Tiago e João para não falarem sobre o que tinham visto, pois não entenderiam o acontecimento em sua plenitude até que Ele ressuscitasse dentre os mortos. Os discípulos precisavam entender com profundidade quem era Jesus e Sua missão antes de proclamarem o Evangelho. Mais tarde, compreenderiam que, só experimentando a morte, Jesus poderia demonstrar o poder que tem sobre esta, bem como a autoridade que tem por ser o Soberano.

A fé cristã exige que tenhamos as nossas convicções. Quando Jesus perguntou aos discípulos em Mt 16.15 “E vós, quem dizeis que eu sou?”, mostrou que Ele quer que assumamos uma posição. De forma clara, Deus identificou Jesus como Seu Filho, assim Pedro e os demais deveriam ouví-lO sempre, e não colocar em prática as ideias e os desejos próprios (Pv 3.5-7). A habilidade de seguir a Jesus vem da confiança sobre quem Ele é. Se cremos que Jesus é o Filho de Deus, com certeza desejaremos fazer o que Ele nos diz.

domingo, 13 de novembro de 2011

Qual é o seu padrão de fala?

Pv 13.3
“O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação”.

Todas as nossas palavras e pensamentos são examinados por Deus (Sl 139.23,24; Mt 12.36), e o que falamos revela o que existe em nosso coração: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lc 6.45). Davi sabiamente pediu que Deus o livrasse de maldizer, mesmo quando sofria perseguições (Sl 141.3). Nossas palavras são expressões verbais da nossa alma; até que nossa língua seja controlada e submetida ao Senhor, Ele não pode redimi-la e restaurá-la; é necessário permitir que o Espírito Santo encha nossa mente com novas motivações e atitudes, então, nosso coração ficará purificado. Conhecendo o poder da língua, faremos bem se pedirmos que Deus guarde nossa boca, de forma que as nossas palavras honrem o seu nome (Sl 19.14).

Há quatro padrões de fala mais comuns: a língua controlada, a cuidadosa, a enganadora e a descuidada. A língua controlada – Aqueles que têm este padrão de fala, 1) pensam antes de falar - Os que temem a Deus ponderam suas respostas; os ímpios não pensam antes de falar porque não se importam com as consequências de suas palavras: “O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância coisas más” (Pv 15.28); 2) sabem quando o silêncio é melhor (Ec 3.7) Algumas vezes é melhor permanecer calado, mesmo quando o nosso desejo é dar a última palavra (ver Gn 42.8,9). O próprio Senhor Jesus permaneceu em silêncio diante de seus acusadores (Mt 26.63). Os amigos de Jó perceberam que a sua dor era muito profunda para ser curada com meras palavras; assim nada disseram por sete dias e sete noites (Jó 2.13). Talvez o que alguém necessite seja apenas a nossa presença, demonstrando que nos importamos. “Retém as suas palavras o que possui o conhecimento, e o homem de entendimento é de precioso espírito” (Pv 17.27); e 3) dão conselhos sábios – As pessoas frequentemente pensam que deveriam burlar a verdade para evitar magoar a quem ama, mas o verdadeiro amigo é aquele que dá uma resposta direta e honesta: “Beija com os lábios o que responde com palavras retas” (Pv 24.26).

A língua cuidadosa – Aqueles que têm este padrão de fala dizem a verdade enquanto procuram encorajar. “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos” (Pv 16.24).

A língua enganadora – Aqueles que têm este padrão de fala são cheios de motivações erradas, visam à fofoca, à calúnia e têm um desejo de distorcer a verdade. Mentir a respeito de alguém é uma atitude cruel. Isso pode causar um efeito tão doloroso quanto o de uma ferida não cicatrizada: “Martelo, e espada, e flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra o seu próximo” (Pv 25.18).

A língua descuidada – Aqueles que têm este padrão de fala proferem mentiras, maldições, palavras irascíveis, que podem levar à rebelião e à destruição. A conversa descuidada e a língua desenfreada podem estragar nossa motivação pela retidão, levar-nos a pecar (Ec 5.6) e afetar nosso relacionamento com Deus (Ec 5.7). “O hipócrita, com a boca, danifica o seu próximo, mas os justos são libertados pelo conhecimento” (Pv 11.9).

A boca pode ser usada para arruinar ou para construir relacionamentos. Podemos abençoar a nós mesmos ou amaldiçoar a nós mesmos pelo modo como falamos. Antes de falarmos, devemos lembrar que a maldade da língua tem sua fonte no próprio inferno e que as palavras, como disse o Apóstolo Tiago, são como fogo – não dá para controlar nem consertar o dano que elas podem causar. “Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus” (ver Tg 3.5-10).

Nossa vida deve caracterizar-se pela pureza moral, paciência e serenidade a fim de proclamarmos ao mundo perdido a gloriosa redenção em Cristo. “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros filhos de Deus", disse o Apóstolo Paulo, em Fp 2.14,15. Uma vida transformada representa um efetivo testemunho da Palavra de Deus. Quais destes padrões de fala refletem a sua verdadeira identidade?

E-mail: abonbiblia@hotmail.com


sábado, 5 de novembro de 2011

A excelência do amor fraternal.

Sl 133. 1-3
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso (...). Como o orvalho de Hermom (...); porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”.

Na Antiga Aliança, Deus estabeleceu o sacerdócio que era restrito a uma minoria qualificada. A intenção original era que Seu povo escolhido fosse um “reino de sacerdotes” (Ex 19.6); todos deveriam ser santos e manter um relacionamento com Deus. Mas, desde a queda de Adão, o pecado tem separado o homem de Deus, e as pessoas precisam de mediadores para ajudá-las a receber perdão. A princípio, os patriarcas – chefes de família como Abraão e Jó – eram os sacerdotes da casa, ou do clã, e faziam sacrifícios para a família. Quando os israelitas saíram do Egito, os descendentes de Arão, da tribo de Levi, foram escolhidos para servir à nação como sacerdotes.

Arão foi o primeiro sumo sacerdote de Israel. Como tal, representava o povo diante do Senhor, ao entrar no santuário (Ex 28.29), e anualmente no Lugar Santíssimo do Tabernáculo, no Dia da Expiação, para expiar os pecados de todo o povo (Ex 30.10). Arão e seus filhos eram lavados com água, vestidos com roupas especiais e ungidos com óleo, na cerimônia de consagração, a fim de que pudessem cumprir com a responsabilidade de realizar os sacrifícios diários, cuidar da manutenção do Tabernáculo e aconselhar as pessoas a seguirem a Deus (Ex 28.1ss). Tudo isso mostrava que a santidade vem apenas de Deus, e não da função de sacerdote. O óleo derramado sobre a cabeça do sacerdote simbolizava a presença e o poder do Espírito Santo (Ex 29.7).

À medida que participamos da graça de Cristo, somos todos feitos juntamente com Ele, filhos e filhas e co-herdeiros das bênçãos do Pai (Jo 1.11-13; Gl 4.4-7). Por causa dessa fraternidade, somos ensinados pelo Pai a nos amar uns aos outros: “Se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros” (1Jo 4.11). O amor deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Se não fizermos um esforço para influenciar o mundo ao nosso redor, seremos de pouco valor para Deus (Mt 5.13, 14,16; Fp 2.15).

Jesus sabia quão destrutivas poderiam ser as discussões entre os cristãos e, por isso, em Sua oração final antes de ser traído e preso, Ele pediu a Deus para que Seus seguidores “sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21). À luz dessa verdade, Paulo nos desafia a viver de forma condizente com o chamado que recebemos (Ef 4.1-6). Abraão disse a Ló em Gn 13.8: “Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre meus pastores e os teus pastores porque irmãos somos”. Para combater dissensões Paulo escreve aos irmãos de Corinto: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (1Co 1.10).

Um grupo de pessoas não concordará totalmente em todas as questões, mas todos podem trabalhar juntos harmoniosamente se houver: Altruísmo (sentimento de quem põe o interesse alheio acima do seu próprio) e consideração uns pelos outros; tolerância das convicções ou escrúpulos dos outros; simpatia para com as aspirações e interesse dos outros; acordo em querer promover os interesses da família; laço de parentesco natural, ou espiritual; amor comum aos pais, ou, no caso da irmandade cristã, o mesmo amor e obediência a Deus; amor fraternal, por todos pertencerem à mesma família (Mt 12.49,50; Fp 2.2-4).

Jesus é agora o nosso Sumo Sacerdote (Hb 7.26; 8.1), e não são mais necessários os sacrifícios porque Ele sacrificou a Si mesmo na cruz pelos nossos pecados. Agora podemos estar diretamente na presença de Deus, sem medo (Ef 3.12; Hb 4.16). Quando nos unimos a Cristo como membros de seu corpo, nos unimos à Sua obra sacerdotal de reconciliar as pessoas com Deus (2Co 5.18-21; 1Pe 2.9). A união fraternal, assim como o óleo da unção (Sl 133.2), indica a sincera dedicação ao serviço de Deus.

Como o orvalho de Hermom (Sl 133.3) – Hermom é o monte mais elevado da Palestina. É coroado pelas neves eternas que se espalham em longas fitas pelas suas encostas. Naquelas regiões, o orvalho faz os campos florescerem e produzirem boas ceifas. O orvalho representa a ação silenciosa e invisível das bênçãos divinas sobre o coração humano: “Goteje a minha doutrina como a chuva; destile o meu dito como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva” (Dt 32.2). Como o orvalho faz os campos florescerem e produzirem boas ceifas, assim a bênção do Senhor descansa sobre o Seu povo transformando maldições em bênçãos, porque nos ama (Dt 23.5; Pv 10.22) e das alturas Ele ordena a vida eterna a qual ninguém tirará (Dt 28.8; Jo 10.28).
Deus seja louvado!!!






domingo, 30 de outubro de 2011

Que é o homem?

Sl 8.9
“Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra”!

Quando olhamos para a imensa e maravilhosa criação de Deus, frequentemente nos sentimos pequenos. Davi, ao contemplar os céus com toda sua majestade sentiu-se forçado a perguntar por que Deus escolheria algo tão pequeno e insignificante como é o homem, para ser objeto do Seu especial amor, revelando-se até às crianças, que passam a louvá-lO (Sl 8.2-4; ver também Jó 7.17). Isto nos dá uma noção real sobre a nossa condição de criatura, mas Deus não quer que nos concentremos em nossa pequenez, e sim em nosso Criador; então teremos o respeito apropriado por Ele, e não sentimentos de auto depreciação. Deus viu que a Sua criação era excelente em todos os aspectos (Gn 1.31). Quando se sentir desencorajado ou caído, lembre-se de que Deus sempre pensou em você como alguém valioso e que tem em mente um propósito para a sua vida.

Saber que fomos criados à Sua imagem e semelhança e compartilhar muitas de Suas características provê uma base sólida para a imagem própria. O homem é o mordomo de Deus junto à criação, e todas as coisas têm sido colocadas sob sua autoridade (Gn 1.26-28). Por causa do pecado, ele não tem cumprido devidamente essa comissão recebida de Deus. Todos somos descendentes da família de Adão; essa hereditariedade nos garante a morte. Todos nós colhemos os resultados do pecado de Adão. Herdamos sua culpa, sua natureza pecaminosa e a punição de Deus. Entretanto, por causa de Jesus, podemos trocar o castigo pelo perdão. Assim como Adão é o representante da humanidade terrena, Cristo é o representante de uma humanidade nova e espiritual. Ele nos oferece a oportunidade de nascer novamente em Sua família espiritual, o que nos garante a misericórdia, o perdão e a vida eterna. O salvo em Cristo recebe de volta os direitos de mordomia que Adão perdera (Rm 5.12-19).

Você foi escolhido por Deus (Jo 15.16). De acordo com o Salmo 8.5, Ele colocou Sua coroa de glória e honra, favor e excelência sobre a sua cabeça. Você pode não ver sua própria coroa, mas ela está lá – assim como as vestes de justiça com as quais você está vestido. Você pode não enxergar as suas vestes de justiça ou a coroa do favor de Deus com os seus olhos naturais, mas elas existem na esfera espiritual (ver Is 61.10). O autovalor do homem não está baseado em posses, conquistas, atrativos físicos ou aclamação pública. Ao contrário, está baseado no fato de ser criado à imagem de Deus (Gn 1.26,27). Porque fomos feitos à imagem dEle, podemos nos sentir bem a respeito de nós mesmos. Criticar ou depreciar o que somos é criticar o que Deus fez e as habilidades que Ele nos tem dado. Saber que você é uma pessoa de valor ajuda-o a amar a Deus, conhecê-lO pessoalmente e prestar uma valiosa contribuição às pessoas ao seu redor.

Você alguma vez olhou para o vasto céu estrelado à noite e se sentiu muito pequeno comparado a Ele? Pense na grandeza de Deus ao observar Sua criação ao redor e lembre-se de que você é uma obra prima da criação de Deus, feita à Sua imagem! Tire um instante para louvar a Deus por Sua excelência e agradeça-lhE por coroá-lo de glória e de honra: “Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra”!













terça-feira, 25 de outubro de 2011

Louvor na tempestade.

Sl 34.1
“Louvarei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca”. 

A música e o cântico faziam parte integrantes da cultura de Israel. Certos levitas foram designados para louvar e oferecer ação de graças a Deus de modo contínuo (1Cr 16.4). O louvor consiste em expressar a Deus nosso apreço por compreendermos o Seu valor. O chamado para louvar a Deus ecoa por todo o Novo Testamento. O próprio Jesus louvou a Seu Pai celestial (Mt 11.25). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus (Ef 1.3) e em Apocalipse João descreve uma cena no céu: uma grande multidão de pessoas proveniente de todas as nações que foram salvas mediante a fé em Jesus Cristo, e os anjos louvando e bendizendo o nome do nosso Deus (Ap 7.9-12).

A confiança em Deus leva à esperança tranquila (Lm 3.26). Esperança significa ir além de nossas desagradáveis experiências diárias e alcançar a alegria de conhecer a Deus. Dois tipos de alegria são contrastados no Sl 4.7: a que vem de conhecer e confiar em Deus e a que vem como resultado de circunstâncias agradáveis. A primeira será constante se confiarmos em Deus; é a certeza de que Deus está presente, não importa o que aconteça! A segunda é circunstancial, portanto imprevisível. A alegria espiritual derrota o desânimo; a circunstancial apenas o encobre. A felicidade depende de acontecimentos, mas a alegria depende de Cristo (Jo 16.22). Podemos senti-la mesmo nos infortúnios. Ela não se origina de circunstâncias exteriores, mas da força interior (Ne 8.10), e age como um forte para nos guardar das aflições e tentações de todos os dias e como poder e motivação para perseverarmos na fé, até o fim. O louvor é uma das atribuições dos anjos e é privilégio do povo de Deus.

Lucas relata em Atos 16.22-26, um incidente na vida de Paulo e Silas, e como a alegria deles precedeu e precipitou uma reviravolta “repentina”. Aqueles homens de Deus exercitaram o poder da alegria em meio a circunstâncias muito difíceis. Eles haviam sido despidos, açoitados e lançados na prisão, e, no entanto, nada haviam feito de errado. Naquela situação deprimente, eles demonstraram uma alegria sobrenatural que ficou visível por meio de suas orações e canções. O contentamento deles não poderia ter sido uma resposta natural porque não havia nenhum aspecto natural no qual pudesse se alegrar. Como consequência de ter visto em primeira mão aquele comportamento sobrenatural de Paulo e Silas, o carcereiro foi salvo (ver At 16.27-34). Creio que mais pessoas no mundo receberão a salvação que espera por elas quando os servos de Deus verdadeiramente começarem a expressar sua alegria por terem sido salvos por Jesus. O louvor e a ação de graças devem ser uma parte constante em nossa vida cotidiana e não uma prática reservada somente para as ocasiões de celebrações. Louve a Deus continuamente, e você perceberá as bênçãos do Senhor em sua vida.

Vivemos por meio de nossa confiança nEle, não pelos benefícios, felicidade ou sucesso que possamos experimentar nesta vida. Habacuque testifica que servia a Deus não por causa das suas dádivas, mas porque o Senhor é Deus. Afirmou que até mesmo nos tempos de fome e perda ele ainda se regozijaria no Senhor (Hc 3.17,18). Os sentimentos do profeta não eram controlados pelos eventos ao seu redor, mas pela fé na habilidade que Deus tem de nos fortalecer. Quando nada mais fizer sentido, e as dificuldades parecerem maiores do que você possa suportar, lembre-se de que o Senhor é aquele que nos dá forças para prosseguir. Tire seu olhar de suas dificuldades e olhe para Deus.

Em nosso mundo invadido pelo pecado, a calamidade e o sofrimento sobrevêm tanto aos bons quanto aos maus. Isto não significa que Deus seja indiferente, descuidado, injusto ou não tenha poder para nos proteger. As coisas ruins acontecem porque vivemos em um mundo caído, onde todos são atingidos pelas trágicas consequências do pecado. Deus permite o mal por um tempo, embora Ele o reverta para o nosso bem (Rm 8.28). Podemos não saber por que Deus o permite, mas podemos estar certos de que Ele é o Todo Poderoso, e sabe o que está fazendo. Jó era um modelo de confiança e obediência a Deus (Jó 1.1); ainda assim Deus permitiu que Satanás o atacasse de forma especialmente cruel. Embora Deus nos ame crer nEle e obedecê-lO não nos isenta de calamidades na vida. Na primeira etapa das provas de Satanás, Jó perdeu as posses e a família, mas reagiu de forma justa para com Deus reconhecendo-lhE a soberania e a autoridade sobre tudo o que lhe dera, e O bendisse: ”nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21).

Em meio ao silêncio de Deus, devemos persistir em conhecê-lO e experimentar uma manifestação maior do Espírito Santo (Os 6.1-3). Não devemos desanimar, mas, sim, por nossa esperança em Deus e confiar no Seu imutável amor. Deus considera o louvor como um sacrifício santo a Ele: “Portanto, oferecemos sempre, por Ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu nome” (Hb 13.15). Começar qualquer tarefa louvando a Deus pode nos inspirar a dar-lhE o melhor de nós. Como cristãos, não devemos confiar no que temos ou experimentamos, mas no Cristo que está dentro de nós. Desenvolva a prática de louvar a Deus, e você experimentará maior alegria e força para enfrentar quaisquer desafios.







terça-feira, 18 de outubro de 2011

O pão de cada dia.

Ex 16.4
Disse, porém, o Senhor a Moisés: “Eu lhes farei chover pão do céu. O povo sairá e recolherá diariamente a porção necessária para aquele dia. Com isso os porei à prova para ver se seguem ou não as minhas instruções. No sexto dia trarão para ser preparado o dobro do que recolhem nos outros dias”.

Esse “pão do céu” também chamado “maná” era um alimento especial, que Deus fornecera milagrosamente para os israelitas durante 40 anos no deserto (ver Ex 16.14-31). Dar a eles o pão quando precisavam era a forma de Deus ensinar-lhes a confiar nEle e testá-los para ver se obedeceriam às suas instruções detalhadas no tocante a: dependência: confiar inteiramente no Senhor e esperar do céu a provisão diária; diligência: colher o maná; a fé deve resultar em ação, caso contrário, ela morrerá (Tg 2.14-17); prontidão: ao sair pela manhã (v.8); perseverança: ao colher diariamente (v.4). O Senhor não nos dá tudo de uma só vez. Não podemos armazenar as bênçãos, depois cortar a comunicação com Deus (ver Lc 12.17-20 e Pv 30.8,9); gratidão, por uma provisão gratuita (Sl 103.1); compreensão da bondade de Deus em prover o fornecimento (Mt 7.11).

Vemos da parte de Deus longanimidade, no suprir as necessidades do povo, apesar das suas murmurações (v.3,7); recurso inesperado (1Co 2.9), ao fornecer pão do céu; continuado interesse, no fornecer diariamente (Dt 5.29; Jo 16.24; 14.13,14); poder criador, ao mandar pão do Céu (ver Sl 33.9; Rm 4.17; Is 43.16); vontade soberana: interrompendo o fornecimento aos sábados (v.23). Deus conhece as nossas necessidades (Mt 6.32) e sabe que não é possível o deserto deste mundo alimentar a nossa vida espiritual (Jo 15.19,20).

Para aproveitar bem o maná, era necessário colhê-lo cedo (v.13): o alimento espiritual deve ser a nossa primeira preocupação (Mt 6.33); cada manhã (v.21): sua existência diária dependia exclusivamente da provisão divina; colher para o próprio sustento e para a família (v.16) - para o culto doméstico; comer todo o colhido: aqueles que ficam ansiosos são consumidos pelo temor e consideram difícil confiar em Deus (Mt 6.34). O pão do céu, guardado, mas não comido, “criou bichos e cheirava mal” (v.20). Ao alimentarmos da Palavra nos identificamos com o cheiro de Cristo (2Co 2.15); não colher no sábado (v.23): Deus sabia que a ocupação cotidiana do povo poderia impedi-los de adorar. Guarde cuidadosamente o seu tempo com Deus. Não deixe que as inquietações com o amanhã afetem seu relacionamento com Deus, hoje.

O maná estava no deserto, mas não era do deserto (Dt 8.15).  Seu sabor não era terrestre, era pão “do céu”. Era uma figura de Cristo na Sua humilhação aqui no mundo (Jo 17.16). Jesus fez uma alusão ao maná que os antepassados judeus receberam no deserto dizendo que aquele pão era material (físico) e temporal (Jo 6.49). O povo o comeu e foi sustentado fisicamente por um dia. Porém, necessitava de mais pão a cada dia; e o pão não era capaz de evitar que morressem. No entanto, Jesus ofereceu a si mesmo como o Pão espiritual do céu, que satisfaz completamente a nossa fome e nos leva à vida eterna. Em Jo 6.51 Ele declarou: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre”. Comer o Pão vivo significa aceitar a Cristo em nossa vida e unirmo-nos a Ele.

Para os israelitas, o maná era um presente de Deus – chegava todos os dias, na quantidade necessária durante os 40 anos no deserto (Ex 16.35). Ao chegarem na abundante Terra Prometida “cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do trigo da terra” (Js 5.12).  De igual forma, no reinado de Cristo, o povo de Deus já não terá que perseverar em oração por suas necessidades diárias, pois o Senhor atenderá as suas orações sem demora (Is 65.24). Cristo é o nosso maná espiritual durante nossa jornada no mundo desde o dia de nossa salvação até que O vejamos face a face (1Jo 3.2). Quando oramos “dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano” (Lc 11.3), estamos reconhecendo que Deus é quem sustenta e supre nossas necessidades. Confie no Senhor e aprenda a viver um dia de cada vez.



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Usa-me, Senhor.

Mt 1.1
“Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão”.

As genealogias eram credenciais muito importantes para o povo hebreu. Se não pudessem provar que descendiam de Abraão, não podiam ser considerados verdadeiros judeus e seriam totalmente excluídos da participação na vida da comunidade judaica. Mateus começou mostrando que Jesus descendia de Abraão, o pai de todos os judeus, e era um descendente direto de Davi. Deste modo, as profecias do Antigo Testamento sobre a linhagem do Messias, cumpriram-se (Gn 49.10; Is 11.1).

Deus estabeleceu um pacto com Abrão, prometendo que ele seria o pai de uma grande nação e que Ele abençoaria não apenas a nação que viria de Abrão - Israel, mas que “todas as nações da terra” seriam abençoadas através dos seus descendentes (Gn 12.1-3). Israel seria a possessão preciosa do próprio Deus (Ex 19.5). Embora todas as nações respondam perante Deus como seu Criador, Israel teria um relacionamento muito especial com Deus, porque Ele era seu Redentor. Esse propósito para Israel prenunciava o propósito de Deus para a Igreja de ser “Templo de Deus” e “Habitação do Espírito Santo” (1Co 3.16), “povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14), “reino sacerdotal e nação santa” (1Pe 2.9), para conclamar todas as pessoas a se reconciliarem com Ele (2Co 5.18).

Porque Deus escolheu Israel como nação Sua? Não foi pelos méritos de Israel, mas pelas promessas que Deus fez a Abraão, Isaque e Jacó (Dt 7.7,8). Deus sabia que nenhuma nação na terra seria boa o suficiente para merecer ser chamada de povo Seu. Sendo assim, Deus o escolheu por Seu amor e misericórdia, para representar o Seu padrão de viver, ensinar a Sua Palavra e ser um agente de salvação para o mundo. Isaías predisse que os gentios e reis viriam ao Senhor através da nação de Israel (Is 60.3). E também desta nação nasceria o Messias, o Filho escolhido de Deus. Assim como o Senhor escolheu Israel, tem escolhido todos os cristãos para que tenham parte em Seu tesouro. Não é por nosso mérito que cremos em Jesus Cristo e somos salvos. Deus nos escolheu por Sua bondade e graça (Ef 2.8).

Não importa quão desencorajador possa parecer o mundo, sempre haverá pessoas que temem a Deus e Ele usará qualquer um que esteja pronto a receber seus propósitos. Deus se valeu de vários tipos de pessoas para que seu Filho se manifestasse ao mundo no passado. Alguns eram heróis da fé (Abraão, Isaque, Rute e Davi), outros tinham uma reputação incerta, como Raabe e Tamar. Muitos foram cidadãos comuns (Esrom, Naassom e Aquim), outros, ímpios (Manassés e Abias). Através da árvore genealógica de Abraão, Jesus Cristo nasceu para salvar a humanidade (ver Mt 1.1-16). Por meio de Cristo as pessoas podem ter um relacionamento pessoal com Deus e serem infinitamente abençoadas.

As genealogias eram muito estimadas por serem vitalmente importantes para que um judeu pudesse provar que era um descendente de Abraão e, portanto, parte do povo de Deus (Gn 15.5). Uma genealogia perdida colocava em risco a posição social de um judeu. Se, através da fé, não nos identificarmos com Cristo e não O confessarmos como Senhor, não haverá qualquer esperança, nenhuma segunda chance e nenhum outro apelo. Está escrito: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Ap 20.15). Esse livro da vida simboliza o conhecimento que Deus tem daqueles que lhe pertencem. “O Senhor conhece os que são seus” (2Tm 2.19).

A mensagem divina de salvação e de vida eterna não está limitada a uma cultura, raça ou nação especial. Qualquer um que se aproxime de Deus com arrependimento e fé será aceito por Ele e fará parte de Seu Reino. Os que são da fé são filhos de Abraão (Gl 3.7); significa que a fé é mais importante do que a genealogia (ver Lc 19.9,10). O apóstolo João em Ap 5.9 nos fala do cântico do povo de Deus louvando a obra de Cristo “porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação”. Não permita que algum preconceito ou inclinação lhe impeça de compartilhar Cristo com seus semelhantes. Ele recebe em seu Reino a todos que se arrependem dos seus pecados e O aceitam como Senhor e Salvador.  Assim como Deus usou vários tipos de pessoas para que Seu Filho se manifestasse ao mundo no passado, Ele o faz hoje, a fim de realizar Sua vontade. Seja um agente de salvação e um canal de bênção para o mundo perdido. Deixa Deus te usar.



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Espere o tempo de Deus.

Lv 26.3,4a
“Se vocês seguirem os meus decretos e obedecerem aos meus mandamentos, e os colocarem em prática, eu lhes mandarei chuva na estação certa”.

Quando é a estação certa? Ele sabe quando nós estamos prontos como também os demais envolvidos, e sabe quando tudo se encaixa no plano geral que Ele estabeleceu. Às vezes, Ele dirige o caminho do justo de um modo que este acha difícil compreender o que está acontecendo. Talvez não consigamos ver o lado bom de certas circunstâncias, mas a Bíblia nos assegura que Deus realmente está operando por trás dos bastidores (Rm 8.28).

O mal prevalece nesse mundo decadente, mas Deus é capaz de transformar todas as circunstâncias que nos rodeiam para o nosso bem, não apenas em acontecimentos isolados e nem apenas para deixar-nos felizes, mas para cumprir o seu propósito. Ele teve um plano para Adão (Gn 1.28), Abraão (Gn 12.1-3), José (Gn 45.4-9) e seu povo, Israel (Gn 50.24; Ex 6.6-8). Teve um plano para Jesus (Lc 18.31) e para Paulo (At 21.10-14). Deus tem um plano singular para as nossas vidas individualmente, mas Ele também tem um plano geral para o mundo inteiro.

O Senhor Deus executa o plano da redenção no decurso da história, até o seu final. No cumprimento disto, às vezes Ele resolve humilhar governantes poderosos (e.g., Nabucodonosor, Dn 4), ordenar juízo destruidor contra reis (e.g., Faraó, por ocasião do êxodo, Ex 14; Belsazar, em Babilônia, Dn 5), ou elevar um dirigente internacional (e.g., o rei Ciro da Pérsia, Ed 1.2), a fim de cumprir a sua palavra e realizar os seus propósitos. Ao despertar o espírito de Ciro, para ser benevolente para com os vencidos e exilados, Deus fez cumprir-se a tempo a sua promessa feita através de Jeremias (Jr 25.11). Deus faz inclinar o coração do rei, a fim de garantir a marcha contínua da redenção e desfecho da história (Pv 21.1).

Deus não pressiona, manipula ou força as pessoas. Ele orienta, guia, estimula e sugere, através do Espírito Santo (Jo 16.13,14). Depois, cada indivíduo é responsável por entregar a sua vontade a Ele para que realize o Seu propósito (Sl 37.5). Às vezes, isso leva mais tempo para uma pessoa do que para outra. O bom plano de Deus requer tempo, e geralmente mais tempo do que possamos prever, mas não devemos imaginar que Ele tem as nossas limitações, pois Ele é completamente ilimitado em relação ao tempo. Ele não segue o nosso calendário; é o Criador do tempo. Por ser Eterno, podemos depender dEle. Sl 90.4: “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite”. Ver o cumprimento do que desejamos, requer a disposição de esperar que a bênção venha “na estação certa”. “O lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia” (Tg 5.7).

O tempo é importante. O segredo para ter paz com Deus é descobrir, aceitar e apreciar o tempo perfeito dEle. O perigo está em duvidar ou ressentir-se em relação ao momento do Senhor. Isto pode levar ao desespero, à rebelião ou a seguir em frente sem o conselho dEle (ver Pv 3.5-7). Mas sempre vale a pena esperar em Deus. Ele é misericordioso, sabe todas as coisas e age com justiça e o seu tempo é perfeito. Muitas vezes as bênçãos não podem ser recebidas a menos que passemos pela prova da espera.  O texto em Lamentações 3.24-26 nos convida a esperar e a ter fé no Senhor, porque Ele usa frequentemente o tempo de espera para nos revigorar, renovar e ensinar.  Enquanto espera, tente descobrir o que Deus deseja ensinar-lhe. Ele é fiel e justo para cumprir Sua promessa. Espera, pois, no Senhor.

sábado, 1 de outubro de 2011

Recomeçar.

Lc 15.18
“Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti”.

Uma vida de pecado e de egoísmo, no seu sentido cabal, é a separação do amor, comunhão e autoridade de Deus. O resultado é desilusão e tristeza, e, às vezes, condições pessoais degradantes, e, sempre, a falta da vida verdadeira e real, que somente se encontra no relacionamento com Deus.

Deus nos chamou para cumprirmos seus mandamentos; Ele nos lembra que suas leis não estão além de nossa capacidade. Estão na Bíblia, mas são evidentes no mundo que nos cerca. Elas nos advertem, dão sabedoria e entendimento, renovam a nossa força, trazem alegria ao nosso coração e garantem nossa recompensa. As leis de Deus são princípios que oferecem luz para o nosso caminho (Sl 119.105), não correntes para nossas mãos e nossos pés. Elas apontam para o perigo de uma vida distante de Deus e para o sucesso que obtemos quando somos guiados por Ele (Sl 119.11). Obedecer a elas é inteligente, sensato e benéfico. A parte mais difícil na obediência às leis de Deus é tomar a decisão de observá-las.

Moisés disse aos israelitas que, quando estivessem prontos para voltar-se para Deus, Ele estaria pronto para recebê-los (Dt 30.1-3). A misericórdia de Deus é inacreditável (Lm 3.22). Vai muito além do que podemos imaginar. Mesmo quando seu povo deliberadamente se afastava dEle e arruinava sua vida, Deus ainda o aceitava de volta. O Senhor dava a Israel o renovo espiritual. Deus quer perdoar-nos e trazer-nos de volta para Ele.

Ele desafiou Israel a escolher a vida, ao obedecer a Deus e a continuar a receber suas bênçãos. Deus não impõe sua vontade a ninguém. Ele permite que decidamos se queremos aceitá-lO ou rejeitá-lO. No entanto, esta decisão é uma questão de vida ou morte. Deus deseja que compreendamos isto, pois quer que todos optem pela vida (1Tm 2.4). Diariamente, em cada nova situação, precisamos afirmar e fortalecer este compromisso.

Moisés também alertou que no dia em que os israelitas se afastassem de Deus, uma raiz brotaria e produziria amargura e frutos venenosos (ler Dt 29.18; Hb 12.15). Quando decidimos fazer o que sabemos ser errado, plantamos uma semente que cresce descontroladamente, gerando mágoas e dores. Mas podemos impedir que tais sementes do pecado formem raízes. Se você cometeu algum erro, confesse-o a Deus e aos outros imediatamente.

Deus tem compaixão dos perdidos por causa da triste condição deles. O amor de Deus por eles é tão grande que nunca cessa de sentir pesar por eles e esperar a sua volta. Quando o pecador, de coração, volta para Deus, Ele sempre está plenamente disposto a acolhê-lo com perdão, amor, compaixão, graça e os plenos direitos de um filho (cf. Jo 1.12). A vida afastada da comunhão com Deus é morte espiritual. Voltar-se para Deus é alcançar vida verdadeira. Ninguém está tão longe de Deus que não possa ser restaurado. Tudo o que precisa fazer é arrepender-se. Não importa o quanto já tenha peregrinado, Ele pode restaurar o seu relacionamento espiritual com Ele e reconstruir a sua vida. Deus promete a um novo começo se você apenas voltar-se para Ele.






segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bem-aventurados.

Mt 5.1
“Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava”.

Grandes multidões seguiram Jesus. Ele era o principal assunto da cidade. Todos queriam vê-lO. Os discípulos, os companheiros mais íntimos deste homem popular, certamente foram tentados a sentirem-se importantes, orgulhosos e possessivos. Estar com Jesus não apenas lhes garantia prestígio, mas também poderia constituir-se numa oportunidade para receberem dinheiro e poder. As multidões se reuniam mais uma vez, porém antes de dirigir-se a tão grande número de ouvintes, Jesus chamou seus discípulos à parte e os advertiu sobre as tentações que enfrentariam como companheiros dEle.

Em seu mais longo sermão registrado (ver Mt 5-7), Jesus começou descrevendo as características que procurava em seus seguidores. Chamou de bem-aventurados os que possuíam tais particularidades, porque Deus tem algo especial reservado para eles. Nesse sermão, Jesus revelou seu pensamento em relação à lei. Desafiou os líderes religiosos daquela época, orgulhosos e legalistas e os chamou de volta às mensagens dos profetas do Antigo Testamento os quais também ensinaram que a obediência é mais importante do que a aplicação leviana da lei. No Sermão do Monte, Jesus deu instruções de como viver em seu Reino. Também contou muitas parábolas que enfatizam a diferença entre o Reino celestial e os reinos terrenos. Mostrou que, perdoar, ter paz com os semelhantes e amar os outros como a si mesmo são algumas das características que tornam alguém grande no Reino dos céus. Jesus veio para nos ensinar a viver como súditos fiéis de seu Reino.

Bem-aventurado é aquele que tem uma experiência de esperança e alegria, independentemente das circunstâncias exteriores. Implica o estado afortunado daqueles que fazem parte do Reino de Deus, e estende-se aos humildes de espírito – não sendo a simples falta de bens materiais que produz a humildade; os que choram, lamentando seus próprios pecados; os mansos, que se dobram à vontade de Deus; os que têm fome e sede de justiça – os que buscam a santidade que vem de Deus; os misericordiosos, que se compadecem do próximo; os limpos de coração, que têm uma santidade no íntimo; os pacificadores, que têm paz com Deus e a semeiam; os perseguidos, que sofrem qualquer sacrifício para permanecerem dentro da vontade de Cristo.

As bem-aventuranças não prometem riso, prazer ou prosperidade terrena. Não nos permite escolher aquelas que nos agradam e desprezar as demais. Devem ser consideradas como um todo, pois relacionam o que nós enfrentamos e como devemos agir como seguidores de Cristo. Elas são um código de ética para os discípulos e um padrão de conduta para todos os cristãos. Contrastam os valores do Reino, que é eterno, com os valores terrenos que são temporários; contrastam também a fé superficial dos fariseus com a fé real que Cristo exige; demonstram que as expectativas do Antigo Testamento cumprir-se-ão no novo Reino. As bem-aventuranças contradizem o estilo de vida da sociedade, mas, se a nossa meta é nos tornarmos parecidos com Jesus, o melhor modelo de virtudes, elas desafiarão diariamente o nosso modo de vida.

Se você deseja viver para Deus, deve estar pronto para dizer e fazer o que parece estranho para o mundo. Deve estar disposto a dar quando outros tomam; amar enquanto outros odeiam; ajudar quando outros abusam. Abrindo mão de seus direitos e benefícios a fim de servir os outros, um dia receberá tudo o que Deus tem reservado para você. Siga Jesus.